CONSEQUENTE EXPANSÃO
Há algumas confusões nas crenças humanas. Uma delas diz que nossos
espíritos são eternos e sábios, ou que temos uma parte de nós que nos guia e
é, portanto, sábio.
O Eu Superior, então, seria uma centelha divina, perfeita, mas não consciente
de sua divina identidade até o despertar do ego em sua existência na Terra.
Vejo Deus eterno, puro amor, criando em contínua “ação”... mas sendo ele ao
mesmo tempo imutável, sua expansão, então, é movida e acionada e está
definitivamente ligada ao despertar do EU DIVINO em sua criação.
Do outro lado, aqui embaixo, o ego não é consciente de quem ele é de fato. Ele
é o resultado da sua relação com o mundo ao seu redor. O ego está sempre
tentando fazer com que o mundo seja o que ele quer. Tudo o que ele constrói
diz ao ego a respeito de si mesmo. O ego forma sua identidade pelo que ele
cria a sua volta. Bom, sabemos que nossos “egos/personalidades” vão se
refinando com sucessivas encarnações. Vamos evoluindo. Tudo o que Deus
cria evolui. No nosso caso, o refinamento do ego na busca pela sua identidade
o leva a despertar do EU SOU. A Consciência do EU SOU de Deus.
Quando alcança este grau de evolução ele DESPERTA para seu EU DIVINO e
o ego deixa de existir como identidade, passando apenas a ser uma ferramenta
temporal do SER DESPERTO. Enfim, creio que quem desperta realmente é o
nosso EU SUPERIOR, que apesar de perfeito, parte do TODO e imagem e
semelhança de Deus, não tinha consciência disso até que o ego alcance a
iluminação.
Deus e o Mundo de Deus sempre vão existir e ser real à parte do mundo
humano criado pelos egos humanos. Mas o milagre e o Mundo de Deus se
fazem presente em cada instante santo. (gostei dessa expressão, pois é isso
mesmo o que é: um instante... e santo).
Quando alguém diz que há gente clamando por Deus e ele aparentemente não
se manifesta está esquecendo de cogitar a qual Deus essa pessoa está
clamando. Pois, quando a conexão real se faz, o milagre acontece, é inevitável.
E Deus está vivo quando lembramos que somos sua essência: Filhos de Deus
e, portanto, sua imagem e semelhança, não a Maria ou o João, como nossa
história/ego/personalidade no mundo humano a quem damos tanta
importância, mas ELE PRÓPRIO EXPANDIDO.
Mergulhado nesse vício, não percebe que ele escolhe ser pequeno, pois nega
ser Filho de Deus e igual a Ele, com tudo o que isso significa. Ele vê o outro
como diferente e em tudo quer encontrar distinções, para o melhor ou pior,
reforçando sua visão equivocada e separatista. Somos uma consciência de
Deus e apenas isso, ou melhor dizendo... TUDO ISSO.
Pense no que seja uma consciência... é uma idéia e ela não tem forma e não é
diferente da Fonte nem de qualquer parte da sua Filiação. Quando nos
lembramos de quem realmente somos, somos igualmente capazes de ver o
outro da mesma maneira e tudo o mais a partir daí vai testemunhar essa
Verdade. Nesse instante, acordamos do nosso mundo de ilusões e passamos a
ser co-criadores com Deus.