MACROECONq�..IA
MACROECONOMIA
O Balanço de Pagamentos
paIs durante determinado período de tempo. . Trê5 quali ficações devem acom
não envolvem pagamentos diretos em moeda, sendo que algumas nao estão asso
ternamente (compra de ouro por parte do Banco Central, que passa a utili
mico deve correspoder ao país onde esteja localizado o seu "centro de in
teresse", ou seja, onde se espera que ocorra, em termos nao apenas temporá
credi ta da j
(ou s e a, lançada com 8inal positivo). Quando origina urna saída
-''de qualquer dIvida ou aquisição de' dire itos junto a não residentes.
c10nal à disposição doa residentes, sob a forma de c;;u:!:o, direi t�Cl!'ó (';8pc.oiaia
,..
de saque (que são uma moeda fiduciária criada p�,10 r1�1!l1n r�n!\(;d:;1rjC) lnterna-
utilizaçÃO de crédito obtido junto ao Fundo Monetário r qm;: .:!.��ve �ta f)ontabi-,
vu. Adiferenç-a fundamental entre ambos'é que a util:t�il.Ç':;,OI peJ.' parte das
.. .speciais de saque) ,não está sujeita a nenhuma condição, o que já não ocorre
�
d� con �Dilidade das empresas para as contae de ativol lança-se a d�b!
re lacion a dos .
clui a moeda nacional) bem como os .títulos internos de curto prazo,em poder
das (no caso específico do Brasil, desde 1978) na rubrica "Capitais a curto
zero. Isto impõe que, se traçarmos, de acordo com um critério qualquer, urna
li o'ha
OI ) ,
ma da linha, e a outra incluindo os componentes restantes ("abaixo da
os dois grupos deverão apresentar c mesmo saldo numérico, com o sinal trocado.
2.4
baixo:
Z E R O
T + K = O � T = - K
dentes do paIs.
toridades Monetárias.
)
mos , � a segunda representando as contas de caixa, os empréstimos de
•
2.6
'l'ABELA I
I) Balanço Comercial
Exportações (FOB)
Importações (FOB)
11) Bàl anço de Serv iços
Viagens Internacionais
Transportes
Seguro
Lucros e Dividendos
Rendas de C apital Lucros Reinvestidos
Juros
Serviços Gover namentais
Empréstimos e Financiamentos
Amortiz ações
Capitais a Curto Pr azo
Outros Capit ais
VIII) Movimento de C apit ais Com pens atór ios (ratonstrativo 'E Resul taoos) (-VII)
. fVariaçêíes ro Total
Haveres a CUrto Prazo no· Exter�or
�
lCUltrapartida para valorizaçê":es/desvaloriz.:lC'U::,s
variações no Tot al .
Cbntas de OUro lb'letário O::ntr aparti da para valoriza�s/desvalo�zaç§es
Caixa
-
Posiçao de Reservas de Fundo
fVariações no Total
lCl:tl trapar tida para valorizações/desvalorizações
dos: .
terlmente enumeradas:
fretes e seguros 1
to) , o s receb imentos com s inal mais (crédito) . O item "serviços go-
De acordo com a regra geral, contab ili zam-se com sinal po s i tivo':
viços.
(que ê apurado como .r-esi uo) ao subtotal dado pelo balanço em tran
preoc-upação quando ultrapasea cinco por cento do ., tot al 411 soma dos
de merca dorias) .
"
g) capitais compens,t6rios l e s se item compreende três tipo s de contas"'.
veres a curto prazo ,no exterior, ouro monetár io, di reitos especia is
saque e para a posição de reservas no FMI. Por outro lado, uma co�,
pra de ouro por parte do Banco Central no mercado interno seria re!
or").
lhões de dólares;
cedorias;
ções mencionadas!
"
TABELA II
CONTA OPERAÇAo
'
1
r
b d 9 h Total
1
Exportações
Importações -50
1
-20
+400
-10
1 I
+400
-430
-50 -50
Fretes
I
Lucros -10 i -10
I
'
linanciaman +50
•
II +50
tos I, +20
Haveres no I
I
j-
exterior +350 -400 +50 +60 -30 +30 ';
I
exportações I +400
Fretes I -50
Lucros! -10
Juros I -20
111) Transferências Unilaterais = +10
Financiamentos: +50
Investimentos : +2 0
Amortizações -30
(IV+V) , - 6 0
(-VI): +60
� . 3 - Tópicos Especiais
�igra de um paIs para outro leva consigo seus direitos e obrigações, que
este fixará sua nova residência. Quando os lançamentos se dão com base a
. novo paIs. No momento -em que .se dá_a. migração� '.; o. aumento de ativos (reais '.
