𝑇 ∗ 𝑟𝑝𝑚
𝑇 = 4000𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,44𝑚 = 1760𝑘𝑔𝑓𝑚 𝑃= = 𝐶𝑉
716,2
0
ORIGEM DESTA APOSTILA
A Redutores Transmotécnica Ltda. foi um dos maiores fabricantes de redutores industriais no Brasil e
trabalhei na área de vendas dessa empresa desde 1974 até 2004.
Durante esses 30 anos de vida profissional calculando a potência necessária para acionamentos de diversos
tipos de equipamentos, adquiri muito conhecimento nessa área e resolvi produzir este trabalho contendo a
maioria dos cálculos necessários para definir a potência requerida para o acionamento dos mais diversos
tipos de equipamentos industriais, podendo atender projetistas, engenheiros, técnicos, além de vendedores
técnicos de motores, redutores, acoplamentos e outros que envolvam essa área.
O cargo de vendedor técnico de motoredutores, exige conhecimento dos cálculos da potência requerida
para o acionamento da máquina para em seguida selecionar o redutor. O procedimento normal é que o
cliente informe a potência do motor, mas somente uma pequena parte dos projetistas calcula corretamente
a potência efetiva.
A falta de conhecimento técnico induz muitos técnicos e engenheiros a super dimensionar a potência do
motor no sentido de evitar falhas, porém onera em demasia os custos com maior tamanho do redutor, além
aumentar os gastos com energia pelo usuário final.
Citando o exemplo de uma empresa fabricante de pequenos transportadores que havia selecionado um
motor de 2,0CV para acionamento de um transportador de 32m para indústria de calçados. Dado o preço
achou que o conjunto estava acima do custo. Mediante dados fornecidos, fizemos alguns cálculos da
potência requerida para o acionamento, concluindo que 0,6 CV seriam mais do que suficientes. Colocamos
então um motor de 0,75CV com o tipo de redutor adequado para essa potência e durante os testes
funcionou perfeitamente bem mesmo testando com carga muito acima da requerida pelo usuário final.
Esta obra é fruto de pesquisas a diversas publicações técnicas ao longo de muitos anos, sempre com foco
nos cálculos da potência mais próxima possível da requerida e testadas em todos os equipamentos citados
nesta apostila.
1
PARTE I – EQUIPAMENTOS MECÂNICOS Pág PARTE II – AGITADORES E MISTURADORES Pág
Alavancas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Teoria básica da mecânica dos fluídos . . . . . 116
Coeficiente de atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 - coeficiente de viscosidade dos fluídos . . . . . 117
- atrito de deslizamento .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
- ângulo de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 - resistência viscosa – Lei de Stokes. . . . . . . . . 116
- atrito de rolamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 - resistência dinâmica – Lei de Newton. . . . . . 118
- braço de alavanca resistente ao rolamento 05 - viscosidade cinemática. . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
Conversão de unidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Energia cinética. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . - movimento laminar e turbulento. . . . . . . . . . 120
11
Energia cinética rotacional .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 - número de Reynolds. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Equivalência Newton/kgf. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Forças – Noções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agitadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
03
- força de atrito.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 - cálculo da potência de acionamento. . . . . . . 121
- força de aceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 - dimensões do tanque padronizado. . . . . . . . 121
- forças atuantes no plano inclinado. . . . . . . . . . . . . 06
- impelidores tipo pás – tabelas e gráfico do
Momento de torção – Torque - Noções. . . . . . . . . . 08
- momento de aceleração e frenagem . . . . . . . . . . 09 número de potência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
- momento de inércia de massa . . . . . . . . . . . . . . . . 10 - impelidores tipo turbina - tabelas e gráfico
Potência – Noções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 do número de potência. . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Polias e roldanas – multiplicação de força . . . . . . . 19
Velocidade angular e periférica. Radianos/s- rpm - impelidores tipo âncora - tabelas . . . . . . . . 143
18
Elementos de transmissão - impelidores tipo hélice naval. . . . . . . . . . . . . 148
Acoplamentos elásticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 - disco de Cowles – disco dispersor . . . . . . . . 149
Corrente de rolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Polias e correias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Misturadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
23
Redutores e engrenagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 -Y, V e duplo cone. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
Teste da potência motora instalada . . . . . . . . . . . . 40 - Duplo eixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Equipamentos – Métodos de cálculo - Ribbon Blender . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 152
Calandra piramidal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
- Seleção de motores e redutores. . . . . . . . . . 152
Carro de transporte de carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Correia transportadora sobre roletes . . . . . . . . . . . 43
Correia transportadora sobre chapa metálica . . . . 48
Elevador de canecas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Elevador de carga e guincho de obra . . . . . . . . . . . . 70
Foulard – Cilindro sobre pressão . . . . . . . . . . . . . . 88
Fuso com rosca trapezoidal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Girador de tubos - dispositivo de soldagem . . . . . . 95
Guincho de arraste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Guincho giratório. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Laminador (de chapas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Mesa de rolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Mesa pantográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Peneira rotativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Plataforma giratória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Ponte rolante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Tombador e virador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Transportador de correia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Transportador helicoidal - Rosca transportadora 54
Transportador apoiado em corrente . . . . . . . . . . . . 52
2
NOÇÕES DE FORÇA
Chama-se força a tudo que é capaz de modificar o movimento ou repouso de um corpo.
Qualquer corpo tem massa, popularmente denominada peso, mas nos conceitos da física, peso de um corpo
é a força com que a Terra o atrai.
A intensidade da força pode ser medida, no sistema técnico, em kgf (kilograma força) ou, no sistema
internacional de medidas, em N (Newton).
l N é a força necessária para deslocar no espaço um corpo de massa 1 kg acelerando-o a razão de 1m/s². Na
superfície de nosso planeta, sobre a ação da força gravitacional de 9,8 m/s², é preciso uma força acima de
9,8 N para elevar um corpo de massa 1 kg.
1 kgf é a força mínima necessária para elevar um corpo de massa 1 kg vencendo a mesma força gravitacional
da Terra.
Concluindo, 1 kgf equivale a 9,8N. Na prática costuma-se arredondar para 10 N
Exemplo: Para elevar um corpo de massa 5 kg, é necessário aplicar uma força com intensidade superior a 5
kgf ou 49 N, contrária a força da gravidade.
m
5kg
Mas para deslocar um corpo na horizontal, que esteja apoiado sobre uma superfície horizontal, não é
necessário aplicar uma força igual a massa do corpo. A força necessária para arrastar um armário é muito
menor que a força para levantar o mesmo.
Para deslocar um corpo apoiado sobre um plano horizontal é necessário vencer a FORÇA DE ATRITO gerada
pelo atrito entre as superfícies de contato. Esta força tem sentido de direção contrário à força que se faz
para se deslocar o corpo e será sempre de menor valor do que seu peso.
ÂNGULO DE ATRITO
Como conhecer na prática o coeficiente de atrito estático entre dois materiais:
Utilizar uma placa plana feita com um dos materiais a serem testados. Para a outra peça, um bloco de
formato cúbico com um dos lados bem plano o qual servirá de base. Poderá ser um pedaço de madeira
qualquer com um dos materiais de teste colado na base. Iniciar o teste inclinando a rampa suavemente a
partir de 0° até atingir a inclinação onde o corpo principia a deslizar lentamente pela rampa. Nesse exato
momento medir o ângulo de inclinação , denominado ângulo de atrito ou, conhecendo a base B da rampa e
a altura A, calcular o coeficiente de atrito pela fórmula:
𝐴
𝜇 = tang𝜃 =
𝐵
4
2- COEFICIENTE DE ATRITO DE ROLAMENTO - BRAÇO DE ALAVANCA DA RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO
Coulomb, em ensaios de laboratório, fez experimentos para determinar os valores dos atritos de rolamento
e verificou que esse atrito está em razão direta do peso e em razão inversa do diâmetro da roda ou esfera.
Para melhor entender o atrito de rolamento, observe as figuras a seguir:
As figuras representam uma roda de aço apoiada sobre uma superfície plana e de material mais mole onde,
devido à força peso P e em função da deformação dos materiais, há um aumento da área de contato. Com a
roda parada (fig. 1), f é a metade do valor do contato (atrito estático). Quando a roda entra em movimento
(fig.2 e 3), f diminui de valor (atrito cinético).
Na figura 2, o raio da roda R é a mesma distância de P até a aplicação da força F e também uma alavanca
onde a dimensão f, é o braço de alavanca da resistência ao rolamento.
A força F com apoio em N, eleva e movimenta P e, para fazer a roda girar, seu valor deverá ser:
𝑓
𝐹 ≥ 𝑃 ∗ conforme figura 2 ou ainda 𝐹 = 𝑃 ∗ 𝑡𝑔𝛽 conforme figura 4
𝑅
O valor de f depende muito das rugosidades das superfícies e dos tipos de materiais em contato.
𝒇𝟐 ≤ 𝒇𝟏
𝒇𝟐 ; 𝒇𝟏 ≅ f (𝒓)
𝒇𝟏
𝑭𝟏 = 𝑷 ∗
𝒓
𝒇𝟐
𝑭𝟐 = 𝑷 ∗
𝒓
5
Exemplo de cálculo no sistema técnico:
Calcular as forças de atrito geradas pelo movimento de um automóvel com massa 1000kg com rodas
diâmetro 560mm e eixo mancal com rolamentos
Considerar f = 4mm para pneus deslocando sobre asfalto em bom estado.
6
A figura acima representa um corpo de peso P em um plano inclinado onde a componente “a” é uma força
resultante de
a = 𝑃 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛼
que tende a puxar o corpo rampa abaixo. Quanto maior a inclinação, ou seja, sen aproximando-se de 1,
maior será o valor dessa força.
A componente “b”, (resultado de 𝑃 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛼) multiplicada pelo coeficiente de atrito entre os materiais do
corpo e da rampa, gera uma força de atrito Fat, resistente ao movimento para cima. Essa força tende a ser
menor quanto maior for a inclinação (cos tendendo a 0).
Para o corpo subir a rampa, o valor da força Fn deverá ser maior do que a soma destas duas forças.
Concluindo:
𝐹𝑛 ≥ 𝑃 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑃 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 ∗ 𝜇
ou
𝐴 𝐵
𝐹𝑛 ≥ 𝑃 ∗ + 𝑃 ∗ ∗ 𝜇
𝐶 𝐶
Fn = força de tração necessária ou requerida para fazer o corpo subir a rampa
P = força peso exercida pelo corpo
= ângulo de inclinação
= coeficiente de atrito
𝐴 𝐵 𝐶 = √𝐵2 + 𝐴2
𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠 𝛼 =
𝐶 𝐶
FORÇA DE ACELERAÇÃO
Quando for necessário deslocar grandes massas partindo do repouso para alta velocidade em tempo muito
curto, há necessidade de se considerar a FORÇA DE ACELERAÇÃO que em muitos casos é maior do que a
força de atrito. Exemplo: Translação de pontes rolantes, correias transportadoras de minério, vagões,
locomotivas e similares.
No sistema técnico, o cálculo da força de aceleração causa confusão porque G é a força peso, ou seja, a força
da gravidade está subentendida no valor dessa força. No cálculo da força de aceleração, a força da gravidade
deixa de ser importante e, na fórmula, é preciso elimina-la dividindo pelo valor de 9,8m/s²
No sistema técnico
𝐺(𝑘𝑔𝑓) ∗ 𝛼(𝑚/𝑠²)
𝐹𝑎 = = 𝑘𝑔𝑓
9,8𝑚/𝑠²
No sistema internacional
𝐹𝑎 = 𝑚(𝑘𝑔) ∗ 𝛼(𝑚/𝑠²) = 𝑁
aceleração em m/s²
𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚⁄𝑠)
𝛼=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑠)
7
𝑚 = massa
𝐺 = força peso
Simplificando a fórmula, considerando a variação da velocidade partindo do repouso até a velocidade de
trabalho.
𝐺 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐. 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 (𝑚⁄𝑠)
𝐹𝑎 = ∗ = 𝑘𝑔𝑓
𝑔 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑠)
ou
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐. 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 (𝑚⁄𝑠)
𝐹𝑎 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 ∗ =𝑁
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑠)
Exemplo: Calcule a força de aceleração necessária para acelerar uma ponte rolante com massa 30000kg do
repouso até a velocidade de trabalho 0,666 m/s com tempo de aceleração de 4 s.
30000 0,666 0,666
𝐹𝑎 = ∗ = 509𝑘𝑔𝑓 𝐹𝑎 = 30000 ∗ = 4995𝑁
𝑔 4 4
NOÇÕES DE TORQUE
Quando uma força atua sobre um corpo e a direção dessa força não passa pelo ponto de apoio do corpo ela
irá produzir um giro do mesmo. Ao produto da intensidade da força pela distância de atuação da mesma até
o ponto de apoio dá-se o nome de TORQUE, MOMENTO DE TORÇÃO, MOMENTO TORÇOR ou ainda
CONJUGADO.
Quando você aplica uma força no arco do volante do seu carro você está aplicando um MOMENTO DE
TORÇÃO ou TORQUE sobre o sistema de direção do mesmo.
A força tangencial exercida pelo seu braço na periferia do volante multiplicada pelo raio (diâmetro do
volante dividido por 2) resultará no valor desse torque ou momento de torção.
Para o momento de torção normalmente são usadas as unidades de medida Nm (para força em N e raio em
m) e kgfm (para força em kgf e raio em m)
Outro exemplo para entender o que é torque ou momento de torção é o pedal da bicicleta:
Quando você põe o peso do seu corpo sobre o pedal, você está aplicando torque ou momento de torção
sobre o conjunto pedal-pedivela.
No sistema técnico, a força peso G exercida pelo seu corpo sobre o pedal e multiplicada pelo comprimento
do pedivela R (na posição da foto), lhe dará o valor desse momento de torção.
8
Exemplo:
G = força peso do ciclista: 60 kgf
R = comprimento do pedivela: 0,20 m
M = 60kgf x 0,20m = 12 kgfm
Aos momentos acima poderemos chamar de MOMENTO DE TORÇÃO FORNECIDO
Nos catálogos de motores esse momento é chamado de CONJUGADO NOMINAL (em kgfm)
Nas tabelas técnicas dos catálogos de redutores e acoplamentos elásticos, você verá o torque ou momento
de torção indicado para o eixo de saída. Este é o torque que o redutor e o acoplamento foram calculados
para suportar (porém inclui alguns fatores de segurança sobre esse torque) e ao qual chamamos de
MOMENTO DE TORÇÃO NOMINAL ou TORQUE NOMINAL.
Em alguns catálogos de redutores você verá o torque no eixo de saída expresso em daNm (10 ∗ 𝑁𝑚). Isto
facilita a leitura do catálogo porque na prática 1daNm é igual a 1kgfm (em valor mais exato, 1daNm é igual a
1,02 kgfm). Em outros catálogos o torque está em kgfm ou Nm.
A finalidade de um conjunto motor redutor é fornecer um momento de torção a uma determinada rotação
no eixo de saída, momento esse necessário para o acionamento de uma máquina ou equipamento qualquer.
O motor fornecerá o torque ou conjugado a uma alta rotação e o redutor multiplicará esse torque na mesma
proporção (deduzido o rendimento) em que reduz a rotação.
Para calcular um momento de torção fornecido no eixo de saída de um redutor acionado por um motor
devem-se utilizar as fórmulas seguintes:
-Para calcular o momento em kgfm a potência do motor deverá estar em CV e a fórmula será:
716,2 ∗ 𝑃 ∗ 𝜂
𝑀2 = = 𝑘𝑔𝑓𝑚
𝑛
𝑀2 – Momento de torção no eixo de saída em kgfm
n – Rotação por minuto no eixo de saída do redutor
P – Potência do motor em CV
– Rendimento do redutor
- Para calcular o torque em Nm, a potência do motor deverá estar em kW e a fórmula será:
9550 ∗ 𝑃 ∗ 𝜂
𝑀2 = = 𝑁𝑚
𝑛
𝑀2 – Momento de torção no eixo de saída em Nm
n – Rotação por minuto no eixo de saída do redutor
P – Potência do motor em kW
𝜂 - Rendimento do redutor
Quando calcular um acoplamento para o eixo de saída de um redutor também deverá levar em conta as
fórmulas acima além dos fatores de serviço indicados pelo fabricante.
MOMENTO DE TORÇÃO RESISTENTE AO MOVIMENTO. Esse é o momento gerado pelas massas a serem
deslocadas e pelos atritos internos entre as peças quando uma máquina se encontra em movimento.
Seguindo o exemplo do volante do carro: O atrito do pneu com o solo, gera um momento de torção
resistente quando você tenta girar o volante. Então, para que você possa efetivamente mudar a direção do
9
veículo, precisa gerar no eixo do volante um momento de torção maior do que o momento resistente gerado
pelo atrito entre os pneus e o solo.
Ou seja: Para que a máquina funcione é necessário que o MOMENTO DE TORÇÃO FORNECIDO seja maior do
que o MOMENTO DE TORÇÃO RESISTENTE.
Sistema em equilíbrio → 𝐺 ∗ 𝑟 = 𝐺1 ∗ 𝑟1
10
Anel ou aro 𝐽 = 𝑚 ∗ 𝑟 2 = 𝑘𝑔𝑚2
Exemplos
1 - Calcular a energia cinética de uma barra de massa m =10 g no instante em que está com uma velocidade
de 700 m/s.
Sistema internacional Sistema técnico
2 2
𝑚∗𝑣 0,01𝑘𝑔 ∗ 700 𝐺 ∗ 𝑣 2 0,01𝑘𝑔𝑓 ∗ 7002
𝐸𝑐 = = = 2450𝐽 𝐸𝑐 = = = 249𝑘𝑔𝑓𝑚2 /𝑠 2
2 2 𝑔∗2 9,8𝑚
∗2
𝑠2
2 - Calcular a energia cinética de um corpo de massa 5kg que cai em queda livre de uma altura de 10 m. Usar
o sistema internacional.
