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3- AGOES DO VENTO EM EDIFICACGES 3.1 = Introdugao vento niio ¢ um problema em construgdes baixas e pesadas com paredes grossas, porém em estruturas esbeltas passa a ser uma das agdes mais importantes a determinar no projeto de estruturas. As consideraces para determinagao das forgas devidas ao vento so regidas e caleuladas de acordo com a NBR 6123/1988 “Forgas devidas ao vento em edificagdes”. A maioria dos acidentes ocorre em construgdes leves, principalmente de grandes vaos livres, tais como hangares, pavilhoes de feiras ¢ de exposigdes, pavilhoes industriais, coberturas de estadios, gindsios cobertos. Ensaios em tineis de vento mostram que o maximo de sugio média aparece em coberturas com inclinag&o entre 8° ¢ 12°, para certas proporcdes da construgao, exatamente as inclinagdes de uso corrente na arquitetura em um grande mimero de construgdes. ‘As principais causas dos acidentes devidos ao vento sao: a) falta de ancoragem de tereas: b) contraventamento insuficiente de estruturas de cobertura; ©) fimndagées inadequadas; 4) paredes inadequadas: e) deformabilidade excessiva da edificagao Muitos casos nao so considerados dentro da NBR 6123, porém quando a edificagiio, seja por suas dimensdes e ou forma, provoque perturbagées importantes no escoamento ou por obsticulos na sua vizinhanga, deve-se recorrer a ensaios em tine! de vento, onde possam ser simuladas as caracteristicas do vento natural. E importante definir alguns dos aspectos que regem as forgas devidas ao vento, antes de passar_a seu célculo, O vento é produzido por diferengas de temperatura de massas de ar na atmosfera, o caso mais ficil de identificar 6 quando uma frente ftia chega na area e choca-se com o ar quente produzindo vento, esse tipo de fendmeno pode ser observado antes do inicio de uma chuva, Define-se o termo barlavento com sendo a regio de onde sopra 0 vento (em relagio a edificagao), ¢ sotavento a regiao oposta aquela de onde sopra o vento (veja-se Fig. 3.1). Quando o vento sopra sobre uma superficie existe uma sobrepressio (sinal positivo), porem em alguns casos pode acontecer 0 contrério, ou seja existir sucgao (sinal negativo) sobre a superficie, O vento sempre atua perpendicularmente a superficie que obstréi sua passagem (vide Fig. 3.1). sstsvenro| soraveiro Spice tort Figura 3.1 — Definigdes basicas do vento Os caleulos sto determinados a partir de velocidades basicas determinadas experimentalmente em torres de medigao de ventos, e de acordo com a NBR6123 a 10 metros de Zacarlas Chamberlain — zacarias@upf br - htto//upt.br/~zacarias altura, em campo aberto e plano. A velocidade basica do vento & uma rajada de trés segundos de duragdo, que ultrapassa em média esse valor uma vez em 50 anos, e se define por Vo Essas velocidades foram processadas estatisticamente, com base nos valores de velocidades maximas anuais medidas em cerca de 49 cidades brasileiras. A NBR6123 desprezou velocidades inferiores a 30 m/s. Considera-se que o vento pode atuar em qualquer diregtio e no sentido horizontal. A Fig. 3.2 representa os valores de velocidade basica através de curvas isopletas (mesina velocidade do vento). Como uma indicagao do que acontece na regiaio de Passo Fundo, apresenta-se na Tab. 3.1 as velocidades miximas e médias medidas na Estagio Agro - Meteorolégica da EMBRAPA Trigo Tabela 3.1 — Velocidades méaximas e médias medidas na Estago meteorologica da EMBRAPA Trigo, no periodo 1977-1994, tendo como referéneia a altura de 10m (Fonte: CUNHA, 1997). Velocidade média (ms) e direc&o considerada Jan_| Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez Velocidade | 41 | 3,9 | 38 | 40 | 39 | 42) 47/44 | 47/45 | 43 | 42 Duagio | NE | NE | NE | NE | NE | NE | NE | NE | NE | NE | NE | NE Velocidade maxima (mis) e direcao da velocidade maxima Jan_| Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez Velocidade | 28.8 | 27,2 | 26,5 | 31.0 | 34.1 | 28.7 | 