de inp:lrtações.se além àastes bens, ele trouxer CXIlBiqo, por e»=lTplo,um titulo represen�
2.14
exemplo, com um cidadão residente num terceiro paIs, a sua migração ocasio
pelo seu total, e não apenas pela parcela efetivamente transferida ao paIs
forma que se caracterize uma efetiva mudança de residência, não haverá mais
migrante resolve efetuar alguma remessa em dinheiro para seu paIs de ori
bens e serviços não fatores. Isso equivale ao saldo comercial mais o sal-
•
de bens e serviços não fatores indicam o que o resto do mundo. produz para
nição,o saldo dos serviços fatores mais o saldo das �ansferências unila-
de fatores que operam fora das suas fronteiras ,ou, ainda, a título de do"ª
,
'Em suma,o país ,no período em questão, o»erou com 80 de hiato de
se o país receber capitais autônomos aquem do seu deficit em conta cor rente
troca de sinaia,o mesmo racioc!nio prova que o que ttm país efetivamente expor
ta de capitais éo seu superavit de transações correntes.
2.17
Em qualquer dos casos. são os fatores de produção do país que ge ram as re
H)a renda líquida enviada para o exte�ior (ou r.ecebida do exterior) cos.
.',
portaçõeS'" de'-outro,os juros que- um remete são recebidos pelo segundo,os inves
Contudo,para cada país isoladamente,não há razão para que cada um desses saldo:
-desde que fossem usados para fins produtivos nos países em desenvolvimento.
eros.
prazo do país com o' exterior - saldo das reservas intemaciooa1s ; (haveres
( ,
.
.. "
.. ... . ... - ... � _ . ' - . -
2 .19
,---- - - - . .. . ... . ... _ _._-
�
Diante da definiç ão ap resentada , é ime d i a to qu e o aum � nto do p a s sivo .
.
"
da l íqu ida env iada para ·o e xter io r . �sta úl tim a , c u j a s compo nente s p r inc ipa i s
.
( 1)
são o s j u ro s e rem e s sas de lu cro s . po de d e s c r ev er- se como uma· f raçio 1 do
cap i ta i s e xterno s � e' a u p podp va ar no t emp o , · p ara simp l i f i car , dc si gna- la
D • lD - M / 1
pas s iv o s e x ternos l íq u i do s ) .
•
Fa s e Tipifi cação. H D D
I Devedor j ov em . ; •
IV Credor j ov em
-
V C redor inte rm e-
diário
VI Credor madu ro +
(1) A menos das t rans fe rências uni late rai s 'e das rendas do ..t r ab alho . de pequena s i gni f,!.
,c.ânci a nes te tot a i .
2 . 20' .
corre nte s , ou s e ja . com O pa s s ivo e xt e rno líqui d o e m a s c e nç ã o . Na t e r c e i ra
..
f a s e , a transfe rênc i a d e re c ur s o s aum e nta o s u f i c i e nt e para superar a
d as transf e r i n c i a s de re c u r s o s E d a r e nd � líqu i d a r e c e bi d a d o e xt e ri or .
te i nf e r i o r às re nd a s líqu i d a s r e c e b i d a s ; é a s i t u a ç ã o d o c r e d or i n t e rm e
1910 e d e 1 9 80 j o ga ram por t e rra e s sa in terp r e tação . Com a qua drupl i cação
foram for temente d e f i c i tár i o s nas transaç õ e s c o rrentes do bal anço d e pagam en
e m desenvolv imen to .
2 . 22
?,.6)A
.
d i nâmi ca da abs orcão
es tão ape nas absorv end o , como h iato d e r e cur s o s . parte d a r end a l íqu ida r ece
lhes pert ence , d e s f a z end o - s e de parte d o s a t�vos e xternos acumu lado no pas s a
d onativ o s à parte .
d e suas i nstituiç õ e s políti c a s e e conômi cas e a qual idade d e s u a adm ini s tra
é a relação entre o pas s iv o e x t e rno líqui d o e exporta çõe s , popu larment e ape l i
àlemã que para aqui traga c ap i t a i s d e r i s co , pre tende reme ter l u cros em marc os .