Cálculo da velocidade final
9,8𝑚
𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ∗ 𝑔 ∗ ℎ = 0 + 2 ∗ 2 ∗ 10
𝑠
2
𝑣 = 196
𝑣 = 14𝑚/𝑠
Cálculo da energia cinética
𝑚 ∗ 𝑣 2 5 ∗ 142
𝐸𝑐 = = = 490𝐽
2 2
11
𝑣𝑜 = velocidade inicial g = força gravitacional ℎ = altura 𝑣 = velocidade final
Motor WEG 50CV - 4 polos (1720 rpm). Momento de inércia: I = 0,374kgm². Momento de torção: 199Nm
Cálculo do momento de energia cinética rotacional devido ao rotor, eixo e ventilador
1𝑟𝑝𝑚 = 0,105𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑟𝑎𝑑 2
𝑤2 ( 𝑠 ) (0,105 ∗ 1700𝑟𝑝𝑚)2
𝐸𝑐𝑟𝑜𝑡 =𝐼∗ =𝐼∗ = 0,374𝑘𝑔𝑚² ∗ = 5958𝑘𝑔𝑚² → 58388𝑁𝑚²
2 2 2
Conclusão: No instante do travamento de um equipamento qualquer acionado por esse motor, o mesmo
fornecerá um torque muito acima do torque em regime normal de funcionamento
12
resistente de atrito será subtraído do momento de frenagem e o momento de aceleração requerido será
maior do que o momento de frenagem desde que os tempos de partida e parada sejam iguais.
NOÇÕES DE POTÊNCIA
POTÊNCIA é o produto da força multiplicado pela velocidade.
kW
No sistema internacional, a potência é medida em kW (quilowatts) ou W (watts) =
1000
Se você conhece a força necessária para deslocar um peso e sabe qual a velocidade em m/s é fácil calcular a
potência necessária ou requerida de acionamento através da fórmula abaixo:
- Para o cálculo usar a força em N (Newton) e as fórmulas são as seguintes:
𝑃=𝐹∗𝑣 =𝑊 𝐹∗𝑣
𝑃= = 𝑘𝑊
1000
F = força em N v – velocidade em m/s
No sistema técnico:
𝐹∗𝑣
𝑃= = 𝐶𝑉
75
Comparando:
- 1W é a potência necessária para deslocar um corpo de massa 1kg a 1m/s² e, como na superfície do
planeta a aceleração da gravidade é 9,8 m/s², há necessidade de 9,8 W para elevar esse corpo a
altura de 1 m no tempo de 1 segundo.
- 1 CV é a potência necessária para elevar um corpo de massa 75 kg (força peso 75kgf) a altura de 1 m
no tempo de 1 segundo.
- Na superfície da Terra para elevar um corpo de massa 75 kg à altura de 1 metro no tempo de
1 segundo, é necessário a potência de 75kg x 9,8m/s² = 735 W
Concluindo:
1 CV = 735 W
1 CV = 0,735 kW
13
1kW = 1,36 CV
No sistema técnico
𝐹 ∗ 𝑣 200𝑘𝑔𝑓 ∗ 10𝑚/𝑠
𝑃= = = 26,6𝐶𝑉
75 75
No sistema internacional
9,8𝑚
𝑃 = 𝐹 ∗ 𝑣 = 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ 𝑣 = 200𝑘𝑔 ∗ ∗ 10𝑚 = 1960𝑊−→ 19,6𝑘𝑊
𝑠2
PARA POTÊNCIA EM CV
𝑀∗𝑛
𝑃= = 𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂
M – Momento de torção requerido em kgfm no eixo de acionamento da máquina.
PARA POTÊNCIA EM kW
𝑀∗𝑛
𝑃= = 𝑘𝑊
9550 ∗ 𝜂
M – Momento de torção requerido em Nm no eixo de acionamento da máquina.
n – rotação por minuto no eixo de acionamento da máquina.
– rendimento do sistema de acionamento (redutor, polias e engrenagens)
Exemplo de cálculo com objetivo didático para aplicação das fórmulas referentes as forças de atrito, força
de aceleração, torque e potência.
Cálculo da potência do motor e seleção do redutor para o movimento de translação de um pórtico acionado
por dois motores e redutores (terreno nivelado).
Neste caso foi usado um sistema antigo de motorização. Atualmente, a maioria dos equipamentos deste
tipo, dispensa o uso de polias, correias e transmissão por corrente.
14
Dados:
Massa da carga: 22000 kg
Massa da estrutura do pórtico: 6000 kg
Velocidade desejada: v =10 m/min
Tempo de aceleração do repouso até a velocidade máxima: 6 s
Diâmetro da roda (𝑫𝒓 ) = 400mm
Atrito das rodas com os trilhos: f1 = 0,5mm (braço de alavanca da resistência ao rolamento aço/aço)
Diâmetro médio dos rolamentos dos mancais das rodas (𝒅𝒎 ): 100mm
Atrito dos rolamentos dos mancais das rodas: 𝑓2 = 0,1mm
Diâmetro da polia do motor (𝒅𝒑 ): 75mm
Diâmetro da polia no eixo de entrada do redutor (𝑫𝒑 ): 150mm
Diâmetro do pinhão no eixo de saída do redutor (𝒅𝒆 ): 80mm
Diâmetro da engrenagem no eixo das rodas (𝑫𝒆 ): 240mm
Para melhor entendimento das fórmulas de cálculo, vamos calcular isoladamente as forças envolvidas no
sistema. Como são dois acionamentos, a massa da carga + estrutura poderia ser dividida por 2 mas há uma
particularidade: A carga no pórtico pode estar deslocada para as laterais com a força peso concentrada
encima de uma das rodas. Sendo assim, para maior segurança nos cálculos, podemos considerar a força peso
da carga toda de um lado e sendo movimentada por um único motor. A massa da estrutura em equilíbrio
será dividida por 2.
Então a massa sobre as rodas de um único lado será 22000kg + 6000kg / 2 = 25000kg
Lembrando que, no sistema técnico, a medida de força peso (G) é a própria massa. No sistema internacional,
a força em N (Newton) (massa x aceleração da gravidade) leva em consideração a força da gravidade do
lugar onde se encontra o equipamento e, na superfície do nosso planeta para efeito dos cálculos, o valor da
gravidade (g) é 9,8m/s².
Para fins didáticos, os cálculos serão efetuados no sistema técnico e sistema internacional. As fórmulas do
sistema internacional estarão dentro de um retângulo para facilitar a visualização.
15
2 ∗ 𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 2 ∗ 0,5𝑚𝑚 ∗ 1,2
𝐹𝑎𝑡1 = 𝐺 ∗ = 25000𝑘𝑔𝑓 = 75𝑘𝑔𝑓
𝐷𝑟 400𝑚𝑚
2 ∗ 𝑓2 9,8𝑚 2 ∗ 0,1𝑚𝑚
𝐹𝑎𝑡2 = 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ = 25000𝑘𝑔 ∗ 2 ∗ = 490𝑁
𝑑𝑚 𝑠 100
d = diâmetro médio dos rolamentos dos mancais das rodas (mm)
Conhecidas as forças, partimos para o cálculo do momento de torção requerido no eixo das rodas:
3 - Momento de torção para vencer a força de atrito entre as rodas e os trilhos
𝐷𝑟 400𝑚𝑚
𝑀𝑎𝑡1 = 𝐹𝑎𝑡1 ∗ = 75𝑘𝑔𝑓 ∗ = 15𝑘𝑔𝑓𝑚
2 ∗ 1000 2000
𝐷𝑟 400𝑚𝑚
𝑀𝑎𝑡1 = 𝐹𝑎𝑡1 ∗ = 735𝑁 ∗ = 147𝑁𝑚
2 ∗ 1000 2000
4 - Momento de torção para vencer a força de atrito nos rolamentos dos mancais de apoio.
𝑑𝑚 100𝑚𝑚
𝑀𝑎𝑡2 = 𝐹𝑎𝑡2 ∗ = 50𝑘𝑔𝑓 ∗ = 2,5𝑘𝑔𝑓𝑚
2 ∗ 1000 2000
𝑑𝑚 100𝑚𝑚
𝑀𝑎𝑡2 = 𝐹𝑎𝑡2 ∗ = 490𝑁 ∗ = 25𝑁𝑚
2 ∗ 1000 2000
9,8𝑚
𝑚 ∗ 𝑔 ∗ (𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 + 𝑓2 ) 25000𝑘𝑔 ∗ 𝑠 2 ∗ (0,5 ∗ 1,2 + 0,1)
𝑀𝑎𝑡 = = = 172𝑁𝑚
1000 1000
6 - Maquinas com elevada massa de inércia e baixo coeficiente de atrito, necessitam de torque
relativamente alto na partida.
Para calcular o momento de aceleração é preciso calcular a força de aceleração.
Força de aceleração (velocidade em m/s e tempo de aceleração em s).
16
No sistema técnico, o cálculo da força de aceleração causa confusão porque a força peso é a massa do corpo
submetida à força da gravidade (𝐺 = 𝑚 ∗ 𝑔 ) e, como neste caso deixa de ser importante, é preciso elimina-
la e substitui-la pela força de aceleração.
0,166𝑚
𝐺 𝑣 25000𝑘𝑔𝑓 𝑠
𝐹𝑎 = ∗ = ∗ = 70,5𝑘𝑔𝑓
𝑔 𝑡𝑎 9,8𝑚 6𝑠
𝑠2
0,166𝑚
𝑣 𝑠
𝐹𝑎 = 𝑚 ∗ = 25000𝑘𝑔 ∗ = 691,6𝑁
𝑡𝑎 6𝑠
𝐷𝑟 (𝑚𝑚) 400𝑚𝑚
𝑀𝑎 = 𝐹𝑎 ∗ = 691,6𝑁 ∗ = 138,3𝑁𝑚
2 ∗ 1000 2000
𝑀 ∗ 𝑑𝑒 310𝑁𝑚 ∗ 80𝑚𝑚
𝑀2 = = = 109𝑁𝑚
𝐷𝑒 ∗ 𝜂𝑒 240𝑚𝑚 ∗ 0,95
𝐷𝑒 = diâmetro engrenagem de transmissão por corrente no eixo da roda (mm)
𝑑𝑒 = diâmetro engrenagem de transmissão por corrente no eixo de saída do redutor (mm)
𝜂𝑒 = rendimento do conjunto de engrenagens e corrente
11 - Cálculo da rotação por minuto no eixo de entrada do redutor considerando motor de 4 polos -1750rpm
𝑛𝑚 ∗ 𝑑𝑝 1750𝑟𝑝𝑚 ∗ 75𝑚𝑚
𝑛1 = = = 875𝑟𝑝𝑚
𝐷𝑝 150𝑚𝑚
17
12 - Cálculo da redução do redutor:
𝑛1 875𝑟𝑝𝑚
𝑖𝑟 = = = 36,6
𝑛2 23,9𝑟𝑝𝑚
𝑀 ∗ 𝑛𝑒 310𝑁𝑚 ∗ 7,96𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 0,31𝑘𝑊
9550 ∗ 𝜂𝑒 ∗ 𝜂𝑟 ∗ 𝜂𝑝 9550 ∗ 0,95 ∗ 0,97 ∗ 0,90
𝜂𝑒 = rendimento do conjunto de engrenagens e corrente
𝜂𝑟 = rendimento do redutor
𝜂𝑝 = rendimento do conjunto de polias
18
obtemos a velocidade angular em radianos por segundo- rad/s pela fórmula
𝑣(𝑚/𝑠)
𝜔= = 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑅(𝑚)
EQUIVALÊNCIAS
- rotações (rpm) em radianos por segundo (rad/s)
𝑛 ∗ 2 ∗ 𝜋 𝑟𝑎𝑑 𝑟𝑎𝑑
= ∴ 𝑛 ∗ 0,1047 =
60 𝑠 𝑠
Exemplo: A roda de um trem gira a razão de 125 rpm e o seu diâmetro é 650mm. Determinar sua velocidade
linear ou tangencial e a velocidade angular.
𝜋 ∗ 𝐷 ∗ 𝑛 𝜋 ∗ 0,65𝑚 ∗ 125𝑟𝑝𝑚
𝑣= = = 4,25𝑚/𝑠
60 60
𝑣 4,25
𝜔= = = 13,07𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑅 0,325
- radianos em graus
180°
𝑟𝑎𝑑 = = 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
𝜋
19
ALAVANCAS
P – Peso a ser
elevado
F – Força a ser
aplicada
– Ponto de
apoio
-- Ponto fixo
20
ACOPLAMENTOS ELÁSTICOS
A função do acoplamento elástico é compensar possíveis desalinhamentos entre os eixos do redutor e do
equipamento acionado, evitando o mal funcionamento dos seus respectivos rolamentos ou quebra por
fadiga de um dos eixos. Conseguir o alinhamento na fabricação, principalmente em equipamentos fora de
série, é difícil.
No exemplo abaixo, uma rosca transportadora apoiada em 2 rolamentos e acionada por um motoredutor
com eixos coaxiais.
21
O detalhe a seguir, mostra a folga irregular provocada entre as duas metades do acoplamento pelo
desalinhamento angular da base do motoredutor
Desalinhamento de nível
22
- e se o acoplamento for muito resistente, quebrará o eixo do redutor ou seus rolamentos.
23
SISTEMA DE POLIAS E CORREIAS
Cálculo da velocidade e rpm
𝐷𝑡 = Diâmetro do tambor
𝑅𝑡 = Raio do tambor
24
No catálogo do motor, baixar o valor do torque (conjugado nominal) no eixo do motor
Ou calcular o torque no eixo do motor / eixo da polia motora através da fórmula a seguir
716,2 ∗ 𝑃
𝑇1 = = 𝑘𝑔𝑓𝑚
𝑛1
P = Potência do motor em CV
𝑛1 = rotação por minuto no eixo do motor
𝐹1 = fórmula para o cálculo da força de tração na correia em V, força tangencial na polia motora e na polia
movida
𝑇1
𝐹1 =
𝑅1
25
TRANSMISSÃO POR CORRENTE DE ROLOS
Esse tipo de transmissão é utilizado em máquinas e
equipamentos para transmitir o torque e rotação de
um eixo para outro, desde que a relação de
transmissão não ultrapasse i = 6. É versátil e sua
eficiência chega a 98% de rendimento quando em
condições corretas de trabalho e lubrificação.
26
Tabela 1 – Relação de transmissão
Número de dentes da engrenagem motora 𝑍1 Núm. de dentes engrenagem
movida 𝑍2
15 17 19 21 23 25
- - - - - 1,00 25
2,53 2,23 2,00 1,80 1,65 1,52 38
3,80 3,35 3,00 2,71 2,48 2,28 57
5,07 4,47 4,00 3,62 3,30 3,04 76
6,33 5,59 5,00 4,52 4,13 3,80 95
7,60 6,70 6,00 5,43 4,96 4,56 114
27
3 - Selecione o fator de aplicação 𝒇𝟐 (fator relativo aos dentes)
Este fator, determinado conforme tabela 3, irá modificar a seleção da potência final porque, ao ser
selecionada uma engrenagem de um determinado diâmetro, a mesma irá modificar a transmissão da
potência máxima que é função da força de tração exercida sobre a corrente. Menor diâmetro da
engrenagem maior a tração sobre a corrente.
O fator de dente 𝒇𝟐 é calculado por meio da fórmula 𝑓2 = 19/𝑍1
O valor 19 no numerador é devido a classificação das curvas de seleção serem para uma roda dentada de 19
dentes.
Tabela 3- Fator𝑓𝟐 para rodas dentadas padronizadas
𝒁𝟏 𝒇𝟐 𝒁𝟏 𝒇𝟐
15 1,27 21 0,91
17 1,12 23 0,83
19 1 25 0,76
4 – Calcule o valor da potência de seleção multiplicando a potência transmitida pelos fatores f1 e f2.
𝑃𝑠 = 𝑃𝑡 ∗ 𝑓1 ∗ 𝑓2
5 – Selecione o passo da corrente cruzando a rpm da engrenagem motora com a potência de seleção nas
tabelas a seguir
28
6 – Cálculo da quantidade de passos ou elos da corrente
𝑍1 + 𝑍2 2 ∗ 𝐶 (𝑍2 − 𝑍1 )2 ∗ 𝑝
𝑄= + + = 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑠
2 𝑝 39.48 ∗ 𝐶
A quantidade de passos ou elos da corrente deve ser arredondada para número par e, evidentemente,
inteiro. Se uma roda tensora for utilizada para esticar a corrente, dois passos devem ser adicionados ao
comprimento da corrente.
C é a distância entre centros em mm determinada pelo projetista e deve estar entre 30 e 50 passos
29
7 - Cálculo da distância exata entre centros
A distância entre centros efetiva, estará em função da quantidade de passos ou elos.
𝑝
𝐶 = ∗ [2 ∗ 𝑄 − 𝑍2 − 𝑍1 + √(2 ∗ 𝑄 − 𝑍1 − 𝑍2 )² − (0,81 ∗ (𝑍2 − 𝑍1 )2 )]
8
p – passo da corrente – mm 𝑍1 – quantidade de dentes da engrenagem motora
Q – quantidade de passos ou elos 𝑍2 – quantidade de dentes engrenagem movida
Fatores de segurança
O fator de segurança deve ser 8 para máquinas e equipamentos que não transportem passageiros.
Para equipamentos de transporte de passageiros o fator de segurança deve ser 10
Velocidade da corrente
𝑛1 ∗ 𝑝 ∗ 𝑍1
𝑣= = 𝑚/𝑠
60000
𝑛1 = 𝑟𝑝𝑚 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑎
A velocidade, em geral, não deve exceder a 45m/min
Para velocidades superiores, selecionar a corrente como se fosse utilizada para transmissão de carga,
convertendo em potência de acordo com a fórmula abaixo:
𝐹∗𝑣
𝑃= = 𝑘𝑊
1000
F – Carga – N (Newton)
v – Velocidade da corrente – m/s
O resultado obtido é o valor da potência transmitida. Após multiplicar pelos fatores f1 e f2, entrar no gráfico
para selecionar a corrente considerando a rpm da engrenagem menor.
