– É tudo surdo aqui dentro? – vociferou o dragão. (…) O que é grave é terem-me
deixado à chuva este tempo todo, que nem sei como o meu fogo não se apagou
para sempre. Já pensaram bem no que seria o meu futuro se perdesse o fogo?
Todos disseram que não com a cabeça (…) Endireitando um pouco a coroa, el-rei
perguntou então, timidamente:
– E que quereis desta vossa humilde casa?
– (…) eu hoje não estou com paciência para aturar malucos (…).
Mas que ideia foi aquela de mandares proclamar aos sete ventos que o Reino das
Cem Janelas dava a mão da princesa tua filha em casamento a quem conseguisse
matar-me? Que foi que passou de repente por essa tua iluminada cabecinha oca?
– Mas eu não sei de nada! – e el-rei Tadinho abriu uns olhos cheios de pontos de
interrogação e de exclamação. – Alguma vez eu ia fazer uma asneira dessas? (…)
– Já te disse que não te armes em tolo! – gritou o dragão, todo escamado, no
rigoroso sentido da palavra.
Foi então que se ouviu a voz muito sussurrada do conselheiro:
– Fui eu.
Soluções:
1.
O dragão vociferou se era tudo surdo ali dentro, acrescentando que o grave era
terem-no deixado à chuva aquele tempo todo, que nem sabia como o seu fogo
não se tinha apagado para sempre. Perguntou ainda se já tinham pensado bem
no que seria o seu futuro se tivesse perdido o fogo.
(…) el-rei perguntou timidamente ao dragão o que queria ele daquela sua
humilde casa.
O dragão disse-lhe que naquele dia não estava com paciência para aturar
malucos. Interrogou-o de seguida sobre que ideia maluca fora aquela de ter
mandado proclamar aos sete ventos que o Reino das Cem Janelas daria a mão da
princesa sua filha em casamento a quem conseguisse matá-lo, questionando-o
sobre o que fora que passara pela sua iluminada cabecinha oca.
E el-rei Tadinho (…) exclamou que não sabia de nada, perguntando ao dragão se
este achava que ele alguma vez iria fazer uma asneira daquelas.
Todo escamado, no rigoroso sentido da palavra, o dragão irritado gritou ao rei
que já lhe tinha dito para não se armar em tolo.
Foi então que se ouviu a voz muito sussurrada do conselheiro dizendo que tinha
sido/fora ele.
2.
dado que/uma vez que/pois; quando; mas; por isso; se; mas; dado que/uma vez
que; que; dado que/uma vez que.
3.
Cheguei suavemente a uma espécie de nicho morno, cujo fundo tinha
exactamente a forma do meu corpo agachado. Aí me instalei, enrolado sobre mim
próprio, com os joelhos puxados até ao queixo, as pernas cruzadas e as mãos
apoiadas nos pés.
Sentia-me tão bem assim que adormeci logo a seguir. Quando acordei, tive uma
enorme surpresa: a obscuridade à minha volta tornara-se branca! Continuava a
nada ver, mas passara a estar envolvido pelo branco, em vez da negrura! E a
cavidade onde me encontrava assim acachapado era tão suave, tão morna e
branca, que não podia deixar de pensar na mãe, que me embalava cantarolando.
4.
Esvazie (a galinha) e meta-lhe depois sal no ventre, pimenta e ervas aromáticas à
vontade. (…) Não lhe arranque as penas. Depois prepare a argila molhada (…) e
estenda-a (…). Depois enrole esta massa à volta da ave, encerrando-a bem na
pasta e fazendo uma bola de argila (…). A camada de argila deverá ter um a três
centímetros de espessura. Num buraco qualquer acenda uma fogueira com lenha
bastante, pois serão necessárias muitas brasas (…). Quando o lume estiver bem
pegado, meta a bola de argila no buraco, no meio das brasas (...) durante uma
hora ou duas (...) Quando a bola estiver bem rija, tire-a do buraco e parta-a. As
penas ficarão coladas à argila e a ave como se tivesse sido assada no forno, tenra
e saborosa.