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Olá, Gina

Sabendo da tua experiência em termos da BE, verifico que os pontos críticos que
salientaste aproximam-se muito dos que me pude aperceber nestes dois meses em que
assumi a função de professora bibliotecária do meu agrupamento.
A multiplicidade de competências que são exigidas ao professor bibliotecário requerem
uma formação especializada adequada, a começar por esta que estamos a iniciar, até
porque a nossa acção deve ter por base uma auto-avaliação sistemática assente em
evidências; só assim poderemos dar forma a planos de acção/melhoria.
Metaforizando um pouco, o professor bibliotecário é, de acordo com os textos
propostos, uma espécie de homem/mulher “dos sete ofícios", um(a) maestro(ina),
quase um(a) deus(a) da informação que "compra e vende" abnegadamente - o lucro
residindo nas aprendizagens conseguidas efectivamente pelos alunos. Para além das
competências didáctico-pedagógicas e científicas inerentes à sua formação-base de
professor, ele deve também ser um investigador permanente, não apenas como
“buscador” de informação a disponibilizar, mas também em termos da recolha e
tratamento das evidências relacionando-as com os próprios resultados escolares. Para
além disso, não esquecer as relações públicas…
Questão fulcral, para além da formação especializada, é a da gestão do tempo e dos
recursos humanos e financeiros para levar a cabo as metas teorizadas. Não direi que é
um trabalho utópico, mas que é um desafio gigante e que há muitos obstáculos e
resistências a vencer, disso não tenho dúvida: os recursos financeiros; os
constrangimentos de um espaço que não foi pensado de raiz e que foi sucessivamente
adaptado a uma realidade que hoje é muito mais exigente que há dez, vinte ou trinta
anos quando foi criado; equipas que resultam mais de conveniências de serviço do que
de motivações intrínsecas; e as resistências que se oferecem quer em relação às
mudanças para a era digital quer ao trabalho curricular colaborativo entre a BE e os
docentes curriculares – são aspectos que podem desviar-nos da rota pretendida e atrasar
a consecução dos objectivos. Penso que temos, sobretudo, de definir prioridades em
função das nossas realidades particulares sem perder de vista o que é esperado de nós
para as bibliotecas do século XXI!
Não querendo alongar-me mais, gostaria de partilhar contigo e com todos os colegas um
texto de Michael Fullan relativamente à questão da mudança, que em tempos me foi
enviado por um colega solidário com o meu desalento face às resistências às mudanças
que pretendi introduzir nas dinâmicas de trabalho da minha escola.
Boas reflexões!
Cristina Calado

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