PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIN.E
OUTUBRO
1993
to SUMARIO
Diretor-Responsável o Sumario
Estévao Bettencourt QSB
Autor e Redator de toda a materia "Tu me seduziste, Senhor...!" (Jr20,7).. 433
publicada neste periódico
Sempre na ordem do dia:
Os novos movimentos religiosos 434
Dlretor-Adm ¡nittrador:
D. Hildebrando P. MartinsOSB Aínda a crítica dos Evangelhos:
"Jesús dentro do Judaismo",
Administrecao e distribuicáo: por James H. Charlesworth 446
Edicoes "Lumen Christi"
"Quem dlzem os homens que eu sou?"
Rúa Dom Gerardo. 40 - 5?'andar - sala 501
Ainda os judeus messiánicos 455
Tel.: (021) 291-7122
Fax (021) 263-5679 Tendencia forte:
A privatizacao da fé 462
Endereco para correspondencia: Surpresa?
Ed. "Lumen Christi" Abstinencia de carne: Porqué? 467
Caixa Postal 2666
Discute-se:
Cep 20001-970 - Rio de Janeiro - RJ
A esterilizacao das pessoas deficientes . . 471
Impressao e Encadernapao
De grande atualidade:
AIDS e Castidade 476
Será?
O bem e o mal: Maniqueísmo? 480
"MARQUES SARAIVA ~
GRÁFICOS E EDITORES S.A.
re/t: (021) 273-9493 / 273-9447
NO PRÓXIMO NÚMERO:
Sudario de Turim: rejeitado o teste do Carbono 14. — "Jesús, Precursor e Anun
ciador da Nova Era" (L. Trevisan). - "Nem Bateados nem Casamentos...". - Os
Anticoncepcionais e a Ameaca de Estupro. — Manipulacao da Vida Humana. —
"Santo Antonio de Categeró": quem era? — O Neocatecumenato. — Um teste-
munho significativo.
433
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
ANO XXXIV -- N? 377 - Outubro de 1993
* * *
É sempre — ou cada vez mais — atual o tema das seitas ou, melhor,
dos Novos Movimentos Religiososo (NMR) que invadem as populacdes da
América Latina e, em particular, do Brasil. Embora as estatfsticas sejam di-
f icéis, visto que há pessoas de posicao religiosa ambi'gua, diz-se que anual-
434
OS NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS
435
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
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OS NO VOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS
437
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
2. PROSPECTIVAS
2.1. Diálogo?
É certo que varios dos NMR sa*o impulsionados por atitudes patológi
cas: assim, uma excitacao fanática, cega... doentia,... excitacao provocada
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OS NOVOS MOVIMIENTOS RELIGIOSOS
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
- nao será lícito impor a quem quer que seja, 'a mendicáncia ou a
prostituicao', a título de angariar fundos.
440
OS NOVOS MOVIMIENTOS RELIGIOSOS
3. QUE FAZER?
3.1. Catequese
441
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
É também para desejar que a Igreja penetre mais e mais nos meiosde
comunicacao social; cf. PR 364/1992, pp. 398-409.
442
OS NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS U_
3.3. "NáV'aoSecularismo
3.4. As Paróquias
3.5. A Liturgia
443
_12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
Concluiremos acrescentando
4. A PALAVRA DO PAPA
444
OS NOVOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS
• * *
Unidade na Pluralidade, por Alfonso Garci'a Rubio. - Ed. Paulinas, Sao Paulo
1989,135x210 mm, 578 pp.