6000 ∗ 𝑣
𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 (𝑟𝑝𝑚) =
𝑝 ∗ 𝑍1
Lubrificação
O sistema de transmissão por corrente deve ser protegido contra poeira e umidade e lubrificado com óleo
mineral de boa qualidade e não detergente. Evitar o uso de óleos demasiadamente viscosos e menos ainda a
graxa, porque não penetra nas superfícies internas de trabalho
Viscosidade recomendada do óleo em função da temperatura
Temperatura ambiente Lubrificante
C° SAE
-5 a +5 20
5 a 40 30
40 a 50 40
50 a 60 50
Na gama de temperaturas acima, pode ser usado óleo multiviscoso SAE 20W50
Para temperaturas muito elevadas (250°C), utilizar lubrificantes secos como grafite coloidal ou bissulfeto de
molibdênio
30
Exemplo de cálculo
Informações básicas
Bomba rotativa acionada por motor elétrico 1800 rpm
Potência requerida – 7,5kW
Rotação da bomba – 300rpm
Distância entre centros – 460mm
Serviço suave
Seleção da relação de transmissão
𝑍1 = 19 dentes
Relação de transmissão
𝑍2 𝑛2 1800
𝑖= = = =4
𝑍1 𝑛1 450
𝑍2 = 4 ∗ 𝑍1 = 4 ∗ 19 = 76 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Selecionando fatores, de aplicação 𝑓1 e de dentes 𝑓2
𝑓1= 1,0 – motor elétrico acionando bomba rotativa
𝑓2= 1,0 – Engrenagem motora com 19 dentes
Calculando potência selecionada
𝑃𝑠 = 𝑃𝑡 ∗ 𝑓1 ∗ 𝑓2 = 7,5 ∗ 1 ∗ 1 = 7,5𝑘𝑊
Calculando os diâmetros primitivos das engrenagens conforme fabricante. Veja tabela na página seguinte
Diâmetro primitivo 19 dentes = 12,7 ∗ 6,076 = 77,1652𝑚𝑚
Diâmetro primitivo 76 dentes = 12,7 ∗ 24,198 = 307,3146𝑚𝑚
32
Diâmetro primitivo das engrenagens
Para o cálculo do diâmetro primitivo usar a tabela a seguir na seguinte forma:
Determine o número de dentes, verifique na tabela o fator X correspondente, multiplique o passo da
corrente pelo fator e obtenha o diâmetro primitivo
Exemplo:
-- Engrenagem 32 dentes passo 1 ½” → 31,75mm = 10,202 x 31,75mm = 323,91mm
33
CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DAS CORRENTES
CORRENTE SIMPLES
CORRENTE DUPLA
34
CORRENTE TRIPLA
Este trabalho foi resumido com o objetivo de facilitar o projetista com as informações mais necessárias.
Para mais informações consulte o trabalho do Prof. Flavio de Marco Filho da Universidade Federal do Rio de
Janeiro
https://pt.scribd.com/document/56103356/Elementos-de-Transmissao-Flexiveis-2009-4
Para desenho
Como desenhar uma engrenagem de corrente
35
ENGRENAGENS E REDUTORES
Engrenagens
São rodas dentadas utilizadas na maioria das máquinas para transmitir o movimento de um eixo para outro e
sempre invertem o sentido de rotação. Sendo ambas de mesmo diâmetro, mantém a mesma velocidade
entre os eixos. Na maioria das vezes, a engrenagem motora, de menor diâmetro, diminui a rotação e
multiplica o torque no eixo da engrenagem movida. Em alguns casos é o contrário.
A permanência ou mudança de velocidade de uma engrenagem em relação a outra, se chama relação de
transmissão (i) e, seu valor, está em função dos diâmetros primitivos e número de dentes das mesmas.
Engrenagens cilíndricas com dentes retos Engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais
Engrenagens com dentes helicoidais transmitem maior potência do que engrenagens com dentes retos de
mesmo diâmetro e largura. Isso por causa do maior largura efetiva e portanto, maior contato entre os
dentes. Além disso são mais silenciosas porque transmitem o movimento do dente de uma emgrenagem
para o dente da outra de forma progressiva.
Clique abaixo para
Teoria
Planilha de cálculos
36
Redutores e motoredutores com eixos coaxiais e engrenagens helicoidais
São compactos e os eixos de entrada e de saída estão na mesma linha de centro
Redutor com eixos paralelos e engrenagens helicoidais, especial para acionamento de extrusoras
37
Motoredutor e redutor com engrenagens cônicas
38
Motoredutor com dupla rosca sem fim Motoredutor com braço de torção
Essa linha de redutores funcionou muito bem em diversos equipamentos. Selecionamos vários redutores
para elevação de turbina em usina de força com cálculos bem apertados relativos ao torque e potência do
motor. Capacidade nominal do redutor com fator de serviço 1,2 sobre o motor. O cliente (muito importante
na área de pontes rolantes), comprou, instalou e não tivemos problemas.
Mas, com essa linha de redutores compactos, tivemos alguns problemas em torres de resfriamento devido
as vibrações inerentes a esse tipo de equipamento. Nossa engenharia chegou à conclusão que, na seleção do
redutor, não estavam sendo seguidos os fatores de serviço indicados pela norma AGMA, ou seja 2 para
trabalho 24 h/dia, que obrigava a seleção de um tamanho maior. Os redutores da linha antiga, com
engrenagens de aço 1045, eram bem maiores permitindo a utilização de eixos e mancais sobre
dimensionados para os esforços gerados no eixo e nas engrenagens, não exigindo tanto cuidado na seleção.
Outros fabricantes de redutores internacionais também tiveram problemas de baixa durabilidade com essa
linha de redutores, mas a Hansen Industrial Gearboxes, adquirida pela Sumitomo Drive Technologies passou
a fornecer redutores específicos para esse tipo de aplicação.
VERIFICAÇÃO DAS CARGAS RADIAIS ADMISSÍVEIS NAS PONTAS DE EIXO DOS REDUTORES
Quando cargas radiais incidirem sobre um ponto mais afastado da dimensão K/2 da ponta de eixo do redutor
há necessidade de verificar se essa carga P2 é admissível pelos rolamentos do mesmo. A força 𝐹𝑟1 e a
dimensão 𝐿1 são os dados fornecidos pelo catálogo do fabricante.
Para verificar a força radial admissível na nova posição aplicar a fórmula a seguir
𝐿1
𝐹𝑟2 = 𝐹𝑟1 ∗
𝐿2
40
TESTE DA POTÊNCIA MOTORA DA MÁQUINA OU EQUIPAMENTO
1 – A potência motora necessária para o acionamento de um equipamento qualquer, pode ser avaliada,
medindo a amperagem e voltagem do motor.
Para verificar a potência absorvida utilize a fórmula abaixo:
𝑈 ∗ 𝐼 ∗ √3 ∗ 𝜂 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝜑
𝑃= = 𝑘𝑊
1000
U = Voltagem da rede
I = amperagem medida a plena carga
= porcentagem de rendimento do motor (verificar catálogo do fabricante)
cos = fator de potência (verificar no catálogo do fabricante)
Observação: e cos estão em função da potência instalada conforme se pode verificar no catálogo do
fabricante. Exemplo: Motor de 3,7 kW (5 CV) – 4 polos (1730rpm) funcionando em 220V e com amperagem
10A (aproximadamente 75% da nominal).
2 – Ou, em alguns casos, substituindo o acionamento motorizado por acionamento manual através do
sistema descrito a seguir:
Exemplo real: Rosca transportadora, acionada por um motor de 5,0CV e redutor de 1:27 que não movimenta
a rosca nem mesmo com 80kg de material, sendo que foi projetada para movimentar no mínimo 250kg.
41
Dados da rosca
Comprimento: 6m
Diâmetro externo: 0,30m
Passo: 0,25m
Inclinação: 45°
Rpm: 62 rpm
Mancais em bronze fosforoso
Material a ser transportado: Areia de quartzo
Densidade do material: 2,0 ton/m³
Capacidade de transporte mínima desejada: 4 ton/h
Material necessário para o teste: Um tubo de aço com parede grossa e 1m de comprimento, um grifo de
cano de tamanho adequado, um saco de 60kg para ser enchido com o próprio material e balança para mais
de 100kg.
Para substituir a força tangencial fornecida pelo motoredutor de 5,0CV, o peso necessário pendurado na
ponta do tubo com comprimento C = 1m, deverá ter o valor de:
𝑇2 54,8𝑘𝑔𝑓𝑚
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 = = = 54,8𝑘𝑔𝑓
𝐶 1𝑚
42
O resultado será válido para alavanca posicionada exatamente na horizontal.
Para alavanca na posição inclinada em relação a horizontal, aumentar seu comprimento de acordo com os
desenhos a seguir:
Se, nas situações acima, o peso de 55kg movimentar com facilidade a rosca com o material, diminuir o peso
para valores menores. Neste caso, poderá também ser diminuído o comprimento da alavanca. Dessa forma,
verificar a potência realmente necessária para movimentar o material.
Para calcular a potência do novo motoredutor utilizar a fórmula
Neste exemplo, após executado os testes acima e visto que um peso bem menor do que 50kgf movimentava
a rosca, foi constatado que o motor não girava o equipamento porque não haviam ligado os fios
corretamente na caixa de ligação.
43
CORREIA TRANSPORTADORA APOIADA SOBRE ROLETES.
Para o cálculo mais preciso da potência de acionamento em transportadores de correia para produtos a
granel, consulte este trabalho
O peso do material e da correia ao longo do transportador são os dados necessários para calcular as
forças resistentes ao movimento esquematizadas no desenho abaixo.
Cálculo da força peso exercida pelo material (𝐺𝑀 ) sobre a correia em função da capacidade de transporte:
𝑄
𝐺𝑀 = = 𝑘𝑔𝑓/𝑚
𝑣 ∗ 3,6
L = comprimento do transportador (m)
Q = capacidade de transporte (ton/hora)
v = velocidade da correia (m/s)
Forças de atrito resistentes ao movimento geradas pela correia rolando sobre os roletes.
44
𝐺𝑀 = peso do material por metro linear (kgf/m)
𝐺𝐵 = peso da correia por metro linear (kgf/m)
𝐺𝑅 = peso dos roletes (kgf/m). Vide tabela abaixo
𝐿 = comprimento do transportador (m)
𝜇𝑜 = coeficiente de atrito de rolamento
O valor do coeficiente de atrito de rolamento 𝜇𝑜 depende da maior ou menor tensão da correia e das
condições de trabalho.
𝐹𝑓𝑙 = Força para flexionar a correia em torno do tambor de acionamento e tambor de retorno:
Conforme manual da Faço, será admitido a força de 41kgf para os dois tambores considerando correia de
largura 84 polegadas. Então, podemos considerar para correias de menor largura e mesma espessura, uma
força proporcionalmente menor:
41𝑘𝑔𝑓
𝐹𝑓𝑙 = ∗ 𝐵 = 0,49 ∗ 𝐵 = 𝑘𝑔𝑓
84"
B – Largura da correia em polegadas
46
Cálculo da rotação no eixo do tambor.
𝑣 ∗ 60 ∗ 1000
𝑛= = 𝑟𝑝𝑚
𝜋∗𝐷
𝑣 = velocidade da correia (m/s)
𝐷 = diâmetro do tambor de acionamento (mm)
𝑄∗𝐻 𝑄 ∗ 𝐿 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜆
𝑃3 = 𝑜𝑢 𝑃3 =
270 270
𝐺𝐵 = peso da correia por metro linear (kgf/m)
𝐺𝑅 = peso dos roletes (kgf/m). Vide tabela abaixo no início deste capítulo
𝐿 = comprimento do transportador (m)
𝜇𝑜 = coeficiente de atrito de rolamento
Os valores do coeficiente de atrito 𝜇𝑜 e C são obtidos nas tabelas a seguir
47
Potência do motor
𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3
𝑃= = 𝐶𝑉
𝜂
Chapa de apoio
Para calcular o torque requerido para o acionamento deste tipo de transportador onde a correia desliza
sobre uma chapa lisa de aço, devemos considerar o peso do material distribuído sobre a correia somado ao
peso da mesma.
Quando for informado a capacidade de transporte em kg/h, aplicar a seguinte fórmula para cálculo do peso
do material sobre o transportador
𝐿∗𝑄
𝐺𝑀 = = 𝑘𝑔𝑓
𝑣 ∗ 60
L = comprimento do transportador (m)
Q = kg/h de material transportado
v = velocidade (m/min.)
1 – Transportador horizontal
𝐷
𝑀 = (𝐺𝑀 + 𝐺𝐵 ) ∗ 𝜇 ∗ = 𝑘𝑔𝑓𝑚
2 ∗ 1000
48
2 – Transportador inclinado
𝐷
𝑀 = [𝐺𝑀 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛼 + (𝐺𝑀 + 𝐺𝐵 ) ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛼 ∗ 𝜇] ∗ = 𝑘𝑔𝑓𝑚
2 ∗ 1000
M = Momento de torção necessário no eixo do tambor de acionamento
𝐺𝑀 = força peso do material sobre o transportador (kgf)
𝐺𝐵 = força peso da correia (kgf)
D = diâmetro do tambor (mm)
= a para correia de material sintético deslizando sobre chapa de aço
= ângulo de inclinação em graus
𝐴
𝑠𝑒𝑛𝛼 =
𝐿
𝑣(𝑚/𝑚𝑖𝑛) ∗ 1000
𝑛= = 𝑟𝑝𝑚
𝜋 ∗ 𝐷(𝑚𝑚)
v = velocidade da correia (m/min)
Exemplo de aplicação
Iremos utilizar como exemplo o projeto de uma esteira transportadora de peças automotivas.
Detalhes do projeto
49
Diâmetro do tambor: 141,3mm
Largura da correia: 280mm
Velocidade desejada: 20m/min
Para selecionar a correia é necessário calcular a força de tração 𝐹𝑡 exercida sobre a mesma
𝐹𝑡 = 𝐺𝑀 ∗ 𝜇 = 110𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,4 = 44𝑘𝑔𝑓
= coeficiente de atrito de escorregamento = 0,30 a 0,40 para correia de material sintético
deslizando sobre chapa de aço
Carga de trabalho exercida pela força de tração sobre toda a largura da correia – 280mm
𝐹𝑡 44𝑘𝑔𝑓
𝐶𝑡 = = = 0,15𝑘𝑔𝑓/𝑚𝑚
𝑙 280𝑚𝑚
Cálculo do momento de torção necessário no eixo do tambor / eixo de saída do redutor
𝐷 141𝑚𝑚
𝑀 = (𝐺𝑀 + 𝐺𝐵 ) ∗ 𝜇 ∗ = (110𝑘𝑔𝑓 + 10𝑘𝑔𝑓) ∗ 0,4 ∗ = 3,4𝑘𝑔𝑓𝑚
2 ∗ 1000 2 ∗ 1000
𝐺𝑀 = força peso do material sobre o transportador (kgf)
𝐺𝐵 = força peso da correia (kgf)
D = diâmetro do tambor (mm)
Motoredutor NMRZ 50 redução 1:40 eixo de saída vazado com flange # 110mm e motor 0,5CV 4 polos.
Torque nominal: 7,5kgfm; rotação de saída com motor de 4 polos = 43rpm; capacidade nominal: 0,68CV;
rendimento: 0,71
50
Relação de correias transportadoras fabricadas pela DAMATEC
51
TRANSPORTADOR APOIADO EM CORRENTE DE ROLOS
Planilha de cálculo
Força de atrito relativa ao rolamento dos rolos da corrente sobre as guias de apoio
𝐹𝑎𝑡𝑟 = 𝑄 ∗ 𝜇𝑜
𝜇𝑜 = coeficiente de atrito de rolamento aço/aço = 0,002 a 0,005
Coeficiente de atrito
52
Força necessária ou requerida para vencer as forças de atrito
𝐹 = 𝐹𝑎𝑡𝑒 + 𝐹𝑎𝑡𝑟 = 𝑘𝑔𝑓
Para transportadores com carga total, alta velocidade e muitas partidas por hora, calcule a força de
aceleração
𝑄∗𝑣
𝐹𝑎 = = 𝑘𝑔𝑓
9,8 ∗ 𝑡𝑎
𝑣 = velocidade da corrente (m/s)
𝑡𝑎 = tempo de aceleração. A maioria dos motores admite até 6s para aceleração quando há poucas
partidas por hora.
Transportador em aclive:
Força para elevar o material a uma altura H
𝐻
𝐹𝑒 = 𝐺𝑚𝑎 ∗ = 𝑘𝑔𝑓
𝐿
𝐺𝑚𝑎 =peso total do material sobre o transportador
H – Altura de elevação ou desnível (m)
L – Comprimento do transportador (m)
53
TRANSPORTADOR HELICOIDAL – ROSCA TRANSPORTADORA
Planilha de cálculos
Exemplo de aplicação
Produto: açúcar bruto
Granulometria: 0,5 a 0,6mm
Peso específico: 0,88t/m³
Capacidade de transporte: 20000 sacos (50kg) / dia
Comprimento da rosca: 11m
Desnível H = 3m
Ângulo de inclinação
𝐻 3
𝜃 = 𝑠𝑒𝑛−1 ( ) = 𝑠𝑒𝑛−1 ( ) = 15,8°
𝐿 11
54
Tabela 1
Tabela 2
55
Tabela 3
56
3 𝑄 3 41,7
𝐷𝐶 = √ =√ = 0,364𝑚
47 ∗ 𝛾 ∗ 𝛼 ∗ 𝐾 ∗ 𝑛 47 ∗ 0,88 ∗ 0,3 ∗ 0,7 ∗ 100
Diâmetro arbitrado = 360mm
Passo:
𝑝 = 0,8 𝑎 1 ∗ 𝐷
Passo arbitrado: 300mm
Verificando a velocidade de transporte máxima para material não abrasivo na tabela 3 (CEMA): 0,6m/s
60 ∗ 𝑣 60 ∗ 0,6𝑚/𝑠
𝑛= = = 120𝑟𝑝𝑚
𝑝 0,3𝑚
Conferindo na tabela 1, confirmamos a rotação para diâmetro da rosca 360mm: 120 rpm
Tabela 4
Cálculo conforme Assessotec. Considera o ângulo de inclinação e vazamento de material entre rosca e tubo
Cálculo da força peso do material sobre a rosca
𝐷 2 0,360 2
𝐺 = 𝜋 ∗ ( ) ∗ 𝐿 ∗ 𝛼 ∗ 𝛾 ∗ 1000 = 𝜋 ∗ ( ) ∗ 11 ∗ 0,3 ∗ 0,8 ∗ 1000 = 295,6𝑘𝑔𝑓
2 2
57
Verificando a capacidade de transporte
𝐺 ∗ 𝑣 ∗ 3,6 ∗ 𝐾 295,6 ∗ 0,6 ∗ 3,6 ∗ 0,8
𝑄= = = 40,63𝑡/ℎ
𝐿 11
Potência requerida do motor
(𝐺 ∗ 𝑓 + 𝐺 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃) ∗ (1 + 𝜇) ∗ 𝑣
𝑃𝑅 =
75 ∗ 𝜂
Motorredutor com engrenagens helicoidais, eixo de saída vazado e sistema de montagem que dispensa o
uso de acoplamento elástico e base do motorredutor
MOTORREDUTORES COM ENGRENAGENS HELICOIDAIS E EIXO VAZADO SEW
58
CARRO DE TRANSPORTE DE CARGA
Planilha de cálculos
No cálculo da potência requerida de acionamento de um carro de transporte temos,
Acionamento direto no eixo das rodas
Exemplo - Dados:
Massa da carga + massa do carro = 25000kg Velocidade = 15m/min
Diâmetro da roda 300mm Tempo de aceleração = 3s
Considerar a possibilidade de algum desalinhamento no paralelismo dos trilhos
Motorredutor Carro
Cálculo do momento de torção devido aos atritos de rolamento no eixo das rodas - 𝑀𝑡
Considere o peso do carro + peso da carga concentrado em uma única roda.