Suced e que o Brasi l imprime c ruz e iros , mas não d ólares ou marc os a lemãe s . Con
fa tores .
t osca , pois o que int eressa aos capi t a l i s tas externos é que o pa ís po s s a ,
. 2 .23
quando nece Bsário , transformar� s e d e d ev e d o r jovem em d e v e d or maduro ,
H X h
X O a
i - Z
.
Ind i qu emos por x • X/X a t axa i ns tantân e a d e cr e s c i m e nt o das expor-
d a d ív ida chega - s e a r
-1& • ( i -x ) z h
-
_que é a equação d a d i nâmi c a d a relação d ív id a/exportaç õ e s . E s s a relação
negativo .
h� ( i -x ) z
�
•
Ass im , um pa ís com uma relação d ívi d�exportações ini c ial igu a l a 2 e que
s e d i sponha a trans f erir para o e xterior 10% da sua r e ce ita de . exportaç ões
liquidará seu pas s i vo externo em menos de 20 anos .
Já a d es i gualdade x - i ( O configura a ' d i nâmi ca d esfavoráv e l da d ívi d o
sob os segu intes a s p e ctos .
a ) ne nhum país pod e manter-se como dev e d or jov em s em que s ua r e lação
d ív i d �exportações cresç a ,
2 . 25
" 2 . 26
"
clagem compe titi va . não s ó para o México , mas pra ti camente para q u a s e to
i ndaga se a culpa foi d o s credores . que empr e s taram d inhe iro irresponsav e l
dos " grand e s número s , uma cri s e d if i ci lmente pode s er atribu i d a a o s erros
d o s países em d e senv o lv ime nto fora d a OPEP cres c eram , em méd ia , d e 2 1 ,1 " a . a ,
e nquanto uma taxa típ i c a d e j uro s no s emprés timos a e s s e s país e s , LIBOR +
abrupta da d i nâmi ca fav o ráv e l para a d e s fav oráv e l , as r e laçõe s dtv i d �e xporta
ções s ubi ram de níve i s a ce i táv e i s para limi t e s críti cos . A c ri s e t ornara - s e
os cred ore s parti culare s a r e s c a lonar os pra z o s de amort i zaç ão d o s empré s t imo
'marco al emão , cr u z e iro s por franco sui ç o , e t c . ) , a qualificaç ão " p elo m e- '
no s" l embrando que p o d em e xi s ti r taxas de c âmbio múl tipl as par à uma m e s
a moeda e s cr i tural· c r iada p e lo Fundo Mone tár io I n t e rnac lonal , corre spo n d e n
ses.
i':).
�,
_ E --1L-
P •
d enomina- s e vrUori zação camb i a l . De svalo r"i zação real da taxa de câmbio é
um aum e n to de e , e valo r i zação real da taxa de câmbio uma d im i nu i ç ão de 9 .
A r e l aç ão entre d e svalo ri zaç ão nom i nal e r e al da taxa de câmbio p o d e ser
ao tempo I
1 d9 .. 1 dE J 1 dP
e' dt E dt l -p dt Q �
...L dt }
o p r im e i ro membro indica a taxa i n s ta n tânea d e d e sv alor i zaç ão r e a l d a taxa
dE
1 � ,
de c âmb i o , � e a taxa i n s tantâne a de de svalori zaç ão nom i nal da t a xa
1 dP ...L �
de câmbi o , ----
P
� e
dt
são a s t a xa s de inflaç ão i n t e rna e e xt er-
Q
e xterna .
2 . 28
ços produ zidos no e xter ior em relação aos produz i d o s no país . C omo t a l , e s
aum e nta o saldo com erci a l e de s ervi ç o s não fatore s , cons l d e rand o - s e , p or
1S80 , O mais e�i caz d o s me cani smos d e corr e ç ão dos d e fi c its em conta- c orre n-
te d o balanç o de pagamentos .
' 1or ç as d e mer cad o . A o ferta d e mo e d a e s trange ira é supr i d a pe los exporta
d or e s e pe los que traz em r end a s e capi ta i s para o pa :,s l a pro cur� é , exer-
,o,
ci d a pelo� i mportad ores d e bens e s erv i ç o s e pelos que trans f erem r end a s
elásti ca .
