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INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA

PÁRAIBA – IESP
CURSO DE DIREITO

Francisco Kennedy Carvalho de Lima

Resenha do livro:
O que faz o brasil, Brasil?

JOÃO PESSOA/PB

2009.2
Resenha do livro:
O que faz o brasil, Brasil?

Professor: Marcus Antonio Alves de Souza

Disciplina: Sociologia e Antropologia Geral

JOÃO PESSOA/PB

2009.2

No livro do Antropólogo Roberto DaMatta “O que faz o


brasil, Brasil?”, encontra-se o que é mais de peculiar no
cotidiano brasileiro. No primeiro capitulo faz a distinção
entre o brasil com inicial minúscula do Brasil com inicial
maiúscula, que segundo DaMatta há um pouco dele em

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cada um de nós, enquanto o brasil é tratado como um
objeto sem vida, um pedaço de coisa que morre, o Brasil
tem uma cultura, território, ou seja, é um país. Nossa
identidade se constrói duplamente? Já que assimilamos
ambos. Com a ajuda da Antropologia Social DaMatta irá
buscar compreender essa dualidade. Continuando descreve
sobre o que acha da cultura: “... para mim, a palavra
cultura exprime precisamente um estilo, um modo e um
jeito, repito, de fazer coisas. (p.17). Coisas estas que tem
haver com costumes, condutas, hábitos, família, política,
festas, etc. Considera essa nação como uma moeda, duas
faces, onde temos uma jogada pequena (brasil), e uma
jogada do autoritarismo políticos e econômicos (Brasil).

No 2º capitulo abri espaço para discutir a casa, a rua e


o trabalho. Na casa está presente as mais intimas relações
familiares, não importa como ela seja, tendo teto e parede
é o que vale. O homem ou a mulher quando vão para o
trabalho se deparam com o amigo da casa, a rua, no final
da jornada fica a ansiedade de chegar nela adentrar e
tomar aquele banho e ficar a vontade, pois essa é minha
casa. A casa e rua são mais do que meros espaços
geográficos, são modos de ler, explicar e falar do mundo,
porque ali encontra historia e construção de vida. O
trabalho faz parte da rotina, algumas pessoas se deslocam
de pé, de trem, de carro para realizar suas tarefas
cotidianas. Para DaMatta a idéia de residência é um fato
social totalizante, na casa há tranqüilidade, calma,
harmonia, na rua há luta, batalha, perigo, no trabalho tem
concorrência, reclamação, chefe, batente. No entanto,
essas três idéias se correlacionam, e fazem parte da vida
do individuo. Na rua se ver o povo a grande “massa”, na
casa amigo a família, no trabalho colega. Portanto, na casa
há leis que são facilmente quebradas, na rua nem no
trabalho não é permitido, pois as conseqüências são
maiores. Mas há dias em que as regras são manipuladas,
como por exemplo, na confraternização entre os colegas do

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trabalho, e festas como a parada dos homossexuais,
carnaval. DaMatta comenta:

...A rua recompensa a casa e casa equilibra a rua. No


Brasil, casa e rua são como dois lados de uma mesma
moeda. O que se perde de um lado, ganha-se do outro. O
que é negado em casa-como o sexo e o trabalho, tem-se na
rua...(p.30)

No capitulo três, “A ilusão das relações raciais”,


DaMatta analisa a mistura de miscigenação das “raças”,
que alguns autores veêm como problema para o construção
da identidade nacional brasileira, procura entender a
posição de liderança do branco ocidental. A teoria racista
via no mulato a degeneração das raças. Termo que Agassiz
defende, veja:

“... Que qualquer um que duvida dos males dessa


mistura de raças, e se inclina, por uma mal-entendida
filantropia, a botar abaixo todas as barreiras que as
separam, venha ao Brasil”.(p.40)

Em seguida compara a relação racial entre Brasil e


Estados unidos, enquanto no Brasil não tem um
classificação formalizada como nos EUA, pois lá há varias
divisões, por exemplo, tem escola de negro e escola do
branco, ônibus do negro e ônibus do branco, bairro do
negro e bairro do branco, diferente do que acontece no
Brasil. Este admite a intermediação do mulato, lá não, aqui
prevalece o triângulo racial, lá o apenas as duas raças cada
uma em seu lugar. Para Sergio Buarque a mistura de raças
era um modo de esconder as injustiças social contra o
negro, índio e mulato, e a idéia de democracia racial não
passava de um mito.