1- Fórmula utilizada para rodas de aço sobre trilhos e terreno nivelado
No sistema internacional
(𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 + 𝑓2 ) (0,5 ∗ 1,5 + 0,1)
𝑀𝑡 = 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ = 25000𝑘𝑔 ∗ 9,8𝑚/𝑠² ∗ = 208,2𝑁𝑚
1000 1000
No sistema técnico
(𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 + 𝑓2 ) (0,5 ∗ 1,5 + 0,1)
𝑀𝑡 = 𝐺 ∗ = 25000𝑘𝑔𝑓 ∗ = 21,2𝑘𝑔𝑓𝑚
1000 1000
m = massa da carga + massa do carro (kg)
𝐺 = Força peso da carga + força peso do carro (kgf)
𝑓1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento da roda de aço sobre os trilhos: 0,5mm
𝑓2 = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos mancais: 0,1 para mancais de
rolamento
𝑘𝑓 = Valor relativo ao atrito dos flanges das rodas com os trilhos
1,2 para trilhos bem alinhados - 1,5 para trilhos mal alinhados
g = força da gravidade (9,8m/s²)
2- Fórmula utilizada para rodas com pneus rolando sobre asfalto ou concreto nivelado
59
No sistema internacional No sistema técnico
𝑓3 𝑓3
𝑀𝑡 = 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ = 𝑁𝑚 𝑀𝑡 = 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓𝑚
1000 1000
𝑓3 = braço de alavanca da resistência ao rolamento: 4mm
No sistema internacional
𝑚∗𝑣 𝐷 25000𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,25𝑚/𝑠 0,3𝑚
𝑀𝑎 = ( )∗ =( )∗ = 312,5𝑁𝑚
𝑡𝑎 2 ∗ 1000 3𝑠 2
m = massa
v = m/s
D = Diâmetro das rodas (m)
𝑡𝑎 = tempo de aceleração (s)
Cálculo da potência requerida para o acionamento no eixo das rodas – eixo de saída do redutor:
No sistema técnico
(𝑀𝑡 + 𝑀𝑎 ) ∗ 𝑛 (21,2𝑘𝑔𝑓𝑚 + 31,8𝑘𝑔𝑓𝑚) ∗ 15,9𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 1,24𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,95
No sistema internacional
(𝑀𝑡 + 𝑀𝑎 ) ∗ 𝑛 (208,2𝑁𝑚 + 312,5𝑁𝑚) ∗ 15,9𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 0,91𝑘𝑊
9550 ∗ 𝜂 9550 ∗ 0,95
Quando não houver controle sobre o tempo de aceleração, em equipamentos com baixo momento de atrito
e alto momento de inércia como este, é importante que o redutor seja selecionado com fator de serviço 1,5
ou mais sobre o motor.
Neste caso, a aceleração assim como a desaceleração, antes do freio entrar em operação, serão controladas
pelo inversor de frequência.
Acionamento externo
60
No caso de acionamento externo por qualquer tipo de cabo ou corrente, é necessário calcular a força
resistente aos atritos de rolamento nas rodas:
- rodas de aço rolando sobre trilhos
2 ∗ (𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 + 𝑓2 )
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓
𝐷𝑟
𝐷𝑟 – Diâmetro das rodas (mm) G - Peso da carga + peso do carro (kgf)
𝑘𝑓 - Valor relativo ao atrito dos trilhos 𝑓1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento da
com o flange das rodas roda de aço sobre os trilhos: 0,5mm
1,2 para trilhos bem alinhados 𝑓2 = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos
1,5 para trilhos mal alinhados mancais: 0,1 para rolamentos
- rodas com pneus rolando sobre asfalto ou concreto
2 ∗ 𝑓3
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓
𝐷𝑟
𝑓3 = braço de alavanca da resistência ao rolamento: 4mm
61
GUINCHOS DE ARRASTE
Planilha de cálculos
Para calcular a potência requerida para o acionamento, somar o peso do carro + carga e anotar o diâmetro
das rodas. Se houver inclinação do terreno, anotar o desnível (dimensões C e A).
Cálculo da força resistente ao rolamento devido aos atritos nas rodas:
1 - Plano horizontal:
(𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 + 𝑓2 )
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑎ç𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑡𝑟𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠
𝑟
(𝑓1 + 𝑓2 )
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑛𝑒𝑢𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑎𝑠𝑓𝑎𝑙𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
𝑟
2- Em terreno inclinado
𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 𝐴
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ + 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑎ç𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑡𝑟𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠
𝑟 𝐶
𝑓1 𝐴
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ + 𝐺 ∗ = 𝑘𝑔𝑓 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑛𝑒𝑢𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑎𝑠𝑓𝑎𝑙𝑡𝑜 𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
𝑟 𝐶
G = força peso do carro +carga (kg)
𝑓1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento:
- roda de aço sobre trilho = 0,5mm
- eixo de aço e roda de madeira = 1,2mm
- pneu ou roda revestida com borracha rodando sobre asfalto ou concreto liso = 4mm
𝑘𝑓 = coeficiente de atrito referente flange da roda =1,2 a 1,5 para rodas sobre trilhos
𝑓2= braço de alavanca da resistência ao rolamento dos mancais: 0,1 para mancais de rolamento
r = raio da roda (mm)
62
Cálculo da força de aceleração
𝐺∗𝑣
𝐹𝑎 = = 𝑘𝑔𝑓
9,8 ∗ 60 ∗ 𝑡𝑎
v = velocidade do carro (m/min)
𝑡𝑎 = tempo de aceleração desejado (s).
A força de tração 𝐹𝑡 é igual a soma da força resistente com a força de aceleração
𝐹𝑡 = 𝐹𝑟 + 𝐹𝑎
Tendo a força de tração, determine o diâmetro do cabo e do tambor. Estime a quantidade de camadas do
cabo acumuladas em torno do tambor e calcule o diâmetro efetivo conforme fórmula.
Exemplo de aplicação
Peso próprio do carro: 10000kgf Carga: 70000kgf
Diâmetro das rodas de aço: 414mm → r = 207mm Velocidade: 15 m/min
Deslocamento do carro: 22m Terreno nivelado
Cálculo da força resistente 𝐹𝑟 , referente aos atritos nas rodas considerando trilhos nivelados:
(𝑓1 ∗ 𝑘𝑓 + 𝑓2 ) 0,5 ∗ 1,4 + 0,1
𝐹𝑟 = 𝐺 ∗ = 80000𝑘𝑔𝑓 ∗ = 309𝑘𝑔𝑓
𝑟 207𝑚𝑚
63
A força de tração Ft é igual a soma da força resistente com a força de aceleração
𝐹𝑡 = 𝐹𝑟 + 𝐹𝑎 = 309 + 680 = 989𝑘𝑔𝑓
Diâmetro do cabo 9,5mm = carga de ruptura 5960kgf. Fator de segurança = 5960 / 989 = 6
Diâmetro do tambor: 216mm
Cálculo do diâmetro efetivo considerando 2 camadas de cabo em torno do tambor
𝐷𝑒 = 𝐷𝑡 + 𝐷𝑐 ∗ 𝑞 = 216𝑚𝑚 + 9,5𝑚𝑚 ∗ 2 = 235𝑚𝑚
Cálculo da potência requerida para o acionamento de guincho para retirar barcos da água em uma rampa.
Considere o peso do barco com tudo que estiver dentro + peso da carreta, velocidade desejada e dimensões
da rampa. A fórmula de cálculo da potência do motor deve considerar, para efeito de segurança, a
possibilidade de uma roda estar travada pela entrada de água dentro de um rolamento, o que acontece
frequentemente. O coeficiente de atrito de escorregamento do pneu travado, inflado e molhado varia em
torno de 0,25 a 0,6 (para segurança foi usado o maior valor). No caso de uma carreta com 4 rodas, como
somente aproximadamente 1/4 do peso estará sobre uma das rodas travadas, na fórmula foi tomado o valor
de 0,6/4 = 0,15 para determinar a força de tração Ft. Nesse caso, o coeficiente de atrito de rolamento
normal dos pneus com o solo, valor de 0,010 a 0,015 será desprezível e por isso não considerado na fórmula.
Ainda devido a esse alto valor de coeficiente de atrito, quando a carreta for montada com rodas de madeira,
sem rolamento, a potência do motor estará bem folgada.
Cálculo da força de tração
𝐴
𝐹𝑡 = 𝐺 ∗ + 𝐺 ∗ 0,15 = 𝑘𝑔𝑓
𝐶
G = peso ou massa do barco + carreta (kg)
A = Altura do solo em relação ao nível da água (m)
C = Comprimento da rampa (m)
64
Cálculo do diâmetro efetivo do conjunto tambor + cabo
𝐷𝑒 = 𝐷𝑡 + 𝐷𝑐 ∗ 𝑞
𝐷𝑡 = Diâmetro do tambor
𝐷𝑐 = Diâmetro do cabo
q = Quantidade de camadas do cabo em torno do tambor
Exemplo de aplicação
Peso do barco + carreta = 1000kgf Velocidade desejada = 10m/min
Dimensões da rampa: C = 10m; A = 1,5m
65
FUSO COM ROSCA TRAPEZOIDAL
Planilha de cálculos
Para calcular a potência necessária de acionamento de um fuso com rosca trapezoidal submetido a uma
força F qualquer em sua extremidade (força ou carga axial) as equações são:
66
R é a força resistente à força axial e, estando em equilíbrio, R = F
𝐹𝑎𝑡 = 𝐹 ∗ 𝜇𝑚
𝜇𝑚 = coeficiente de atrito do mancal de apoio: 0,005 a 0,01 para mancais com rolamento.
A força necessária para rotacionar o fuso é o resultado da somatória da força de atrito gerada pelo conjunto
fuso/porca com a força de atrito gerada pelo mancal de apoio
𝐹𝑠 = 𝐹𝑡 + 𝐹𝑎𝑡
Cálculo do momento de torção devido às forças 𝐹𝑡 e 𝐹𝑎𝑡 . Essas forças deverão ser somadas, mas como
atuam em diâmetros diferentes, há necessidade de separação na fórmula,
𝐹𝑡 ∗ 𝑑𝑚 + 𝐹𝑎𝑡 ∗ 𝐷
𝑀=
2000
D = diâmetro médio do rolamento de apoio. Não há necessidade de muita precisão porque não muda
significativamente o valor do torque de acionamento
67
Deslocamento de um carro utilizando fuso com rosca trapezoidal
Peso do carro + carga = 1600kgf. Deslocamento: 900mm. Tempo para efetuar o percurso 25s
Para apoio do fuso será montado um acoplamento rígido ligando o fuso ao eixo do motor. No lado oposto
será previsto mancal com rolamentos para suportar a carga axial em ambos sentidos
Para a movimentação do carro, foi selecionado um fuso com as seguintes dimensões de rosca:
Fuso passo = 3mm; diâmetro externo d4 = 14,5mm; diâmetro médio d2 = 12,5mm; diâmetro interno d3 =
10,5mm; 𝑁𝑒 = Número de entradas ou filetes da rosca = 1 entrada
Cálculo da força axial sobre o fuso, necessária para vencer as forças resistentes ao deslocamento do carro.
- força necessária para aceleração do carro em função do tempo de aceleração pré determinado de 1s
Antes é necessário calcular a velocidade do carro
𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 900𝑚𝑚 36𝑚𝑚 36𝑚𝑚/𝑠
𝑣= = = → = 0,036𝑚/𝑠
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 25𝑠 𝑠 1000
68
𝐺 ∗ 𝑣 1600𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,036𝑚/𝑠
𝐹𝑎 = = = 5,8𝑘𝑔𝑓
𝑔 ∗ 𝑡𝑎 9,81𝑚/𝑠² ∗ 1𝑠
𝑡𝑎 = tempo de aceleração do carro em segundos
Força axial atuante no fuso. Soma da força de atrito com a força de aceleração
𝐹 = 𝐹𝑎𝑡 + 𝐹𝑎 = 13,7 + 5,8 = 19,7𝑘𝑔𝑓
= rendimento do redutor
69
ELEVADORES DE CARGA - GUINCHOS DE OBRA
Planilha de cálculo
Valor da força de tração F
- Elevadores ou guinchos sem polia na cabine
𝐺
𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑏𝑖𝑛𝑎: 𝐹 =
2
70
O diâmetro do cabo pode ser determinado em função da força F considerando um fator de segurança
Exemplo: Elevador para carga + cabina = 250kg; altura de elevação: 9m
Seleção do cabo de aço. Catálogo Siva
𝑭𝒕
Tambor gêmeo e ranhurado para distribuição do cabo ao
longo do comprimento. Carga dividida em 2 cabos: 125kg
Força de tração no cabo (a tabela abaixo está em kgf)
𝐹𝑡 = 𝐶 ∗ 𝑓𝑠 = 125𝑘𝑔 ∗ 12 = 1500𝑘𝑔𝑓
O diâmetro do tambor está relacionado com o diâmetro do cabo. Tabelas, seleção e desenho
Diâmetro mínimo do tambor: 6,35 x 26 = 165mm
Matéria prima para usinagem do tambor
Tubo mecânico laminado.
71
CABOS CIMAF
em kW
𝑚∗𝑔∗𝑣
𝑃= = 𝑘𝑊
60 ∗ 1000 ∗ 𝜂𝑟
G, m = Peso da carga mais cabina kg
g = força da gravidade = 9,8m/s²
𝑣 = velocidade máxima em m/min
𝜂𝑟 = rendimento do motoredutor.
73
Diâmetro do tambor 480mm (30 vezes o diâmetro do cabo)
74
Recomendação para peso do contrapeso:
𝐺𝑐𝑎𝑟
𝐺𝑐𝑝 = 𝐺𝑐𝑎𝑏 −
2
Dessa forma, quando houver carga total, o motor deverá fornecer potência para elevar a carga + cabina.
Quando não houver carga nenhuma, o motor fornecerá potência para elevar o contra peso, porém com
mesmo valor.
Exemplo:
Peso da cabina: 600kgf
Peso da carga: 900kgf
Contra peso ideal: 600kgf + 900kgf/2 = 1050kgf
75
Recomendação: Para o cálculo do contrapeso veja a recomendação na página anterior;
76
PONTE ROLANTE
Elevação
Para o movimento vertical da carga, é inserido um moitão com uma ou várias polias entre o cabo e o gancho
com a finalidade de diminuir a força necessária para elevar a carga. Esse arranjo diminui a força tangencial
sobre o tambor e o torque nominal no eixo de saída do redutor. Além disso, reduz a velocidade de elevação
ou abaixamento da carga. Na seleção de redutor pelo torque ou potência requerida para a elevação, deverá
ser considerado um fator de segurança de acordo com a norma NBR 8400 assim como no cálculo do
diâmetro do cabo.
Vantagem mecânica obtida pelo sistema (𝑉𝑚 )
Para nosso cálculo, será considerado o número de segmentos do cabo (𝑛𝑠𝑐 ) pelo valor atribuído ao tipo de
moitão(𝑡𝑚 ).
- Moitão simples = 1
- Moitão gêmeo = 2
𝑛𝑠𝑐
𝑉𝑚 =
𝑡𝑚
Exemplo 1
Moitão com uma polia, dividindo por 2 a tensão de tração exercida pelo peso da carga.
Vantagem mecânica = 2: cabo único dividido em 2 segmentos pela polia
G 1 10000kg
Ft = ∗ q= = 5263kgf
𝑉𝑚 η 2 ∗ 0,95
78
CABOS CIMAF
Exemplo 3
Talha com trolley para 10000kg
79
Força tangencial requerida no tambor para elevar a carga
Força F
𝐹 = 𝐺/4
𝐹𝑡 = 2 ∗ 𝐹 = 𝐺/2
𝐺 10000𝑘𝑔𝑓
𝐹𝑡 = = = 5540𝑘𝑔𝑓
2 ∗ 𝜂𝑞 2 ∗ 0,952
𝜂 = rendimento de cada polia
q = quantidade de polias do sistema = 2
80
Força de deslocamento 𝑓 = braço de alavanca da resistência
2∗𝑓 ao rolamento: 0,5mm
𝐹𝑑 = 𝐺 ∗ ( ∗ 𝐾𝑓 + 𝜇𝑚 ) = 𝑁
𝐷
2 ∗ 0,5
𝐹𝑑 = 10800𝑘𝑔 ∗ ( ∗ 1,2 + 0,005) = 118,8𝑘𝑔𝑓
200𝑚𝑚
Força de aceleração
𝐺 𝑣 10800𝑘𝑔 0,33𝑚/𝑠
𝐹𝑎 = ∗ = ∗ = 183,7𝑘𝑔𝑓
𝑔 𝑡𝑎 9,8𝑚/𝑠² 2
𝑔 = aceleração da gravidade (m/s²)
𝑘𝑓 = Valor relativo ao atrito do flange das rodas com os trilhos
1,2 para trilhos bem alinhados
1,5 para trilhos mal alinhados ou ventos fortes transversais ao movimento
𝜇𝑚 = coeficiente de atrito dos rolamentos das rodas: 0,0022 a 0,005 conforme catálogo de rolamentos NSK
𝑣 = velocidade (m/s)
𝑡𝑎 = tempo de aceleração (s). Conforme norma nas tabelas a seguir ou arbitrar.