O subtítulo do livro soa "O ser humano á luz da fé e da reflexao cristas". A obra
vem a ser um tratado de Antropología Teológica, que abrange diversos aspectos da te
mática, de maneira erudita e profunda, numa perspectiva quase enciclopédica. O autor
cita as teorías existentes sobre os varios pontos do tratado, ás vezes de maneira tal que
o leitor difícilmente consegue depreender a posicao finalmente adotada pelo Pe. Gar
cía. Pode-se dízer, porém, que, embora exponha muitas sentencas nem sempre ortodo
xas, o autor guarda a reta doutrina de pontaaponta em seu livro. Os dois segmentos
nevrálgicos do tratado de Antropología Teológica sfo: o da constituicao psicossomática
do homem (corpo e alma distinguenvse entre si?) e o do pecado original. No tocante
ao primeiro, o autor combate veementemente o dualismo (a materia seria má, e o espi
rito bom), mas defende a dualidade (a materia e o espirito se diferenciam um do outro,
mas sem antagonismo ontológico); "nao é lícito passar do dualismo ético para o dualis
mo metafísíco" (p. 90); por conseguinte, a ressurreicao dos seres humanos em geral se
dará no fim dos tempos como ensina a Escritura (cf. Jo 60,40; 1Cor 15,22s; 1Ts 4,
15-17), e nao logo após a morte do individuo.
445
Ainda a crítica dos Evangelhos:
446
"JESÚS DENTRO DO JUDAISMO" 1S
1. CONSIDERACOES GERAIS
"Durante anos citei com aprovagSo o queja nSo posso endossar. Re-
firo-me á seguinte citagSo do livro de Rudolf Buftmann Jesús and the
Word:
'Eu pensó que agora quase nada podemos saber sobre a vida e a per-
sonalidade de Jesús, já que as primeiras fontes cristas nao mostram interés-
se em qualquer das duas e que nao existem outras fontes sobre Jesús'
(p. H).
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]6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
... A compreensao que Bultmann tem das fontes cristas, a saber, a tra-
dicao subjacente á redacao dos Evange/hos, é muito diferente da minha
própria. Difiro de Bultmann nao só em conclusao, mas também em me
todología" (pp. 146s).
2. TRACOS MARCANTES
Como se vé, o autor ná*o ousa adiantar-se num terreno que ele consi
dera ainda insuficientemente explorado.
448
"JESÚS DENTRO DO JUDAISMO"
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
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"JESÚS DENTRO DO JUDAl"SMO" 19
"A existencia de Jesús nao pode ser provada aos céticos pelas narra
tivas do Novo Testamento, porque estas estio obviamente predispostas a
favor de Jesús. Certamente, Flávio José nSo é pró-Jesus na versao árabe
das Antigüidades 18, as quais, como o erudito judeu Fines corretamente
julga, apesar de seu retrato mais favorável, tém essencialmente 'urna ati-
tude de nao comprometimento' com relacSo a Jesús" (p. 108).
"Por mais que isso tenha parecido incrível antes, os arqueólogos nSo
estao jogando pedras no caminho da fé crista. Em termos da historia do
Novo Testamento, estao mostrando a areia e o leito de rocha em que se
fundamenta a fé. A pesquisa sobre Jesús é influenciada pela pesquisa ar
queológica. O Jesús da historia é agora menos incompreensível, gracas a
arqueología da Palestina" (p. 142).
451
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
O autor nao vai mais longe porque prescinde da fé. Julga, porém, aos
olhos mesmos da razao, que Jesús se diferenciou dos outros homens em
seu trato com Deus Pai.
452
"JESÚS DENTRO DO JUDAl'SMO"
3. CONCLUSÁO
453
22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
Reino de Deus, ensinou que Deus devia ser concebido como um pai amo
roso (Abba), pode ter tido alguma autocompreensao messiánica, provavel-
mente de algumas formas se tinha na conta de fi/ho de Deus, possivelmen-
te enfrentou sem medo a premonicao de que sería assassinado (talvez ape-
drejado), mas, nao obstante, depois de um período desconhecido de pre-
gacao pública na Galiléia, foi para o Sul, para Jerusaiém, onde com ousa-
dia e éxito demonstrou seu desprezo pela corrupcio no Templo durante
urna confrontacao pública com a casta sacerdotal, sofreu por causa da trai-
ció de Judas e da negacao de Pedro, e terminou morrendo ignominiosa
mente numa cruz, do lado de fora da mura/ha ocidental de Jerusaiém, na
primavera de 30 E.C." (p. 182).