40.0 | 24.8 | 41,3 | 38.8 | 39.0 | 27.2 Duragio N_ [NW [NW s | N [Nw] wf[N]s [sw[w ‘N-Norte, NE-Nordeste, NW=Noroeste, S=Sul, W=Oeste e SW=Sudosste 3.2 — Determinacao da pressao dinamica ou de obstrucdo A Velocidade caracteristica Vi : € a velocidade usada em projeto, sendo que stio considerados 0s fatores topograficos (S1), influéncia da rugosidade(obstaculos no entomo da edificagao) e dimensdes da edificagao (S2) e o fator de uso da edificagao (que considera a vida titil e © tipo de uso). A velocidade caracteristica pode ser expressa como: Vi= Vo $1 $2 $3 Onde: Vo: Velocidade basica S1 : fator topografico Sp: fator de rugosidade e dimensdes da edificacao Ss: fator estatistico Zacarias Chamberlain — zacarias@upf br - htto//upt.br/~zacarias Gratico das Isoptetas da Velocidade Basica do Vento, Vo" em m/s Figura 3.2 — Mapa de isopletas de vento, Velocidade Basica 0s valor do fator Sy pode tomar os seguintes valores: a) Terreno plano ou quase plano : S ~ 1,0 b) Taludes e morros (veja-se NBR6123/1988) ¢) Vales protegidos : S; = 0,9 = \ n bi Sot ov . vewro as TTT 6 3 eo VVVT ‘TALUDE Sp € determinado definindo uma categoria (rugosidade do terreno) e uma classe de acordo com as dimens6es da edificacao. As categorias sao definidas, de acordo com a NBR6123, na Tab. 3.2. Zacarias Chamberlain — zacarias@upf br - http//upf br/~zacarias Tabela 3.2 ~Definigio de categorias para determinagao do coeficiente Sp Definicao de categorias de terreno segundo NBR6123/1988 Categoria Descrigio do ambiente I [mar calmo, lagos, rios, pantanos 1 campos de aviagao, fazondas mt casas de campo, fazendas com muros, subirbios, com altura média dos obstaculos de 3.0m WV cidades pequenas, subiirbios densamente construidos, areas industriais desenvolvidas, com muros, subiirbios, com altura média dos obsticulos de 100m Vv florestas com arvores altas, centtos de grandes cidades, com altua média igual ou superior a 25,0m As classes definem-se através das dimensdes da edificagao de acordo com a Tab. 3.3. Tabela 3.3 — definigao de classes de edificagao para determinagao de S» Classe Deserigio A Maior dimensdo da superficie frontal menor ou igual a 20 metros B ‘Maior dimensio da superficie frontal entre 20 e 50 metros c Maior dimensio da superficie frontal que 50 metros O calculo de $> € expresso por So= bFr(Z/10? onde z é a altura total da edificagaio(no caso, a cumeeira) e os parimetros b, Fre p stio obtidos da Tab. 3.4. Tabela 3.4 —Pariimetros meteorolégicos (NBR6123) Categoria Z Parametros Classes (m) A Bc T 250 v 1,10 i | OL Pp 0,06 0,065 | 0.07 in 300 b 1,00 100 | 1.00 Fr 1,00 098 =| 0.95 P 0,085 0.09 | 0,10 ur 350 b 0,94 0.94 0.93 Pp 0,10 10s | _o.1s wv 220 v 0,86 0,85 0,84 P 0,12 0125 | 0,135 Vv 300 b 0,74 073 | O71 P O15 0416 0,175 Zacarias Chamberlain — zacarias@upf br - http//upf br/~zacarias O fator estatistico $3 é definido dependendo do uso da edificagdo, e normalmente especificando a vida iitil da mesma para 50 anos. Os valores minimos que podem ser adotados estao definidos na Tab. 3.5. Tabela 3.5 — valores minimos para o coeficiente S3 Grupo Descric&o Ss 1 |Edificagdes cuja nuina total ou parcial pode afetar a seguranga ou] 1,10 possibilidade de socorro a pessoas apés uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros, centrais de comunicagao, etc.) 2 |Edificagdes para hotdis e residéncias. Edificagdes para comércio e| 1,00 indiistria com alto fator de ocupagao 3 |Edificagdes e instalagdes industriais com baixo fator de ocupagio| 0,95 (depésitos, silos, construgdes rurais. etc.) 4 | Vedages (telhas, vidros, painéis de vedagio, etc.) 0,88 5 |Edificagdes temporasias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante al 0,83 construcao. A pressio dinamica ou de obstrugio do vento, em condigdes normais de pressiio (1 Atm = 101320MPa) e temperatura a 15°, é dada pela expressio. q=0.613Vi2 (Nim) 3.3 —- Determinacao das forcas estaticas devidas ao vento A forga devido ao vento depende da diferenga