Sobre Comida e Mulheres DaMatta distingue o que é


“cru e cozido”, enquanto o cozido permite a relação e a
mistura de coisas do mundo que estavam separados, o crua
é o oposto do mundo da casa, como uma área cruel e dura

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do mundo social. Continuando a discernir sobre comida e
alimento, o primeiro tudo aquilo que pode ser ingerido para
manter uma pessoa viva, algo universal e geral, a comida
tudo aquilo que foi valorizado e escolhido dentre os
alimentos. Nota-se também, expressões como “De-comer”,
muito utilizada pelo brasileiro como forma de pedir comida,
pão duro, gato por lebre, água na boca, a boca na botija,
com a faca e o queijo na mão, está por cima da carne-seca,
citações de valor simbólico da cultura brasileira. O comes e
bebes também estão presentes, quando se fala nisso, as
pessoas já se animam, pois esperam comer do bom e do
melhor, e de graça. Para DaMatta a comida define as
pessoas: “dize-me o que comes e dir te-ei quem és”! (p.58).
Diferenciar comida e comidas é importante para entender
tal capitulo, o primeiro já foi discutido, mas vale salientar
que se correlaciona com homem e mulher, pois comidas
associam à sexualidade (“não cuspa no prato em que
comeu”).

No 5º capitulo o autor vai procurar resposta sobre de


que forma o carnaval ou mundo serve de teatro e prazer,
afirmando que:

No caso do Brasil, a maior e mais importante, mais livre


e mais criativa, mais irreverente e mais popular de todas,
sem duvida, o carnaval... (p.71).

Ou seja, o carnaval cria certas situações que varias


coisas são possíveis e outras devem ser evitadas. Ele é
definido como “liberdade” e como possibilidade de viver
uma ausência fantasiosa e utópica de miséria, trabalho,
obrigações, pecado e deveres. É a distribuição teórica do
prazer sensual para todos. Trocamos a noite pelo dia, não
se fala em mascaras, mas em fantasias, esta permite
passar de ninguém a alguém, as pessoas mudam de
posição social.

No capitulo “As festas da Ordem” DaMatta compara o


carnaval com tais festas, veja:

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A festa carnavalesca requer tudo de mim: meu corpo e
minha alma, minha vontade e minha energia. Mas as festas
de ordem parecem dispensar essa motivação totalizada.
Daí, talvez, essas regras rígidas de contenção corporal,
verbal e gestual nos ritos da ordem. (p.84)

No 7º capitulo DaMatta disserta sobre algumas


condutas que são peculiar ao brasileiro como a
malandragem, o jeitinho, o despachante. O jeito é um modo
pacífico e ate mesmo legitimo de resolver tais problemas,
provocando essa junção inteiramente casuística de lei com
a pessoa que a está utilizando. Jeito esse que se configura
no jeitinho brasileiro- “você sabe com quem você está
falando?”. A malandragem faz parte desse jeitinho, é uma
de cinismo e gosto pelo grosseiro e pelo desonesto, o
despachante, só pode ser visto quando damos conta da
dificuldade de juntar a lei com realidade social diária.

No ultimo capitulo faz referencia aos caminhos para se


chegar a Deus, tendo como foco a religião, que segundo
DaMatta:

...é um modo de ordenar o mundo, facultando nossa


compreensão para coisas muito complexas, como a idéia de
tempo, a idéia de eterno e a idéia de perda e
desaparecimento, esses mistérios parentes da experiência
humana... (p.113)

Completa ainda:

A igreja..., é uma forma básica de religião, marcado


talvez o lado impessoal de nossas relações com Deus. Um
lado de fato, onde a intimidade eventualmente pode ceder
lugar às regras fixas que conduzem a uma
impessoalidade... nos cultos que legitimam de qualquer
modo as crises de vida.

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BIBLIOGRAFIA

DaMatta; ROBERTO, O que faz o brasil, Brasil?. Editora


Rocco, Rio de Janeiro, 1986.

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