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LIBERTAÇÃO PELO AMOR – Ivone Molinaro Ghiggino

No livro “Ação e reação”, ditado a Chico Xavier pelo espírito André Luiz, há numerosos
relatos sobre as dificuldades reencarnatórias necessárias enfrentadas por vários espíritos infelizes ou
enfermos, que escolheram esforçar-se e trabalhar pela própria regeneração, todos eles assistidos
pela cidade espiritual Mansão Paz – pouso acolhedor nas regiões inferiores, atuando sob a
jurisdição de Nosso Lar.
Como nos diz André Luiz, trata-se de notável escola de reajuste, dirigida pelo irmão Druso,
oferecendo acolhimento, assistência e instrução àqueles que desejam renovar-se pela resignação e
pela prática do bem. André ali estava em mais tarefas de aprendizado, sob a orientação do assistente
Silas.
No capítulo 16 (“Débito aliviado”), encontramos o relato sobre Adelino Correia, encarnado
no Estado do Rio de Janeiro, espírita praticante, que apresenta a pele toda gretada, com terrível
afecção cutânea crônica vulgarmente chamada de fogo selvagem, apresentando “placas vermelhas
com diminutas vesículas de sangue que ardem terrivelmente”. André se impressiona não só com a
serenidade de Adelino cumprindo suas tarefas, atendendo a todos com carinho, como também pelo
interesse que muitos desencarnados demonstram por ele, ao se dirigirem a Silas rogando melhoras
para Adelino, pois são seus devedores pelo bem dele recebido.
Silas esclarece André sobre o passado de Adelino: filho natural de um rico fazendeiro com
uma escrava, foi criado pelo pai (que o perfilha), sem se importar com a mãe. Quando, mais tarde, o
pai se casa com uma jovem, ele se apaixona por ela, que lhe corresponde; e os dois tramam a morte
do fazendeiro com a ajuda de dois capatazes, ateando-lhe fogo ao leito durante o sono. Ninguém
desconfiou deles; casam-se posteriormente, mas o remorso não abandona Adelino, que revê
incessantemente a cena das chamas descontroladas; termina sendo internado num manicômio, e
desencarna sob a pecha de louco. Agora, reencarnara com o firme propósito de corrigir os erros do
passado, enfrentando galhardamente a dor da doença que lhe abrasa o corpo como as chamas de
outrora mataram seu pai. Pobre, trabalhara sempre, e sempre fazendo o bem. Casara-se, e após o
nascimento de uma menina (a ex-madrasta, que ele conduzirá para o caminho correto), a esposa o
abandonara (ele não soubera valorizar o lar de outrora); mesmo assim, adotou dois meninos
abandonados pelos pais (os dois capatazes, a quem lhe cabe também direcionar para os valores
morais). Sendo um homem de bem, foi, por sua atitude correta, minorando o próprio sofrimento
físico, além de regenerar, pelo exemplo, vários antigos obsessores. E agora, acolhendo em seu lar
mais uma criança, um bebê enjeitado largado em sua porta (o antigo pai, que muito o perseguiu por
vingança, e que vem pedir ajuda ao filho ora regenerado!), Silas afirma que ele obterá a cura
completa da afecção na pele.
O que isso nos ensina? Como escreveu o apóstolo Pedro (1Pedro 4:8) - e o caso de Adelino
nos demonstra - “Sobretudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque o amor cobre a
multidão de pecados.” É através do Mandamento Maior trazido por Jesus (“Amar a Deus sobre
todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”), que iremos nos desfazendo de nossas mazelas,
expiando erros do passado e construindo um futuro de felicidade e luz, onde os homens entrelaçarão
mãos e corações, fazendo da Terra um mundo de alegria, respeito, trabalho e fraternidade.
Amar e servir, pois quem ama serve!
Este é o problema da humanidade atual: ainda não amamos o suficiente... Madre Teresa de
Calcutá sempre dizia que a pior enfermidade nos miseráveis que ela atendia não era a desnutrição,
ou o frio: era a falta de amor!
Portanto, conhecendo os ensinos de Jesus, relembrados e explicitados pela Doutrina Espírita,
cultivemos em nós a semente do Bem nesta bendita nova existência, a fim de nos livramos das peias
sombrias do passado...
E sejamos livres, descartando as algemas tenebrosas do remorso, do orgulho e do egoísmo,
libertos pelo Amor!...

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