de presstio nas faces opostas da parte da edificago em estudo (coeficientes aerodinamicos). A NBR6123 permite calcular as forgas a partir de coeficientes de presstio ou coeficientes de forea. Os coeficientes de forma tém valores definidos para diferentes tipos de construcao na NBR6123, que foram obtidos através de estudos experimentais em tiineis de vento. A forga devida ao vento através dos coeficientes de forma pode ser expressa por F=(Cye- Cy) dA Onde C,. € C,; 880 0s coeficientes de presstio de acordo com as dimensdes geométricas da edificagao, q 6 a presto dinmica obtida de acordo com o item 3.2 e A a Area frontal ou perpendicular a atuacao do vento. Valores positivos dos coeficientes de forma ou pressio externo ou interno correspondem a sobrepressdes, e valores negativos correspondem a sugdes. A forga global do vento sobre uma edificagao on parte dela (F,) é obtida pela soma vetorial das forgas que ai atuam., A forga global na dirego do vento (F,), 6 expressa por: FaCqAc coeficiente de arrasto (coeficiente de forga) A. = area frontal efetiva Zacarias Chamberlain — zacarias@upf br - http//upf br/~zacarias boboa . a = a Fook v - Tra disco do vente 7 ; is ag Ae > a re OO NTT Figura 3,3 — descrigao da forca devida ao vento numa superficie ANBR 6123 apresenta valores dos coeficientes de presso e forina, extenos e internos, para diversos tipos de edificagao. Zonas com altas sucdes aparecem junto as arestas de paredes e de telhados. Coeficientes de pressdo e forma sdo apresentados nas tabelas 3.6 e 3.7 para edificios de planta retangular e telhados a duas aguas. 3.4 — Coeficientes de Pressdo e Forma Aerodinamicos Ao incidir sobre uma edificagao, 0 vento, devido a sua natureza, provoca presses ou sucgdes. Essas sobrepressdes ou sucgdes sao apresentadas em forma de tabelas na NBR6123. assim como em normas estrangeiras, e dependem exclusivamente da forma e da proporgio da construgio e da localizago das aberturas. Um exemplo simples seria aquele do vento atingindo perpendicularmente um a placa plana, veja-se Fig. 3.4, na qual a face de barlavento, 0 coeficiente de pressiio na zona central chega a +1,0, decrescendo para as bordas, e é constante e igual a 0,5 na face a sotavento; assim sendo, esta placa estaria sujeita a uma pressdo total, na zona central, de C,= 1,0 0,5)=1,5. Figura 3.4 — Placa plana sujeita a vento perpendicular Os coeficientes de pressio externa tém valores definidos para paredes para prédios com base retangular, telhados a uma ou duas aguas com base retangular, telhados em arco com base retangular e outros. Para edificagdes que no constam na NBR6123, ou nao podem ser extrapoladas a partir dos dados nela expressa, recomenda-se que sejam realizados ensaios em finel de vento para determinar os valores de coeficientes de pressao extemmos Zacarlas Chamberlain — zacarias@upf br - htto//upt.br/~zacarias Toda edificagao tem aberturas, sua localizagio e tamanho determinam os coeficientes de pressio intemma 4 edificagao. A NBR6123, no seu anexo D, apresenta os detalhes necessarios para determinagao do coeficiente de pressio interna. Se a edificago for totalmente impermeavel ao ar, a pressio no interior da mesma ser invaridvel no tempo e independente da velocidade da corrente de ar extemna. Portanto o coeficiente de pressdo interna depende da permeabilidade da edificagao, 0 indice de permeabilidade de uma parte da edificagdio ¢ definido pela relagao entre a area das aberturas e a area total desta parte. Sa0 considerados impermeaveis os seguintes elementos construtivos e vedagées: lajes e cortinas de concreto armado ou protendido, paredes de alvenaria, de pedra, tijolos, de blocos de conereto e afins, sem portas, janelas ou quaisquer outras aberturas. Os demais elementos construtivos stio considerados permedveis. A permeabilidade deve-se presenga de aberturas tais como: juntas entre paingis de vedagio e entre telhas, frestas em portas e janelas, ventilagdes em telha e telhados, vio abertos de portas e janelas, chaminés, lanternins, etc. ‘A propria NBR6123 apresenta para edificagdes com paredes intemas permeaveis, valores que podem ser adotados para 0 coeficiente de pressao interna: (a) duas faces opostas ignalmente permeaveis; as outras duas impermeaveis: ~ Vento perpendicular a uma face permedvel Cyy~ +0,2 ~ Vento perpendicular a uma face impermedvel C,.