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MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS et DELEGADO DE POLICIA/PCCE Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA Old Pessoal, ©) Hoje veremos nosso ultimo tépico do edital: Toxicologia Forense: alimento, medicamento, veneno, espécie de veneno, vias de penetracéo, defesa organica, fatores que influem e modo de aco dos venenos, eliminagéo, sintomas, socorro, necropsia e pericia toxicolégica. 1. INTRODUGAO Toxicologia 6 a ciéncia que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interagdes de substancias quimicas com o organismo. Tem por objetivo identificar e quantificar os efeitos adversos associados 4 exposigéo de determinados agentes quimicos. Esses agentes, que assumem a designacdo de drogas ou téxicos, so normalmente substéncias quimicas de origem inorgénica ou organica, as quais, em sentido mais lato, podem se associar a outros agentes fisicos ou outras condigdes. A toxicologia abrange uma vasta érea do conhecimento, onde atuam profissionais de diversas formacdes: Quimica Toxicolégica, Toxicologia Farmacolégica, Clinica, Forense, Ocupacional, Veterinaria, Ambiental (Ecotoxicologia), Aplicada a Alimentos, Genética, Analitica, Experimental e outras éreas. Vamos tratar sobre o conceito de téxico ou droga, que “sao todas e quaisquer substancias que, se introduzidas no organismo, iréo produzir alteragées e modificagdes em seu funcionamento normal”. Desde uma simples aspirina, uma xicara de café, uma barra de chocolate até as drogas ilicitas como a heroina. Ja dizia Paracelso que “todas as substéncias so venenos, nao existe nenhuma que néo seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno". Portanto, a definig&o do conceito de téxico é muito dificil, uma vez que qualquer substancia, mesmo aquelas que fazem parte essencial dos organismos vivos, pode ser lesiva ou produzir transtornos no equilibrio biolégico. Nesse sentido, todas as substancias seriam téxicas, incluindo aquelas que sdo habitualmente assumidas como alimentos ou medicamentos. 1) CESPE / Perito Bioquimico Toxicologista/PCES2013 A Organizacao Mundial da Satide define droga como uma substancia que, apés ser introduzida em um organismo vivo, é capaz de modificar uma ou mais de suas fungées. RESPOSTA C. Conforme acabamos de ver. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 1 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ence Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA Divisdo Metodolégica da Toxicologia (Como Ciéncia) Toxicologia clinica - Estuda os sintomas e sinais clinicos, visando diagnosticar envenenamentos e orientar terapia. Toxicologia profildtica- Estuda a poluigio da agua, terra, ar e alimentos, procurando manter e aumentar a seguranca para a vida é satide humana. Toxicologia industrial - Estuda as enfermidades industriais e a insalubridade do ambiente de trabalho. Toxicologia analitica- Visa a andlise dos produtos téxicos objetivando determinar sua toxicidade, sua concentragao téxica, metabolismo, etc. Toxicologia forense - Estuda os aspectos médico-legais procurando esclarecer a “causa-mortis” em intoxicagées, visando o esclarecimento a justiga da causa das intoxicagdes. Para estudar a toxicologia forense precisamos saber alguns conceitos: - AGENTE TOXICO ou TOXICANTE: Entidade quimica capaz de causar dano a um sistema biolégico, alterando uma fungao ou levando-o a morte, sob certas condigdes de exposicé - VENENO: Agente téxico que altera ou destréi as fungdes vitais e, segundo alguns autores, é termo para designar substancias provenientes de animais, com fungao de autodefesa ou predacéo: - TOXICIDADE: Capacidade inerente e potencial do agente toxico de provocar efeitos nocivos em organismos vivos. O efeito téxico é geralmente proporcional & concentraco do agente téxico a nivel do sitio de ac&o (tecido alvo). - ACAO TOXICA: Maneira pela qual um agente tdxico exerce sua atividade sobre as estruturas teciduais. - DL 50: (Dose Letal 50%) ou dose letal média de uma substancia expressa o grau de toxicidade aguda de substancias quimicas. Correspondem as doses que provavelmente matam 50% dos animais de um lote utilizados para experiéncia. So valores calculados estatisticamente a partir de dados obtidos experimentalmente. Com base nas DL50 de varias substancias, sao estabelecidas classes toxicolégicas de produtos quimicos e farmacolégicos, no entanto, para se dizer se uma substancia é téxica ou inécua para o ser humano, devemos também optar por critérios que avaliem se uma substancia oferece Risco ou Perigo para um determinado sistema biolégico, para um determinado individuo ou para a satide publica. - ANTIDOTO: Agente capaz de antagonizar os efeitos téxicos de substancias. - EFEITO RESIDUAL - Tempo de permanéncia da substancia nos produtos, no solo, ar ou dgua podendo trazer implicagdes de ordem toxicolégica. - INTOXICAGAO: E um processo patolégico causado por substéncias endégenas ou exégenas, caracterizado por desequilibrio _fisiolégico, www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 2 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ence Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA consequente das alteragdes bioquimicas no organismo. O processo é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais. - INTOXICACGAO AGUDA: Decorre de um Unico contato (dose tinica- poténcia da droga) ou miiltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente téxico, num periodo de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no maximo 2 semanas. Estuda a relacdo dose/resposta que conduz ao calculo da DLS50. - INTOXICAGAO SUB-AGUDA OU SUB-CRONICA: Exposicdes repetidas a substancias quimicas - caracteriza estudos de dose/resposta apds administrac6es repetidas. - INTOXICACAO CRONICA: Resulta efeito téxico apés exposicéo prolongada a doses cumulativas do toxicante ou agente téxico, num periodo prolongado, geralmente maior de 3 meses a anos. - FASES DA INTOXICAGAO: © processo de INTOXICAGAO pode ser desdobrado, para fins didaticos, em quatro fases: Fase de Exposic&o: E a fase em que as superficies externa ou interna do organismo entram em contato com o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introducSo, a frequéncia e a durac3o da exposicao, as propriedades fisico-quimicas, assim como a dose ou a concentracdo do xenobidtico e a susceptibilidade individual. Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relacéo entre a disponibilidade quimica e a concentragaéo do farmaco nos diferente tecidos do organismo. Intervém nesta fase a absorcao, a distribuigS0, o armazenamento, a biotransformaco e a excrecdo das substancias quimicas. As propriedades fisico-quimicas dos toxicantes determinam o' grau de acesso aos érgaos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminag&o do arganismo. Fase de Toxicodinamica: Compreende a interacéo entre as moléculas do toxicante e os sitios de aco, especificos, ou nao, dos drgdos e, consequentemente, o aparecimento de desequilibrio homeostético. Fase Clinica: £ a fase em que ha evidéncias de sinais e sintomas, ou ainda, alteragées patolégicas detectaveis mediante provas diagnésticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interac&o do toxicante com o organismo. = INTERAGGES ENTRE SUBSTANCIAS: A exposicdo simultanea a varias substancias pode alterar uma série de fatores (absorcao, ligago protéica, metabolizagao e excrecao) que influem na toxicidade de cada uma delas em separado. Assim, a resposta final a toxicos combinados pode ser maior ou menor que a soma dos efeitos de cada um deles, podendo-se ter: Efeito Aditivo (efeito final igual & soma dos efeitos de cada um dos agentes envolvidos); www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 3 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ec Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA Efeito Sinérgico (efeito maior que a soma dos efeitos de cada agente em separado); Antagonismo (o efeito de um agente é dit quando se combina com outro agente). ido, inativado ou eliminado - FATORES QUE INFUENCIAM NA TOXICIDADE: + Fatores que dependem do sistema biolégico - Idade, peso corpéreo, temperatura, fatores genéticos, estados nutricionais e patoldégicos. —» Quantidade ou concentrag&o do agente téxico. -» Estado de dispersdo - Importante a forma e 0 tamanho das particulas. -» Afinidade pelo tecido ou organismo humano. ~» Solubilidade nos fluidos organicos. -» Sensibilidade do tecido ou organismo humano. -» Fatores da substancia em si. A toxicologia avalia as lesées causadas no organismo por toxicantes e investiga os mecanismos envolvidos no processo. Procura identificar quantificar as substancias téxicas presentes nos fluidos biolégicos e determinar os niveis toleraveis no organismo. Os complexos eventos envolvidos na intoxicag&o, desde a exposig&o do organismo ao agente até o aparecimento de sinais e sintomas, podem ser classificados em 4 fases: exposic&o, toxicocinética, toxicodindmica e fase clinica. Em conformidade com esse assunto, julgue os proximos itens. 2) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Seguranga do Trabalho A fase toxicocinética inclui os processos envolvidos na relac&o entre disponibilidade quimica e a concentragao do farmaco nos diferentes tecidos do organismo. Faz parte dessa fase a biotransformacao e a excregao das substancias quimicas. RESPOSTA C. Fase de Toxicocinéti Inclui todos os processos envolvidos na relago entre a disponibilidade quimica e a concentracéio do férmaco nos diferente tecidos do organismo. Intervém nesta fase a absorsao, a distribuicao, www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 4 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE cee Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA © armazenamento, a biotransformacéo e a excrecio das substancias quimicas. As propriedades fisico-quimicas dos toxicantes determinam 0 grau de acesso aos érgaos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminagao do organismo. 3) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Seguranga do Trabalho A via de introdug&o do agente téxico no organismo, a concentracéo do xenobidtico e a susceptibilidade individual devem ser considerados na fase de exposicgao. RESPOSTA C. Conforme vimos a fase de exposicéo: é a fase em que as superficies externa ou interna do organismo entram em contato com o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introduc&o, a frequéncia e a duragao da exposic&o, as propriedades fisico-quimicas, assim como a dose ou a concentragdio do xenobiético e a susceptibilidade individual. 4) VUNESP - 2010 - CEAGESP - Médico do Trabalho Sobre a relac&o entre uma substéncia quimica e 0 organismo, com base nos conceitos da Toxicologia Ocupacional, é correto afirmar: A) quanto maior a dose, menor serd 0 efeito. B) quanto maior o tempo de exposig&o, menor serd o efeito. C) toda e qualquer substancia quimica presente no ambiente de trabalho, a priori, j4 significa risco. D) uma intoxicacaio pressupde a ocorréncia de um processo patolégico. E) a absorcéio pelo organismo de uma determinada substancia quimica independe da forma como ela é manuseada. RESPOSTA, D. Apesar dessa questo ser de Toxicologia Ocupacional vamos resolver pois é uma questdo da VUNESP. A) ERRADO. Quanto maior a dose, senor maior serd 0 efeito. B) ERRADO. Quanto maior o tempo de exposig&o, mener maior serd 0 efeito. C) ERRADO. Dizer que TODA substancia quimica no ambiente de trabalho jé significa risco foi um exagero. D) CORRETO. O téxico altera 0 processo fisiolégico do organismo para um quadro patolégico. E) ERRADO. A absorc&o pelo organismo de uma determinada substéncia quimica-independe depende da forma como ela é manuseada. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 5 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ene Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA 5) FGV - 2011 - PC-R3J - Perito Legista - Toxicologia Em relacdo as bases conceituais da Toxicologia, assinale a afirmativa correta. A) A Toxicologia investiga aspectos legais decorrentes dos danos organicos causados por agentes biolégicos. B) A Toxicologia estuda a relacdo entre o agente quimico e a reacao téxica causada por este agente no organismo. C) A Toxicologia nao estuda possiveis interacdes téxicas dos medicamentos com © organismo vivo. D) A Toxicologia estabelece qua a dose letal média (DLS) elevada de um agente quimico é indicio de alta toxicidade, portanto, insegura para o organismo. E) A Toxicologia estabelece que 0 antidoto é necessariamente provide de atividade biolégica intrinseca. RESPOSTA B. A) ERRADO. A toxicologia estuda os agentes quimicos, ndo os biolégicos. B) CORRETO. C) ERRADO. Isso é um dos objetos de estudo da toxicologia. D) ERRADO. Pelo contrério. Se a dose letal média ¢ alta significa que vou precisar de altas doses para matar 50% dos animais do experimento, ent&o o toxico tem baixa toxicidade. E) ERRADO. O “necessariamente" deixou a assertiva incorreta. 2. TOXICOLOGIA FORENSE Até a século XX, a toxicologia forense limitava-se a estabelecer a relacéo toxica com um determinado crime. O toxicologista atuava diretamente no cadéver com a mera inteng&o da pesquisa e identificacéo da substancia em questo. Atualmente o campo de aco desta ciéncia é mais vasto, estendendo- se desde as pericias nos individuos vivos e nos cadaveres até circunsténcias de sade publica. No caso das pessoas vivas estes exames tém, sobretudo, a ver com pericias toxicolégicas para rastreio e confirmago do abuso de drogas caracterizando um estado de dependéncia quimica e psiquica. Na toxicologia forense, o principal objetivo é detectar e quantificar substancias téxicas. Contudo, a atividade do toxicologista forense aplica-se a situagdes com questées judiciais subjacentes para as quais importa reconhecer, identificar e quantificar o risco relativo da exposiggo humana a tais agentes toxicos. Como tal, aproveita conhecimentos alcangados em praticamente todas as dreas da toxicologia moderna. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 6 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE eect Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA * AToxicologia Forense é a ciéncia que estuda os efeitos nocivos das substancias quimicas no mundo vivo; + E multidisciplinar, pois engloba conhecimentos de Farmacologia, Bioquimica, Quimica, Fisiologia, Genética e Patologia, entre outras; * Esta ciéncia identifica e quantifica os efeitos prejudiciais associados a produtos toxicos, ou seja, qualquer substancia que pode provocar danos ou produzir alteragdes no equilibrio biolégico; * A toxicologia forense tem, como principal objetivo, a deteccao e identificagao de substancias téxicas, em geral, no seguimento de solicitagdes processuais de investigacao criminal por parte dos diversos organismos; * Desta maneira, é possivel obter pistas relativamente a envenenamentos, intoxicagdes, uso de drogas, entre outros. E a partir desta area que, muitas vezes, é descoberta qual a causa da morte do individuo em questo e, se o causador o fez involuntariamente ou por algum motivo . 6) FGV - 2011 - PC-RJ - PERITO LEGISTA - TOXICOLOGIA Assinale a alternativa que completa o fragmento a seguir: A Toxicologia Forense estuda A) os mecanismos das intoxicagdes. B) a classificagéio quimica dos venenos. C) as reagdes téxicas e os venenos causadores destas reagées. D) o mecanismo da morte causada pélos agentes biolégicos. E) os processos de degradac&o organica apés a morte do individuo. RESPOSTA C. A quest&o deu em outras palavras 0 objeto da toxicologia forense que eu defini acima “a Toxicologia Forense é a ciéncia que estuda os efeitos nocivos das substancias quimicas no mundo vivo” Existe uma grande variedade de amostras que podem ser analisadas em toxicologia forense, tais como érgaos colhidos na autépsia, fluidos biolégicos obtidos do cadaver ou do vivo, produtos organicos e inorganicos suspeitos (liquidos, sdlidos, vegetais, etc.). Conforme a especificidade do caso € 0 tipo de anélise pretendida, s&o realizadas a selec&o e colheita das amostras mais adequadas. A estas ndo pode ser adicionado qualquer preservante ou conservante, devendo 0 seu acondicionamento e remessa obedecer a critérios de garantia da cadeia de custédia, passos fundamentais & preservacéo da prova e correta realizagdo da pericia. Assim, na conservagao das amostras devem ser eliminados todo e quaisquer fatores de contaminagéio e, para o seu www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 7 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS oni DELEGADO DE POLICIA/PCCE Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA acondicionamento deve-se atender as condicdes de luz, umidade e calor - fontes provaveis de reacées de oxidacéo ou hidrélise que podem acelerar a decomposic&o da maioria dos xenobiéticos. Essa fase é chamada pré-analitica (coleta, identificag&o e transporte da amostra). Para a realizacéo dos exames toxicolégicos as amostras podem ser: - sangue: uma dos materiais mais importantes em uma_anélise toxicolégica, uma vez que os valores de referéncia disponiveis (niveis terapéuticos, téxicos, etc) é obtido nesse fluido biolégico. No caso do individuo morto so intimeros os locais de coleta. A retirada de sangue da cavidade cardiaca tem a vantagem de permitir a coleta de grande quantidade e a desvantagem de ser uma amostra heterogénea. Por exemplo, a coleta de sangue cardiaco a partir do ventriculo direito com o uso de seringa acaba drenando sangue pulmonar, da veia cava inferior e do figado. Uma vantagem para contornar isso é coleta de sangue da veia femoral. - figado: considerado a melhor matriz depois do sangue. Particularmente til quando a coleta de sangue nao é possivel, © que pode ocorrer em virtude de um estado de decomposicéo mais avangado, da aco do fogo ou de uma perda intensa de sangue. - urina: por ser uma matriz de composicéo simples, a urina é relativamente facil de analisar. Entretanto apresenta valor interpretativo muito pobre quando nao analisada em conjunto com outros tipos de amostras, j4 que as concentragées urindrias dé uma substancia variam enormemente em fungao de fatores como desidratacéo, ingestéo de agua, pH da urina e taxa de metabolismo. Além disso a excregéo da maioria das substancias se dé essencialmente através de metabélitos, os quais muitas vezes néo sao exclusivos de uma Unica substancia, podendo ser produtos de biotransformagao comuns a outros compostos do mesmo grupo. - estémago e contetido gastrico: varias substdncias so administradas via oral, 0 que justifica que a coleta e a andlise do estémago e de seu contetido sejam rotina para casos post mortem. -outras amostras: 0 cérebro por ser o alvo de ago de inimeros téxicos € sua posic&o afastada o torna menos propenso ao fenémeno de difusdo post mortem. Entretanto, seu uso ainda é limitado pelo fato de poder haver variacéo consideravel de uma dada substancia entre as diferentes regides cerebrais e ainda haver poucos estudos sobre essas concentracdes. Os pulmées so érgaos cuja anélise pode ser interessante para a deteccao de substancias inaladas. JA os rins e a bile podem ser interessantes para a deteccéo de metabélitos. E importante saber que a putrefagdo do corpo degrada substancias de interesse toxicolégico tanto pela acdo de fatores ambientais, como temperatura www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 8 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ere Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA e umidade quanto pelos microorganismos. O uso de humor vitreo é altamente recomendado nesses casos, tendo em vista que tem um comportamento bem isolado e, portanto, menos suscetivel a tais alteracdes. 7) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 Havendo suspeita de morte relacionada com a presenca de compostos quimicos lesivos ao organismo, deve- se realizar o exame toxicolégico. Nesses casos, a coleta do sangue deverd ser feita: A) nas cavidades cardiacas. B) nas veias femorais. C) na bexiga. D) no estémago. E) na veia cava inferior. RESPOSTA B. A vantagem do sangue coletado nesse local é sua posigao afastada da cavidade toracoabdominal, estando, portanto, menos sujeito aos problemas de redistribuicéo e difusdo post mortem. A desvantagem é a limitag&o da quantidade de material. © exame toxicolégico deve ser capaz de detectar qualquer substancia quimica exégena presente no material objeto da pericia. O fato de existir um elevado numero de substancias potencialmente toxicas constitui uma limitacao importante na realizacéo destas pericias, pelo fato de que a maior parte dos laboratérios dirigem a sua investigagao na procura daqueles que, segundo a casuistica da respectiva érea de atividade, estao implicados na maior parte dos casos. Para a selecdo dos téxicos a serem pesquisados, é fundamental a informag&o sobre o evento (policial, clinico, familiar) e a descri¢&o dos achados da autépsia, uma vez que cada caso tem as suas préoprias particularidades. Quando amostras de fluidos ou tecidos biolégicos s&o retiradas de uma pessoa qual certamente foi administrada uma substancia, a presenca ou auséncia da substncia. em uma dada amostra, bem como sua concentracdo, vai de depender da fase cinética em que a substancia se encontrava no momento da amostragem. As metodologias de investigagdo passam por uma série de fases: rastreio, confirmagao, quantificacéo e interpretago. Iniciam-se por um teste geral (que detecta um grande numero de substancias, permitindo fazer uma triagem de casos negatives) e, sé numa fase posterior se recorre aos métodos de www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 9 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE eee Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA confirmagao (que permitem confirmar a presenga de substancia suspeita, bem como identificd-la e/ou quantificd-la). As técnicas de anélise toxicolégica variam desde os classicos métodos nao instrumentais, tais como reacdes volumétricas ou colorimétricas, até outros mais sofisticados para os quais se recorre & tecnologia apropriada, simples ou acoplada, como as _técnicas espectrofotométricas (ex: espectrofotometria de absorgao molecular - UV-Vis, de infra-vermelhos - IR ou de absorg&o atémica - AAS), cromatograficas (ex: cromatografia gasosa ~ GC e cromatografia liquida de alta eficiéncia - HPLC), imunoquimicas (ex: Elisa, imunoensaios com fluorescéncia polarizada - FPIA ou radioimunoensaio - RIA), e de espectrometria de massas - MS. 3. DROGAS PSICOTROPICAS ou PSICOATIVAS Essas substancias tém acdo no Sistema Nervoso Central - SNC, interferindo na capacidade de pensamento, andlise, abstracéo, julgamento e nas acées. Alguns tipos de drogas, depois de repetidas administracées, levam a um efeito chamado tolerancia (estado de resposta reduzida a um efeito de uma substancia) que com o tempo 0 usudtio é levado a duas situagées: 1 - Aumenta a quantidade da droga ou aumenta o numero de doses para obter o mesmo efeito ou; 2 - Muda para uma substAncia mais forte, a fim de continuar mantendo os mesmos niveis de prazer. Em ambos os casos, reside 0 perigo da overdose ou superdose, ou seja, uma administragéo da droga muito forte para o organismo, cuja consequéncia pode levar o individuo & morte. De qualquer forma, algumas drogas causam a dependéncia fisica no organismo, que se ajusta a presenga da droga a qual passa ser necessdria para que ele funcione normalmente. Surgem assim, os transtornos de ordem fisiolégica. Sem a droga, o individuo podera apresentar crises ou a Sindrome de abstinéncia. Se o dependente ficar sem tomar a droga poderd sofrer calafrios, cdibras, sudorese, taquicardia, cefaléia entre varios outros sintomas. Em quaisquer casos é ativado o sistema de recompensa do cérebro e a quantidade de dopamina (neurotransmissor ligado ao prazer) aumenta no centro do sistema do sistema nervoso central. Como resultado a dopamina chega a ser dez vezes maior que a produzida por prazeres cotidianos, levando ao éxtase. Diante dessa ativacao, o sistema de recompensa reage e diminui a sua sensibilidade. A partir dai, para conseguir o mesmo prazer inicial, 0 usuario tem de consumir cada vez mais. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 10 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ene Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA © termo "vicio" é muito aplicado para casos de dependéncia de drogas, que se caracteriza por um desejo obsessivo, tolerancia e sindrome de abstinéncia que também se aplica para comportamentos compulsivos. 3.1 Dependéncia fisica Consiste na necessidade presente ao nivel fisiolégico, o que torna impossivel a suspens’o brusca das drogas. Essa suspensdo acarretaria a chamada crise da “abstinéncia". A dependéncia fisica ¢ o resultado da adaptacg&o do organismo, independente da vontade do individuo. A dependéncia fisica e a tolerancia podem se manifestar isoladamente ou associadas, somando-se a dependéncia psicolégica. A suspensdo da droga provoca miltiplas alteracdes somaticas, causando a dramatica situag3o do “delirium tremens”. Isto significa que 0 corpo néo suporta a sindrome da abstinéncia entrando em estado de panico. Sob os efeitos fisicos da droga, 0 organismo nao tem um bom desenvolvimento fisico e funcional. 3.2 Dependéncia psicolégica © individuo é dominado por uma forte vontade, quase incontrolavel, de administrar a droga a qual se habituou. Existe um impulso psicoldgico forte (compulséo) para o uso continuo da droga. Em estado de dependéncia psicolégica, 0 individuo sente um impulso irrefreavel, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependéncia psicoldgica indica a existéncia de alteragdes psiquicas que favorece a aquisig&0 do habito. O habito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependéncia psiquica e a tolerancia significam que a dose deveré ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. Em estado de dependéncia psiquica, 0 desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se néo satisfeita, leva o individuo a um profundo estado de anguistia (estado depressivo). Esse fenémeno n&o deverd ser atribuido apenas as drogas que causam dependéncia psicoldégica. O estado de anguistia, por falta ou privag&o da droga 6 comum em quase todos os dependentes e viciados. 3.3 Sintomatologia e identificagado de Dependénc 1 - forte desejo ou compulsdo para consumir a substancia; 2 - dificuldade no controle de consumir a substdncia em termos do seu inicio, término ou niveis de consumo; 3 - estado de abstinéncia fisiolégica quando © uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinéncia ou uso da substancia para alivid-los); www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda Eee MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS Russie PROFESSOR GERALDO MIRANDA 4 - evidéncia de tolerancia, de tal forma que doses crescentes da substancia psicoativa so requeridas para alcancar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas; 5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substancia psicoativa, aumento do tempo necessdrio para obter ou tomar a substancia psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos; 6 - persisténcia no uso da substéncia, a despeito de evidéncia clara de consequéncias manifestamente nocivas, tais como dano ao figado por excesso de alcool, depresséo consequente ao periodo de consumo excessivo da substancia ou comprometimento cognitive relacionado a droga. 3.4 Classificacao De acordo com os efeitos produzidos no Sistema Nervoso Central - SNC, as drogas podem ser classificadas em trés categorias: 1 - Depressoras chamadas de psicolépticos; 2 - Estimulantes tidas como psicoanalépticos ¢; 3 - Perturbadoras ou psicodislépticos. PSICOLEPTICAS (Depressoras): diminuem a atividade cerebral, alterando a quantidade das respostas funcionais e reflexos. Sob seu efeito, o Sistema Nervoso Central trabalha mais lentamente e as reagées do usudrio sdo de lentido, sonoléncia, apatia, falta de coordenacéo motora, dificuldade de concentrago e perda de meméria. Estes tipos de drogas podem atuar sobre 0 estado de vigilia (noolépticos), onde ficam incluidos os hipnéticos (soniferos), barbituricos ou n&o; ou sobre o humor (timolépticos), subgrupo em que se incluem os neurolépticos (fenotiazina, reserpinicos e butirofenonas) e os tranquilizantes (meprobamato, diazepinicos). Sdo eles 0 Alcool, alguns hipnéticos que combatem a insénia, barbituricos (Gardenal), néo-barbituricos (Mogadon, Dalmadorm, Dormonid, Sonebon), ansioliticos que sao calmantes que diminuem a ansiedade, narcoticos ou hipnoanalgésicos que apresentam trés propriedades farmacolégicas fundamentais: aliviar a dor, produzir hipnose e induzir & dependéncia. Neste grupo inclui-se os opiéceos naturais (morfina e codeina), os opidceos semi-sintéticos (heroina) e os opiéceos sintéticos (Metadona) bem como solventes (cola de sapateiro, benzina, acetona). PSICOANALEPTICOS (Estimulantes): sdo drogas que aumentam a atividade do Sistema Nervoso Central, alterando-o quantitativamente sua funcionalidade. Sob seus efeitos o usuario se sente com muita energia, disposig&0, pois estas drogas afastam o cansaco e a fome. Dai serem muito empregadas nas drogas www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 12 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ence Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA moderadoras de apetite. Produzem aumento da atividade cerebral, diminuem a fadiga, aumentam a percepgao ficando os demais sentidos ativados. Exemplos dessas categoria séio a cocaina, crack, cafeina, teobromina, MDMA ou ecstasy, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc. PSICODISLEPTICOS (Perturbadores ou Alucinédgenos): sao drogas que agem modificando a qualidade da atividade cerebral, levando o usuério a alteracgdio de sua percepcéio, podendo ocorrer confuséo mental, delirios, alucinagées, despersonalizagdo, distorgdo do tempo e do espaco. Tais drogas tem por caracteristica principal a despersonalizag3o em maior ou menor grau. A maconha (THC), o skunk, psilocibina e cha de cogumelo séo alguns dos exemplos, além de plantas alucindgenas como o cacto chamado peyote, cujo principio ativo é a mescalina, 0 cha-de-lirio (atropina - beladona), 0 cogumelo (espécie de fungo que parasita excremento de animais - DMT), o LSD-25 (acido lisérgico) conhecido vulgarmente “doce”, anticolinérgicos (como Artane® e 0 Bentil@). 