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A cor do dinheiro- homens negros nas saunas de michs em So Paulo1

Autor- Elcio Nogueira dos Santos Doutorando- PUC-SP

Comeo este texto trazendo algumas notas de meu dirio de campo. Impresses de uma das incontveis noites em que estive em campo observando diferenas e semelhanas entre clientes e profissionais do sexo das saunas de mich em So Paulo. Mas nesta noite em especial me deparei com as cores dos corpos como importante marcador de diferena. uma noite de sexta como outra qualquer. O ar est mais pesado, mais difcil de respirar. A sauna est mais cheia. Isso s vezes acontece por aqui [na Apolo], muito pequeno o espao entre as mesas, acaba ficando sempre cheio... tm vrias mesas ocupadas, todas com clientes e boys, conversas sobre futebol, o de sempre... mas que engraado, aqueles quatro clientes esto sozinhos, um grupo, tenho certeza, os vi chegarem juntos, mas nenhum boy chegou at eles. J faz mais de duas horas que eles esto l, ningum os chamou, eles tambm no chamaram nenhum garoto. Ningum para com eles. Estranho. Chamo o Marcos, (boy, 27 anos, ensino fundamental, se declara ndio e gay) e pergunto-lhe por que aqueles quatro clientes esto sozinhos h um tempo. Marcos: porque eles so negros, os boys no gostam muito de negros no! A resposta de Marcos apontava para um dos fortes marcadores de diferena e de excluso dentro das saunas de michs: a cor da pele.

Trabalho apresentado no Fazendo Gnero 9- Disporas, Diversidades, DeslocamentosFlorianpolis- 23 a 26/08/2010

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