Potência requerida para início do movimento. Dividir o resultado pelo número de acionamentos
𝑇(𝑘𝑔𝑓𝑚) ∗ 𝑛(𝑟𝑝𝑚) 30,3𝑘𝑔𝑓𝑚 ∗ 31,8𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 1,5𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,90
ou
(𝐹𝑑 + 𝐹𝑎 ) ∗ 𝑣 (118,8𝑘𝑔𝑓 + 183,7𝑘𝑔𝑓) ∗ 20𝑚/𝑚𝑖𝑛
𝑃= = = 1,5𝐶𝑉
45 ∗ 60 ∗ 𝜂 4500 ∗ 0,90
𝜂= rendimento do redutor
Para cálculo da potência requerida para translação da ponte usar as mesmas fórmulas.
Dividir o resultado pelo número de acionamentos
81
GUINCHO GIRATÓRIO
No cálculo da potência requerida de acionamento do giro do braço, mais de 90% do valor é devido à
aceleração das massas. O momento resistente devido aos rolamentos é pouco significativo.
Cálculo da potência do motor e seleção do redutor para o giro, utilizando um exemplo real.
82
Conjunto de redução:
Motoredutor coaxial Siti MNHL 25, redução aproximada 1: 240 com pinhão montado na ponta de eixo
Jogo de pinhão / engrenagem redução 1:2,85 (De/Dp = 171/60). A engrenagem faz parte do rolete.
Força tangencial necessária para vencer os atritos de rolamento nos eixos dos roletes
2 ∗ 𝑓1 2 ∗ 0,5𝑚𝑚
𝐹𝑎𝑡 = 𝐹𝑟 ∗ = 30635𝑁 ∗ = 204𝑁
𝐷𝑟 150𝑚𝑚
𝐹𝑎𝑡 = Força de atrito
𝑓1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos roletes: 0,5mm
𝐷𝑟 = Diâmetro do rolete (mm)
84
ELEVADOR DE CANECAS
Planilha de cálculos
Para o cálculo da potência requerida para o acionamento de elevadores de canecas, não se considera o peso
das canecas ou da correia por estarem em equilíbrio em ambos os lados do elevador (Gc). Para cálculo do
momento de torção no tambor de acionamento, considerar o peso do material dentro das canecas cheias
(G) e a força resistente devido à extração (Fr). A fórmula de cálculo é baseada na prática dos fabricantes
deste tipo de equipamentos e na norma CEMA.
Na maioria das vezes é informada a capacidade de transporte em ton./hora (Q) e para se obter o valor de G
(peso do material dentro das canecas), utilizam-se as fórmulas:
𝑄∗𝐴
𝐺 = 𝑞 ∗ 𝑐 ∗ 𝛾 = 𝑘𝑔𝑓 𝑜𝑢 𝐺= = 𝑘𝑔𝑓
𝑣 ∗ 3,6
q = quantidade de canecas carregadas
c = capacidade máxima de cada caneca (dm³ - litros)
= peso específico do material
Q = capacidade de transporte em t/h
A = altura do elevador (m)
v = velocidade de transporte (m/s)
85
Calculando a rotação por minuto no eixo do tambor de acionamento.
𝑣 ∗ 60
𝑛= = 𝑟𝑝𝑚
𝜋∗𝐷
v = velocidade m/s
D = diâmetro do tambor de acionamento (m)
Para o cálculo da potência necessária de acionamento no eixo de entrada do redutor / eixo do motor utilizar
a fórmula:
𝑀∗𝑛
𝑃= = 𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂
Para obter a potência em kW multiplicar o valor por 0,736
P = potência requerida ou necessária de acionamento
M = momento de torção no eixo do tambor
n = rpm no eixo do tambor de acionamento
= rendimento do redutor.
86
FOULARD - CILINDROS SOBRE PRESSÃO
87
Cálculo da rotação no eixo do cilindro motorizado
𝑣 ∗ 1000
𝑛= = 𝑟𝑝𝑚
𝜋∗𝐷
v = velocidade m/min
Exemplo de aplicação
Foulard
Pressão 10000kgf
Diâmetro dos cilindros: 300mm
Velocidade 8 a 80 m/min controlada por inversor de frequência trabalhando 9 a 90 Hz
Área de contato entre os cilindros sobre pressão: K= 60mm → f = 30mm
Força de tração para puxar o tecido: 100kgf
Para calcular as rotações por minuto no eixo de saída do redutor é necessário considerar neste caso que a
rotação do motor de 4 polos (1750rpm a 60 Hz) com 90Hz estará trabalhando a
1750 ∗ 90
𝑛1 = = 2625𝑟𝑝𝑚
60
Acima de 1800rpm o motor de 4 polos alimentado por inversor de frequência perde torque e, para calcular a
rotação dos cilindros / rotação de saída do eixo de saída do redutor, sua redução e a potência do motor, é
correto fazer os cálculos a partir da rotação nominal do motor ou seja, 1750rpm ou 60Hz. Então, se a
velocidade da máquina a 90Hz é de 80 m/min, a 60Hz será
80 ∗ 60
𝑣= = 53,3𝑚/𝑚𝑖𝑛
90
Rotação no eixo de saída do redutor
𝑣 ∗ 1000 53,3 ∗ 1000
𝑛= = = 56,5𝑟𝑝𝑚
𝜋∗𝐷 𝜋 ⋅ 300
Para o cálculo da potência do motor:
𝑀∗𝑛 165 ∗ 56,5
𝑃= = = 13,7𝐶𝑉 → 15𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,95
Seleção do redutor: Motoredutor Siti MBH 125 redução 1: 31,55 com eixo de saída vazado;
capacidade nominal a 1750rpm 22CV; torque de saída 280kgfm
88
LAMINADORES
Para calcular a potência necessária de acionamento de cilindros de laminação é necessário conhecer
resistência a compressão 𝜎 do material a ser laminado no ponto de escoamento; a espessura do material
antes de ser laminado (E) e após ser laminado (e); largura da chapa ou da fita a ser laminada; diâmetro dos
cilindros e dos mancais; coeficiente de atrito entre os materiais em contato dos mancais; velocidade de
laminação e rendimento do sistema de transmissão. As fórmulas apresentadas, foram por mim
desenvolvidas a pedido de um amigo que precisava ter uma ideia da potência do motor para um laminador
que estava projetando a pedido do diretor da fábrica de panelas. Após os primeiros testes, medindo a
amperagem consumida pelo motor, chegamos à conclusão que a potência do motor estava acima do
necessário
Os valores do ângulo de contato , da distância f e do arco de contato c, podem ser obtidos pelas fórmulas a
seguir:
Ângulo de contato
𝐸−𝑒
𝛼 = 𝑐𝑜𝑠 −1 ∗ (1 − )
𝐷
𝑡𝑎𝑛 𝛼
𝑓=𝐷∗ = 𝑚𝑚
4
𝛼
𝑐 =𝜋∗𝐷 = 𝑚𝑚
360
89
Os valores acima também podem ser obtidos desenhando os cilindros e a chapa a ser laminada em qualquer
programa de desenho como na figura acima
Calcular a pressão de laminação 𝑄 nos cilindros
𝑄 = 𝜎 ∗ 𝑙 ∗ 𝑐 = 𝑘𝑔𝑓
𝜎 = resistência a compressão do material a ser laminado em kgf/cm²
𝑐 = arco de contato em cm
𝑙 = largura da chapa ou da fita a ser laminada em cm
Calcular a força de atrito gerada pelos mancais Fat1 (a fórmula considera os 2 eixos e 4 mancais)
𝐹𝑎𝑡 = 𝑄 ∗ 𝜇 = 𝑘𝑔𝑓
𝐹𝑎𝑡1 = 2 ∗ 𝐹𝑎𝑡
𝐹𝑎𝑡1 = 2 ∗ 𝑄 ∗ 𝜇 = 𝑘𝑔𝑓
Cálculo do torque resistente devido aos atritos nos mancais dos cilindros
𝐹𝑎𝑡1 ∗ 𝑑
𝑇1 = = 𝑘𝑔𝑓𝑚
2
𝑑 = diâmetro dos mancais (eixo dos cilindros) em metros
90
Tabelas de resistência de alguns tipos de aço e ligas de alumínio.
1MPa = 0,102kgf/mm² = 10,2kgf/cm²
Aços
Alumínio Alcoa
91
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Laminador montado na Alumínio Nacional Industria e Comercio
https://www.youtube.com/watch?v=rom7AR6v-Gs
Material: Alumínio 1200-0
Resistência a compressão: 30,5MPa → 305kgf/cm²
Redução de laminação: 9,6 para 8,0mm
Largura da chapa 960mm
Diâmetro dos cilindros: 620mm
Diâmetro dos mancais: 490mm
Coeficiente de atrito de escorregamento entre eixo do cilindro/mancal → aço/celeron grafitado = 0,07
Rotação dos cilindros: 23 rpm
Rendimento do sistema: 90%
Ângulo de contato
𝐸−𝑒
𝛼 = 𝑐𝑜𝑠 −1 ∗ (1 − )
𝐷
9,6 − 8
𝑐𝑜𝑠 −1 ∗ (1 − ) = 4,11°
620
𝛼 4,11
𝑐 =𝜋∗𝐷∗ = 3,14 ∗ 620 ∗ = 22.23𝑚𝑚 > 2,22𝑐𝑚
360 360
92
Forças de atrito
𝐹𝑎𝑡1 = 2 ∗ 𝑄 ∗ 𝜇 = 2 ∗ 65000 ∗ 0,07 = 9100𝑘𝑔𝑓
𝜇 = coeficiente de atrito de escorregamento entre os materiais em contato nos mancais
𝑓(𝑚𝑚) 11,14
𝐹𝑎𝑡2 = 𝑄 ∗ = 65000 ∗ = 2336𝑘𝑔𝑓
𝑅(𝑚𝑚) 310
Com a laminadora pronta e funcionando, foi feita medição da amperagem consumida pelo motor de 200CV
(superdimensionado) que chegou no máximo 85 e 109 amperes na redução da espessura de 9,6mm para
8mm. Veja o vídeo
93
GIRADOR DE TUBOS – DISPOSITIVO DE SOLDAGEM PARA EMENDA DE TUBOS
As forças resistentes ao giro são as forças de atrito entre os tubos e os roletes de apoio. Os roletes
normalmente são revestidos com borracha dura para evitar o deslizamento.
Cálculo das forças de atrito geradas pelo apoio do tubo nos roletes.
Cálculos no sistema internacional SI
9,8𝑚
𝐹𝑎𝑡 = 𝐺 ∗ 𝑔 ∗ sec(𝛼) ∗ 𝜇 = 12000𝑘𝑔 ∗ 2 ∗ sec(30°) ∗ 0,015 = 2036,9𝑁
𝑠
𝐺 = Massa dos tubos (kg)
𝑔 = força da gravidade: usual 9,8m/s²
𝜇 = coeficiente de atrito de rolamento para roletes com rolamentos no eixo = 0,010 a 0,015
94
Força necessária para iniciar a operação (aceleração)
𝐺(𝑘𝑔) ∗ 𝑣(𝑚/𝑠) 12000𝑘𝑔 ∗ 0,1𝑚/𝑠
𝐹𝑎 = = = 600𝑁
𝑡𝑎 (𝑠) 2𝑠
𝑣 = velocidade tangencial do tubo e do rolete (m/s)
𝑡𝑎 = tempo de aceleração (s)
95
CALANDRA PIRAMIDAL
Imagem internet
Cálculos tomando como exemplo uma calandra com dimensões conhecidas, conforme desenho acima.
Objetivo: calandrar chapas de aço SAE1020 com espessura (e)120 mm e largura (b)1000mm.
𝜎𝑓 = tensão de flexão do material da chapa = 40kgf/mm²
Velocidade dos rolos de apoio (rolo motorizado): 2 rpm
L = Distância entre os rolos de apoio = 1560mm
b = largura da chapa = 1000mm
e = espessura da chapa = 120mm
Cálculo da força P
96
Os mancais dos cilindros Ra e Rb serão as duas reações de apoio à força P exercida pelo cilindro central em
um ângulo de 34°.
𝑃 ∗ 𝑐𝑜𝑠34° 246154𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,829
𝑅𝑎 = 𝑅𝑏 = = = 102035𝑘𝑔𝑓
2 2
97
Forças resistentes ao giro nos eixos dos mancais de
deslizamento
𝜇 = coeficiente de atrito para mancal mal lubrificado = 0,2
- atrito do mancal do cilindro central
𝐹𝑒1 = 𝑃 ∗ 𝜇 = 246154𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,2 = 49231𝑘𝑔𝑓
246154 ∗ (5,2 + 0,2 ∗ 260) 102035 ∗ (2,5 + 0,2 ∗ 150) 102035 ∗ (2,5 + 0,2 ∗ 150)
𝑀= + + =
2000 2000 2000
𝑀 = 10356𝑘𝑔𝑓𝑚
98
TOMBADORES E VIRADORES
Para calcular a potência de acionamento de tombadores ou viradores é necessário calcular inicialmente o
braço de alavanca da resistência ao giro (basculamento) cujo valor será o produto do peso da peça situado
no seu baricentro, multiplicado pela distância do mesmo ao centro de giro.
No caso destes tipos de equipamentos é mais elucidativo usar exemplos de aplicação e o sistema técnico
(kgfm e CV).
Exemplo de aplicação 1:
Descrição do equipamento: Bascular um tambor de 200litros contendo um líquido que deverá ser
derramado em outro recipiente. A estrutura de apoio do tambor deverá girar em torno de um eixo mancal e,
para diminuir o custo do redutor, será utilizado um conjunto de engrenagens entre o eixo de saída do
redutor e o eixo do mancal de giro com redução de 1:5 (pinhão diâmetro 60mm e engrenagem 300mm).
99
Torque referente ao suporte base de 15kg
𝑇𝑏 = 15𝑘𝑔 ∗ 1,072𝑚 = 16,08𝑘𝑔𝑓𝑚
Torque referente ao suporte lateral de 18kg
𝑇𝑙 = 18𝑘𝑔 ∗ 0,605𝑚 = 10,89𝑘𝑔𝑓𝑚
Torque referente ao tambor com carga pesando o total de 265kg. Evidentemente, aqui haverá um pequeno
sobre dimensionamento porque, antes mesmo do tambor atingir a linha horizontal, haverá derramamento
do líquido e consequente diminuição do peso, mas em termos práticos são válidos os valores calculados a
seguir:
𝑇𝑐 = 265𝑘𝑔 ∗ 0,57𝑚 = 151𝑘𝑔𝑓𝑚
Para calcular o momento de giro/torque de giro no eixo da engrenagem movida, temos que somar todos os
momentos.
Torque (momento de torção) de basculamento no eixo de giro do conjunto
𝑇 = 𝑇𝑏 + 𝑇𝑙 + 𝑇𝑐 = 16,08 + 10,89 + 151 = 178𝑘𝑔𝑓𝑚
O torque requerido no eixo de saída do redutor será reduzido pelo conjunto de pinhão e engrenagem na
proporção de 1:5
178
𝑇2 = = 37,5𝑘𝑔𝑓𝑚
5 ∗ 0,95
O valor 0,95 refere-se ao rendimento do conjunto pinhão / engrenagem (perda de 5% em atritos referentes
ao engrenamento e mancais).
Ou usando a fórmula válida para quando for informado tempo de basculamento em segundos:
𝛼 ∗ 60 120 ∗ 60
𝑛= = = 1,33𝑟𝑝𝑚
𝑡 ∗ 360 15 ∗ 360
𝛼 = ângulo de basculamento
t = tempo de basculamento em segundos
Para calcular a rotação por minuto no eixo de saída do redutor multiplicamos a rpm no eixo de giro pela taxa
de redução do pinhão e engrenagens
𝑛2 = 1,33𝑟𝑝𝑚 ∗ 5 = 6,65𝑟𝑝𝑚
Seleção do redutor: Pelo desenho da máquina o redutor mais adequado para essa aplicação deverá ser do
tipo ortogonal com torque no seu eixo de saída acima de 37,5 kgfm ou 367Nm e rotação 6,65 rpm.
Considerando motor de 4 polos ou 1750 rpm a redução aproximada deverá ser 1750/6,65 = 264.
100
Exemplo 2
Forno de refinamento de aço líquido
Este forno, revestido internamente com material refratário, com 4000kgf de aço líquido em seu interior,
deverá fazer giros completos com 2 voltas por minuto em torno de um eixo mancal onde será montado o
redutor e motofreio adequado para o acionamento. Com o movimento de giro o aço líquido se movimenta
dentro do forno deslocando seu centro de gravidade a todo o momento em relação ao eixo mancal.
O vaso formado por um duplo cone não simétrico e com revestimento interno, tem seu centro de gravidade
não coincidente com o centro do eixo mancal, resultando um momento de torção resistente ao giro.
Para calcularmos o momento de torção necessário para fazer o sistema girar, é melhor fazer isoladamente o
cálculo dos momentos devidos ao desbalanceamento do vaso e, posteriormente ao deslocamento do
produto dentro do mesmo.
Primeiramente calcular o momento de giro do vaso posicionando na horizontal. As massas dos dois lados do
eixo mancal foram calculadas anteriormente e os centros de gravidade foram obtidos utilizando os recursos
do AutoCad. Veja figura a seguir:
Partindo da posição horizontal, o lado direito com 5213kgf tende a girar o conjunto no sentido horário e o
lado esquerdo com 4016kgf se contrapõe, tendendo a girar no sentido anti horário. Então, a fórmula a seguir
101
vai determinar qual é o momento resultante. Evidentemente, pelos maiores valores de massa e afastamento
do centro (575mm), o vaso tenderá a girar no sentido horário até atingir a posição vertical com o lado mais
pesado para baixo.
𝑀𝑣 = 4016𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,496𝑚 − 5213𝑘𝑔𝑓 ∗ 0,575𝑚 = 1005𝑘𝑔𝑓𝑚
Em seguida, verificar qual o maior torque desenvolvido pelo deslocamento de aço líquido dentro do vaso. No
caso deste vaso, olhando os desenhos que estão em escala, é obvio que a somatória dos momentos de giro
no sentido horário será maior do que a somatória no sentido anti horário. Então, usando os recursos do
AutoCad ou outro programa de desenho qualquer, primeiramente girar o vaso no sentido anti horário em
diversos ângulos até encontrar o ponto no qual o baricentro da carga de 4000kgf esteja mais afastado do
centro do eixo mancal conforme figura
A seguir usar o mesmo procedimento anterior deslocando a carga de 4000kgf para o lado direito, conforme
figura abaixo, e verificar o momento de giro.