sufi ci e nt e m e nt e pequena 'Par::, -;;0) . .�!' ::: 3 t 3.X..l ""'o de câ�bio prat i camente f i xas ,
.s
Fi gura 2 . 2
2 . 30
enfrenta um sério problema . nada ass egura que ,-ã taxa de câmbio fixad a
tári a e fis cal de modo que os d efi c i t s ou sup erav i ts no balanço d e pa
gamentos se jam me rame nte transi t óri o s . E forç a o Banco C e ntral a manter
sos da procura sobr e a o f erta d e moe d a e s trange ira . Qua l o vo lume adequa-
décadas d e 1950 e 1960 a cons e lhava c a d a país a manter res ervas corre spon
mos a parti� ' da década de 1970 . No mundo atual , a pro c ura d e moe d a eatrange i
Alem dos proble mas acima , a manu t e nção d e · taxas de câmbi o f i xas em r egi
O pri me iro é que as taxas de i nflação d o s d i fer ent es país es s e ja� bas tan-
�
cambi al atraindo capi tais es trange iro s com juros mai s altos , ou re duz ind o
tad ores de rend ime ntos e cambiai s . Mas não pod e evi tar que , d i a nte da e xp e c
b ) com 1 s so , i Bola a pol í ti ca mone tária das transaç & e s com o e xterior .
nio há 'Buperav1ta nem de� l c i t8 e xternos que p r e s sionem para mai s ou _ . '
pelo Governo . t
cambial , nem em termo s nom "\. na i s nem em termos reai s . Ao ganhar maior can-
o
•• _ . �.
_ .
triais e de s erv iço s trar s a c .i.oháv e l s c o m o ' e xterior . a sua capaci dade
•
finance iro s internaciona i s .
E l no final do semestre .
Tomemo s um capi tal K em �o e da internaci� nal ( i sto "é , do paí � B ) . Apl icando-
Z •
..5L 1+ 1
, EI 1+ 1 .
lo� z • r- r ' - e
fazer sua opção conh e c endo i , i ' e E ' m a s d e sconh e c endo a taxa de câm
o
bio fU tura E . E s ta é , pa ra e l e s , uma var iáv e l al eatór ia . A s s im , a
l
e �r e s são r- r ' - e a c ima d e v e s e r enten d i da c omo o d i ferenc ial d e ta xa
Obv iame nte uma equação não bas ta para d e te rm inar qua.tro v ar i áv � i s , o
.
'
nai s prev iam uma d e sv alori zação do dó lar rel a tivamente ao i e ne e ao mar co
Unido s e o def ic i t c om erc i al nor te- am e ri c ano c o n trastava com o s sup erav i t s
d e sva,l ori zação r eal do , . dólar compar ativame nte às d ema i s mo e da s in
terna c ionai s .
nom i s tas ainda não consegu iram d e te c tar . Em suma , o r e gime de taxas
de câmbio . Trata- s e do ap eli dado " dirty floa ting" ( flu tuação su j a ) . O
problema prá ti co cons i ste em s ab e r até que ponto as flu tuaç õ é s são ou
,
� go l d-po lnts" dó padrão- oúro , mas nada garante qua �s Banco s C entrais
,
po s sam mante� lo s a longo prazo , sobre tu do quando são apr e c iáv e i s o s
-
d i f e renc iais d e ttoca d e i nflação e n tr e o s p a í s e,s .
ado tado n o Bra sil desde 1968 , salv o l ige ir a s interm i s sõ e s • .o r egime
nac io nal . as d e sv alor i zaç õ e s nom ina i s da taxa de c âmbio efe tuam- se
ano·, as quais permi tiram que o s inv e s tidores e xte rno s ganh a s s e m c erca
- -efe tiva de inflaç ão . Os re sul tado s foram meno s dano so s., em parte po rqu e
de um pa í s s6 s e e q u il ibra por r ara c o inc i dên c ia . Nada imp ede que o paí s
segu in te s m e d i das l
iv ) su b s í d i os h, s e xp o r taç õ e s ,
v iço s pro du z i do s no pa l s e não transa c io náv e i s com o e x ter ior . Com� .tal ,
b ial . Na real idade elas e q uivalem k i n tr oduç ão de taxas de câmbio múl ti
fal tam v antagens compara tivas e a d e i xar d e impo r tar o que s e p o d e r i a pr�
r e s trição aO comérc io i n ternac i o nal , são fre q u e n temente n eu tral i zadas por
sua s e xpo r taçõ e s , aumen tando suas tar i fas aduan e iras , ou l imi tan do qu an
E m s i s temas d e m o e da f i d u c i ár i a , na d a há de s em e l h an te a o m e c an i smo
2 •• 9')0 s i s tema á
mon e t r io i n te rn a c io n a l
d i al .