4. TOXICOFILIAS A OMS definiu toxicomania ou toxicofilia “como um estado de intoxicagéo periédica ou crénica, nociva ao individuo ou a sociedade, produzida pela repetido consumo de uma droga natural ou sintética’. As principais substancias utilizadas pelos viciados s&o: COCAINA E CRACK - é um alcaléide de ago estimulante, impedindo a reabsorcao da dopamina liberada no nticleo acumbente em uma situacdo de prazer. A droga bloqueia 0 processo de reciclagem da dopamina pelos neurénios aumentando sua duracdo e seus efeitos nas sinapses, o que leva a sensacdo de euforia caracteristica da droga. O uso continuado danifica os neurénios e pode levar @ reducdo dos efeitos da dopamina, provocando depressio e agressividade. A substancia e principio ativo natural é extraido da folha de coca (Erythroxylon coca) e traz a sensac&o de intensa euforia e poder. Se usada intensamente leva a uma sensaco de cansaco e ansiedade, causando dilatacéo das pupilas e taquicardia, com o aumento das doses pode provocar irritabilidade, delirios e alucinagdes e a “psicose cocainica”, bem como convulsées. Costuma ser injetada, cheirada (forma mais comum) ou fumada (pasta base da coca, também conhecida como crack que tem efeitos semelhantes ao pé, mas sentidos mais rapidamente). www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 13 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE eect Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA MERLA - opcéio mais barata do crack, obtida a partir da pasta de coca. Seu uso 6 através de cigarros ou cachimbos, misturados com fumo ou puro. Os efeitos duram cerca de 15 minutos e sua sensacdo a principio é de bem-estar e leveza, depois segue-se uma sensacéo desagradavel e de inquietac&o, deixando o individuo agitado e nervoso. MACONHA - Erva cujo nome cientifico é Cannabis sativa (canhamo), cujo principio ativo € 0 delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). A maior concentrag&o do principio ativo THC (Tetrahidrocanabinol) & encontrada na época da floracéo. Essa substancia traz a sensac&o de bem-estar, relaxamento e vontade de rir, mas pode causar angustia no usudrio, bem como a perda da capacidade de calcular tempo e espaco e prejuizo da meméria e da atenggo. Os olhos ficam avermelhados, a boca fica seca e 0 coragéo dispara e, com o uso continuado leva a problemas respiratérios (bronquites) e pode causar infertilidade no homem. A maconha é fumada em forma de cigarro (“fininho”) com 0 auxilio ou n&o de uma espécie de piteira conhecida como “marica”. “Skunk” é maconha cultivada em estufas especiais e que possui alta concentragéo de THC. HAXIXE: E uma resina viscosa retirada da inflorescéncia da “Cannabis sativa D’. Existem diferentes tipos de haxixe segundo sua origem (o libanés é& vermelho, 0 turco é marrom, o afegéo é quase negro). Encontrado como pasta compacta, dura, em bolas, em pd e liquida. Sua utilizagéo mais comum é fumada, podendo porém, mais dificilmente ser inalada (vapores). ANFETAMINAS - Conhecidas como “bolinhas” ou “rebites", sdo drogas sintéticas estimulantes que provocam insénia, perda de apetite e a sensacéio de plena energia, 0 que faz com que o usuario fale mais rapido que o habitual. Ocorre a dilatagéo das pupilas (midriase), bem como 0 aumento do numero de batimentos cardfacos (taquicardia) e podem causar degeneracao de células do cérebro. ECSTASY OU MDMA - E uma anfetamina modificada, mas n&io age como uma, porque libera dopamina diretamente no niicleo acumbente cerebral, sem reabsorvé-la. Como a cocaina, impede a reabsorcdo da dopamina e essa agéo é téo duradoura que o prazer pode se prolongar por horas. A droga age também em varios outros lugares do sistema limbico, inclusive 0 hipotélamo, que regula fungdes vitais. Como efeitos colaterais incluem-se taquicardia, hipertensdo, convulsées, trombose, hemorragia cerebral, hipertermia (elevacéo da temperatura corporal acima de 40°C), boca seca, muita sede, diminuigéo de www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 14 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ec Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA apetite, atenc&o dispersa, episédio de panico, irritabilidade, ansiedade que podem levar & morte suibita. SOLVENTES INDUSTRIAIS: S&o liquidos e substancias que contém compostos utilizados geralmente pelas criangas e adolescentes, para terem a sensacéo de “tonteira”; sendo que os mais encontrados sao o thiner, éter, cloroférmio, benzeno, xileno, tolueno, acetona, colas (de madeira, de sapateiro, etc.). Sao utilizados diretamente de seus recipientes ou em pedacos de panos, sacos plésticos, etc. Seus efeitos so répidos (segundos a minutos), contudo de pouca durag&o (de 15 a 40 minutos), 0 que torna a estimulacdo inicial, seguida de depressdo e até alucinacdo. Solventes contidos na cola de sapateiro podem causar lesées na medula, nos rins, no figado e nos nerves periféricos (os usuarios andam com dificuldade). COGUMELOS - Alucindégenos naturais consumidos sob a forma de cha induzem quem os consome a alucinacées e delirios. Sob seus efeitos, os sons incomuns so percebidos e as cores ficam mais brilhantes, ocorre a dilataggo das pupilas, suor excessivo, taquicardia, nduseas e vémitos. LSD-25 - Sao as iniciais que designam a Dietilamida do Acido lisérgico que & uma substancia alucinégena sintetizada em laboratério (a partir da substancia produzida pelo fungo conhecido como “espordo do centeio"). Causa distorcdes perceptivas nas cores, formas e contornos, provocando fuséo dos sentidos (cinestesia) na qual os sons parecem adquirir formas que ficam coloridas. A nocéio de tempo e espaco € perdida. O LSD-25 tem poucos efeitos no corpo: 0 pulso pode ficar mais rapido, as pupilas dilatarem e a pessoa sentir excitacdo. Interessante desta droga é que pode causar “flashback”, ou seja, seus efeitos podem ser sentidos semanas depois dela ter sido consumida. Na forma de pontos (microgramas da droga) ou selo (papel seco geralmente estampado que foi embebido pela droga) seu consumo se da pela dissolvicéio do micro-ponto na boca. OPIACEOS E OPIOIDES - Opio, morfina e heroina ativam diretamente os receptores das endorfinas (opidides do préprio corpo) no nticleo acumbente. A fungo delas normalmente € regular o teor final de dopamina no sistema nervoso central. Com a acéio dessas drogas, a producéio de dopamina se eleva 0 que traz a sensagdes de euforia e bem-estar. O dpio (Papaver somniferum) & um suco resinoso extraido da flor da papoula, possuindo mais de vinte e cinco alcaldides (p.e.: Morfina, Narcotina, Papaverina, Codeina, Tebaina, Neconina, www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 15 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS Ont DELEGADO DE POLICIA/PCCE Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA etc.). E utilizado de varias maneiras (fumado, em pilulas, injetavel e como supositério). Produz alteragdes fisico-sensoriais, visdes e alucinagées além de envelhecimento precoce e alteragdes sexuais. Morfina: E soltivel em agua e dlcool. Seus efeitos séo a ansiedade, anomalias do cardter, mitomania (mania de mentir), diminuigdo sensorial, perda do pudor, hepatite, lesdes cerebrais (por embolia), etc. E um dos mais potentes analgésicos naturais. Heroina (Diacetil-morfina): E uma substancia depressora seminatural, obtida através da mistura de morfina e dcido acético, apresentado em forma de pd branco, cinza ou castanho; soltivel e cinco vezes mais potente que a morfin sendo mais forte que a morfina quanto & dependéncia e inferior quanto a acao analgésica. Utilizada_inalada ou injetavel. Produz as mesmas acdes (potencializadas) que a Morfina. Atuando sobre o sistema nervoso central, a droga aumenta o sono e diminui a dor, provocando um estado de torpor e calmaria, onde a realidade e fantasia se misturam. Ocorre a contragéo das pupilas (miose), paralisia eventual do estémago e vémitos. Como consequéncia, episddios de depressao respiratoria e cardiaca podem levar o usuario ao estado de coma. Seu uso se da através de injec’o, fumada e cheirada. Existem medicamentos que sdo derivados da morfina (opidides), como o ldudano de Sydenhan, elixir paregérico, xaropes e outros. INSETICIDAS CLORADOS: Séo substancias que caracterizam-se pela aco crénica nos organismos, longa persisténcia e efeito residual no ambiente, com grande solubilidade em lipideos onde se armazenam nos organismos, causam sérias lesdes hepdticas e renais, atuando principalmente sobre o sistema nervoso central e no de defesa do organismo. Os sintomas gerais apresentados so: dilatagéo da pupila e fotofobia; palpebras trémulas; dores de cabesa, cefaléia, alucinacées; intumescimento da lingua; agressividade; convulsées