102
Este valor do momento de giro da carga, é no sentido horário e por tanto deverá ser somado ao momento
devido ao desbalanceamento do vaso que também é no sentido horário.
𝑀2 = 𝑀𝑣 + 𝑀𝑐ℎ = 1005 + 1760 = 2765𝑚𝑘𝑔𝑓
Supondo que os valores de carga, as massas dos componentes do vaso e os baricentros estejam bem
calculados e situados nos pontos corretos, este é o momento de torção mínimo necessário para acionar esse
equipamento, mas se houver alguma desconfiança quanto aos dados informados, é melhor utilizar um fator
de segurança. Se utilizar fator de segurança 1,3 (30% a mais) então a potência do motor poderá ser calculada
pela fórmula a seguir:
𝑀2 ∗ 𝑓𝑠 ∗ 𝑛2 2765 ∗ 1,3 ∗ 2
𝑃= = = 10,56𝐶𝑉 → 12,5𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,95
fs = fator de segurança
𝑛2 = rotação por minuto do equipamento
𝜂 = rendimento do redutor
Seleção do redutor: Este tipo de equipamento giratório tem o torque resistente muito variável chegando a
ser negativo em alguns ângulos. Se o sentido de rotação for horário e considerada a posição mostrada na
última figura, o torque gerado pela carga em função da força de gravidade, tenderá a acelerar o motor que
nesse momento deverá atuar como freio se alimentado por inversor de velocidade. Estando o motor
trabalhando como freio, o redutor deverá suportar o torque gerado pelo sistema e seu dimensionamento
deverá ser feito em função do torque M2 multiplicado pelo fator de serviço recomendado pela norma AGMA
para este tipo de equipamento.
103
MESA PANTOGRÁFICA
Para este caso vamos utilizar um exemplo efetuando os cálculos no sistema técnico.
Média de 10 partidas/hora:
Carga total incluindo estrutura: G = 1100 kgf
Ângulo de partida do braço: 10 °
Fuso com rosca trapezoidal diâmetro 60 mm, passo 10 mm - Fuso de aço. Porca de bronze
Rotação do fuso: 72 rpm
Os maiores esforços para elevar a carga são exercidos quando a mesa está na posição mais baixa.
É nessa posição que devem ser efetuados os cálculos.
Dedução da fórmula para cálculo da força axial 𝐹1
𝐹𝑛
𝐹2 =
𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐹𝑛 𝐹𝑛 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼
𝐹1 = 𝐹2 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 ⇒ 𝐹1 = ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 ⇒ 𝐹1 =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐹𝑛 = 𝐺 = 1100𝑘𝑔𝑓
Aplicando a fórmula
𝐹𝑛 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 1100𝑘𝑔𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠 1 0𝑜
𝐹1 = = = 6239𝑘𝑔𝑓
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛10𝑜
Para vencer os atritos no mancal de apoio e eixos dos braços, multiplique o valor de F1 por 1,4.
𝐹 = 𝐹1 ∗ 1,4 = 6239 ∗ 1,4 = 8735𝑘𝑔𝑓
104
MESA DE ROLOS
Força de atrito gerada pela carga sobre os roletes e pelo atrito dos mancais.
𝑓1 ∗ 2
𝐹𝑎𝑡 = 𝑚𝐶𝐴 ∗ 𝑔 ∗ ( + 𝜇) = 𝑁𝑚
𝐷𝑟
𝑚𝐶𝐴 = Massa da carga = kg
𝑔 = força de gravidade = 9,8m/s²
𝐷𝑟 - Diâmetro dos roletes = mm
𝑓1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento
0,5mm - atrito dos roletes com peças de aço
1,2mm - atrito dos roletes com pallets de madeira
2,0mm - atrito dos roletes com caixas de papelão
𝜇 = coeficiente de atrito
Coeficiente de atrito para mancais com rolamentos = 0,005
Coeficiente de atrito para mancais de deslizamento PTFE = 0,09 https://incomplast.com.br/ptfe/
Torque no eixo de saída do redutor. É a soma do torque relativo aos atritos e do torque de aceleração
𝑇2 = 𝑇𝑎𝑡 + 𝑇𝑎 = 𝑁𝑚
105
Cálculo da rotação
𝑣 ∗ 60 ∗ 1000
𝑛= = 𝑟𝑝𝑚
𝜋 ∗ 𝐷𝑟
v – Velocidade da carga = m/s
Cálculo da potência do motor considerando um único motoredutor acionando todos os roletes. A fórmula é
válida para a situação em que o acionamento esteja na extremidade como nas figuras no início da página.
Consultar para outras situações, como 2 acionamentos, acionamento no meio do transportador.
𝑇2 ∗ 𝑟𝑝𝑚
𝑃= = 𝑘𝑊
9550 ∗ 𝜂 𝑞 ∗ 𝜂𝑟
𝜂 𝑞 = Rendimento da transmissão por corrente, elevado à potência q
𝜂 = 0,90 na prática. O rendimento real é 0,98 para correntes novas, limpas e lubrificadas
q = quantidade de correntes do sistema
𝜂𝑟 = rendimento do redutor
106
PLATAFORMA GIRATÓRIA
Como existem muitos tipos de plataforma giratória é melhor utilizar um exemplo como demonstração de
método de cálculo. Esta plataforma foi fabricada e colocada em funcionamento numa exposição de
lançamento de um carro de marca conhecida.
DADOS
Peso total: 5100kg
Peso do carro:1700kg
107
108
Distância do eixo central de giro da plataforma até o centro de gravidade do carro considerando que esteja a
1/3 de sua altura quando em posição normal: 784/2 + 484 + 1300/3 = 1526mm
Peso e diâmetro da plataforma horizontal: 1000kg; 5000mm
Peso e dimensões da plataforma vertical: 2400kg; largura: 750mm x 5000mm; altura: 4000mm
Peso total apoiado em 16 rodízios de aço com rolamento no eixo e banda de rodagem diâmetro 150mm
revestida com poliuretano dureza 90 shore.
Velocidade desejada: 180° em 6 segundos → 360° em 12 segundos → 1volta/12s = 0,0833 rotações/segundo
→ 0,0833 x 60 = 5 rotações por minuto
Aceleração de 0 até velocidade nominal: 2 segundos
Velocidade (média) no diâmetro 2,5m = 3,14 x 2,5m x 0,0833 r/s = 0,654 m/s → 2,35 km/h
No eixo de saída do redutor será montado um pinhão com 11 dentes acionando uma engrenagem com 144
dentes montada no eixo central da plataforma
109
Potência de acionamento
𝑚∗𝑣 1700𝑘𝑔 ∗ 0,798𝑚/𝑠
𝑃= = = 0,67𝑘𝑊
1000 ∗ 𝑡𝑎 1000 ∗ 2𝑠
Potência total de acionamento incluindo perdas com atrito interno do redutor (0,8) e engrenagens externas
(0,95):
0,49𝑘𝑊 + 0,43𝑘𝑊 + 0,7𝑘𝑊 + 0,67𝑘𝑊
𝑃= = 3,01𝑘𝑊 ∗ 1,36 = 4,09𝐶𝑉
0,8 ∗ 0,95
Seleção do motor
Como não há muito espaço para motor de maior capacidade e, visando menor custo, foi selecionado um
motor de 3,0CV – 4 polos – 1710rpm baseado nos cálculos e nas seguintes considerações:
-- Conforme dados do motor abaixo, seu fator de serviço é 1,15 e seu conjugado (torque) máximo em
relação ao nominal 3 vezes maior;
-- 79% da potência calculada é devida a aceleração das massas em movimento e 21% ao atrito de rolamento;
-- O percurso de 180° no tempo de 6 segundos será dividido em aceleração e velocidade nominal sendo 2
segundos (33% do tempo) para aceleração e 4 segundos (67% do tempo) para velocidade nominal. Daí,
conclui-se que, o motor trabalhará 33% do tempo com potência 28% acima da nominal e 67% do tempo com
29% da sua capacidade nominal. Deverá ser o suficiente para baixar a temperatura elevada no momento da
partida e aceleração.
Seleção do redutor
Redução total baseada no motor de 1710rpm e 5rpm no eixo central da plataforma:
1710 / 5 → 1:342
Redução externa por pinhão e engrenagem 1:11
Redução do redutor 342/11 = 31
Motoredutor Zara a rosca sem fim NMRZ 90, redução 1:30,0. Capacidade nominal 4,9CV; Torque nominal
48,5 kgfm; Rendimento 0,8. Eixo de saída 35mm. Com motor 3,0CV 4 polos 220/380V
110
PENEIRA ROTATIVA PARA SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS NO TRATAMENTO DA ÁGUA
Cálculo da potência de acionamento feito para: BARIONTEC FILTRAGEM INDUSTRIAL LTDA.
http://www.bariontec.com.br/
vídeo da peneira
Dados do material: água misturada com milho, soja, cavaco de madeira, plástico, pedrisco, areia fina
Como usar o AutoCad 3D para calcular o braço de alavanca da resistência ao giro
-desenhe o tambor.
-determine e desenhe o volume ocupado pelo material sólido esquecendo o volume de água
-posicione o eixo do desenho (X, Y, Z) no centro do tambor e, usando o comando Massprop e clicando na
figura do material →enter, determine seu centro de massa em relação ao eixo central da peneira
111
-no AutoCad, o volume está em mm³. 123963394𝑚𝑚³/106 = 123,96𝑑𝑚³
103 ∗ 𝜋 ∗ 42 ∗ 19 6,245 ∗ 2,5 ∗ 19
𝑉= − = 124𝑑𝑚³
360 2
-multiplicando o volume dos resíduos sólidos pela sua densidade máxima, obtemos sua massa
124𝑑𝑚³ ∗ 1,5 = 186𝑘𝑔
Ângulo de acomodação do material
Momento de torção devido ao peso dos resíduos sólidos considerando ângulo de repouso de 40° com a
peneira
𝑀𝑠 = 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ 𝑟 = 186𝑘𝑔 ∗ 9,8𝑚/𝑠² ∗ 0,200𝑚 = 364,6𝑁𝑚
112
Momento de aceleração da massa da peneira
-momento de inércia para cilindro oco
𝑚 ∗ (𝑅² + 𝑟²) 950𝑘𝑔 ∗ (0,408² + 0,400²)
𝐽= =
2 2
= 155𝑘𝑔𝑚2
𝐽 ∗ 𝜋 ∗ 𝑛 155 ∗ 3,14 ∗ 6
𝑀𝑎 = = = 48,7𝑁𝑚2 /𝑠 2
30 ∗ 𝑡 30 ∗ 2
m = massa = kg 𝑡 = tempo em s
𝑛 = rotações por minuto 𝑟 = raio em m
113
Motorredutor sugerido pelo catálogo da SEW
114
AGITADORES E MISTURADORES
Teoria básica da mecânica dos fluídos
RESISTÊNCIA DO MEIO
As forças que dificultam o movimento de um corpo dentro de um fluído decorrem de duas causas
- atrito entre as partículas do fluído devido à diferença de velocidade entre as mesmas
- inércia do fluído devido aos choques do corpo com as partículas do fluído
Para baixas velocidades, a resistência do movimento é determinada principalmente pela viscosidade do
fluído denominada resistência viscosa.
Para velocidades mais altas, a resistência é determinada também pela inércia das partículas do fluído. É a
resistência dinâmica.
Resistência da água
115
Então:
4 4
𝑃 =𝐸+𝑅 = ∗ 𝜋 ∗ 𝑟 3 ∗ 𝜌𝑒 ∗ 𝑔 = ∗ 𝜋 ∗ 𝑟 3 ∗ 𝜌𝑙 + 6 ∗ 𝜋 ∗ 𝜇 ∗ 𝑟 ∗ 𝑣
3 3
Concluindo:
2 ∗ (𝜌𝑒 − 𝜌𝑙 ) ∗ 𝑔 ∗ 𝑟²
𝜇=
9∗𝑣
𝜌𝑒 = peso específico da esfera
𝜌𝑙 = peso específico do líquido
𝑟 = raio da esfera
𝑔 = força da gravidade
v = velocidade terminal
Utilizando as unidades: gramas, cm, cm/s, teremos o valor em g/cm.s (poise) - Sistema CGS
Utilizando as unidades: kg, m, m/s, teremos o valor em N.s/m (Pas) - Sist. internacional
Eliminando na fórmula anterior a força g, teremos o valor em kgf.s/m - Sistema técnico
2 - Pelo viscosímetro de Ostwald - Através da resistência do líquido ao escoamento, passando por um tubo
capilar e medindo o tempo de vazão.
Neste caso a fórmula utilizada é
𝜋 ∗ 𝑟4 ∗ 𝑠 ∗ 𝑃
𝜇=
8∗𝑉∗𝐿
𝑟 = raio da esfera
𝑠 = tempo de escoamento em segundos
𝑉 = Volume do líquido que flui pelo tubo
𝐿 = Comprimento do tubo
𝑃 = Pressão hidrostática
𝑃 =ℎ∗𝜌∗𝑔
ℎ = altura da coluna do líquido
𝜌 = densidade do líquido
𝑔 = força da gravidade
Utilizando as unidades: pascal (N/m²), m, s, teremos o valor em N.s/m (Pas)
No interior de um líquido, as partículas contidas em duas lâminas paralelas de área (S) movem-se com
velocidades (v) diferentes e proporcionais à distância (d) entre si. A lâmina com maior velocidade (𝒗𝟏 )
tenderá a arrastar a lâmina com menor velocidade (𝒗𝟒 ) devido ao atrito entre as partículas.
116
Nos agitadores o atrito é causado pela diferença de velocidade entre o líquido próximo das pás e o líquido
próximo ao fundo e às laterais do tanque, onde tende a ficar parado.
A força e velocidade no fundo do tanque decorrente dos atritos internos, serão calculadas pelas fórmulas:
𝑣1 𝑇 2 𝜋∗𝐷∗𝑛 𝐹 𝑚 ∗ 𝑣4
𝐹 =𝜇∗𝑆∗ =𝜇∗𝜋∗( ) ∗ =
𝐶 2 60 ∗ 𝐶 𝐴 𝐶
2 2
𝜇∗𝜋 ∗𝑇 ∗𝐷∗𝑛 𝑚 ∗ 𝑣4 ∗ 𝐴
𝐹= 𝐹=
4 ∗ 60 ∗ 𝐶 𝐶
S = área do tanque m² 𝐶∗𝐹
𝑣4 =
𝑣 = 𝑚/𝑠 𝑚∗𝐴
O resultado será em:
- N, se usarmos as unidades do sistema SI (Pas; m²; m/s; m)
- Dina, se usarmos as unidades do sistema CGS (poise; cm²; cm/s; cm)
Equivalências: 1N = 1kgf.m/s² = 100000 dina
1 dina = 1gf.cm/s²
Sistema internacional
𝑚 2 𝑚2
2
𝑣 𝑘𝑔 𝑚 2 (𝑠) 𝑘𝑔 𝑚2
2 𝑘𝑔𝑚
𝑅 = 𝑐𝑓 ∗ 𝜌 ∗ 𝑆 ∗ = 𝑐𝑓 ∗ 3 ∗ ∗ = 𝑐𝑓 ∗ 3 ∗ ∗ 𝑠 = 2 =𝑁
2 𝑚 1 2 𝑚 1 2 𝑠
𝑐𝑓 = coeficiente de resistência dinâmica (ver tabela abaixo)
𝜌 = peso específico do fluído (kg/m³)
S = área da secção mestra do móvel (m²) (pás dos agitadores e misturadores)
g = força da gravidade = 9,81 m/s²
𝑣 = velocidade relativa do móvel (m/s)
𝑁𝑜𝑠 𝑎𝑔𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 → 𝑣 = 𝜋 ∗ 𝐷 ∗ 𝑁
D = 2/3 do diâmetro das pás
N = rotação por segundo
Peso específico da água: 1000kg/m³
117
VISCOSIDADE CINEMÁTICA
Viscosidade cinemática é o quociente da divisão do valor da viscosidade dinâmica () pela densidade do
fluído ().
𝑔
𝜇 𝑐𝑚 ∗ 𝑠 𝑔 𝑐𝑚3 𝑐𝑚2
𝑉= = 𝑔 = = = = 𝑠𝑡𝑜𝑘𝑒𝑠
𝜌 𝑐𝑚 ∗ 𝑠 𝑔 𝑠
𝑐𝑚3
A viscosidade cinemática pode ser medida em
stokes(st) - cm²/s (sistema CGS)
m²/s no sistema SI (sistema internacional)
1st = 0,0001m²/s
1 centistokes (cst) = 0,000001m²/s
m²/s = 1000000 centistokes
118
Viscosidade cinemática de alguns materiais
NÚMERO DE REYNOLDS
Reynolds concluiu que, para cada velocidade de escoamento e determinada forma geométrica de um corpo
movendo-se em um líquido viscoso, se a relação entre força de inércia e viscosidade (fórmula abaixo) for
pequena o escoamento será laminar, mas se for grande será turbulento.
NRey < 2 – Regime laminar
O fluxo tem a forma de escoamento laminar. Não ocorre formação de esteira
e as linhas do fluxo se fecham atrás da esfera ou cilindro. A resistência é
predominante de atrito devido às forças viscosas. É o chamado Regime de
Stokes.
119
40 < NRey < 2x10^5 – Regime de transição
Os turbilhões destacam-se de um modo alternado e periódico em ambos os
lados. Os turbilhões ao se destacarem produzem uma força lateral periódica
e um turbilhonamento muito grande na esteira, caracterizado por uma
grande perda de energia. Estes vórtices alternados são conhecidos como
vórtices de Karman. São causadores de colapso de muitas estruturas. Nota-se
a presença de forças viscosas e aumento considerável de forças de pressão.