•
padrão ouro- l ibra e s te r l ina . A I ngl ate rra era a e conomia dominante d a
m a i s r e c e s são do q u e q u e da s de preç o s . A a s s i m e tr i a r e s u l ta v a d e do i s
de e xpor tar mai s e. impor tar m eno s para gerar mais emp r e go s , v á r i o s
C ada qual pro cu r av a ganh ar maior comp e � i tiv i dade in terna c i o na l por
a chamada " propo s ta Wh i t e " . que indi cava o d6l ar como m o e d a in terna c i o
p ara meno s . Salvo os E s tado s Unido s , nenhum país se obr i gava a conv er
que s e permi tiri a , como medida d e a jus te , a mud ança da paridade cambia l . Para
prov er financiamentos de lCnlGO ,tlr u.o .. ac, s país e s em d es envo lv imento , criou - s e
o 3anco Mund ial o u B I RD ( Banco Internacional para a Re construção e De s e nvo l
vimento ) . Es te , posteri ormente , abri u duas subs i d iári as l a ) a IFC ( Internati ona l
Financial Corporat i on ) , de stinada a fome ntar i nvestimento s d ire tos em paí s e s
em d esenvolv imento I b ) a IDA ( Internati onal Deve lopment Ass o c i a t i on ) , para
fornecer emp réstimos a juros subs i d iados ao s países mais pobre s .
O s is tema de Bretton Woods r e s taurava o padrão ouro-div isas , com o d ólar
assumindo o papel que havia sido d e s e mp e nh a d o pe la libra e s te rl i�a e ntre
o final do s écu lo X IX e o i nício da Prime ira Guerra Mund ia l . E a d is c iplina
das paridad es fixas pro curava evi tar a repe tição da ca lami tosa e xperiência
das de svalorizações compe titivas da d é cada de J9JO . As de bi lidades d o s i s -
tema , no entanto , eram bastante amplas , como o tempo qe er�arre gou d e d e mons-
trar.
Prime iro , com e levados d iferenciai s de taxas de inf lação entre país e s ,
as paridad es fixas não pod eriam s er sustentadas por muit o tempo . Vários
países e uropeus tiv e ram que de svalori z ar suas taxas de câmbio após o término
da Segunda Guerra Mund i al-, a e i nf lação crônica em vários pa ís e s em d e se nvo l
vimento obrigou-os a su c e s s ; " a t=; ri e sva l o -r 5 Z 1'H;Õ e "l cambi a i s nas d écadas d e
1950 e 1960 . Essas d e svalorizaç õ e s , no e ntanto , não che gavam a ferir profunda
mente o sistema , j á que e las não atingiam o pre s tígio da moe da i nternaci onal ,
-
2 . 4-2
'
•. bri o s externo s . Mas não para e x i gir o s a ju s t e s compe nsatór i o s d o s pa í s e s
como o loa ior coti sta do FMI , com d irei to de ve1(o s obre suas pr inc i pais
moe d a .
dólares , em que a d ema nd a d e l i q u i d e z int e rna ci onal era s éns iv e lme nte i nf e
mas que tambem abr i u o alçapão para o co lapso d o s i s tema d e B re tton Woo d s .
Os d efi cits d o ba l a n ç o d e pagame nto s nor t e - amer i cano aume ntaram s ub s tanc i a l
pus eram " árias re s tri çõe s à s s a ídas d e capita i s . I s s o não imp e d iu q u e � e m
o s d em a is agentes e co nô m i c o s s e r i am e f e t ua d a s a p re ç o s l ivre s d e me r c a d o .
· bros do Fundo na pro porção d e suas quotas . O DES , uma r ép l i c a d o " bancor " d e
E�.tad o8 Unidos . Repe t ia - s e o quadro d e 1931', que s epultou o pa d rão ouro - l ibra
e s.tez:lina .
e valor i zando o marco e o i ene j apon ê s em 17% e l4% . r e sp e ctivame nte , com a l
'j
!os Estad o s Uni d o s , no e ntanto , continuaram a cre s ce r , provo cando suce s s i va s
corrid as contra o dó lar . E m fevere iro d e 1973 . 08 Estad o s Uni d o s foram obri
r o para U S $ 42 . 2 2 p o r onç a , mas continu and o a mant e r a i ncove rsibi lidade en
caram abandonando o s i s tema de pari d ad e s fixas , e de i xando suas moe das f lut�
m a que S8 havia improv i s ado , pe rm� tindo a f lutua ç ão adm i n istrad a d a s t axas
tema. Ela tanto permi te a f lutuação pura d a s taxas de câmbi o quanto a flu
tuação tempe rad a por int e rv e nç õ e s dos Bancos Ce ntra i s , s em estab e l e c er qual
s e deci diram a formar um s i s t ema mone tário r egional cu j a uni'd ade de trans a ç õ e s ,
.
o ECU ( European Currency Uni t ) é uma m éd i a pond e ra d a d as principai s moedas
.
eurd péias . Os div er s o s país e s - me mbros d evem mant er S UB S m o e d as d e ntro d e fa i -
c é ntrals .