=-0,3 (b) Quatro faces igualmente permedveis C;,=-0,3 ou 0, deve-se considerar o valor mais nocivo. Nenhuma das faces podera ter indice de permeabilidade maior que 30%, para poder usar as consideragdes acima expostas, Coeficiente de arrasto Cs Usado principalmente na avaliacao da forca global na estrutura, sendo determinado conforme item 6.3 da NBR6123 e pode variar de: 0,7 $C, $2,2, dependendo da forma da edificacao. A forga de arrasto é dada por: Fa=CaqAo, onde: Ay = area de referéncia. Coeficiente de atrito Cy Em determinadas obras deve ser considerada a forca de atrito representada por: F'=C;Aq, onde 0,01 < Crs 0,04 Esta forga é usada para edificagdes com W/h > 4 ou [1/I2 >4, sendo definida no item 6.4.0 NB6123. 3.5 - Efeitos Dinamicos e Edificagées Esbeltas e Flexiveis Os efeitos do vento so de caracter dinamico, porém na maioria das construgdes esses efeitos podem ser substituidos por acdes estaticas equivalentes. Em edificacdes esbeltas e flexivels, principalmente aquelas com baixas frequéncias naturais de vibracao Zacarlas Chamberlain — zacarias@upf br - htto//upt.br/~zacarias (f < 1,0 Hz), os efeitos dinamicos devem ser considerados. A seguir apresentam-se de maneira sucinta alguns dos possiveis efeitos dindmicos devidos ao vento, Desprendimento de vortices Efeitos de Golpe Galope : movimento da edificagao e forma. Maiores que os dos vortices. IF yryvary YF Drapejamento : acoplamento de vibragdes em diferentes graus de liberdade. Ocorre em estruturas esbeltas (se¢ao alongada). Zacarlas Chamberlain — zacarias@upf br - htto//upt.br/~zacarias Vibragio yrrey Maiores detalhes sobre as agdes dinamicas devidas ao vento, recomenda-se o livro: Blessmann, Joaquim, Introdugdo ao Estudo das Ages Dinamicas do Vento. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1998 NOTA: Existe um programa para céiculo de vento de uso gratuito para edificagdes a duas aguas que pode ser encontrado no endereco: http://www etools. upt.br Zacarlas Chamberlain — zacarias@upf br - htto//upt.br/~zacarias Tabela 3.6 — Coeficientes de pressdo e forma, externos, para paredes de edificagdes de planta retangular Valores de C, para ¢, ‘Aura relativa ane Acw[Aea| ¢ | o | al B 05 | 407| 04 |+07|-04| 08 | -04 | 09 04 | +07| 03 |+07|-05| 09 | 05 | -10 05 |+07| 05 |+407|.05| 09 | -o5 | -1.1 nis os a nie ~ i 1 w i b 0,9 04 | +0,7 | 0,3 | +0,7| -0.6 | -0,9 05 | AA 10 | 06 |+08| 06 | +00|-06| -10 | -o6 | 12 a 3 25654) 40 | 05 | +08) 03|.08].05] 10 | 06 | 12 r ‘oils | CR Notas: a) Para a/b entre 3/2 e 2, interpolar linearmente. a) Para vento a 0°, nas partes A; e B; 0 Coeficiente de forma C, tem os seguintes valores: Para alb = 1: omesmo valor das partes A, e By Para alb => 2:C,=-0,2 Para 1 < afb < 2: interpotar linearmente. b) Para cada uma das duas incidéncias do vento ( 0° e 90°) 0 coeficiente de presséo médio externo, Cpe mei, & aplicado parte de barlavento das paredes paralelas ao vento, em uma distancia igual a 0,28 ou H, considerando-se o menor destes dois valores. ©) Para determinar 0 coeficiente de arrasto, C,, deve ser usado 0 grafico da Fig. XX (vento de baixa turbulencia) ou da Fig. XX (vento de alta turbuléncia), Zacarias Chamberlain — zacarias@upf br - http//upf br/~zacarias Tabela 3.7 - Coeficientes de pressdo e forma, externos, para telhados com duas aguas, simétricos, em edificagdes de planta retangular z ‘Altura : co Cpe medio ] raatva : a | asia " EF GH 7] 08 04 ; ned s| 09 04 ba2 10 Az 04 e 1S 10 04 = 20 04 04 a) 4s | 403-08 as ah,8 5 | os 08 #6 i

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