Como quer que seja, o livro nao é de fácil leitura; supoe um usuario
já iniciado em estudos bfolíeos e cristológicos.
A propósito ver
Francois Dreyfus, Jesús sabia que era Deus? Ed. Loyola 1987.
Rene Latourelle, Existiu Jesús? Ed. Santuario 1989.
• * *
Cremos que o livro apresenta páginas muito úteis e proficuas ao estudioso, mas é
de leitura pesada por causa de fatores varios: excessiva preocupacao com a necessidade
de evitar o dualismo (antagonismo) entre corpo e alma, preocupacao que leva o autor a
explicacoes sutis (cf. pp. 258-292); o leitor pouco conhecedor do assunto pode fácil
mente concluir que o Pe. Garci'a professa o monismo "corpo-alma" — o que na verdade
nao é o pensamento do autor. Registram-se também elucubracoes longas demais sobre
civilizapáo industrial (cf. pp. 30-65), América Latina e política (cf. pp. 406-430)... 0
autor tenciona abordar todos os aspectos do tratado; parece que o faria com mais pro-
veito para o leitor, se escrevesse obra mais enxuta e clara.
E.B.
454
"Quem dizem os homens que eu sou?"
Verificase, porém, que esses judeus até hoje nao se filiaran) ao Cris
tianismo enquanto é instituicao ou Igreja, ou, caso se tenham filiado, ten-
dem a formar um grupo á parte. A razio deste fato é, em parte, o ressenti-
mentó neles existente em conseqüéncia dos litigios havidos entre judeus e
cristaos no passado; é também o amor ás tradicoes culturáis do judaismo,
que eles desejam guardar, em vez de adotar as expressoes culturáis do
Ocidente.
* * *
455
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
2. OS JUDEUS MESSIANICOS
456
aínda os judeus messiánicos 25
Da sua parte, o judeu messiánico esforca-se por mostrar aos seus com
patriotas que nao é preciso ser ou tornar-se um nSo-judeu (um pagao)
para crer em Jesús e cultivar urna teologia auténticamente crista compatí-
vel com o judaismo. Em vez de se deter nos episodios de confuto ocorri-
dos entre judeus e cristaos através dos sáculos, o judeu messiánico conside
ra tudo o que há de positivo e divino na mensagem de Jesús.
457
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AÍNDA OS JUDEUS MESSI AÑICOS 27
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28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
2. REFLETINDO...
460
AÍNDA OS JUDEUS MESSIÁNICOS
2.3. Aculturacao
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Tendencia forte:
A PRIVATIZAQÁO DA FÉ
• * *
462
PRIVATIZAQÁO DA FÉ 31
463
32 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
2. QUEDIZER?
2.1. Alianca
"Tudo o que ligardes sobre a térra, será ligado no céu..." (Mt 18,
18; cf. 16, 19);
"O Espirito Santo... vos ensinará tudo, e vos recordará tudo o que eu
vos disse" (Jo 14,26);
"Simio, Simio,... roguei por ti, a fim de que a tua fé nio desfafeca.
Quando te converteres, confirma teus irmios" (Le 22,31s);
464
PRIVATIZACÁO DAFÉ 33
2.2. Sacramento
A Igreja assim constituida, tem uma face humana, mas nao é apenas
a soma dos homens que a compoem. Dentro déla vive o Cristo. Este com-
parou-se a um tronco de videira, da qual somos os ramos; isto querdizer
que há uma comunhao de vida entre Cristo e seus discípulos ou sua Igre
ja. Por meio do sinal humano da Igreja, o Cristo exerce a sua apio santi-
ficadora em favor dos homens. É o que torna a Igreja um sacramento...
ou o Sacramento que prolonga a humanidade de Jesús. Por esta, na térra,
o Filho de Deus exerce sua funcao de arauto da Boa-Nova e restaurador
do homem ferido pelo pecado; por sua Igreja — Corpo de Cristo estendi
do através dos séculos — Cristo continua a sua missao redentora.