: O d ó lar , d esde e ntão , e nf rentou duas fas e s , a d e i nt ens a s d e sv aloriz ações '
-
em relaç ão ao iene e ao marco a le mão a té 1980 . e d e v i o le nt í s s imas revalori-
z ações no prime ir� Governo Reaga n . O preço do o uro , que che gou a ma i s de
num s entido oura em outro , não tem asse gurado qua lquer e s tabi li d a d e nas taxas
reais d e câmbio nem nos d e s e mpe nhos dos balanço s de pagam e n� o s em transaçõe s
ca s tão d e sfavoráve i s .
Não faltam propostas para o r e ord e namento monetário mund i a l , mas ne nhuma
d e las cons eguiu s u f i ci e nte cons ens o para a Bua adoção . Uma d as propostas m ai s
e xc lus iv amente por me io d e D i r ei tos Esp e c i a i s d e Saque . Para que a emi ssão
2 . 46
q uirir para reten ção como ativo fin ance iro, ouro possuído por nÃo reei
• a segunda corres pon dendo a s ua monetiza çÃo por parte das A utoridades . "
lor da operação em ques tão, c reditando- s e a conta " Have rea no Exteri-
De smon e tização" .
paIs trans f e r e para o e xte rior uma fração cons tante h ' de s uas
9��8 . Determin e s
vedor inte rme diá rio para maduro, qual a relação entre a dI vida e xtern a
S olução I
S abemos que l
•
2 . 4 7'
(1)
,
As s im., O > O impli ca em 10 -, H > O , ou ainda , dividindo por X , eX > O) ,
. Da me sma forma , o país Gurá onsidera ' o devedor maduro caso z < h/i .
Para oalcularmos o �empo nece s s ário a e s te proc!� �o ( t * ) , prec � �() inicia!. '
.
.
,
z • ( i- x ) ai h (2) donde se obtém as soluções
( i- x ) t
h • h
z (t) - (z - � ) + para o caso em que (3)
o �-x ' I-x
.
...... " '�'9;. . ;:,':'.';-=-:'" w:l
- ....".
.. . .� .' .- - - , '- . .
1 -
- I
( X- i )
(
,
l09a x - lo�e �i �o
( x"'i )
/
• +
t* •
b
1) ) {5)
i -
x
b - h
o
t* •
- '. . --:' --- --
hi
-_._--
---''' ��i�çi�' entre a d I vida e xterna máxima (Dmax ) e a dIvida inicial ( Dôt
.' .
D�ax •
z (t ) . X (t ) •
D ( 7)
lo Xo
o
•
onde t ae obtem a parti r da s e xpres soe a ( 5) a ( 6 ) acima .
o valor h/i . Uma condição sufic iente para q ue i sto ocorra é que
2.48
( i-x) Z :> h.
o
( 8) "
' :t -
x - i
...
(x = 1) (9)
A
onde t representa o perlodo de tempo no qua l o p a s s ivo externo l Iquido
do país e s tará i ntegra lmente l iqui dado . E le j amais pode r i a ser pago caso
(i-x) z > h.
O
2 . 49
'
i1, re lati vos aos anos 1982 , 8 3 , 8 4 , e xtra í dos do bo leti m men s a l e vo l . 2 1
�. " 1
-
, «----- - -_ .' . - - - --_ . .... . � - - _ . - .-_ . .. , - -�... ... - '--a--- --:--
... __", .. . . .; •• . . . ... r• • • :. ; ...... . . . . . .. .. . . . ..
