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MIKLS RADNTI

(Hungria, 1909-44)
CU ESPUMANTE (trad. Nelson Ascher)
No cu que espuma, a lua oscila.
Estar vivo me causa espcie.
A morte assdua espreita a Idade:
quem ela encontre, empalidece.
O ano grita e depois desmaia.
(Gritara olhando ao seu redor.)
Que outono me ronda de novo?
Que inverno embotado de dor?
Sangrava o bosque; mesmo as horas
sangravam no vaivm dos dias.
Ventos riscavam, sobre a neve,
cifras enormes e sombrias.
J vi de tudo; o ar me esmaga
com seu peso; um silncio cresce
ruidoso, clido e me abraa
como fez antes que eu nascesse.
Eu paro aqui, junto de um tronco
que agita iroso as frondes plenas
e estende um galho. H de esganar-me?
No fraqueza ou medo -- apenas
cansao. Calo. E o galho apalpa
os meus cabelos, mudo, aflito.
Cabe esquecer -- mas no h nada
de que j tenha me esquecido.
Espuma afoga a lua; o miasma
estria os cus, verde e agressivo.
Sem pressa, enrolo com cuidado
o meu cigarro. Eu estou vivo.

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