e coma; se forem absorvidos por inalaco apresentam tosse e edema pulmonar; por ingestio célicas e diarréia; por via dérmica dermatites. INSETICIDAS FOSFORADOS: Séo ésteres do Acido fosférico e seus derivados, constituem substéncias quimicas que atuam bloqueando ou inibindo a colinesterase. Os efeitos séo de maneira geral os seguintes: espasmos intestinais; estimulacéo das glandulas salivares e lacrimais e convulsées. Os sintomas gerais apresentados séo: redugéo do diametro das pupilas; lacrimejamento e rinite aguada; sudac&o intensa; vémito e tonturas; dores musculares e caibras; pressdo arterial instavel; confuséo mental, célicas e diarréias, o aparecimento dos sintomas de intoxicago ocorre, em média, nas www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 16 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS Rus PROFESSOR GERALDO MIRANDA primeiras doze horas; a morte ocorre geralmente nas primeiras 48 horas; a recuperagéo normalmente € completa se nao ocorre falta de oxigenacio no cérebro. PIRETRO E PIRETROIDES: © piretro é um produto de origem vegetal, extraido da flor do Chrysanthemum cinerariefolium, tem basicamente dois grupos de principios ativos as piretrinas e cinerinas. Estas substancias so pouco téxicas por via inalatéria. Por ingestdo, oferecem algum risco, porém sao rapidamente excretadas pela urina. Podem exercer irritagées de pele dependendo da sensibilidade de cada pessoa. Pessoas mais sensiveis podem apresentar dores abdominais, naliseas, vomitos e algumas vezes diarréias. Em casos de ingestdo principalmente por criancas ocorre cefalgia, incoordenacao motora, excitagdo, convulsées e morte por paralisia respiratéria. Os principais sintomas destes produtos sao: dermatites e conjuntivites; parestesias periorbitais e labial; espirros, desdnimo, tosse, febre, secrec&o nasal cerosa e obstrucéio nasal; eritema leve; reagdes de hipersensibilidade; broncoespasmos; excitagao dos sistema nervoso; convulsao. 8) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 E correto o que se afirma, EXCETO em: A) Merla é obtida a partir da pasta de coca. B) A cola é constituida de hidrocarbonetos de efeitos muito répidos sobre o sistema nervoso, embora de pouca duracao. C) 0 pio € extraido da papoula papaver somniferum e é consumido sob a forma de cigarros; trata-se de produto muito usado no Brasil. D) © crack tem um efeito muito semelhante ao da cocaina, entretanto percebido mais rapidamente e com maior poder de viciar e produzir danos. RESPOSTA C. O erro da assertiva esta no final. O processo de obtencdo e industrializacéo do épio é muito dificil, por isso é um téxico pouquissimo usado no Brasil. 9) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 E correto 0 que se afirma, EXCETO em: A) Cola pode levar a euforia e a alucinacbes. B) Anfetaminas séo usadas para evitar a sonoléncia, para desinibir, para euforizar. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda v7 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE cee Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA C) Oxi 6 consumida pela queima das pedras em cachimbos ou cigarros, bem como aspirada em pé. D) Oxi é droga sintética, consumida em capsulas, de custo elevado, que causa pouca agress&o ao sistema nervoso central. RESPOSTA D. Oxidado, crack oxidado ou oxié um tipo de droga derivada da cocaina de uso altamente viciante. Trata-se de uma mistura de base livre de cocaina oxidada, cerca de 80% da composig&o da droga, e combustivel, entre eles, os de uso principal, 0 querosene, gasolina e diesel com cal ou permanganato de potdssio. Sua poténcia é avaliada em cinco vezes maior que a do crack. No entanto, a droga no possui uma composig&o caracteristica, pois € fabricada de acordo com receitas caseiras. A droga é conhecida por ter efeito muito mais devastador se comparado a outras substéncias utilizadas no Brasil. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxidado 10) CESPE / Perito Criminal Federal (4rea 12) Medicina/PF 2013 Casoo exame toxicolégico de um individuo. seja positive para a substdncia tetraidrocanabinol, seré correto concluir que esse individuo fez uso de crack ou de outro tipo de substancia do grupo da cocaina. RESPOSTA E. Tetrahidrocanabinol (THC) € 0 principio ativo da maconha. 5. ALCOOL Devido a sua importéncia, vamos estudar o dlcool separadamente. Inicalmente é preciso diferenciar embriaguez alcodlica, alcolismo e alcoolemia. Embriaguez alcodlica é 0 conjunto de manifestagdes neuropsicossomaticas resultantes da intoxicacdo etilica aguda, de cardter episédico e passageiro. J4 0 alcoolismo é uma sindrome psico-organica, caracterizada por um elenco de perturba¢6es resultantes do uso imoderado do alcool e de cardter crénico. E alcoolemia € 0 resultado da dosagem de alcool etilico na circulagéo sanguinea. Dessa forma, a embriaguez € um estagio, a alcoolemia uma taxa e 0 alcoolismo, um estado. alcool age na origem das fibras dopaminérgicas que chegam numa area no meio do cérebro chamada drea tegmental ventral (comeso do circuito de prazer). dlcool ativa diretamente os neurénios do VTA, que passam a liberar mais dopamina sobre o NAc. O resultado, mais uma vez, é 0 aumento da concentrag&o de dopamina no NAc. 0 uso prolongado prejudica a estrutura dos neurénios e afeta a comunicagao entre eles. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 18 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE secre ‘Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA Agindo sobre o sistema nervoso central, 0 alcool é um poderoso depressor, cujas consequéncias séo mudancas psiquicas, com disturbios sensoriais e motores. Se ingerido em quantidade elevada, podem ocorrer convulsées, coma e morte por parada cardiaca ou respiratéria. Essa é a droga mais consumida pela sociedade e causadora de muitos problemas fisicos, mentais, familiares e sociais. 5.1 Embriaguez alcoélica aguda A aco téxica sobre o organismo revela-se por manifestacées fisicas, neurolégicas e psiquicas. - ManifestacGes fisicas: os dados somaticos séo de menor interesse e se traduzem por congestéo das conjuntivas, taquicardia, taquipnéia e hélito alcodlico-acético. - Manifestagdes neurolégicas: estéo ligadas a alteracdes clinicas do equilibrio, da marcha e das perturbacées da coordenagéo motora. A marcha do embriagado tem a denominagéo de marcha ebriosa, cerebelar ou em ziguezague. As alteragées do equilibrio manifestam-se pelo sinal de Romberg em que o examinador pede para o paciente permanecer em pé com os pés juntos, maos ao lado do corpo e olhos fechados por um minuto. As alteragées de coordenago motora traduzem-se por ataxia (incoordenagéo motora na orientaggo dos movimentos); dismetria (perturbac&o na medida dos movimentos); dissinergia ou assinergia (incoordenac&o da harmonia de certos conjuntos de movimentos); disdiadococinesia (desordem na realizago de movimentos rapidos e opostos); disartria (distirbio na articulacéo da fala). Também surgem fendmenos vagais como o soluco e o vémito. - Manifestagdes psiquicas: essas alteracées comegam de maneira progressiva pelas alteragdes do humor, do senso ético, da atengéio, da senso- percepcéio, do curso do pensamento e da associaciio de ideias. Pouco a pouco 0 individuo apresenta atitudes caracterizadas pelo exagero e pelo ridiculo. Falastréo, incoveniente, avalia as coisas intempestivamente, pobre é a capacidade de julgamento. Fases da embriaguez: 1) FASE EUFORICA / FASE DA EXCITACKO / FASE DO MACACO- 1° periodo: de euforia com extroversdo exagerada. 2) FASE AGITADA / CONFUSAO / FASE DO LEAO - (perturbacdes psicosensoriais profundas), com diminuigéo das faculdades mentais e falta de www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 19 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS usa PROFESSOR GERALDO MIRANDA auto-controle. E a fase de maior interesse por isso é também chamada de fase médico-legal. 3) PERLODO COMATOSO / FASE DA DEPRESSAO / FASE DO PORCO - caracterizado por arreflexia, atonia, midriase, pulso lento, hipotens’o e hipotermia. 11) DELEGADO DE POLICIA/PCMG/2008 Considerando as etapas Clinicas da embriaguez alcodlica, qual delas é denominada “fase médico-legal”"? A) Confusao. B) Comatosa. C) Excitacao. D) Sono. RESPOSTA A. Conforme mostrado acima. Metabolismo do 4lcool Apés a ingest&o, o dlcool comeca a ser absorvido pela via digestiva, passando diretamente para a via porta e para o figado, indo a circulacdo sanguinea e linfética, onde vai se distribuindo pelos tecido em geral. No instante em que absorgao se equilibra com a difusdo, a concentracéo do dlcool no sangue mantém-se uniforme. A isto chama-se equilibrio de difusdo. A partir dai, 0 organismo comeca’o processo de desintoxicaao, por fases continuadas de oxidacées, transformado-o em aldeldo, acido acético, gas carbénico e agua. Pequenissimas quantidades de etanol sao eliminadas sem se oxidar. A curva alcoélica de Calabuig (fig.01) mostra que a primeira linha (curva de difusdo ou absorgdo) 6 ascendente e corresponde ao perido de absorcao, durando cerca de 30 a 60 min, isso quando se trata de absorgéio Unica. Em casos de absorgdes sucessivas, teremos uma linha quebrada e escalonada, em face das continuadas ingestdes. Um pico (nivel de manutengao) no qual se tem a concentragéo maxima da alcoolemia. E uma linha descendente (curva de eliminagéo) de forma regular e gradativa que corresponde ao perido de desintoxicagéo e em que predomina o processo de oxidac&o, tendo inicio a partir de 1hora e 30 min da ingestao. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 20 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA Alcool Tempo em horas. Fig. 01 12) DELEGADO DE POLICIA/PCMG/2006 Segundo a curva alcoolémica de Calabuig apresentada a seguir, o segmento A-B representa: Alcool ‘Tempo em horas, A) A eliminacéio do alcool. B) A manutengéo do élcool. C) A absorgao do alcool. D) A tolerancia ao alcool. RESPOSTA C.Questéo direta conforme acabamos de ver. Dosagem de 4lcool no cadaver Desde que ainda n&o tenha surgido os fenémenos putrefativos do cadaver, a dosagem podera ser realizada no sangue retirado da veia femoral. A putrefago produz etanol e substancias redutoras que se assemelham ao alcool etilico, Avaliagao dos resultados © diagnéstico de embriaguez alcodlica é essencialmente clinico. Ha individuos que, trazendo uma taxa elevada de élcool no sangue, permanecem em condigdes psiquicas e neurolégicas sem caracteristicas de embriaguez, com comportamento correto, dada a sua grande tolerancia ao alcool. Ha outros, no entanto, que, ao ingerirem pequenas quantidades, n&o deixam duvidas quanto www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 2 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS Ont DELEGADO DE POLICIA/PCCE Sonconcemens Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA ao seu grau de embriaguez, através de manifestacdes somaticas, psiquicas, neurolégicas e antissociais. Y Motricidade (Marcha, index-nariz, index-index, _ calcanhar-joelho, Elocug&o) ¥ Romberg simples e combinado ¥ Psiquismo (Consciéncia, Ateng&o, Meméria) v Fungées vitais ¥ Aparéncia geral ‘www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 22 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA Exames complementares na pericia de embriaguez v Devem ser colhidos mediante autorizago do periciado. ¥ Urina: valor apenas qualitativo. ¥ Sangue: valor qualitative e quantitativo. 13) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 E correto 0 que se afirma, EXCETO em: A) A dosagem do alcool na urina seria de grande valia, em virtude de se aproximar da concentracdo alcodlica no sangue. B) A absorcdo do alcool etilico é ordinariamente processada pela via digestiva; comeca no estémago e continua pelo intestino delgado. C) 0 organismo humano realiza 0 processo de desintoxicagdo do lcool por fases continuadas de oxidacées, transformando-o em aldeldo, acido acético, gas carbénico e agua. D) Pequenissimas quantidades de etanol so inadas sem se oxidar. RESPOSTA A. Na urina a dosagem de alcool n&o tem valor absoluto, dadas as variagdes de concentrag&o motivadas pelo numero de micgdes, bem assim pelo fato de estar ou nao vazia a bexiga no inicio da libagdo, dando, desse modo, concentragées diferentes. Todas as outras assertivas est&o corretas, conforme ja vimos. Formas de embriaguez www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 23 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ene Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA ¥ Voluntaria: ocorre quando 0 agente ingere bebidas alcodlicas a fim de atingir 0 estado de ebriedade. De acordo com o art. 28 do CP, essa modalidade de embriaguez no exclui a imputabilidade penal. v Preordenada: é uma modalidade da embriaguez voluntdria, na qual o agente pretende atingir o estado de ebriedade a fim de melhor cometer 0 crime. No art. 61, II, I, do CP, essa modalidade de embriaguez caracteriza uma circunsténcia agravante. Y Fortuita: ocorre em funcdo de caso fortuito ou de forca maior, situacées nas quais o agente fica embriagado sem sua vontade. O caso fortuito ocorre quando, por exemplo, o agente cai em um barril de aguardente e consome a bebida de forma involuntaria. J4 por forca maior pode ser representado quando o agente é obrigado a ingerir a bebida entorpecente. De acordo com o art. 28, § 1°, ocorrendo embriaguez completa por caso fortuito ou forca maior, exclui-se a imputabilidade do agente se comprovado que ele nao tinha capacidade de entendimento ou autodeterminag3o no momento da conduta criminosa. ¥ Incompleta: situacdo na qual 0 sujeito esta sob o efeito do dlcool mas ainda consciente. ¥ Completa: ocorre quando o agente nao tem mais consciéncia e vontades livres. 5.2 Acoolismo © alcoolismo tem como causa a ingestéo continuada e imoderada de bebida alcodlica, a qual vai produzindo no paciente uma série de perturbacées, terminando por configurar um perfil anormal nao psicctico que poderia ser chamado de personalidade alcoolista. Na intoxicago crénica por etanol podem ocorrer alteragdes no organismo como transtornos digestivos, anorexia e intolerancia gastrica que pode levar & gastrite e a Ulcera géstrica, transtornos hepaticos, esteatose, hepatite alcodlica € cirrose. Quanto aos transtornos cardiovasculares é possivel se apresentar a miocardite téxica (dilatac&io cardiaca, favorecendo a aterosclerose), transtornos sanguineos como ligeira anemia e transtornos endécrinos que podem ocasionar a impoténcia, esterilidade e outras perturbacdes diversas. Jé os transtornos psiquicos, incluem-se: 1) DELIRIUM TREMENS - Estado psicopatico caracterizado por confuséio mental, delirio (zoopsias, com viséo de animais geralmente minusculos), tremor, sudorese, debilidade dos membros inferiores e febre. No delirium tremens do alcoolista, por exemplo, as alucinagées visuais tém uma tematica www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 24 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS Rusa PROFESSOR GERALDO MIRANDA predominantemente de bichos e animais peconhentos (cobras, aranhas, percevejos, jacarés, lagartos) e, neste caso, d4-se o nome de zoopsias, promovedoras de grande ansiedade e apreensao. Nas situagdes em que o ébrio se vé fora de seu préprio corpo falamos em alucinacdes autoscépicas, quando ele consegue ver cenas e objetos fora de seu campo sensorial, como enxergar do lado de fora da parede. 2) ALUCINOSE ALCOOLICA - Surge sob forma de sons inespecificos, como chiados, zumbidos, ruidos de sinos, roncos, assobios ou vozes que tém as mais variadas caracteristicas. Didlogos entre mais de um interlocutor, comentérios sobre atos do individuo, criticas sobre a pessoa que alucina. Na idela do alcoolizado tais vozes so provenientes do além, do sobrenatural, dos deménios ou de deuses, etc. 3) DEMENCIA E ENCEFALOPATIA ALCOOLICA - Trata da destruic&o progressiva da personalidade e ataques epiletiformes. 4) ALUCINAGOES PERSECUTORIAS - E 0 tipo mais comum entre os paranéicos ou delirantes crénicos. O delirio costuma envolver a crenca de estar sendo vitima de conspiracéo, traig&o, espionagem, perseguicdo, envenenamento ou intoxicago com drogas ou estar sendo alvo de comentérios maliciosos. 14) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 S&o perturbacdes neuroldégicas da intoxicago alcodlica crénica, EXCETO: A) Polineurite. B) Sindrome de Korsakow. C) Romberg simples e Romberg combinado. D) Poliencefalite superior hemorragica de Wernicke. RESPOSTA C. Deixei para falar dessas alteragdes nesta questao. A) CORRETO. A polineurite € um comprometimento de varios neurénios periféricos por um processo degenerativo. E uma sindrome sensitivo-motora representada por parestesias das extremidades, hiperestesias cutaneas, hipoestesia superficial, mialgias, alteragdes de reflexo, etc. B) CORRETO. Também chamada de sindrome amnésica ou psicose polineuritica. Esta caracterizada por um quadro clinico de amnésia, desorientag&o no tempo e no espaco, confabulacao e sintomas da polineurite. C) ERRADO. Vimos que esses sao tipos de testes. D) CORRETO. Caracterizada por sintomas resultantes de lesées por mintisculos focos hemorrdgicos dos nervos cranianos do tronco cerebral. Seus sintomas so: paralisia dos musculos do globo ocular, sintomas trigeminais (nevralgia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 25 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS. DELEGADO DE POLICIA/PCCE eae ‘aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA facial), paralisia dos musculos faciais e, algumas vezes, disfonia, disfasia, tremor da lingua e tremores peribucais. 5.3 O alcool no CTB © cédigo de transite foi modificado em 2012, por isso é importante que vocés saibam esses artigos do CTB. Cuidado ao estudar por material ou questées antigas. Art. 165. Dirigir sob a influéncia de alcool ou de qualquer outra substéncia psicoativa que determine dependéncia: (Redacio dada pela Lel n° 11,705, de 2008) Infracdo - gravissima; (RedacSo dada pela Lei n° 11.705, de 2008; Art. 276. Qualquer concentragao de alcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita 0 condutor as penalidades previstas no art. 165. (Redacio dada pela Lei n° 12.760, de 2012 Pardgrafo Unico. O Contran disciplinaré as margens de tolerancia quando a infragao for apurada por meio de aparelho de medicao, observada a legislacéo metrolégica. (Redac&o dada pela Lei n° 12.760, de 2012) CRIME Art. 306. Conduzir vefculo automotor com capacidade psicomotora alterada em razéo da influéncia de alcool ou de outra substancia psicoativa que determine dependéncia: (RedacSo dada pela Lei n° 12,760, de 2012) Penas - detengao, de seis meses a trés anos, multa e suspensao ou proibigéo de se obter a permisséo ou a habilitagéo para dirigir vefculo automotor. § 12 As condutas previstas no caput sero __constatadas por: ‘Incluido pela Lei n° 12.760, de 2012 I - concentragao igual ou superior a 6 decigramas de dlcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de alcool por litro de ar alveolar; ou ‘Incluido pela Lei n° 12.760, de 2012, IE sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteragao da capacidade psicomotora. (ncluido pela Lei n° 12.760, de 2012 § 2° A verificac&o do disposto neste artigo poderd ser obtida mediante teste de alcoolemia, exame clinico, pericia, video, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito 4 contraprova, (Incluido pela Lei n° 12.760, de 2012) www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 26 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ence Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA § 32 O Contran disporé sobre a equivaléncia entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterizag&o do crime tipificado neste artigo. ‘Incluido pela Lei n° 12.760, de 2012) 15) CESPE / Perito Criminal Federal (4rea 12) Medicina/PF 2013 Se o resultado do exame de alcoolemia de um individuo for positivo, isso significara que, no momento da coleta da amostra para exame, esse individuo apresentava a concentraciio sérica de dlcool superior a 0,6 dg/L. RESPOSTA: E. A concentragéo é de 6 (seis) e néo 0,6 decigramas, o que equivale a 0,6 gramas de dlcool por litro de sangue considerada como embriaguez pela legislacéo em vigor. 16) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 0 alcool acarreta ao individuo intoxicado a perda do controle dos sentimentos éticos e morais, além de comportamento desinibido e sonoléncia. Em relacio aos efeitos farmacolégicos do lcool e suas consequéncias, julgue as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA. A) Para caracterizar o crime de transito, basta que o exame de sangue do motorista alcoolizado apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de alcool por litro de sangue (6 dg/L). B) Uma ingest&o “pesada” e regular de alcool aumenta os riscos de doenca coronariana e arritmias cardiacas, 0 que contraria 0 senso comum de que o alcool sempre faz bem ao coracao. C) 0 alcool pode agir nos centros termorreguladores encefélicos, produzindo uma sensagdo de calor e sudorese, o que protege o individuo da hipotermia em noites muito frias. D) © alcool inibe a liberacéo do horménio antidiurético, o que resulta em aumento da diurese, podendo favorecer 0 individuo intoxicado a urinar em publico, expondo a genitalia, o que configura ato obsceno. E) O lcool, por ser uma substancia depressora do sistema nervoso central (SNC), pode afetar a funcéo sexual em homens; aumenta a libido, mas prejudica o desempenho, 0 que pode dificultar a conjungao carnal RESPOSTA C. O que acontece é que o alcool aumenta o fluxo sanguineo da pele - isso faz com que a pessoa sue e fique corada. O suor faz com que o calor do www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda a7 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE ence Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA corpo seja perdido, e a temperatura do corpo pode cair abaixo do normal. Isso somado a um ambiente frio pode matar a pessoa por hipotermia. Para terminar, vamos resolver mais algumas da VUNESP. 17) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Individuo envolveu-se em um acidente automobilistico, sem vitima fatal, por avangar o sinal vermelho em cruzamento. Recusou-se a fazer o teste do bafémetro no local, tendo sido levado a delegacia e ao IML para exame de corpo de delito. Lé, foi submetido a exame clinico e autorizou a coleta de sangue para a dosagem bioquimica de alcool, a qual revelou 0,7 g/L. Frente a esse dado, € correto afirmar que A) ird responder apenas por infrac&o de transito, por estar alcoolizado. B) a dosagem de alcool é minima, sendo insuficiente para definir entre alcoolizado e embriaguez. C) nao sera penalizado, pois o resultado foi limitrofe, devendo ser mais bem caracterizado pelo exame clinico. D) iré responder por crime, por dirigir sob efeito do alcool. E) nao serd penalizado, pois nao houve vitima fatal. RESPOSTA D. 0 artigo 306 do CTB diz que concentragéo igual ou superior a 6dg/L (que é a mesma coisa que 0,6 gramas de alcool por litro de sangue) é considerada crime. E 0 individuo estava com 0,7g/L entao ele ira responder pelo crime. 18) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Com relagao ao uso crénico da cocaina, especialmente em jovens, pode-se afirmar que A) eventos cardiovasculares sao raramente observados pelo uso da droga. B) a morte suibita geralmente decorre de fenémenos tromboembélicos durante a injeg&o da droga. C) hipertenséo arterial, lesdes vasculares e suas consequéncias sao relativamente comuns nesses individuos. D) n&o costuma deixar nenhum substrato morfolégico nas visceras, sendo um achado exclusivo do exame toxicolégico. E) 0 érgao alvo de aco da droga é unicamente o Sistema Nervoso Central. RESPOSTA C. A morte dos usuarios crénicos de cocaina é quase sempre por perturbacées cardiacas, por isso que a resposta é C. www,pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 28 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE meer Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA 19) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A coleta de sangue para o exame toxicolégico durante a necropsia pericial deverd ser feita, preferencialmente, da A) cavidade pélvica. B) cavidade pleural. C) cavidade abdominal. D) artéria aorta. E) veia femoral. RESPOSTA E. Viram como as questdes se repetem? Jé fizemos uma igual a essa. Questéo bem direta. 20) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A hipoplasia ou aplasia da medula éssea pode ser uma complicagao decorrente do uso de A) barbitirico. B) cocaina. C) organofosforado. D) maconha. E) heroina. RESPOSTA C. Realmente os agrotéxicos organofosforados causam a aplasia da medula éssea que é uma doenca caracterizada pela deficiéncia medular. 21) VUNESP/DELEGADO DE POLICIA/2014/PCSP Substancia téxica de dependéncia quimica e psiquica; é um produto sintético (diacetilmorfina), tem a forma de pé branco'e cristalino que, apés a diluic&o, é injetado no usuario, que apresenta de inicio euforia, disposic&o, alegria, mas que, ao longo do uso, passa a apresentar nduseas, vémitos, delirios, convulsdes, bloqueio do sistema respiratorio e morte de forma fugaz. Essa substdncia corresponde a(ao) A) maconha. B) morfina. c) isp. D) cocaina. E) heroina. RESPOSTA E. Deu vérias caracteristicas da droga e perguntou qual era. O “pé branco” podia até confundir com a cocaina, mas “um produto sintético (diacetilmorfina)” ndo deixa duvidas de que se trata da heroina. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 29 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE een Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA 22) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Dentre as drogas citadas, a mais nociva pela rapida dependéncia que causa no seu usuario é o(a) A) anfetamina. B) heroina. C) cocaina. D) LSD. E) maconha. RESPOSTA B. Mais uma sobre heroina. Realmente em poucas semanas o drogado torna-se dependente; com 30 dias de uso, o viciado jé necesita de tomar uma injeg&o em cada duas horas. Quando vocés tiverem trabalhando nas delegacias verdo todos esses tipos de drogas. Enfim chegamos ao final do nosso curso. Agradeco a confianca que depositaram em meu trabalho, vimos toda a matéria do edital e fiquei feliz com © reconhecimento do curso. Queria dizer que sou apenas um facilitador, o mérito da aprovacio é todo de vocés. Um grande abraco e uma excelente prova. Geraldo Miranda QUESTGES RESOLVIDAS NESTA AULA 1) CESPE / Perito Bioquimico Toxicologista/PCES2013 A Organizacaéo Mundial da Satie define droga como uma substancia que, apés ser introduzida em um organismo vivo, é capaz de modificar uma ou mais de suas funcdes. A toxicologia avalia as lesdes causadas no organismo por toxicantes e investiga os mecanismos envolvides no proceso. Procura identificar e quantificar as substancias toxicas presentes nos fluids biolégicos e determinar os niveis tolerdveis no organismo. Os complexos eventos envolvides na intoxicacdo, desde a exposigéo do organismo ao agente até o aparecimento de sinais e sintomas, podem ser clasificados em 4 fases: exposicéo, toxicocinética, toxicodinamica e fase clinica. Em conformidade com esse assunto, julgue os préximos itens. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 30 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE a Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA 2) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Seguranca do Trabalho A fase toxicocinética inclui os processos envolvidos na relac&o entre disponibilidade quimica e a concentrac&o do farmaco nos diferentes tecidos do organismo. Faz parte dessa fase a biotransformagao e a excrecéo das substancias quimicas. 3) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Seguranga do Trabalho A via de introdug&o do agente téxico no organismo, a concentracéo do xenobistico e a susceptibilidade individual devem ser considerados na fase de exposicgao. 4) VUNESP - 2010 - CEAGESP - Médico do Trabalho Sobre a relac&o entre uma substéncia quimica e 0 organismo, com base nos conceitos-da Toxicologia Ocupacional, é correto afirmar: A) quanto maior a dose, menor sera o efeito. B) quanto maior o tempo de exposig&o, menor ser 0 efeito. C) toda e qualquer substancia quimica presente no ambiente de trabalho, a priori, j4 significa risco. D) uma intoxicagaio pressupde a ocorréncia de um processo patolégico. E) a absorcéo pelo organismo de uma determinada substéncia quimica independe da forma como ela é manuseada. 5) FGV - 2011 - PC-R3J - Perito Legista - Toxicologia Em relacdo as bases conceituais da Toxicologia, assinale a afirmativa correta. A) A Toxicologia investiga aspectos legais decorrentes dos danos organicos causados por agentes biol6gicos. B) A Toxicologia estuda a relacéo entre o agente quimico e a reacdo téxica causada por este agente no organismo. C) A Toxicologia nao estuda possiveis interacées téxicas dos medicamentos com 0 organismo vivo. D) A Toxicologia estabelece qua a dose letal média (DLS) elevada de um agente quimico é indicio de alta toxicidade, portanto, insegura para o organismo. E) A Toxicologia estabelece que 0 antidoto 6 necessariamente provide de atividade biolégica intrinseca. 6) FGV - 2011 - PC-RJ - PERITO LEGISTA - TOXICOLOGIA Assinale a alternativa que completa o fragmento a seguir: A Toxicologia Forense estuda A) os mecanismos das intoxicagdes. B) a classificacéio quimica dos venenos. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 31 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS usa PROFESSOR GERALDO MIRANDA C) as reages téxicas e os venenos causadores destas reacées. D) o mecanismo da morte causada pelos agentes biolégicos. E) os processos de degradagao organica apés a morte do individuo. 7) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 Havendo suspeita de morte relacionada com a presenga de compostos quimicos lesivos ao organismo, deve- se realizar o exame toxicolégico. Nesses casos, a coleta do sangue deverd ser feita: A) nas cavidades cardiacas. B) nas veias femorais. C) na bexiga. D) no estémago. E) na veia cava inferior. 8) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 E correto o que se afirma, EXCETO em: A) Merla é obtida a partir da pasta de coca. B) A cola é constituida de hidrocarbonetos de efeitos muito répidos sobre o sistema nervoso, embora de pouca duracao. C) 0 épio é extraido da papoula papaver somniferum e 6 consumido sob a forma de cigarros; trata-se de produto muito usado no Brasil. D) © crack tem um efeito muito semelhante ao da cocaina, entretanto percebido mais rapidamente e com maior poder de viciar e produzir danos. 9) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 £ correto o que se afirma, EXCETO em: A) Cola pode levar & euforia e a alucinagées. B) Anfetaminas sdo usadas para evitar a sonoléncia, para desinibir, para euforizar. C) Oxi € consumida pela queima das pedras em cachimbos ou cigarros, bem como aspirada em pé. D) Oxi € droga sintética, consumida em capsulas, de custo elevado, que causa pouca agressdo ao sistema nervoso central. 10) CESPE / Perito Criminal Federal (area 12) Mi ja/PF 2013 Casoo exame toxicolégico de um individuo seja positive para a substancia tetraidrocanabinol, serd correto concluir que esse individuo fez uso de crack ou de outro tipo de substancia do grupo da cocaina. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 32 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS Russi PROFESSOR GERALDO MIRANDA 11) DELEGADO DE POLICIA/PCMG/2008 Considerando as etapas clinicas da embriaguez alcodlica, qual delas é denominada “fase médico-legal”? A) Confusao. B) Comatosa. C) Excitagao. D) Sono. 12) DELEGADO DE POLICIA/PCMG/2006 Segundo a curva alcoolémica de Calabuig apresentada a seguir, o segmento A-B representa: Alcool ‘Tempo em horas. A) A eliminagao do alcool. B) A manutencéo do dicool. C) Aabsorcao do alcool. D) A tolerancia ao alcool. 13) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 £ correto o que se afirma, EXCETO em: A) A dosagem do dlcool na urina seria de grande valia, em virtude de se aproximar da concentrag&o alcodlica no sangue. B) A absorcao do alcool etilico é ordinariamente processada pela via digestiva; comega no estémago e continua pelo intestino delgado. C) © organismo humano realiza 0 processo de desintoxicacéo do lcool por fases continuadas de oxidagdes, transformando-o em aldeido, dcido acético, gas carbénico e agua. D) Pequenissimas quantidades de etanol sao eliminadas sem se oxidar. 14) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 Séo perturbagées neurolégicas da intoxicag&o alcodlica crénica, EXCETO: A) Polineurite. B) Sindrome de Korsakow. C) Romberg simples e Romberg combinado. D) Poliencefalite superior hemorragica de Wernicke. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 33 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE cee Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA 15) CESPE / Perito Criminal Federal (area 12) Medicina/PF 2013 Se o resultado do exame de alcoolemia de um individuo for positivo, isso significaré que, no momento da coleta da amostra para exame, esse individuo apresentava a concentrago sérica de élcool superior a 0,6 dg/L. 16) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 0 élcool acarreta ao individuo intoxicado a perda do controle dos sentimentos éticos e morais, além de comportamento desinibido e sonoléncia. Em relagao aos efeitos farmacolégicos do lcool e suas consequéncias, julgue as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA. A) Para caracterizar 0 crime de transito, basta que o exame de sangue do motorista alcoolizado apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de alcool por litro de sangue (6 dg/L). B) Uma ingest&o “pesada” e regular de alcool aumenta os riscos de doenca coronariana e arritmias cardiacas, o que contraria o senso comum de que o alcool sempre faz bem ao coracao. C) 0 4lcool pode agir nos centros termorreguladores encefélicos, produzindo uma sensagéo de calor e sudorese, 0 que protege o individuo da hipotermia em noites muito frias. D) © Alcool inibe a liberagéo do horménio antidiurético, o que resulta em aumento da diurese, podendo favorecer o individuo intoxicado a urinar em publico, expondo a genitalia, o que configura ato obsceno. E) 0 dlcool, por ser uma substancia depressora do sistema nervoso central (SNC), pode afetar a fungéo sexual em homens; aumenta a libido, mas prejudica o desempenho, o que pode dificultar a conjungao carnal. 17) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Individuo envolveu-se em um acidente automobilistico, sem vitima fatal, por avancar o sinal vermelho em cruzamento. Recusou-se a fazer o teste do bafémetro no local, tendo sido levado a delegacia e ao IML para exame de corpo de delito. La, foi submetido a exame clinico e autorizou a coleta de sangue para a dosagem bioquimica de alcool, a qual revelou 0,7 g/L. Frente a esse dado, € correto afirmar que A) ird responder apenas por infragao de transito, por estar alcoolizado. B) a dosagem de dlcool é minima, sendo insuficiente para definir entre alcoolizado e embriaguez. C) ndo sera penalizado, pois o resultado foi limitrofe, devendo ser mais bem caracterizado pelo exame clinico. D) ird responder por crime, por dirigir sob efeito do alcool. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 34 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS Rusa PROFESSOR GERALDO MIRANDA E) no sera penalizado, pois néo houve vitima fatal. 18) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Com relagao ao uso crénico da cocaina, especialmente em jovens, pode-se afirmar que A) eventos cardiovasculares sao raramente observados pelo uso da droga. B) a morte sibita geralmente decorre de fenémenos tromboembélicos durante a injec&o da droga. C) hipertenséo arterial, lesdes vasculares e suas consequéncias séo relativamente comuns nesses individuos. D) n&o costuma deixar nenhum substrato morfolégico nas visceras, sendo um achado exclusivo do exame toxicolégico. E) 0 érgao alvo de ac&o da droga é unicamente o Sistema Nervoso Central. 19) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A coleta de sangue para o exame toxicolégico durante a necropsia» pericial deverd ser feita, preferencialmente, da A) cavidade pélvica. B) cavidade pleural. C) cavidade abdominal. D) artéria aorta. E) veia femoral. 20) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A hipoplasia ou aplasia da medula éssea pode ser uma complicacao decorrente do uso de A) barbittirico. B) cocaina. C) organofosforado. D) maconha. E) heroina. 21) VUNESP/DELEGADO DE POLICIA/2014/PCSP Substancia téxica de dependéncia quimica e psiquica; 6 um produto sintético (diacetilmorfina), tem a forma de pé branco e cristalino que, apés a diluicdo, € injetado no usuério, que apresenta de inicio euforia, disposicéo, alegria, mas que, ao longo do uso, passa a apresentar nduseas, vémitos, delirios, convulsdes, bloqueio do sistema respiratério e morte de forma fugaz. Essa substancia corresponde a(ao) A) maconha. B) morfina. Cc) tsp. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 35 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS. DELEGADO DE POLICIA/PCCE corre Aula 06 PROFESSOR GERALDO MIRANDA D) cocaina. E) heroina. 22) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Dentre as drogas citadas, a mais nociva pela rapida dependéncia que causa no seu usuario é o(a) A) anfetamina. B) heroina. C) cocaina. D) LSD. E) maconha. GABARITO 1 2 3 4 5 6 wv 3 9 10 Cc e Fe D B & B Cc D B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A & A Cc E ¢ D Cc E Cc 21 22 BIBLIOGRAFIA USADA NESTE CURSO 1. Arbenz, Guilherme Oswaldo, Medicina Legal e Antropologia Forense, Atheneu. 1988. 2. Brasil, Lei 12.030 de 17 de setembro de 2009. Disponivel em: http://www. planalto.gov.br/ccivil 03/ Ato2007-2010/2009/Lei/L12030.htm Acesso em 20-02-14. 3. Brasil, Decreto-Lei 2.848 de 7 de dezembro 1940. Cédigo Penal. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/Decreto-Lei/Del2848.htm Acesso em 21-01-14. 4. Brasil, Decreto-Lei 3.689 de 03 de outubro de 1941. Cadigo de Processo Penal. Disponivel em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto- Lei/Del3689.htm Acesso em 21-01-14. 5. Coma, José Reverte. Antropologia Forense. Ministerio de Justicia. Madrid. 1999. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 36 MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCICIOS DELEGADO DE POLICIA/PCCE "DOS CONCURSOS Rust PROFESSOR GERALDO MIRANDA 6. Couto, Rodrigo Camargos. Pericias em Medicina & Odontologia Legal. Medbook. 2011. 7. Croce, Delton & Croce Jr., Delton. Manual de Medicina Legal - 8@ Ed. Saraiva. 2012. 8. Franga, Genival Veloso. Medicinal Legal. Guanabara Koogan. 94 Ed. 2011. 9. Hercules, Hygino de Carvalho. Medicina legal - texto e atlas. Atheneu. 2005. 10. Jobim, Luiz Fernando; Costa, Luis Renato, Silva, Moacyr. Identificagéo Humana. Editora Millennium. 2005. 11. Pereira, Cleber Bidegain; Alvim, Marili estudos craniométricos e cranioscépicos. 12. Vanrell, Jorge Paulete. Manual de medicina legal - Tanatologia. 3 ed. Mizuno. 2007. 13. 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