UStIIIUMCAI 'Il10 l
'AlIO ÁII)
.19a4
"
lmJ
m.1
IjlU "U. 17l@.2
·'lU · NIU:1
5ESI'lSA »4.4 167.' 141.S
I-UcmmNCtAS 1I111l&TW11
.;!:l lU:i uu :
211" tn:!
railL�F 11 :1 l�:t Uli:i
.nf:r fU I
IEJUt 'd�1 II:�
-6117.4
11:1
1".6 ·
HIAMSAtIlU C�REHm Uf;1tJj -Im.., ·
IflLRMI
ESl�rs kQ 'AIS
-l7f.�
lll: , �tB H:i
UIU tltJ:i mu
tUllefmflltos ,UH lU:1 ' UH
Dffis11U 4'1!,IIHlO
1
LONflO 'mos
• lmu UH:! 'UU
SbDttRA�,AO.IIÓv.[ sumJà·. mB - MiH md
• '2YH 2111:' ,,,d
"ftPi'. A.ruJO E lONGO nAlV9 .-t'l'
2' . 1 =mu :mJ:J
nbD,tl..AUOV.{ S�PPltrl·s =mN :,m:� " :Ui1:1
11m, -m:t ." -I·m1 :.s " íi!U
ifyjfAtlJ m'o mza 1I 1DUllOI : mu '4l71.1
T OS J Ali (UDU1DOJ . -tn.
·6··i - 21.S
HU05 E OIIlSSOES -UI.4 : ·uu 215. 1
NIIUAVU , ., ou uml1 t.-l C4l�." - 182 ' " ' " "'. 1 • ·UU.2
" I[IIOICSTlAT IVO � RtSIA.1AJ/J -
...
" 1441 . 2
Of>tRACO[$ COl! o FlIl 'UH ; SUB ••
�nr.1 Ac6M�1 �OI''RfôO (A�rmO-}.) 1t82:l m :i
" .11&1:'
U R i. A 4 Ikl ' - "
��Hi7D�An�l8�/mliAVIT ou �[f J C I t [ mUDO COII A IIIClUSAO DAS o�m_cotS A C�1Q mIO \lOS aCOS,C';�tmAlS E DAi AUTO IOAMS
1I0l1l1ARIAS E Dü5 HAlltRíS lOS �AlitilS COllmtAlS OJl CSillO A..út�b"}S II'J m� ( 1ol' I I AI5 • tül110 I'UZO, AS t�ftiv.�p��mAS Dl �E [ 0,110:0
IIOlIi rülQ IlIilUlo.lS A�lH IIJ;.r.t!( l t [li CAP I T A I S 11 c:J� I U i �"ZO �MS:;;,��:i A S�1t II�JL�J;'S Ii� P��f «IO Ilt5UUAJO DiJ �t.LAHCO D I'���[MJOS,
A PAk Tlt K lVI� �[l!j�SI[(AllVa � mUlfAF!I tO"'(O\YlA úl-lÍ(A�O(5 Dl ml'l��\ z.tAO DESI \ IiADAS AG f lh;'�I': JAA:�TO hil USULlABD la
Ul'-lIí:ll K 'Aw!uros It1S,FIII ,TESO'JkO AlU.kICAHIl,iItI Dú[ D[ imos [ ilf1HA�lA�í.lITOS' .
( 1) Dad o s e m Mi l hõe s d e Dó l a re s
2 . 50
a ) Uti lizando e s tes dados , apresente , para cada um dos ano s e m ques
(H) , d� renda lIquida e nv iada para o exter ior ( RLE ) , das e xportações
também que a taxa de j uros inte r �ac io na l ( com capita l i z açÃo ins tantâ
b2) Para que ·0 pas s ivo externo lIquido fos se redu z i do a zero ?
tificativa?
ponde ao saldo. das export ações de bens e s erviços não fatores sobre as
. importações de bens e s erviços não fatores . Seu valor será dado pelo
detida tornando-se o s a l do dos itens " Rendas de Cap i tais " , " Se rviços O!,
versos não Re lativos a Fatores de produção " e "Trans ferênc ias Uni late -
.,
rais , e tomando-se o s imétrico de ste total . ! claro que e s ta última
fatorea .
- Tabe l a 2 . 1
,}
.
-
• -,-
..... _- -.
h •
,_ !!� --- - -- - 0 , 0 87 0 , 21 1 O �-4 1 5
.
-
-- - -
- ,-
-
-
,
,xi s tente àquela épooa a subtraindo 'os U5$ 4562 , 9 , milhões de reservlU i!!, '
_� . �erFac_1:onai s l .. .che9amos_, ao tot�l , do pas sivo extern9 l!quido ' D · 00$" 99058 , 4 _.
0 , 07 9 .