NRey > 5x10^5 – Regime de transição
Não se formam mais vórtices alternados, mas sim de maneira aleatória. O
número de Reynolds em que se dá esta queda súbita de resistência chama-se
número de Reynolds crítico, não sendo propriamente um valor único, mas
certa faixa de número de Reynolds. As forças de pressão predominam. É o
chamado Regime de Newton
𝐷 1 𝐻 1 𝐽 1 𝐶 1 𝑊 1 𝐿 1
= = = = = =
𝑇 3 𝑇 1 𝑇 12 𝐷 1 𝐷 5 𝐷 4
120
A potência de acionamento de um impelidor é função da densidade e viscosidade do líquido a ser agitado,
da velocidade periférica, do formato das pás e das dimensões do tanque. É o valor resultante da
multiplicação de uma fórmula teórica (𝑃 = 𝑁 3 ∗ 𝐷 5 ∗ 𝜌) pelo 𝑁𝑝 (número de potência) com valores
empíricos.
𝑛 3
𝑃 = ( ) ∗ 𝐷 5 ∗ 𝜌 ∗ 𝑁𝑝 /1000 = 𝑘𝑊
60
𝑃 = Potência em Watts
N = rotação por segundo
D = Diâmetro do impelidor em m
𝜌 = Peso específico em kg/m³
𝑁𝑝 = Número de potência
121
O número de potência está relacionado ao número de Reynolds. Cada tipo de impelidor tem um número de
potência obtido em experimentos práticos feitos em laboratórios. Esses experimentos são feitos com
tanques padrão, com rotações variáveis e líquidos diferentes.
𝐷2 ∗ 𝑁 ∗ 𝜌
𝑅𝑒 =
𝜇
Os agitadores com alta velocidade, contendo líquidos com alto peso específico e baixa viscosidade
(resultando em alto número de Reynolds), provocam agitação turbulenta e resultam em número de potência
invariável como se pode notar na curva 6 do gráfico. Números de potência iguais significam que a força
resistente ao avanço das pás é sempre a mesma e a potência absorvida pelo sistema será função
principalmente da velocidade (parte teórica da fórmula).
Os agitadores com baixa velocidade, contendo líquidos com alta viscosidade (resultando em baixo número
de Reynolds) tem movimento laminar. A superfície do líquido é plana e o sistema de agitação vai depender
muito da viscosidade do líquido.
122
IMPELIDOR TIPO TURBINA
123
IMPELIDORES TIPO A
Cálculo da potência de acionamento de impelidores tipo pás (tipo A) conforme tabelas extraídas do livro
AGITATOR SELECTION AND DESIGN - E.E.U.A. HANDBOOK - publicado por
The Engineering Equipment Users Association - London, S.W.1
Observe nas tabelas que os valores de potência de acionamento dependem da densidade e viscosidade do
líquido. Dependem também dos diâmetros e altura dos tanques, dos defletores, das dimensões das pás, da
velocidade média a 2/3 do centro do agitador. A distância do impelidor ao fundo do tanque (C) também
influi na potência e, quanto mais próximo do fundo, maior será a potência requerida para o acionamento.
Cálculo do Nº Reynolds
𝐷2 ∗ 𝑛 ∗ 𝜌
𝑅𝑒 =
𝜇 ∗ 60 ∗ 0,001
n = rotação por minuto
𝜌 = Peso específico em kg/m³
𝜇 = viscosidade em centipoises (cP)
124
Gráfico do Número de potência em função do Número de Reynolds dos impelidores tipo A
Dimensões dos tanques agitadores com valores da potência de acionamento publicados nas tabelas da
página seguinte e adiante.
DIMENSÕES PROPORCIONAIS
DIMENSÕES mm
TIPO A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8
Volume (litros) 255 760 1420 2380 4810 13640 40935 75150
125
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE
IMPELIDORES TIPO
A1
DIAMETRO DO VASO 0,69m (255 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 457mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDAD 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,01 0,013 0,13 1,3
30 43 1,0 0,01 0,013 0,13 1,3
1,4 0,01 0,013 0,13 1,3
0,6 0,01 0,01 0,01 0,013 0,05 0,5 5
60 86 1,0 0,01 0,01 0,01 0,02 0,05 0,5 5
1,4 0,01 0,01 0,02 0,03 0,05 0,5 5
0,6 0,04 0,04 0,06 0,09 0,2 2,1
SEM 120 172 1,0 0,06 0,06 0,09 0,14 0,2 2,1
DEFLETORES 1,4 0,09 0,09 0,12 0,18 0,3 2,1
0,6 0,3 0,3 0,4 0,7 1,0
240 344 1,0 0,5 0,5 0,7 1,0 1,5
1,4 0,7 0,7 0,9 1,3 2,0
0,6 2,4 2,4 3,0
480 688 1,0 4,0 4,0 5,0
1,4 6,0 6,0 6,0
0,6 0,01 0,01 0,01 0,01 0,013 0,13 1,3
30 43 1,0 0,01 0,01 0,01 0,01 0,013 0,13 1,3
1,4 0,01 0,01 0,01 0,01 0,013 0,13 1,3
0,6 0,03 0,03 0,03 0,03 0,05 0,5 5
COM 60 86 1,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,5 5
DEFLETORES 1,4 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,5 5
0,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 2,1
120 344 1,0 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 2,1
1,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 2,1
0,6 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8
240 688 1,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0
1,4 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0
126
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A2
DIAMETRO DO VASO 0,99m (760 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 661mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,01 0,03 0,3 3,0
30 62 1,0 0,013 0,03 0,3 3,0
1,4 0,018 0,03 0,3 3,0
0,6 0,03 0,03 0,04 0,06 0,13 1,3 13
60 124 1,0 0,04 0,04 0,06 0,10 0,14 1,3 13
1,4 0,06 0,06 0,08 0,12 0,19 1,3 13
0,6 0,2 0,2 0,3 0,45 0,7 5,5
SEM 120 249 1,0 0,4 0,4 0,45 0,7 1,0 5,5
DEFLETORES 1,4 0,5 0,5 0,6 0,9 1,3 5,5
0,6 1,7 1,7 2,0 3,0 5,0
240 498 1,0 3,0 3,0 3,0 5,0 7,0
1,4 4,0 4,0 4,0 6,0 9,0
0,6 13 13 14
480 996 1,0 22 22 22
1,4 30 30 30
0,6 0,02 0,02 0,02 0,02 0,035 0,3 3,0
30 62 1,0 0,03 0,03 0,03 0,03 0,035 0,3 3,0
1,4 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,3 3,0
0,6 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 1,3 13
COM 60 124 1,0 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,3 13
DEFLETORES 1,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 1,3 13
0,6 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 5,5
120 249 1,0 2 2 2 2 2 5,5
1,4 3 3 3 3 3 5,5
0,6 10 10 10 10 10
240 498 1,0 17 17 17 17 17
1,4 25 25 25 25 25
127
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A3
DIAMETRO DO VASO 1,22m (1420litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 813mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,016 0,02 0,07 0,7 6,5
30 76 1,0 0,02 0,04 0,07 0,7 6,5
1,4 0,03 0,05 0,07 0,7 6,5
0,6 0,08 0,08 0,11 0,17 0,3 2,5 25
60 153 1,0 0,13 0,13 0,17 0,25 0,4 2,5 25
1,4 0,18 0,18 0,25 0,4 0,5 2,5 25
0,6 0,6 0,6 0,8 1,2 1,8 11
SEM 120 306 1,0 1,0 1,0 1,2 1,8 3,0 11
DEFLETORES 1,4 1,4 1,4 1,6 2,5 4,0 11
0,6 5,0 5,0 5,5 8,5 13
240 612 1,0 8,5 8,5 8,5 13 20
1,4 12 12 12 17 25
128
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A4
DIAMETRO DO VASO 1,45m (2380 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 966mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,04 0,4 4,0
15 45 1,0 0,04 0,4 4,0
1,4 0,04 0,4 4,0
0,6 0,035 0,035 0,055 0,08 0,16 1,6 16
30 91 1,0 0,06 0,06 0,08 0,12 0,19 1,6 16
1,4 0,08 0,08 0,11 0,16 0,25 1,6 16
0,6 0,25 0,25 0,4 0,6 0,85 6,5 65
SEM 60 182 1,0 0,45 0,45 0,6 0,9 1,3 6,5 65
DEFLETORES 1,4 0,65 0,65 0,75 1,1 1,7 6,5 65
0,6 2,0 2,0 2,5 4,0 6,0 25
120 364 1,0 3,5 3,5 4,0 6,0 9,0 25
1,4 5,0 5,0 5,5 8,0 12 25
0,6 17 17 20 30
240 728 1,0 30 30 30 45
1,4 40 40 40 55
0,6 0,04 0,4 4,0
15 45 1,0 0,04 0,4 4,0
1,4 0,04 0,4 4,0
0,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,6 16
COM 30 91 1,0 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 1,6 16
DEFLETORES 1,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,6 16
0,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 6,5 65
60 182 1,0 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 6,5 65
1,4 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 6,5 65
0,6 13 13 13 13 13 25
120 364 1,0 22 22 22 22 22 25
1,4 30 30 30 30 30 30
129
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A5
DIAMETRO DO VASO 1,83m (4810 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 1220mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,06 0,6 6,0
15 57 1,0 0,06 0,6 6,0
1,4 0,07 0,6 6,0
0,6 0,08 0,08 0,11 0,16 0,25 2,5 25
30 115 1,0 0,13 0,13 0,16 0,25 0,40 2,5 25
1,4 0,18 0,18 0,20 0,35 0,50 2,5 25
0,6 0,6 0,6 0,75 1,2 1,7 9,0 90
SEM 60 230 1,0 1,0 1,0 1,2 1,8 2,5 9,0 90
DEFLETORES 1,4 1,4 1,4 1,5 2,5 3,5 9,0 90
0,6 5,0 5,0 5,5 8,0 12 35
120 460 1,0 8,0 8,0 8,0 12 20 35
1,4 11 11 11 16 25 40
0,6 40 40 40 60 90
240 920 1,0 65 65 65 90 130
1,4 90 90 90 110 170
0,6 0,06 0,6 6,0
15 57 1,0 0,06 0,6 6,0
1,4 0,08 0,6 6,0
0,6 0,45 0,45 0,45 0,45 0,45 2,5 25
COM 30 115 1,0 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 2,5 25
DEFLETORES 1,4 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 2,5 25
0,6 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 9,0 90
60 230 1,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 9,0 90
1,4 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 9,0 90
0,6 30 30 30 30 30 35
120 460 1,0 50 50 50 50 50 50
1,4 70 70 70 70 70 70
130
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A6
DIAMETRO DO VASO 2,60m (13640 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 1728mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,04 0,4 4,0
7,5 41 1,0 0,04 0,4 4,0
1,4 0,04 0,4 4,0
0,6 0,17 1,6 16
15 81 1,0 0,25 1,6 16
1,4 0,35 1,6 16
0,6 0,4 0,4 0,55 0,8 1,2 6,5 65
SEM 30 163 1,0 0,7 0,7 0,8 1,2 1,9 6,5 65
DEFLETORES 1,4 1,0 1,0 1,1 1,6 2,5 6,5 65
0,6 3,5 3,5 4,0 6,0 9,0 25 250
60 326 1,0 5,5 5,5 6,0 9,0 13 25 250
1,4 8,0 8,0 8,0 11 18 30 250
0,6 25 25 30 40 60 100
120 652 1,0 45 45 50 60 95 140
1,4 65 65 65 80 120 190
0,6 0,04 0,4 4,0
7,5 41 1,0 0,04 0,4 4,0
1,4 0,06 0,4 4,0
0,6 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,6 16
15 81 1,0 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 1,6 16
1,4 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 1,6 16
0,6 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 6,5 65
COM 30 163 1,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 6,5 65
DEFLETORES 1,4 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,5 65
0,6 20 20 20 20 20 25 250
60 326 1,0 35 35 35 35 35 35 250
1,4 50 50 50 50 50 50 250
0,6 160 160 160 160 160 160
120 652 1,0 300 300 300 300 300 300
1,4 400 400 400 400 400 400
131
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A7
DIAMETRO DO VASO 3,76m (40935 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 2491mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,13 1,2 12
7,5 59 1,0 0,20 1,2 12
1,4 0,25 1,2 12
0,6 0,65 0,95 5,0 50
15 117 1,0 0,95 1,4 5,0 50
1,4 1,2 1,9 5,0 50
0,6 2,5 2,5 3,0 4,5 6,5 19 190
SEM 30 235 1,0 4,5 4,5 5,0 7,0 10 19 190
DEFLETORES 1,4 6,0 6,0 7,0 9,0 13 19 190
0,6 20 20 25 30 45 75 750
60 469 1,0 35 35 35 45 70 110 750
1,4 50 50 50 60 95 140 750
0,6 170 170 170 200 350 500
120 938 1,0 300 300 300 350 500 750
1,4 400 400 400 450 650 1000
0,6 0,14 1,2 12
7,5 59 1,0 0,25 1,2 12
1,4 0,35 1,2 12
0,6 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 5,0 50
15 117 1,0 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 5,0 50
1,4 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 5,0 50
COM 0,6 16 16 16 16 16 19 190
DEFLETORES 30 235 1,0 25 25 25 25 25 25 190
1,4 35 35 35 35 35 35 190
0,6 130 130 130 130 130 130 700
60 469 1,0 200 200 200 200 200 200 700
1,4 300 300 300 300 300 300 700
132
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
A8
DIAMETRO DO VASO 4,57m (75150 litros)
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 3050mm
VISCOSID.
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,35 2,0 20
7,5 72 1,0 0,5 2,0 20
1,4 0,65 2,0 20
0,6 0,9 0,9 1,0 1,6 2,5 8,5 85
15 144 1,0 1,5 1,5 1,5 2,5 3,5 8,5 85
SEM 1,4 2,0 2,0 2,0 3,0 5,0 8,5 85
DEFLETORES 0,6 7,0 7,0 7,5 11 17 35 350
30 287 1,0 12 12 12 17 25 40 350
1,4 16 16 16 20 35 50 350
0,6 60 60 60 80 120 180 1400
60 574 1,0 95 95 95 120 180 250 1400
1,4 130 130 130 160 250 350 1400
133
IMPELIDORES TIPO TURBINA
Potência de acionamento de agitadores conforme tabelas extraídas do livro AGITATOR SELECTION AND
DESIGN - E.E.U.A. HANDBOOK - publicado por
The Engineering Equipment Users Association - London, S.W.1
Observe nas tabelas que os valores de potência de acionamento foram calculados em função da densidade e
viscosidade do líquido, do diâmetro e altura do nível do líquido dentro do tanque, dos defletores, das
dimensões das pás, da velocidade média a 2/3 do centro do agitador. A distância do impelidor ao fundo do
tanque também influi na potência e, quanto mais próximo do fundo, maior será a potência requerida para o
acionamento.
Cálculo do Nº Reynolds – Diâmetro em m; rotação por minuto; viscosidade em centipoises
𝐷2 ∗ 𝑛 ∗ 𝜌
𝑅𝑒 =
𝜇 ∗ 60 ∗ 0,001
O gráfico a seguir não faz parte do livro. As curvas de número de potência em relação ao número de
Reynolds foram levantadas pelo autor deste trabalho consultando as tabelas do livro e calculando o número
de potência de cada agitador em função das características do líquido, da rotação e dimensões dos
impelidores.
134
Dimensões dos tanques com valores da potência de acionamento publicados nas tabelas
TIPO B1 B2 B3 B4 B5 B6
Quant. palhetas 6 6 6 8 8 12
Dimensões em mm
DIMENSÕES PROPORCIONAIS
𝐷 1 𝐻 1 𝐽 1 𝐶 1 𝑊 1 𝐿 1
= = = = = =
𝑇 3 𝑇 1 𝑇 12 𝐷 1 𝐷 5 𝐷 4
135
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
B1
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 228mm
DIAMETRO DO VASO 685 a 1220mm
VISCOSIDE.
