Leis da dialética são formas de juízo, ou seja, constituem uma relação entre
duas idéias. Exemplo: “todos os homens são mortais”, juízo que relaciona as
idéias de “homem” e de “mortalidade”.
As leis são constituídas por categorias da dialética (contradição, quantidade,
qualidade, etc.), mas ambas são diferentes. Isto porque as leis referem-se aos
aspectos necessários do fenômeno (isto é, o que é estável, essencial,
obrigatório no fenômeno), e as categorias abrangem os aspectos necessários e
os não necessários do fenômeno. Por isso, categoria é mais ampla do que lei.
As leis, além de se constituírem a partir das relações necessárias, também se
constituem pelo geral (isto é, o que se repete em vários fenômenos).
Tanto as leis como as categorias são universais (isto é, estão presentes em
todos os fenômenos).
É preciso estar atento que o fenômeno concreto não é explicado apenas pelas
leis da dialética; é preciso fazer articulação destas com as leis específicas do
fenômeno. Dizia Engels: “Eu não digo absolutamente nada do processo de
desenvolvimento particular seguido pelo grão de cevada (...), quando digo que
ele é a negação da negação (...)”.
Assim, atentar que o fenômeno deve ser abordado em relação aos aspectos
universais (o que está presente em todos os fenômenos da realidade) e em
relação aos traços particulares do campo ao qual pertence (que explicam sua
origem, desenvolvimento, características fundamentais, etc.).
1
Este item foi inserido na síntese ora apresentada, com base em anotação de aula do Prof. Tiviños
(2005/UFRGS) segundo minhas anotações e estando incompleta na conceituação.