A partir deste. dado . , conc lui-ae que o relação D/X ca ir. com
O , 07 9 . 1 7 , 2
0, 2 1 1 e
'
- 1 , 84 9
0 , 104 • 4 , 27
.noe .
--
melhor resultado no saldo em trans ações cot're ntes .Dn cxmsequênciã aquilo'
2 . 53
O exerc lcl0 i lus tra um ponto de s uma importânc i a : quai squer resul ta -
dos obtidos em funçã� das e xpres sõe s deduz idas no e xercício ( 2 ) devem
X X " 2x . x = C 1 n ( X /X ) /2 -= 0 , 144
e •• 84 82
1984 = 1982
h lC
[ 1 I 1 R
f ( anos ) 10 20 30 40 50
h 0, 28 0 , 11 0 , 06 0 , 03
2ill) Exerc i c! ós Propostos
1 )0 Banco C e n tral de um p a í s é obr igado a conv er ter/ moeda na c ional
no balanço de p agam e n to s ?
' 0 2 ) tJm pal s r e a l i zou , em d e t'e rminado ano , as s e gu inte s transaç õ e s com
ge lra l
dólar e s ,
indi\!Íduo X no ,va lor de 1 0 0 uni dade s mone tári a s (u.m. ) 00 indiViduo X, por
s ua ve z , deve 50 u . m . ao banco r , con s iderado residente em B e 50 u . m .
clas si fique cada uma das a firmativas a segu i r como verdade i ra ou falsa ,
.. - _. . - � . .
ciado) •
ritório , a . sua dIvida externa cairia para 50 u. m., sendo toda ela repr�
d e jur o s i .
t ermine i a ) em que c ond i ç õ e s o país jamais che gar i a à cond i ção d e d e v edor
quando as re serv a s bai xam o B anco C e ntral compra títu los púb l i co s e m montan
t i co no padrão- o uro ) .
D •
+ Á
•
D • c- de + rD
• •
D • a ( r-r ' - e ) - bO + f
•
D • c-de +rD
as s e gu i ntes afirmaç õ e s I
e xe rc í c i o 8 . c .
..
. 2 . 57
_.__ .. _- •. _--- - -_ .
. - 11) C�. base nas equações d o exercício 8 comente a seguinte propos içã o ,.
quanto maio�' expectativa · d e futura d esva1oriz�çio cambi al mais se . d I8v�
em re lação ao tempo .
bial f i xa num nív e l que ' lhe ge re suces s iv o s d e f i c i ta em conta " c orrente ,
b)'a e xpectativa d e d e svaloriz ação c�mbl al ê s l .ja função decre s c ente d o
nív e l d e re.ervas , tend endo ao in� inito quando R t end e a z e ro . O re �ime
de taxas rixal é sustentáv e l a longo praz o? Em que cond içõl s sua ruptura
moeda na ci onal , d e l ivre ace itação em todo o · mund o , . qud s e mp� e rend e s ·
s e j ur o s reais pos itivos , então o preço do ouro cairia a z e r o • .
. l5) Comente a segui nte propo s i ç ão I um s i stema mone tário l nt.e rnaclonal
com v árias mo edas d iferentes é mai s e s táve l do que um outro bas eado numa
única moe d a d e . ace i ta�ão ge ra l .
E N SA I OS E C ONOM I COS DA E P GE
L
29 . C ONTRAD I ÇAo APARENT E - Oc táv i o Gouvê a de B u l hõe s - 1 979
3 0 . M I C RO E CONOM I A- Pa r te 2 - FUNDAME
. N TOS D A T E O R I A DO S PR�ÇOS - Ma r i o Hen r I que
s t monsen - 1 98 0 ( E SGOTADO )
4 1 . R E G U LAME NTAÇAO E D E C I SOES DE CAP I TAL E M BAN COS C OME RC I A I S : REV I SAo DA L I TE
RAT U RA E UM E N FOQUE PARA O B RAS I L - U r l e l de Maga l hães 1 9 84 -
5 1 . A T E O R I A MON ET�R I A MODE RNA E O E QU I L f B R I O G E RAL WAL RAS I ANO COM UM NOME RO
I N F I N I T O OE BENS - A . A rauj o 1 984
-
1 984
56 . EVO L U çAO DOS PLANOS BAs l COS DE F I NANC I AMENTO PARA AQU I S I ÇAo D E CASA P ROP R I A
D O BAN CO NAC I ONAL DE HAB I TAÇAo : 1 964 - 1 984 . C l ov i s de Fa ro - 1 985
-