PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
SUMARIO
t/5
"Ex Umbris et Imaginibus in Veritatem'
LU
<S>
Sexo e Violencia na TV
UJ
O
"Palavra, Parábola"
00
"O Julgamento de Jesús, O Nazareno"
SUMARIO
Dlretor-Rosponsável:
Estéváo Bettencourt OSB "Ex Umbris et Imaginibus
Autor e Redator de toda a materia in Veritatem" 433
publicada neste periódico
A Memoria da Igreja:
Diretor-Admfnistrador: A Igreja: Sua Origem a Sua Natureza . . 434
O. Hildebrando P. Martins OSB
A TV pesquisada na Universidade:
Administrado e distribuicáo: Sexo e Violencia na TV 443
EdicSes Lumen Christi
Lingüística e Teología:
Oom Gerardo, 40 - 5? andar, S/501
"Palavra, Parábola" 455
Tel.: (021) 291-7122
Caixa Postal 2666 Pleiteando pro Israel:
20001 - Rio de Janeiro - RJ "O Juramento de Jesús, O Nazareno" . 463
Sempre em foco:
ncademacáo Mals urna vez o Sudario de Turim .... 473
O Diálogo Judeo-cristao:
Aínda o Carmelo de Auschwitz 478
Llvro ttn Estante 480
1 'MARQUES-SARA/VA "
GRÁFICOS £ EDITORES S. A.
Tels I0ÍIK73-949B -Í73-9H7
NO PRÓXIMO NÚMERO
.Pagamento (á escolha).
1. VALE POSTAL á agencia central dos Córrelos do Rio de Janeiro em nome de Edi-
cóes "Lumen Christl" Calxe Postal 2666-20001 Rio de Janeiro- RJ.
2. CHEQUE NOMINAL CRUZADO, a favor de EdicOes "Lumen Christi" (endereco
ácima).
3. ORDEM DE PAGAMENTO, no Banco do Brasil, conta N? 31.304-1 em nome do
Mosteiro de Sfio Bento, pagável na agenda Praca Maué/RJ N« 0435-9. (Nflo enviar
através de DOC ou depósito instantáneo - A identiftcacfio 6 difícil).
'Ex Umbris et Imagínibus in
Veritatem"
Aos 11/08 pp. foi celebrado o centenario da morte do Cardeal John
Henry Newman, que formulou para si mesmo o epitafio: "Ex umbris et ima-
ginlbus in Varitatem. - Das sombras e imagens para a Verdade". Estas pala-
vras compendiam bem a trajetória desse homem notável, que foi um ardoro
so peregrino da Verdade.
433
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
A Memoria da Igreja:
434
IGREJA: ORIGEM ENATUREZA
435
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
Como entao proceder para chegar a urna elucidacao dos quesitos pro-
postos?
436
IGREJA: ORIGEM E NATUREZA
A sumaria exposicáo das tres carnadas de teorías feita até aqui maní-
festa que cada qual délas é o reflexo da sua época ou foi marcada pelas cir
cunstancias sociais, políticas e culturáis da respectiva época. A Eclesiologia
foi formulada em consonancia com esses fatores extrínsecos e contingentes,
e nao de acordó com a memoria da Igreja, ou seja, com as concepcoes cons
tantes e tradicional que formam o fio condutor da historia e da doutrina da
Igreja. É, pois, necessário redescubrir a memoria e a Tradicao da Igreja.
1 Eis as palavras com que o próprio Cardeal Ratzinger exprime seu penta-
mento no artigo "A Memoria Histórica da igre/a" publicado no JORNAL
DO BRASIL, caderno "Idéias/Ensaios" de 5/8/90, pp. 7s. Tais dizeres a/u-
dam a compreender afirmacdes de teólogos da Libertacáb no Brasil:
"Esse novo tipo de Hberalidade pode transformarse, com grande facili-
dade, em urna ¡nterpretacá"o de orientacio marxista da Biblia. O confronto
entre sacerdotes e profetas converte-se na chave da luta de classes como lei
da Historia. Nesse caso, Jesús foi morto na luta contra as torcas opressoras e
se converte em símbolo do proletariado que sofre e luta, símbolo do povo,
como se prefere dizer. O caráter escatológico da mensagem remete para o
fim de urna sociedade classista; na dietética profeta-sacertote expressa-se a
dialética da Historia, que culmina com a vitória dos oprimidos e o surgimen-
to de urna sociedade sem classes. Nesta concepció pode-se encaixar o foto
de que Jesús quase nunca fatou de Igre/a, referindo-se, constantemente, ao
Reino de Deus; o Reino será, entffo, a sociedade sem classes, e será amatada
luta do povo oprimido; ele ocorre onde o proletariado organizado, isto 6,
seu partido, com o socialismo alcancou vitória. A eclesiologia volta a ter sig
nificado, neste modelo dialático, dado pelo desmembramento da Biblia em
sacerdotes e profetas, correspondente i difarenca entre instituicáb epovo.