centipoises
RPM DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
kg/l
0,6 0,016 0,017 0,05
120 1,0 0,01 0,01 0,02 0,025 0,055 0,5 5
1,4 0,014 0,015 0,03 0,035 0,065
0,6 0,02 0,02 0,04 0,055 0,11
180 1,0 0,03 0,035 0,06 0,085 0,14 1,1 11
1,4 0,04 0,045 0,075 0,12 0,16
0,6 0,04 0,045 0,085 0,12 0,2
SEM 240 1,0 0,065 0,07 0,12 0,2 0,25 1,8 18
DEFLETORES 1,4 0,09 0,10 0,14 0,3 0,35
0,6 0,12 0,13 0,25 0,4 0,6
360 1,0 0,2 0,2 0,3 0,65 0,8 4 40
1,4 0,25 0,3 0,4 0,85 1,1
0,6 0,25 0,3 0,45 0,9 1,2
480 1,0 0,45 0,45 0,6 1,4 1,8 7,5 75
1,4 0,6 0,65 0,8 1,7 2,5
0,6 0,025 0,025 0,025 0,025 0,05
120 1,0 0,04 0,04 0,04 0,04 0,05 0,5 5
1,4 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06
0,6 0,085 0,085 0,085 0,085 0,11
180 1,0 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14 1,1 11
1,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,16
0,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
COM 240 1,0 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 1,8 18
DEFLETORES 1,4 0,45 0,45 0,45 0,45 0,45
0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7
360 1,0 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 4 40
1,4 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6
0,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6
480 1,0 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 7,5 75
1,4 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0
136
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
B2
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 305mm
DIAMETRO DO VASO 680 a 1830mm
VISCOSIDE
centipoises
RPM DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
kg/l
0,6 0,01 0,012 0,025 0,025 0,065
90 1,0 0,017 0,02 0,035 0,045 0,08 0,6 6
1,4 0,025 0,025 0,045 0,06 0,09
0,6 0,025 0,025 0,05 0,06 0,12
120 1,0 0,04 0,04 0,075 0,10 0,16 1,1 11
1,4 0,055 0,055 0,085 0,14 0,19
0,6 0,075 0,08 0,14 0,2 0,35
SEM 180 1,0 0,12 0,13 0,19 0,35 0,45 2,5 25
DEFLETORES 1,4 0,16 0,17 0,25 0,55 0,55
0,6 0,16 0,17 0,3 0,5 0,65
240 1,0 0,25 0,3 0,35 0,85 1,0 4,5 45
1,4 0,35 0,4 0,5 1,1 1,3
0,6 0,5 0,5 0,7 1,6 2
360 1,0 0,8 0,85 1,1 1,5 3 10 100
1,4 1,1 1,2 1,4 3 4
0,6 0,045 0,045 0,045 0,045 0,065
90 1,0 0,075 0,075 0,075 0,075 0,08 0,6 6
1,4 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11
0,6 0,11 0,11 0,11 0,11 0,12
120 1,0 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 1,1 11
1,4 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25
0,6 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35
COM 180 1,0 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 2,5 25
DEFLETORES 1,4 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85
0,6 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85
240 1,0 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 4,5 45
1,4 2 2 2 2 2
0,6 3 3 3 3 3
360 1,0 5 5 5 5 5 10 100
1,4 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5
137
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
B3
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 458mm
DIAMETRO DO VASO 990 a 2590mm
VISCOSIDE
centipoises
RPM DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
kg/l
0,6 0,025 0,03 0,055 0,06 0,11
60 1,0 0,04 0,045 0,075 0,10 0,14 0,9 9
1,4 0,055 0,06 0,085 0,13 0,17
0,6 0,075 0,085 0,14 0,2 0,3
90 1,0 0,13 0,13 0,18 0,4 0,4 2 20
1,4 0,17 0,18 0,25 0,55 0,55
0,6 0,17 0,18 0,3 0,45 0,6
SEM 120 1,0 0,3 0,3 0,4 0,9 0,9 4 40
DEFLETORES 1,4 0,4 0,4 0,5 1,1 1,2
0,6 0,5 0,55 0,75 1,7 1,9
180 1,0 0,85 0,9 1,1 2,5 3 8,5 85
1,4 1,1 1,2 1,5 3 4
0,6 1,1 1,2 1,5 3,5 4
240 1,0 1,8 2,0 2,5 5 6,5 15 150
1,4 2,5 2,5 3 6 9
0,6 0,10 0,10 0,10 0,10 0,11
60 1,0 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,9 9
1,4 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25
0,6 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35
90 1,0 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 2 20
1,4 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8
0,6 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8
COM 120 1,0 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 4 40
DEFLETORES 1,4 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9
0,6 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
180 1,0 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 8,5 85
1,4 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5
0,6 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 15
240 1,0 11 11 11 11 11 15 150
1,4 15 15 15 15 15 17
138
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
B4
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 610mm
DIAMETRO DO VASO 1220 a 3730mm
VISCOSIDE
centipoises
RPM DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
kg/l
0,6 0,055 0,06 0,11 0,13 0,2
45 1,0 0,09 0,10 0,14 0,2 0,25 1,5 15
1,4 0,13 0,13 0,18 0,4 0,35
0,6 0,13 0,13 0,2 0,3 0,4
60 1,0 0,2 0,2 0,3 0,65 0,6 2,5 25
1,4 0,3 0,3 0,4 0,85 0,8
0,6 0,4 0,4 0,55 1,2 1,2
SEM 90 1,0 0,6 0,65 0,85 1,8 1,9 6 60
DEFLETORES 1,4 0,85 0,9 1,1 2,5 2,5
0,6 0,85 0,9 1,2 2,5 3,0
120 1,0 1,3 1,5 1,8 3,5 4,5 11 110
1,4 1,8 2 2,5 4,5 5,5
0,6 2,5 2,5 3,5 7 9 25
180 1,0 4,0 4,5 5 10 14 25 250
1,4 5,5 6,0 7 12 19 30
0,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
45 1,0 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 1,5 15
1,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
0,6 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
60 1,0 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 2,5 25
1,4 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2
0,6 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8
COM 90 1,0 3 3 3 3 3 6 60
DEFLETORES 1,4 4 4 4 4 4
0,6 4 4 4 4 4 11
120 1,0 7 7 7 7 7 11 110
1,4 10 10 10 10 10 12
0,6 14 14 14 14 14 25
180 1,0 25 25 25 25 25 25 250
1,4 35 35 35 35 35 35
139
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
B5
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 915mm
DIAMETRO DO VASO 1830 a 4570mm
VISCOSIDE
centipoises
RPM DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
kg/l
0,6 0,18 0,19 0,3 0,4 0,5
30 1,0 0,3 0,3 0,4 0,9 0,9 3 30
1,4 0,4 0,4 0,55 1,1 1,1
0,6 0,55 0,55 0,75 1,7 1,7
45 1,0 0,85 0,95 1,2 2,5 2,5 7 70
1,4 1,2 1,3 1,5 3 3
0,6 1,2 1,2 1,6 3,5 3,5 12
SEM 60 1,0 1,9 2 2,5 5 5,5 12 120
DEFLETORES 1,4 2,5 3 3,5 6,5 7 14
0,6 3,5 4 4,5 9,5 11 30
90 1,0 6 6,5 7 14 17 30 250
1,4 8 9 9,5 17 25 40
120 0,6 7,5 8,5 10 19 25 50
1,0 13 14 15 25 40 65 500
1,4 18 20 20 35 55 75
0,6 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65
30 1,0 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 3 30
1,4 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
0,6 2 2 2 2 2
45 1,0 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 7 70
1,4 5 5 5 5 5
0,6 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 12
COM 60 1,0 9 9 9 9 9 12 120
DEFLETORES 1,4 12 12 12 12 12 14
0,6 18 18 18 18 18 30
90 1,0 30 30 30 30 30 30 250
1,4 40 40 40 40 40 40
120 0,6 40 40 40 40 40 50
1,0 70 70 70 70 70 70 500
1,4 100 100 100 100 100 100
140
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO
B6
DIÂMETRO DO IMPELIDOR 1220mm
DIAMETRO DO VASO 2590 a 4570m
VISCOSIDE
centipoises
RPM DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
kg/l
0,6 0,7 0,75 1,0 2 2 7
30 1,0 1,1 1,2 1,5 3 3 7,5 70
1,4 1,6 1,7 2 4 4 8
0,6 2 2,5 3 6 6 16
45 1,0 3,5 4 4,5 8,5 9 18 160
1,4 5 5,5 6 11 13 20
0,6 4,5 5 6 12 13 30
SEM 60 1,0 7,5 8,5 9,5 17 20 35 300
DEFLETORES 1,4 11 12 13 20 30 40
0,6 14 16 18 30 45 80
90 1,0 25 25 25 45 70 100 650
1,4 35 35 40 50 120 130
0,6 3 3 3 3 3 7
30 1,0 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 7,5 70
1,4 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 8
0,6 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 16
45 1,0 16 16 16 16 16 18 100
1,4 20 20 20 20 20 20
0,6 20 20 20 20 20 30
COM 60 1,0 35 35 35 35 35 35 300
DEFLETORES 1,4 50 50 50 50 50 50
0,6 75 75 75 75 75 80
90 1,0 130 130 130 130 130 130 650
1,4 180 180 180 180 180 180
141
IMPELIDORES TIPO ÂNCORA
São utilizados para mistura de líquidos muito consistentes com viscosidade entre 5 e 50 Pas
O tipo âncora fornece um escoamento misto
Há também o tipo helicoidal para fluxo axial
142
TABELAS DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE
IMPELIDORES TIPO ÂNCORA
Tabelas extraídas do livro AGITATOR SELECTION AND DESIGN - E.E.U.A. HANDBOOK - published by The
Engineering Equipment Users Association - London, S.W.1
Observe nas tabelas que os valores de potência de acionamento foram calculados em função das
características do líquido, dos diâmetros e altura dos tanques, das dimensões da âncora e da velocidade
periférica. A distância da âncora às paredes do tanque também influi na potência necessária e quanto mais
próxima, maior é a necessidade.
Dimensões dos tanques com valores da potência de acionamento publicados nas tabelas
TIPO C1 C2 C3 C4 C5 C6
C 25 25 25 38 38 38
Dimensões em mm
143
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO C1
DIAMETRO DO VASO 0,685m
VISCOSIDADE
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,09
18 36 1,0 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,05 0,14
1,4 0,19
0,6 0,02 0,2 0035 0,09 0,13 0,45 2
54 108 1,0 0,03 0,04 0,045 0,12 0,19 0,45 3
1,4 0,04 0,05 0,06 0,13 0,25 0,5 4
0,6 0,15 0,18 0,2 0,5 0,85 2
SEM 108 215 1,0 0,25 0,3 0,35 0,7 1,2 2,5
DEFLETORES 1,4 0,35 0,4 0,45 0,75 1,6 2,5
0,6 0,5 0,6 0,7 1,4 2,5
162 323 1,0 0,85 1,0 1,1 1,8 4
1,4 1,1 1,3 1,5 2,5 5
0,6 1,2 1,4 1,6 3
216 431 1,0 1,9 2 2,5 4
1,4 2,5 3 3,5 5
144
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO C3
DIAMETRO DO VASO 1,22 mm
VISCOSIDADE
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,01 0,08 0,25
9 33 1,0 0,02 0,08 0,35
1,4 0,03 0,085 0,45
0,6 0,05 0,06 0,075 0,19 0,3 0,75 5
27 99 1,0 0,08 0,10 0,11 0,25 0,4 0,85 6,5
1,4 0,11 0,13 0,15 0,3 0,55 1,0 6,5
0,6 0,4 0,45 0,5 1,0 2 3,5 25
SEM 54 198 1,0 0,65 0,75 0,8 1,4 3 5 30
DEFLETORES 1,4 0,9 0,95 1,2 1,7 4 6,5 30
0,6 1,3 1,5 1,7 3 6 10
81 297 1,0 2 2,5 2,5 4 9 16
1,4 3 3 4 5,5 12 20
0,6 3 3,5 4 6,5 14 25
108 397 1,0 5 6,5 6,5 9 20 35
1,4 7 7,5 9 11 25 45
145
TABELA DE POTÊNCIA EM CV NECESSÁRIA PARA ACIONAMENTO DE IMPELIDORES TIPO C5
DIAMETRO DO VASO 1,83 m
VISCOSIDADE
VELOC centipoises
RPM PERIF. DENSIDADE 1 10 102 103 104 105 106
m/min kg/l
0,6 0,03 0,12 0,45
6 33 1,0 0,04 0,13 0,7
1,4 0,055 0,13 0,9
0,6 0,11 0,13 0,15 0,3 0,6 1,1 9
18 99 1,0 0,18 00,2 0,25 0,4 0,85 1,5 9,5
1,4 0,25 0,3 0,35 0,55 1,1 1,9 10,5
0,6 0,9 1,0 1,1 1,9 4 8,5 40
SEM 36 199 1,0 1,4 1,5 1,8 3,0 6 11 45
DEFLETORES 1,4 2 2 2,5 3,5 8 14 45
0,6 3 3 4 6 12 20
54 298 1,0 5 5 6 8,5 19 30
1,4 6,5 7 8,5 10 25 40
0,6 7 7 8,5 13 30
72 398 1,0 11 12 14 18 40
1,4 15 17 20 20 50
146
IMPELIDORES TIPO HÉLICE NAVAL
São impelidores em formato de hélice e medem geralmente menos de 1/4 do
diâmetro do tanque de mistura, e giram a uma grande velocidade (acima de
1000 rpm).
Este tipo de impelidor relativamente pequeno, tem bastante eficiência em
tanques grandes. Devido à natureza predominante longitudinal dos fluxos de
corrente do produto, os hélices não são muito efetivos se forem montados no
centro do tanque verticalmente, sendo recomendado a sua instalação
descentralizada com o eixo formando um certo ângulo com a vertical do
tanque. Os impelidores tipo hélice são bastante utilizados na mistura de
produtos de pouca viscosidade e, como cortam e cisalham as substâncias do
produto, são utilizados também para dispersar sólidos e no preparo de
emulsões.
DISCO DE COWLES
Os dispersores são batedores especiais utilizados para homogeneizar produtos pastosos, deixando um
aspecto cremoso ao produto. Este tipo de batedor efetua o cisalhamento dos sólidos quebrando-os em
partículas extremamente minúsculas.
148
MISTURADORES ROTATIVOS
Site para consulta
Como o próprio nome diz, funcionam girando e misturando o alimento. As formas dos misturadores
rotativos são variadas: Duplo Cone e em forma de Y e V. São bastante utilizados na indústria farmacêutica e
na produção de alimentos em pó.
Misturadores em Y ou V
Estes tipos de misturadores consistem de dois cilindros colocados em um angulo que forma a letra "Y" ou
"V".
Duplo Cone
Este tipo de misturador corresponde a dois cones unidos por uma pequena seção cilíndrica.
O produto a ser misturado não deve ocupar mais de 60% do volume do recipiente
149
Para os misturadores em Y, V ou duplo cone, o cálculo do torque de acionamento consiste em conhecer o
centro de gravidade das massas em movimento de um lado e do outro do eixo do misturador. Deve-se
procurar a posição onde há uma maior concentração do material em um dos lados como na figura 2 do
desenho a seguir:
150
MISTURADOR RIBBON BLENDER
É conhecido como misturador de cintas. É formado por um canal horizontal com um eixo central e um
agitador de cintas helicoidais. Estas cintas helicoidais são montadas de tal forma que as mesmas atuam em
direções contrárias sobre um único eixo, ou seja, uma move lentamente o produto em uma direção e a outra
move rapidamente o produto em direção oposta.
Exemplo
Misturador Ribbon Blender
Volume útil: V =1000litros
Densidade da massa: d = 1,2kg/litro
Largura: 780mm; comprimento 2700mm
Diâmetro médio das lâminas externa e interna: D = 500mm
Rotação desejada: 32 rpm
Resistência estimada ao avanço das lâminas Fr = Peso da mistura = V x d = 1000litros x 1,2 = 1200kgf
Para calcular o momento resistente 𝑀𝑟 em kgfm
𝐷 500
𝑀𝑟 = 𝐹𝑟 ∗ = 1200 ∗ = 300𝑘𝑔𝑓𝑚
2 ∗ 1000 2000
Para calcular a potência em CV consumida pelo equipamento, aplicar a fórmula
𝑀𝑟 ∗ 𝑟𝑝𝑚 300 ∗ 32
𝑃= = = 14𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,95
rpm = rotação por minuto das lâminas
𝜂 = rendimento do redutor (verificar no catálogo do fabricante)
151
Seleção do motor. Selecionar um motor com potência imediatamente superior à potência necessária. No
exemplo acima motor de 15CV - 4 polos (1760rpm) por ser mais comercial. Motores de rotações mais baixas
tem maior custo e os de maior rotação 3500 rpm (2 polos) diminuem a vida útil do redutor. As diferentes
reduções do mesmo tamanho de redutor normalmente não alteram o valor do mesmo.
O conjugado nominal do motor (momento ou torque nominal) não está mencionado na tabela acima, mas
pode ser calculado pela fórmula:
716,2 ∗ 𝑃 716,2 ∗ 15𝐶𝑉
𝐶𝑛 = = = 6,1𝑘𝑔𝑓𝑚
𝑟𝑝𝑚 1760𝑟𝑝𝑚
152
Seleção do redutor:
Como pode ser observado no gráfico, na curva do conjugado do motor (linha vermelha), com 80% da rotação
nominal (0,8 x 1760 = 1408 rpm), o motor atinge torque 3,2 vezes maior do que o nominal. Os misturadores
estão sujeitos a altos momentos de inércia (impactos) ou maior resistência da massa ao avanço das pás em
função de pedaços de material mais compactos ou ainda mal uso por parte do operador. Por causa desses
fatores, os fabricantes de redutores indicam fator de serviço no mínimo 1,5 sobre a potência do motor ao
selecionar um redutor para misturador.
No exemplo acima a redução do redutor seria: 1760 / 32 = 55
Procurando no catálogo da SITI
Capacidade nominal mínima: 15CV x 1,5 = 22,5 CV e redução 1:55
MBH 140 - Reduções disponíveis: 1:48,6 → 26 CV a 1760 rpm → rotação de saída = 36 rpm
1:64,7 → 19 CV a 1760 rpm → rotação de saída = 27 rpm
As rotações não são as desejadas no projeto inicial ocasionando a necessidade de maior ou menor potência
de acionamento, mas o torque permanece o mesmo.
Recalculando:
- Selecionando redução mais baixa - 1:48,65 → rotação e potência de acionamento mais alta
𝑀𝑟 ∗ 𝑟𝑝𝑚 300𝑘𝑔𝑓𝑚 ∗ 36𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 15𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,95
η = rendimento do redutor
- Selecionando redução mais alta -1:64,7 → rotação e potência de acionamento mais baixa
𝑀𝑟 ∗ 𝑟𝑝𝑚 300𝑘𝑔𝑓𝑚 ∗ 27𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 11,9𝐶𝑉
716,2 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 0,95
CONCLUSÃO: Para seleção do tamanho do redutor pouco importa aumentar ou reduzir a rotação do
equipamento porque a sua seleção, será feita em função do momento resistente.
A seleção do redutor também pode ser feita tomando o momento resistente e multiplicando pelo fator de
serviço e com esse valor selecionando um redutor com momento igual ou maior no seu eixo de saída (𝑀2 )
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No nosso exemplo anterior:
Momento resistente: 300kgfm
𝑀2 = 𝑀𝑟 ∗ 𝑓𝑠 = 300𝑘𝑔𝑓𝑚 ∗ 1,5 = 450𝑘𝑔𝑓𝑚
No catálogo da SITI: Redutor MBH 140, redução 1:48,65, M = 5000Nm →510kgfm
VERIFICAÇÕES FINAIS:
Cálculo do momento fornecido no eixo de saída do redutor ou eixo do misturador em função da potência do
motor.
716,2 ∗ 𝑃 ∗ 𝜂 716,2 ∗ 15𝐶𝑉 ∗ 0,95
𝑀2 = = = 283𝑘𝑔𝑓𝑚
𝑟𝑝𝑚 36𝑟𝑝𝑚
O momento fornecido pelo conjunto motor redutor tem que estar acima do momento resistente, mas por
ser calculado em função da força resistente que, como foi estimada, poderá ser menor do que a real. Porém
em alguns casos se for de maior valor haverá necessidade de se fazer correções no equipamento já
existente. Uma das correções seria diminuir a quantidade de material dentro do misturador. Se o motor está
subdimensionado e o redutor apresenta problemas de quebra das engrenagens por ser mal selecionado ou
de má qualidade, diminuir o raio das pás poderá ser uma boa solução, mas com a provável necessidade de
maior tempo para a mistura. Aumentar a redução do redutor só vai melhorar a situação do motor, mas o
conjugado fornecido no eixo de saída será maior, aumentando a possibilidade de quebra do redutor.
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