personalidade, exigida pela passagem
Miguel Gambelli Lucas
do capitalismo a um modo de produção
c o m v a l o re s o p o s t o s, c o m o a
psicologia. (...) São os psicólogos os que
se preocupam com os aspectos
subjetivos da revolução cultural, que a
construção da Economia Solidária nos
interstícios da economia dominante
requer. Os resultados de suas
investigações (parte dos quais se
encontram neste livro) não deixam
dúvida que essa construção depende
não apenas das decisões do
movimento da Economia Solidária e
dos que lhe dão apoio, mas também, e
sobretudo, do êxito da mudança de
personalidade de cada mulher e cada
homem que participa desta
construção".
Paul Singer
Ana Lucia Cortegoso: psicóloga pela
PUC-SP, especialista em Psicopedagogia e
em Psicologia Organizacional e do
Trabalho, docente do Depto. de
Psicologia da UFSCar, mestre em
Educação Especial, doutora em Psicologia
da Educação; atua em Economia Solidária
desde 2000, na Incubadora Regional de
Cooperativas Populares (INCOOP) da
UFSCar da qual é representante no comitê
Acadêmico sobre Processos Cooperativos
e Iniciativas Econômicas Associativas
(PROCOAS) da Associação de
Universidades do Grupo Montevidéo
(AUGM).
Miguel Gambelli Lucas: psicólogo pela
UNESP-Bauru; atua em Economia
Solidária desde 2003, na graduação, com
vivência em Psicologia Social e Psicologia
Organizacional; membro da INCOOP
(UFSCar), atuando em projetos de
atendimento a empreendimentos
solidários e na gestão da Incubadora
entre 2006 e 2007; representa essa equipe
nos Fóruns Estadual e Brasileiro de
Economia Solidária e na Rede de
Incubadoras Tecnológicas de Coo-
perativas Populares (ITCPs).
Ana Lucia Cortegoso e
(Organizadores)
“Economia S olidár ia é sempre
a p r e n d i z a d o. D i s s e m i n a r s e u s
princípios, trazer para as salas de aula
os valores da autonomia, da liberdade,
da democracia é contribuir para a
"Este livro reúne diferentes estudos sobre a Economia transformação da sociedade. A leitura
Solidária, feitos sob os diversos ângulos que a psicologia deste livro oferece uma evidência
interessante de que a psicologia não
abrange. Esses trabalhos oferecem contribuições
está ausente do debate sobre como
extremamente relevantes para a compreensão do tema, começar a recriar um mundo mais justo
sendo sobretudo esclarecedoras para os que estão Ana Lucia Cortegoso e para todos. Há mais ainda: os autores
envolvidos na criação e no desenvolvimento de Miguel Gambelli Lucas são protagonistas de experiências da
empreendimentos de economia solidária [EES] no Brasil Economia Solidária e já contribuíram
(Organizadores)
e muito provavelmente também em outros países". com pesquisas fundamentais para a
Interfaces e perspectivas
Paul Singer compreensão das inúmeras perguntas
que podem, devem e vêm sendo
Psicologia e economia solidária
“...só podemos saudar uma publicação como esta,
elogiar os que aqui se apresentam com a disposição de
Psicologia e economia solidária formuladas à proposta de uma nova
forma de organizar a economia. Nesses
trabalhos não se trata apenas de
construir um novo tipo de diálogo entre a psicologia e o
trabalho humano. A diferença, e a esperança de todos Interfaces e perspectivas formulações teóricas ou utópicas sobre
uma sociedade do futuro. São
nós, é que ela não está sozinha nesta empreitada. A experiências do presente, de
Economia Solidária é, desde a origem, multidisciplinar. trabalhadores que tomam em suas
Não é possível abranger o imenso universo do trabalho mãos a responsabilidade por sua
humano, e de todas as suas manifestações e sobrevivência e a de seus compa-
nheiros, com consciência, competência
conseqüências para a vida social sem o concurso de
todos, da ciência e da filosofia, do conhecimento e, por que não, com alegria.”
erudito e do popular."
Sylvia Leser de Mello
Sylvia Leser de Mello
"Está claro que a primeira geração que
adere à Economia Solidária tem de
passar por ampla mudança de hábitos,
formas de pensar, valores e atitudes,
uma revolução cultural equivalente ao
desabrochar de uma nova perso-
nalidade. Embora a mudança seja obra
coletiva, cada indivíduo a sofre a seu
modo, conforme seu caráter e o de seus
familiares, amigos, vizinhos etc. (...) Por
isso, a contribuição da psicologia para a
revolução social, representada pela
construção da Economia Solidária, é
tão importante. Nenhuma ciência
humana se ocupa dessa mudança de