Segundo esse modelo dialético, é Igre/a institucional, oficial, se opde a Igre/a
do povo, aquela que, renascendo constantemente com ele, perpetua as intBn-
cdes da Jasus, sua luta contra as instituicóes e seu poder opressor, a favor de
urna nova sociedade livre, o reina "
437
'PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
sus. Era na base desta verif¡cacao que Loisy dizia: "Jesús pregou o Reino de
Deus (= a consumacao definitiva da historia), mas o que veio é a Igreja".
Eis, porém, que a oposicao "Reino de Deus x Igreja" é falsa. Com efei-
to; os Profetas do Antigo Testamento anunciavam o Reino de Deus como
realidade última e definitiva; Sao Joao Batista também reunia os homens rai
ma só comunidade que aguardava o termo final da historia. Ora Jesús veio
justamente, como representante de Deus Pai, para reunir os homens no Rei
no prometido. Este, porém, nao é um lugar, um espapo; é Jesús mesmo; é
Deus posto diante do homem. Observemos que, quando Jesús se aproximava
do povo para anunciar-lhe a Boa-Nova, dizia-1 he: "Cumpriu-se o tempo e o
Reino de Deus está próximo" (Me 1,15). Jesús é o Reino que se aproxima;
onde Ele está, ai está o Reino; o Reino de Deus é a atuapSo de Deus na his
toria dos homens. Por isto a frase de Loisy deveria ser assim corrigida:
"Anunciou-se o Reino e chegou Jesús".
Esse Jesús nunca está só. Ele veio reunir os homens num só povo. Den-
tre as diversas imagens que designam esse povo — rebanho, cidade de Deus,
templo de Deus, campo de Deus... -, a preferida é a imagem da familia de
Deus: nesta os homens sao filhos de Deus e Jesús 6 o Primogénito.
438
IGREJA:ORIGEM ÉNATUREZA
braico para o grego - o que significava que era um livro destinado a todas as
nacoes.
439
8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
Ora Jesús veio realizar estes anseios. Por isto os cristaos das primeiras
geracoes, assumindo o no me grego Ekklesía (= convocacao, chamamento
dos que estavam longe), queriam declarar que neles se realizava a nova qahal
almejada pelos judeus. A Lei (Tora) da qahal antiga se transformava em Lei
do amor (cf. Jo 13, 34): "Eu vos dou um novo mandamento: que vos améis
uns aos outros, como eu vos amei". Jesús, entregando a vida por seus discí
pulos num gesto de amor, podia promulgar a nova alianca sobre esse amor,
fazendo dele a grande diretriz de vida dos seus seguidores.
440
IGREJA:OR1GEM E NÁTUREZA 9
441
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
costes, e termina em Roma; esta cidade, na mente de Lucas, tem valor teoló
gico, é o ponto que séla e confirma a catol¡cidade da Igreja.
CORRESPONDENCIA MIÚDA
442
A TV pesquisada na Uníversidade:
Sexo e Violencia na TV
1. Os fatos concretos
443
12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
Estupros 3
Nudez total masculina 28
Nudez total faminina 83
Trejeltos ou referencias a homossexualismo feminino 61
Trejeitos ou referencias a homossexualismo masculino 127
Relacdes explícitas 114
RelacSes implícita» 162
Referdncias a sexo ou piadas sobre o tema 180
Nudez parcial masculina 212
Nudez parcial fe minina 822
REFERENCIAS A:
Afrodisíacos 3
Virgindade 7
Genitalia 24
Impotencia sexual 30
Termos chulos ou palavrSes 72
Canas de tortura 23
Facadas 66
Trombadas de carro 233
Brigas *>1
Explotóos 886
Tiros 1940
444
SEXO E VIOLENCIA NA TV 13
2. Quais as causas?
445
14 * "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
1 A expressSo 6 do poeta satírico latino Juvenal (f 130 dC), que assim con-
surava a fútilidade da sua gente.
