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PATROCÍNIO SIMULTÂNEO OU
TERGIVERSAÇÃO

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135.1 CONCEITO, OBJETIVIDADE JURÍDICA E SUJEITOS


DO CRIME

O patrocínio simultâneo ou tergiversação está definido no parágrafo único do art.


355, assim: “defender o advogado ou procurador judicial, na mesma causa, simultânea
ou sucessivamente, partes contrárias”. A pena é detenção, de seis meses a três anos, e
multa.

O bem jurídico protegido é a administração da justiça, o interesse estatal na


lealdade do advogado e do procurador no patrocínio dos interesses das pessoas perante o
Poder Judiciário.

Sujeito ativo é somente o advogado ou o procurador judicial. Sujeito passivo é o


Estado e também a pessoa que sofrer prejuízo em razão da conduta.

135.2 TIPICIDADE

135.2.1 Conduta e elementos do tipo

A conduta típica é a do advogado ou procurador judicial que na mesma causa que


esteja posta em juízo defender interesses de partes contrárias, vale dizer, direitos que
sejam colidentes, antagônicos, que se opõem ou que se excluem.

Defender significa postular em juízo, promover a defesa, argumentar, sustentar


teses, enfim, patrocinar o interesse.

Há duas formas de cometimento do crime. A primeira é a defesa simultânea de


interesses colidentes, contrários. Ou seja, ao mesmo tempo, na mesma causa, ainda que em
2 – Direito Penal III – Ney Moura Teles

processos distintos, o agente defende os dois ou mais interesses colidentes.

A segunda é a defesa sucessiva, chamada tergiversação. Inicialmente, ele defende


uma das partes e, ao depois, passa a defender a outra.

A mesma causa é o mesmo litígio, a mesma lide que pode, é óbvio, constar de mais de
uma relação processual. Os interesses que o agente defende, simultânea ou sucessivamente,
devem, necessariamente, ser antagônicos, opostos, colidentes.

Deve o agente agir dolosamente, portanto, com consciência acerca da identidade da


causa e do antagonismo das defesas e agir com vontade livre, sem qualquer outro fim
especial.

135.2.2 Consumação e tentativa

Consuma-se o delito no instante em que o agente pratica, em juízo, qualquer ato em


defesa do interesse da parte contrária àquela para a qual fora constituído anteriormente, não
exigindo o tipo a produção de qualquer prejuízo a qualquer delas.

A tentativa é possível, ainda que de difícil verificação, porquanto a simples outorga


do mandato pela segunda parte não constitui o crime, exigindo-se a efetivação de um ato
de defesa.

135.3 AÇÃO PENAL

A ação penal é de iniciativa pública incondicionada, possível a suspensão


condicional do processo penal.

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