Fernando Pessoa uma vez, Fernando Lemos uma vez, Mrio Cesariny duas ou trs

As pessoas tm a sua casa e a sua doena Mas a casa das pessoas a sua doena Oh as pessoas esto doentes de indiferena E morrem como mortos, da sua doena Morrem umas na frente das outras as pessoas Umas so assim outras como so? As pessoas so ms as pessoas so boas As pessoas as pessoas as pessoas as pessoas As pessoas somos ns todos ou ainda menos Oh mrio mrio que horror irmo! Oh ns no vamos ser assim daqui a uns tempos, Ns no vamos ser assim: pois no? pois no? Nosso Senhor Jesus Cristo no tinha biblioteca O pobre no tinha troco de cinco escudos As pessoas mrio to plidas to quietas! A rapariga da frutaria apesar de tudo

Manuel Antnio Pina In Poesia Reunida. Lisboa: Assrio & Alvim, 2001.