446
SbXU b VIULbNUM nm i v la
Trejeitos ou referencias
a homossexualismo 42 9 0 137
447
H> "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
448
SEXO E VIOLENCIA NA TV 17
p. 13. Dessas declarares vao aquí extraídas algumas das mais expressivas,...
tanto mais pelo fato de provirem de um profesional do teatro, que nao faz
profissao de Moral religiosa.
- Nio. Acho que a Casseta 6 um efeito e nio urna causa. Por que a
Casseta usa a avacalhacio como base do seu humor? Porque o Brasil está
num momento psicológicamente perfeito para a cu/tura da avacalhacSo. O
que me repugna na avacalhacio é a sua ausencia de alvo intelectual, políti
co, social, psicológico, qualquer que seJa ele. Os avacalhantes avacalham pelo
prazer de avacalhar. Sem nenhuma finalidade que nio seja a de — pobre de
nos — fazer rir. Com a avacalhacSo desaparecem quaisquer valores que a po-
pulacio possa ter e nio se oferees nada para substitui-los.
449
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
res pensassem menos no dinheiro que ganham e mais nos maleficios que tra-
zemájá tio combatida mentafidade brasileira.
450
SEXO E VIOLENCIA NA TV 19
3.3. Governantes
Ainda está muito atual o apelo dirigido ao Senado por onze mil signa
tarios pouco depois que a Cámara dos Deputados em Brasilia aprovou a abo-
licáo da censura aos 19/9/85:
451
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
452
SEXO E VIOLENCIA NA TV 21
3.5. A Igreja
453
22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
APÉNDICE
Da revista VEJA, edicáo de 15/08/1990, pp. 14s, extraímos o seguinte
tópico, que faz eco á reportagem comentada ñas páginas atrás:
454
Lingüística e Teología:
"Palavra, Parábola"
por Rdmuk) Cándido de Souza
455
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
1. O conteúdo do livro
456
"PALAVRA, PARÁBOLA" 25
"É na casa do pobre que Cristo adía seu descanso. Nio nos palacios
dos ricos, em Jerusalém, mas nos arredores da cldade, na periferia, oa casa
do pobre" (p. 307).
457
2(f "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
suavizar o impacto que seu üvro deve causar; afirma que a re-interpretacáo
nao afeta a fé dos cristaos:
Pergunta-se, pois:
2. Quedizer?
O livro nos sugere muitas observacoes, das quais sejam quatro aqui
enunciadas:
2.1. O método
Escola vem do grego scholá = ocio, lazer. Ora o sentido que hoje da
mos a escola é o de urna instituicao de muito trabaIho, caracterizada pelo
estudo, pela pesquisa e pela transmissao do saber, e nao pelo ócioou o lazer.
458
"PALAVRA, PARÁBOLA" 27
res ou seres irracionais. Nao se diga que o Sr. Oliveira tem algum parentesco
oom árvore produtora de azeitonas, ou que a Sra. Pereira tem algo de co-
mum com árvore que dá peras...
Contemplar vem de templo. Isto, porém, nao quer dizer que hoje
quem contempla esteja, de certo modo, relacionado com um templo. Con
templarse urna paisagem, um espetáculo, urna disputa atlética...., sem a mí
nima referencia a um templo.
Além disto, para um católico essa Tradicao oral continua viva na Igre-
ja, á quai Cristo prometeu sua assisténcia infalfvei para guardar e transmitir
a mensagem da fé (cf. Jo 14, 26; 16, 12-14). Por conseguinte, o magisterio
da Igreja há de ser levado em conta por todo estudioso católico que deseje
conhecer o sentido da Biblia. Nunca um fiel católico pode limitar suas fon-
tes de conhecimento ao texto escrito, pois este mesmo se refere á Tradicao
oral como elemento hermeneutico indispensável; cf.
2Tm 1,12-14: "Sai em quem acreditei... Toma por norma as s& pala-
459
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
O mesmo nao se dá, por exemplo, com o budismo. Pode o budista du-
vidar das biografías de Buda que a Tradicao Ihe entrega (a mais antiga é a
Lalista Vistara, escrita sáculos depois da morte de Buda), e, nao obstante,
460
"PALAVRA. PARÁBOLA" 29
461
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
D V D
4 + 6 +4 =14
Disto tudo se depreende que midraxe nao é urna parábola. Esta é urna
estória ficticia, que nunca aconteceu. Nos Evangelhosexistem mWraxim e
também parábolas, mas isto nao quer dizer que sejam os Evangelhos ficcao
ou relatos nao históricos. A historicidade destes quatro livros tem sido estu-
dada meticulosamente; donde resultaram conclusoes positivas em favor da
mesma, como se pode perceber na bibliografía deste artigo.
