sta fbula vai falar-nos de duas cabras que, at ao momento em que se vo encontrar, nunca se tinham visto uma outra, nem sabiam que existiam. As cabras, de um modo geral, so muito independentes. Andam a pastar sua bela
vontade e vo andando, andando, sempre em busca de melhores pastos e gua fresca, sem medo a grandes caminhadas nem a situaes perigosas! Pode ser no alto das montanhas encontrem o que procuram, ou nos precipcios mais fundos As cabras trepam bem e no tm medo de caminhos maus nem de caminhos difceis de percorrer. Ora estas duas cabras de que vamos falar eram dessas, cheias de coragem e atrevidas at mais no. Pensou uma: - Parece-me estar a ouvir correr um ribeiro, alm! Vou l ter, ver se verdade E ps-se a caminho. Longe dali, em frente desta cabra, mas to longe que ainda no se avistavam uma outra, outra cabra tambm pensou: - Parece-me estar a ouvir correr um ribeiro, alm! Vou l ter, ver se verdade E tambm se ps caminho. Sem o saber, caminhavam uma em direo outra, pois vinham ambas de lugares opostos. Na verdade, as duas tinham razo: havia mesmo um ribeiro de guas muito claras e frescas! E por cima das guas existia uma ponte, ou antes havia uma prancha de madeira a fazer de ponte!
Chega uma cabra ponta dessa prancha e pra. E chega a outra cabra outra ponta dessa prancha e tambm pra. Ficaram, assim, cada uma na sua ponta da prancha, frente a frente, as suas cabras. Uma avana um bocadinho, e a outra tambm avana um bocadinho Uma d dois passinhos, e a outra tambm d dois passinhos Uma d uma corrida at ao meio da prancha, e a outra tambm d outra corrida at ao meio da prancha! E agora? O que vai acontecer?! As duas, lado a lado, no podem passar, pois a prancha muito estreita E l em baixo, o ribeiro afinal muito mais forte do que parecia primeira vista! A prancha est alta e mete medo olhar para baixo! Mas as cabras so teimosas e querem passar as duas ao mesmo tempo! Nenhuma quer ceder o passo outra! Nenhuma est para recuar!!!
E pronto! Acontece o que se est mesmo a ver. Uma de encontro outra desequilibraram-se e vm parar gua do rio, que as leva na sua corrente
Em imensas situaes bem preciso ceder, Para que um perigo maior No nos venha a acontecer