2.3. E as falhas?
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34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
* * *
A nova regulamentacSo foi elaborada com base em testes feitos pela Holan
da, no ano passado, com preservativos racionáis a estrangeiros vendidos no país,
que detectaram que, em sua grande maioria, nao eram eficientes nam para o con
trole de natalidade nam para a prevancao á AIDS. Os testes foram pedidos pelo De
partamento de Dafesa do Consumidor e pelo Procon de Sao Paulo.
Estes dados evidenciam quao falsas sao as afirmacóes de plena eficacia da ca-
misinha provenientes de adeptos do livre relacionamento sexual. — A propósito ve-
ja-se o oportuno artigo de Mons. Jean Bonfils publicado ás pp. 476-479 deste fas
cículo.
466
Surpresa?
* * *
467
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
O cristao sabe que Deus fez todas as criaturas boas (cf. Gn 1,31) e as
destinou a servir ao homem para que este se santifique e dé gloria ao seu
Senhor; nao há, por conseguinte, alimento que por sua natu reza mesma se-
ja pecaminoso (cf. 1Tm 4,4s);
468
ABSTINENCIA DE CARNE: POR QUÉ?
Redentor, já nao tém vigor as normas positivas da Tora judaica (todas elas
dadas como prenuncios e preparativos do Salvador); permanecem de pé
apenas os preceitos de direito natural que Moisés incluiu na sua legislacao
e que, por serem de direito natural, se estendem a todos os tempos e todas
as religiSes.
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38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
3. UMA OBJECÁO
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Discútese:
AESTERILIZAQÁO
DAS PESSOAS DEFICIENTES
* * *
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ESTERILIZAQÁO DE DEFICIENTES 41
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3. O EMBASAMENTO DA DECISÁO
474
ESTERILIZA CAO DE DEFICIENTES 43
4. A RESPOSTA CRISTA
* + *
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De grande atualidade:
AIDSECASTIDADE
* * *
1.0 TEXTO
476
AIDSECASTIDADE 45
Respondí:
"Tenno vergonha em nome dos jovens. Quem se julga que eles sao?
Em prime i ro lugar, mentem-lhes, dando-lhes a crer que os preservativos
sao o melhor remedio contra a AIDS. A seguir, rebaixam-nos quase ao ní-
vel de um animal que nao tem inteligencia para conceber um ideal, nem
afetividade para gozar dele, apreciá-lo, expandir-se nele e amá-lo, nem von-
tade para realizá-lo. Os homens contentam-se com muni-los de urna prote-
cao, e subentendem que, com isto, podem permitir a si mesmos o que eles
querem. Chamo isto 'urna pedagogía da subcintura, urna pedagogía que es
carnece do coraclío e do cerebro'. A pedagogía dos fracos, dos que sao des-
prezados, porque tidos como incapazes de coisa alguma, e digo a mim mes-
mo que os jovens merecem, sem dúvida, um pouco mais de consideracSo".
Um jovem reagiu entao: "Mas o Sr..., o Sr. talvez nao tenha relacoes;
por isto é-lhe difícil saber o que elas significam!" Ao que respondí: "Se eu
nao tivesse a oracá*o e um pouco de disciplina dé vida, eu seria e faria co
mo todos fazem".
477
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 377/1993
II. COMENTANDO...
478
AIDSECASTIDADE 47
Oxalá esta linguagern franca, que afinal pode ser entendida mesmo
sem a luz da fé, consiga levar a seria reflexao sobre o problema da AIDS!
* * *
479
Será?
* * *
480
Em Comemoragao do IV Centenario de sua. Fundagao
Da mesma obra, álbum com 110 págt. (30 x 23) tomantt mbn t IQREJA DE SAO
BENTO. am S volvmat ttptradot ñas lingual portuguota.xatpanhola. fnnetsa. inglesa
a alemi.
O ANO LITÚRGICO
Presenga de Cristo no tempo