3. ConclusSo
A propósito ver
Rene Latourelle, Jasu* Exlttiu? . Ed. Santuario (Caixa Postal 04,
12570 Aparecida, SP) 199a
F. Lambiasi, AutentlckJada Histórica dos Evangelhos. Estudos de
Criterlologia. Ed. Paulinas 1978.
Fr. Dreyfus, Jesús sabia que ara Deus? - Ed. Loyoia 1987.
462
Pleiteando pro Israel:
463
32 "PERGUNTE'E RESPONDEREMOS" 341/1990
1. Atesé do autor
464
"O JULGAMENTO DE JESÚS..." 33
Jesús se declarou Rei dos judeus durante a sua vida pública, responsá-
vel pela ¡mplantacao do Reino de Deus neste mundo. Ele nao se dizia F¡-
Iho de Deus. mas filho de Davi e Messias (Ungido). Ora esta concepcao nao
ofendía os judeus,1 mas irritava os romanos, que dominavam a térra de Is
rael. Por isto Pilatos concebeu um plano estritamente cronogramado para
condenar Jesús á morte. Judas nao traiu Jesús (este traco, encontrado nos
relatos evangélicos, seria ficcao dos evangelistas, interessados em acusar os
judeus e inocentar os romanos). Foi Pílatos quem mandou prender Jesús me
diante urna coorte acompanhada de guardas judeus do Templo (cf. Jo 18,3 e
12). Os guardas judeus acompanharam a coorte romana porque deviam levar
Jesús á casa do Sumo Sacerdote, evitando que fosse diretamente para urna
prisao romana.
E por que o levaram para a casa do Sumo Sacerdote? - Para tentar sal-
vá-lo da ira de Pilatos. Queriam obter de Jesús a promessa de que "nao mais
se dedicaría aos assuntos do seu 'reino' e evitaría qualquer atividade ilegal"
(p. 119). Quando viram que Jesús ná*o renunciava aos seus propósitos, nSo
se contiveram e o espancaram, nao por odio, mas porque Jesús fora pouco
habilidoso e perderá a ocasiSo de escapar da morte. Quando disseram: "E
1 "Do ponto de vista do Sinedrio, o tribunal dos judeus, Jesús era totalmen
te inocente" (p. 250; cf. pp. 128s).
465
34 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
réu de morte!" (Mt 26,66), nao tencionavam condená-lo, mas apenas pre-
viam a sentenca condenatoria a ser proferida por Pilatos (pp. 133-135). Os
judeus queriam exercer o amor ao próximo para com Jesús, sabendo que ele
se encaminhava para a condenacao á morte por parte dos romanos. Os ju
deus nao entregarían fácilmente o judeu Jesús ao poder estrangeiro dos ro
manos.
466
"O JULGAMENTO DE JESÚS..." 35
ligiao crista e fazer crescer a sua influencia frente aos governantes romanos.
Quando os Evangelhos foram escritos, a comunidade crista em Roma aínda
era pequeña e perseguida. Para dentro existia a necessidade de ressaltar a
santidade de Jesús, a sua inocencia de qualquer crime ou pecado, a sua gran
deza em suportar o sofrimento e as torturas, e para fora existia a necessidade
de ressaltar que os romanos nao estiveram envolvidos no caso, que Jesús nao
os agredia com sua crenga e com suas atividades, e que nenhum governador
romano, de acordó com o seu status e de acordó com a lei romana, tinha
qualquer razao para prendé-lo, julgá-lo ou crucificá-lo. Salientar o odio
dos judeus contra Jesús e o suposto interesse que teriam em seu afastamen-
to e morte deveria — ou assim eles consideravam — aumentar o prestigio dos
cristaos aos olhos dos romanos. Por outro lado, qualquer expressao ou des
criólo da qual se desprendesse alguma crítica aos romanos ou alguma quei-
xa contra eles, s6 poderia fazer reavivar as chamas das perseguipóes contra os
cristaos" (p. 14).
Diz H. Cohn que tal modo de apresentar o processo de Jesús nos Evan
gelhos redundou em aversao e perseguicao aos judeus, da qual o Holocausto
sob o nacional-socialismo alemao é das mais clamorosas. Nao obstante, "se-
jam quais forem os relatos dos Evangelhos, é um fato que os judeus nao car-
regam nenhuma culpa pela morte de Jesús" (p. 268).
2. Refletindo...
Compreende-se que Haim Cohn, como judeu, queira defender sua gen-
467
36 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
te, mas nao se pode deixar de observar que o trámite seguido pelo autor é
unilateral, preconcebido e artificial. Com efeito; H. Cohn nao considera de-
vidamente os antecedentes da Paixao de Jesús: as altercacoes entre Jesús e os
fariseus (partido dominante na época) eram graves; Jesús se opunha rigoro
samente ao "farisaísmo", a tal ponto que, conforme Me 3,6," os fariseus
com os herodianos conspiraram contra Jesús sobre o modo de o matarem"
já nos inicios da vida pública do Senhor. Conforme Sao Joao, mais de urna
vez os judeus procuraram prender e mesmo matar Jesús durante o seu mi
nisterio; cf. Jo 5,18:
"Os judeus, com mais empenho. procuravam matar Jesús, pois, além
de violar o sábado, ale dizia ser Deus o seu próprío pai, fazendo-se assim
igual a Deus".
468
"O JULGAMENTO DE JESÚS..." 37
aquí! ou Ei-lo ali!, pois eis que o Reino de Deus está no meio de vos" (Le
17,20s).
469
38 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
É de notar, porém, que entre Jesús e a reda pao escrita dos Evangelhos
nao houve*hiato, mas, sim, a transmissao ou pregacao oral dos ditos e feitos
de Jesús. Essa pregacáo oral foi-se cristalizando aos poucos em folhas volan
tes, que continham episodios da mensagem de Jesús; tais folhas foram final
mente utilizadas pelos Evangelistas para redigirem os seus Evangelhos. Há,
pois, continuidade entre Jesús e o texto escrito dos Evangelhos, continuida
de sob a vigilancia dos Apostólos, que zelavam pela i'ntegra conservacao do
depósito da fé (cf. Gl 1.8s; Jd 3; 2Tm 1,13s; 2,2; 3,14...). É isto que torna
inversossímil a h¡pótese de deterioracao dos fatos ou da mensagem; so admi
te tal teoria quem náfo conhece com precisao a historia do Novo Testamento.
470
"OJULGAMENTODEJESUS..." 39
471
40 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
472
Sempreemfoco:
473
42 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
474
O SANTO SUDARIO DE TUR1M 43
475
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
negativa e dizer que a Igreja tem medo da ciencia. Diante desse perigo,
decidiu-se proceder ao exame científico a todo custo, mesmo sob protesto.
Foí urna chantagem. Encostaram-nos na parede com urna chantagem: ou
aceitávamos o teste com o Carbono 14 ñas condicdes impostas pelos Labo
ratorios ou comecaría urna campanha acusando a Igreja de temer a verdade
a ser inimiga da ciencia. Os Laboratorios se comportaram muito mal. Pro-
testo contra e/es, vista a sua falta de idoneidade no campo deontológico.
Protesto pela maneira infame como se conduziram. Já disse a e/es que sSo
mafiosos".
476
O SANTO SUDARIO DE TURIM 45
Hall afirmou que usará o dinheiro para criar urna nova cátedra de
ciencia arqueológica, em beneficio precisamente do... Dr. Michael Tite, o
cientista que exerceu o principal papel "no desmascaramento do Sudario
de Turim" e tentou-se defender, em vao, no Encontró de homens de cien
cia de Paris.
2. Conclus&o
477
O Diálogo Judeo-cristffo:
478
CARMELO DE AUSCHWITZ 47
A Comistffo Episcopal lembra que ala abriu urna conta bancária para o
Centro e o Carmelo. Já Ihe foram enviados donativos assaz numerosos, pro
venientes da mab de 45 Departamentos. Devam permitir fazer frente á pri-
meira fase da trabalho, que será realizada no próximo verffo e cujo custo
atingirá, sem dúvida, um pouco mais de cam mil dólares...
479
48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 341/1990
Livro em Estante
Laitura Orenta da Biblia, ColecSo "Tua Palavra é Vida". PublicacBes
da CRB/1990. - Ed Loyola, Sio Paulo 1990. 137 x 207 mm, 79pp.
480
NOVIDADES
LIVROS EM LÍNGUA ESPANHOLA:.
NOVIDADES: