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UNIVERSIDADE DE BRASILIA _ FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL AVALIACAO COMPARATIVA DA EFICIENCIA DE INIBIDORES DE CORROSAO EM ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO KAHLIL LACERDA DE VASCONCELOS ORIENTADOR: ANTONIO ALBERTO NEPOMUCENO CO-ORIENTADOR: ELTON BAUER DISSERTACAO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS PUBLICAGAO E.DM 0144/97 BRASILIA/DF: DEZEMBRO DE 1997 UNIVERSIDADE DE BRASILIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL AVALIACAO COMPARATIVA DA EFICIENCIA DE INIBIDORES DE CORROSAO EM. ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ENG’ KAHLIL LACERDA DE VASCONCELOS DISSERTAGAO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE’ BRASILIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENCGAO DO GRAU DE MESTRE APROVADA POR: Prof. Antonio wilt (Orientador - Dr. UnB) os 5 Eo (Pawan Prof. Elton Bauer (Co-Orientador - Dr. UnB) Prof, Joao Carlos Hix ‘Climaco (Examinador Intemo - PhD. UnB) CaCl, CaCOs cr. co, D Econ Ey ECS Fe FeCl, Fe(OH), Fe:Os HCL. H20 HO. LISTA DE SIMBOLOS Area de exposigio da armadura Agua/cimento Oxido de aluminio Constante dependente de ba e be Tangente anédica de Tafel _..Tangente catédiea de Tafel Cura Concentrago de ions na solugao Calcio Silicato de calcio hidratado Aluminato tricalcico ...Ferro aluminato tretracalcico Cloroaluminato de céleio Hidréxido de calcio Cloreto de calcio Carbonato de calcio ion cloreto Diéxido de carbono Coeficiente efetivo de difusio Potencial de corrosio Eficiéncia do inibidor Eletrodo de calomelano saturado Constante de Faraday Ferro ...Cloreto de ferro Hidroxido de ferro Oxido de ferro Jon hidrogénio Acido cloridrico Agua Acido sulfuric NaNO», NaOH, Na,O NaCl Intensidade de corrosao total sem uso de inibidor Intensidade de corrosio total com uso de inibidor Intensidade de corrosio Intensidade de corrosao total Oxido de potassio Potassio Hidroxido de potassio Oxido de magnésio _Variagiio de massa dos corpos de prova Ion s6dio Nitrito de sodio Hidroxido de s6dio Oxido de sédio Cloreto de sédio Oxigénio ion hidroxila Perda de massa eletroquimica Chumbo Resisténcia dhmica Resisténcia de polarizagao Oxido de silicio Tridxido de enxofie Sulfato tempo Tempo considerado Umidade relativa Valéncia Profundidade considerada Peso molecular Variagao de potencial Variagio de corrente 1 - INTRODUCAO As estruturas de concreto armado sao hoje em dia as mais usadas na construgao civil devido & disponibilidade de materiais, mao de obra ¢ A possibilidade de aleangar elevadas resisténcias mecanicas, A crescente preocupacao com a durabilidade das estruturas de concreto armado, tem levado a uma avaliagdo da adequabilidade dos materiais, nas condigdes de exposiglio da estrutura, devido a sua interagdo com o meio ambiente, especialmente aquele contaminado por cloretos, didxido de carbono e sulfatos. E inevitavel, também, levarse em consideragdo, nos projetos estruturais, a manuteng&o, com 0 objetivo de se aumentar a vida util das estruturas de concreto Com a finalidade de aumentar a durabilidade ¢ consequetemente a vida itil, cada vez mais tém-se procurado produzir cimentos e aditivos com caracteristicas adequadas a cada ambiente, em fungao dos agentes agressivos nele presentes Entre os aditivos, que vém sendo utilizados, destacam-se os inibidores de corrosio. Considerando a inexisténcia de normas brasileiras de ensaio, para avaliar a eficiéncia dos aditivos inibidores, so necessérios estudos para regulamentar 0 seu uso, que possam fundamentar em quais condigdes poderiam ser aplicados, produzindo uma qualidade satisfatoria nas estruturas de concreto armado. Visto que, a maioria dos inibidores foram desenvolvidos empiricamente e muitos deles sao fabricados sob patente, nfo sendo conhecida sua composi¢ao quimica, so necessérios testes de laboratério que comprovem sua eficiéncia A adigéo destes produtos & mistura do concreto pode modificar a microestrutura da pasta, alterando caracteristicas e propriedades fisico-mecanicas tais como porosidade e resisténcia. Os inibidores de corrosiio a base de nitrito de sédio, por exemplo, alteram as propriedades das pastas onde sao incorporados, mas aumentam a resisténcia a corrosdo (Lima, 1996). 1.1 - OBJETIVO DO TRABALHO Este trabalho tem por objetivo avaliar a eficiéncia de alguns aditivos inibidores de corrosio comerciais, disponiveis no mercado nacional, empregando a técnica de Resisténcia de polarizagao (Rp), usando como parémetro o nitrito de sédio, cujo desempenho frente a corrosio das armaduras jé é conhecido. Os aditivos estudados, cuja composigao completa nao foi identificada, foram aqueles incorporados 4 massa (a base de aminas), aplicados diretamente sobre a superficie da armadura (A base de aménia) e aplicados sobre a superficie do conereto (a base de aminoalcool). Os ensaios de envelhecimento acelerado, foram realizados através de ciclos de imersio © secagem, em solugao de cloretos e fluxos de didxido de carbono a 100% e imersao parcial em agua. 1.2 - CONTEUDO HISTORICO 1.2.1 ~ Pesquisas no exterior Monfore e Verbeck (apud Berke & Rosenberg, 1992), em 1960, observaram que, 0 grande nimero de lajes de pontes nos Estados Unidos apresentaram problemas de corrostio das armaduras, apos uso generalizado de cloreto de sédio como acelerador de pega. A partir desta publicagio, foram estudados muitos tipos de produtos para inibir a corrosio, Em 1961, tornou-se necessario 0 uso de produtos para o concreto que, adicionados a massa do conereto, visando acelerar a pega do cimento, atuassem como um inibidor de corrosto, devido ao uso constantes de sais de degelo. ‘Treadaway e Russell (1968) estudaram 0 nitrito de sédio e benzoato de sddio. Craig e Wood (1970) estudaram o nitrito de s6dio, cromato de potassio e benzoato de sddio. Esses estudos, entre outros, coincidiam que o nitrito de s6dio oferecia a melhor protegao a ago do cloreto, mas que a resisténcia do concreto era reduzida devido ao uso desses inibidores. Neal ¢ Stark (1985) também comprovaram a eficiéncia de inibidores de nitrito de calcio. Em 1986, Vukasovich e Farr (apud Lima, 1996), publicaram um artigo apresentando uma revisdo sobre a utilizago do mobilidato de sédio no combate e prevengio da corrostio em estruturas de conereto armado Atualmente, dois grandes centros vém se destacando no estudo da ago de inibidores de corrosto em armaduras de conereto: 0 Instituto Eduardo Torroja, coordenado pela Dr* Carmem Andrade (Madrid, Espanha) e 0 grupo coordenado pelo Dr, Neal Berke, na WR Grace & Company (Connecticut, EUA). 1.2.2. Pesquisas no Brasil No Brasil, pesquisas vém sendo realizadas no Instituto Nacional de Tecnologia - INT - Rio de Janeiro, em conjunto com a COPPE/U.F.RJ, coordenadas pelo prof” Luis RM. de Miranda, na Escola Politécnica da Universidade de Sao Paulo, coordenadas pelo prof” Paulo Helene, na Universidade Federal de Goiis, coordenadas pelos prof” Enio Pazini Figueiredo ¢ na Universidade de Brasilia, coordenadas pelos professores Antonio Alberto Nepomuceno ¢ Elton Bauer, em que este trabalho esta inserido. 2. - REVISAO BIBLIOGRAFICA 2.1 - DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS 2.1.1 - Conceito de durabilidade Durante muito tempo pensou-se que o conereto armado era eternamente duravel Entretanto com o crescimento de sua aplicagdo verifica-se que, muitas obras vém apresentando deterioragao, tanto do concreto como de suas armaduras. A resisténcia da estrutura de conereto a agdo do meio ambiente e ao uso, dependera da qualidade do concreto e da protegio das armaduras corrosio. Qualquer dos dois que se deteriore comprometeré a estrutura como um todo. Os principais agentes agressivos a armadura, 0 gas carbénico e os cloretos, nao sio agressivos ao conereto, ou sea, nfio 0 atacam deleteriamente, Entretanto, no caso do gas carbénico, as alteragdes quimicas na matriz: do cimento, provocam a deterioragao das armaduras, Por outro lado, os agentes agressivos ao concreto como os sulfatos ¢ até a propria reagdo alcali-agregado, que geram produtos expansivos destruidores do conereto de cobrimento e de protecio da armadura, atuam de forma dupla, atacando principal e primeiramente 0 concreto secundariamente a armadura. 0 mesmo ocorre com as solugdes cidas, aguas puras, chuvas acidas, fuligem, fiungos e certas solugdes alcalinas, que lixiviam 0 conereto e contribuem para a redugdo do pH, com conseqiente risco de despassivagio da armadura, além do efeito primeiro de deteriorago da integridade do conereto superficial Portanto, apesar de ndo ser comum na normalizagao disponivel até poucos anos atras, hoje em dia é conveniente e indispensivel uma separagdo nitida e conseqliente classificagao entre ambientes preponderantemente agressivos a armadura ou ao concreto. Da mesma forma, a composigéo do concreto, ou seja, a proporgao e a natureza dos materiais que 0 compoe devem ser tratadas em separado, para cada componente seguinte: concretos resistentes a meios agressivos 4 armadura e concretos resistentes a meios agressivos preponderantemente a0 proprio conereto (Helene, 1996) Os documentos atuais que tratam do tema, sio 0 Cédigo Modelo CEB-FIP (1990), outras publicagdes do proprio CEB (1992) e do ACI (1991), 0 projeto de norma européia ENV-206 (1992), 0 projeto de revisio da NBR 6118 (NB-1 da ABNT), artigos de especialistas no tema como Andrade & Gonzales (1988), Helene (1993), Rostmam (1993) ¢ documentos classicos como a norma CETESB L1 007/10. 2.1.2 - Definicdo de vida itil 0 CEB / FIP Model Code (1990), define como vida util o periodo de tempo no qual a estrutura é capaz de desempenhar as fungdes para as quais foi projetada, sem necessidade de intervengdes no previstas, ou seja, as operagdes de manuteng&o previstas e especificadas ainda na fase de projeto, fazem parte do periodo total de tempo durante o qual se admite que a estrutura esta cumprindo bem sua fungao. Uma contribuigo importante neste campo foi o estudo feito por Tuutti (1982), que introduziu um modelo tedrico de vida em servigo, aplicada a corrosio de armaduras, e que hoje ja foi estendido a outros tipos de deterioracdo das estruturas (Rostam, 1991). A Figura 2.1 representa esquematicamente o seu modelo, que ¢ dividido em duas etapas distintas A primeira etapa chamada de “iniciagdo", é 0 periodo em que os agentes agressivos, que provocam a corrostio das armaduras, 0 didxido de carbono ¢ o cloreto, penetram desde o exterior avangando progressivamente até a armadura. Quando 0 diéxido de carbono reduz 0 pH da fase aquosa a aproximadamente 9,5 ¢ 05 cloretos alcangam um teor critico, ocorre o rompimento de sua pelicula protetora, Helene (1993), considera que a duragdo da fase de iniciago deve corresponder a estimativa da vida Util de projeto da estrutura quanto a corrosio ‘A segunda etapa chamada de "propagagao", é caracterizada por uma intensificagaio do processo de corrosio, principalmente pela presenga do oxigénio, umidade e temperatura, GRAU ACEITAVEL GRAU DE CORROSAO co: Cl* . TEMPO = INICIAGA0 —= = — proracagio —= << VDAUTL.- ——____» Figura 2 1- Representag2o esquematica do modelo de vida iitil de Tuutti (1982) 2.2. - CORROSAO DAS ARMADURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO 2.2.1 - Principios eletroquimicos da corrosio A corrosio das armaduras em concreto ¢ um proceso no qual ocorre a transformagao do metal em Oxido. Este processo ¢ termodinamicamente favoravel, uma vez que os oxidos possuem nivel energético inferior ao metal. Em estruturas de concreto armado, este fendmeno, € um dos principais fatores de redugdo da vida stil das estruturas, devido a interagao do conereto com o meio ambiente, que depende da porosidade, tipo e forma geométrica do elemento de concreto, além do tipo de agressividade do meio. Os pardmetros que determinam a velocidade ou taxa de corrosto, ou seja, a cinética da reagdo sto, dentre outros, a natureza do eletrolito, a resistividade elétrica do meio e a disponibilidade de oxigénio, Andrade (1992). Uma avaliagao do processo de corrosdio depende do equilibrio das reagdes de corrosio, que podem ser representadas graficamente por potencial versus pH, como o diagrama de Pourbaix conforme é mostrado na Figura 2.2 DIAGRAMA TERMODINAMICO FW) IMUNIDADE POTENCIAL ELETRODO PADRAO 20246 8 10 12 4 16 pH Figura 2.2- Diagrama simplificado de Pourbaix, de equilibrio termodinamico do sistema Fe - H,0 a 25° C (Page, 1988) © diagrama apresenta regides de imunidade, passivagao e corrosio. Quando tem-se diferengas de potencial nas armaduras ou redugo nos valores de pH, tem-se a mudanga de no diagrama, mostrando que pode ocorrer a corrosio. Temos também que, a reta A representa 0 potencial de evolugéo de O2 € a reta B o potencial de evolugdo de Ho (Page, 1988). No interior do concreto a corrosao ¢ um fendmeno de natureza eletroquimica, ou seja, composto por pilhas em contato com um liquido (eletrélito), tal qual a maioria das reagdes corrosivas em presenga de agua ou ambiente mido (U.R 2 60%). Estas reagdes caracterizam- se pela formagdo de zonas anddicas e catédicas, esquematicamente simplificada na Figura 2.3 A célula eletroquimica necessita de uma conecgdo entre @ zona anddica e catédica, que ocorre devido aos poros do conereto conter Agua, por isto a porosidade é a principal influente na corrosao das armaduras. Em termos elétricos, a resisténcia 4 conecgdo no interior do concreto é que controla 0 fluxo de corrente. A resistividade é influenciada pela proporgéo dos materiais na mistura (trago), pela composigdo de fons na agua dos poros, e pela continuidade do sistema de poros existentes na pasta do conereto endurecido, CONCRETO Figura 2.3- lustragao esquematica da corrosdo da armadura no concreto (Moskvin et al., 1983). Portanto, existe a formago de Fe” na zona anddica, que passa dentro da soluc3o (cletrélito), enquanto o elétron livre (e') € transportado através do ago para zona catédica, onde estes so absorvidos pelos constituintes do eletrolito e combinam com a agua e oxigénio para formar ions hidroxila (OH) Os ions hidroxila passam através do eletrélito para se combinar com 0s ions de ferro para formar o hidroxido de ferro Fe(OH), ou hidréxido ferroso, que favorecem a oxidagao do ago. A reagdo anddica mais provavel é a seguinte Fe + Fe + 2¢ Enquanto as possiveis reagdes catédicas so 2H:0 + 0) + 4e > 40H" 2H+2e€>mh A primeira reagio catodica ocorre geralmente em meios aerados de pH neutros basicos (pH > 7). Ja a segunda reagdo é tipica de meios acidos (pH < 7) e desaerados (Andrade & Feliu, 1991). 2.2.2 - Capacidade de protecio do concreto a corrosio das armaduras 0 conereto armado proporciona as armaduras uma boa protesdo fisica, quando tem uma porosidade baixa e utiliza-se cimento e cobrimento adequado, e uma excelente protegao quimica devido ao elevado pH, em torno de 13, resultante dos produtos alcalinos presentes no cimento, Este produtos alealinos, por sua vez, proporcionam as condigdes termodinamicas para formagio de uma camada passivadora, sobre a superficie do metal, que garante a estabilidade do ago Entretanto, a estabilidade pode deixar de existir quando agentes agressivos, como 0 CO; e os ions cloretos, penetram através da porosidade, reduzindo o pH do concreto, no primeiro caso, ou rompendo localmente a pelicula passiva no segundo. A passivacdo, aliada a um cobrimento adequado, proporciona ao concreto armado uma eficaz protego contra a corrosio 2.2.3 - Passivacio Segundo diversos autores (Gouda, 1970, Sato, 1978; Andrade, 1981), a passivagao da armadura ocorre pela formagao de uma camada de Oxidos de ferro muito aderente, compacta e invisivel na superficie da armadura, que mantém a estabilidade eletroquimica da barra © periodo da colocagio da estrutura em servigo até 0 momento da despassivagao corresponde ao periodo de iniciagao no modelo proposto por Tuutti (1982), ou seja, periodo de tempo em que a armadura esta em estado passivo. Apos rompimento da pelicula passivadora, ou seja, depois da despassivagio, pode desencadear-se um processo acelerado de corrosao com a presenga de umidade e oxigénio, correspondente 20 periodo de propagagao no modelo de Tuutti, Este periodo pode ser prolongado quando ha uma redugdo dos valores da intensidade de corrosto. A intervengio em uma estrutura de conereto pode ocorrer em qualquer etapa do processo de corrosio, sendo evidentemente menor o custo quanto mais cedo for feita (Sitter, apud Nepomuceno, 1992). 2.2.4 - Conseqiiéncia da corrosio das armaduras ao concreto © produto formado sobre a superficie da armadura devido a corrosio, que vai aumentando de volume com o tempo, resultando em fissuras (caracteristicamente paralelas as armaduras), destacamento ou delaminago do conereto, consequentemente facilitando a entrada de agentes agressivos em diregio as armaduras, aumentando a intensidade de corrosio. Segundo, 0 progresso da corrosio, na zona anddica, reduz a Area de segdo da armadura, reduzindo a capacidade resistente da estrutura 2.2.5 - Téenica eletroquimica de Resisténcia de polarizacio A Resisténcia de polarizagao (Rp) permite estimar a velocidade de corrosao instantinea de um metal em um meio (eletrolito), foi desenvolvida por Stern € Geary (1957) utilizando os fundamentos de Wagner e Traud (1938). O célculo da velocidade instantanea de corrosio se realiza utilizando corrente continua e medindo a variago do potencial com a intensidade de corrente quando se aplica ao sistema em equilibrio (Ez,) uma polarizagao (um incremento de potencial) de +10 a 20 mV. O procedimento baseia-se em que as curvas de polarizagio so praticamente retas em um pequeno entorno ao redor do potencial de corrosio e sua variago (inclinagao) esta relacionada com a velocidade de corrosao, A relagdo entre ambos se conhece como “Resisténcia de polarizagaio” , Rp Q1) Rp- Resisténcia de polarizagdo [kQ om’); E- Potencial [mV]; I- Corrente [y A] A intens (1957) lade de corrosio € entao calculada através da equagdo de Sten & Geary B bon Fp @2) ie Intensidade instantanea de corrosio [A/em']; B- Constante; A. Area de exposigao da armadura; Rp- Resisténcia de polarizagaio [kQ cm*] B € uma constante empirica normalmente determinada em fungao das tangentes de Tafel, b. eb, para a zona anddica e catédica que dependem do metal e do meio. babe 2,3(bq +e) (23) Os primeiros pesquisadores a empregar esta técnica no concreto armado foram (Andrade, 1973, Andrade & Gonzalez, 1978). Estes pesquisadores encontraram relagdes quantitativas aceitaveis entre as estimativas eletroquimicas e gravimétricas superando a dificuldade pratica da determinagao da constante B para 0 caso do concreto. O valores propostos so 26 mV para armaduras em estado ativo de corrosio e 52 mV para armaduras em estado passivo de corrostio, Gonzalez et al., (1985) destacam que a técnica possui um fator de erro associado a 2 quanto a estimativa de icon, erro este associado a determinagio de B u A técnica permite determinar a velocidade instantanea de corrosio em cada momento do ensaic , © que nos leva a intensidade de corrosio total (ir) através da integracao da curva de icon X tempo. Utilizando-se a formula de Faraday € possivel calcular a perda de massa eletroquimica e comparé-la._ com a perda de massa gravimétrica (24) Para medir a resisténcia de polarizagdo € necessirio um potenciostato, que para experimentos em conereto, tenha uma compensagdo eletrénica para a queda dhmica Acompanhando 0 processo de corrosdo, medidas periddicas sio necessérias valores de ise silo apresentados em fungdo do tempo. Esta técnica é muito rapida e tem uma importante vantagem de nao ser destrutiva devido pequena polarizagao aplicada. Um mesmo corpo de prova permite inameras medidas Sua principal utilidade esta justamente em que, medindo a velocidade de corrosao ao longo do tempo, possivel determinar a vida residual da estrutura, considerando que se pode conhecer a perda de segio ocorrida antes do momento da medida Esta técnica, mais difundida para ensaios de laboratorio comega a ser aplicada também em estruturas reais através do confinamento do sinal de corrente, através do equipamento denominado GECOR (Andrade & Alonso, 1992). 2.2.6 - Medidas do potencial de corrosio O registro do potencial de corrosdo nas armaduras de concreto é uma técnica limitada pois sO da informagdes termodinamicas do processo de corrosio. Junto com o pH do meio tem-se uma idgia qualitativa da corroséo através do diagrama de Pourbaix, indicando riscos graves no estado ativo e garantias de durabilidade suficiente no estado passivo, ou das condigdes de imunidade. 12 A medida de potencial consiste na determinagao da diferenga de potencial elétrico entre © ago das armaduras e um eletrodo de referéncia que se coloca em contato com a superficie do conereto. Uma vantagem do método de medida de potencial de corroso € que ele pode ser aplicado tanto para pequenos corpos de prova em laboratério quanto em estruturas de grandes dimensdes. As principais circunstncias que podem conduzir a conclusbes errdneas nas medidas de potencial sio: teor de umidade de concreto, teor de oxigénio disponivel, diferentes espessuras de cobrimento de concreto, presenga de fissuras no concreto e a existéncia de correntes erriticas (Andrade, 1992). A norma ASTM-C-876 (1992) estabelece como pardmetros orientativos do estado de corrosio os seguintes valores para a probabilidade de corrosiio, para eletrodo de cobre/sulfato de cobre. © >95% Eun < -350mV 2 <5% Boe > -200mV © Aprox. 50% -350mV< E.,, <-200 mV 2 Apés a despassivagdo da armadura, 0 processo de corrosio ¢ governado pela disponibilidade de oxigénio e pela resist ‘dade elétrica do concreto. A resistividade depende fundamentalmente da umidade contida nos poros do concreto (Andrade, 1992). A resistividade tem um comportamento muito distinto dependendo do tipo de agressivo, havendo uma boa correlagdo entre seu valor e a velocidade de corrosio, principalmente devido a carbonatagio. 13 As caracteristicas do concreto variam consideravelmente durante 0 processo de hidratagdo e consequentemente fatores tais como 0 tipo de cimento, relagao 4gua/cimento € a idade sto de extrema importancia, e influenciam diretamente na resistividade elétrica (Gjory et al., 1977), As medidas de resistividade em estruturas reais se realizam normalmente através do método dos quatro eletrodos de Wenner (Millard et al., 1990) e em laboratdrio, utilizando a técnica de Resisténcia de polarizagto pode-se determinar a resisténcia Shmica e conseqiientemente a resistividade de concretos e argamassas por correlagdes. 2.2.8 - Outras técnicas eletroquimicas Outras técnicas eletroquimicas que podem ser usadas para estudar o fenémeno de corrosio das armadura sto: impedancia eletroquimica, curvas de polarizagao e ruido eletroquimico. 2.2.9 - Técnicas no eletroquimicas Algumas técnicas no eletroquimicas podem ser usadas na avaliago do processo de corrosio, podendo citar as técnicas gravimétricas, as observagdes visuais e microscépicas. 2.3 - CORROSAO POR EFEITO DE CLORETOS 2.3.1 - Introdugio © efeito do cloreto sobre a pelicula protetora do ago e outros metais tem sido pesquisado por muito tempo. Os ions cloretos penetram sobre a pelicula destruindo a protegio formada durante o periodo de hidratagao do cimento (Gouda, 1970), 14 Pesquisas recentes realizadas por Gonzales et al. (1996) revelaram que, a0 contrario do que se pensa os ions cloretos sozinhos nao desenvolvem a corrosio das. armaduras; de fato, € necessério a presenga de oxigénio, fissuras ou algum tipo de heterogeneidade na armadura ou na interface do conereto A corrosio ocorre quando a pelicula é rompida localmente, com a penetragao de cloretos. Os fons cloretos agem sobre a superficie do ago formando uma zona anddica, enquanto a outra zona passivada torna-se um catodo. As reagdes que envolvem o processo so as seguintes Fe’ + 2Cr > FeCl, FeCl + 2H,0 — Fe(OH): + 2HCI ion cloreto & regenerado no estagio imediatamente posterior a formagio do cloreto de ferro, podendo atuar novamente em outra regiao da armadura nao corroida (Neville, 1995). Os ions cloretos podem chegar até a armadura do concreto de varias maneiras, entre as quais pode-se citar: ~ uso de produtos contendo cloretos, como aceleradores de pega a base de cloretos (CaCl, por exemplo), — impurezas nos agregados ou agua; = atmosfera marinha, 2.3.2 - Disposicao dos cloretos no concreto Os fons cloretos podem ser encontrados no interior do concreto sob trés formas diferentes (Arya et al., Dhir et al., apud Bauer, 1995, Kawadkar et al., Midgley et al., apud Lima, 1996); 15 = quimicamente combinados com os compostos do cimento, formando cloroaluminato de célcio (CA. AlOs CaCl 10H;0) também chamado sal de Friedel, mudando o volume dos poros do aluminato tricalcico endurecido — fixos, quimicamente combinados com as fases alumino-ferriticas para formar os cloroaluminatos ou adsorvidos na superficie dos poros através do C-S-H. — livres, dissolvidos na solugao contida nos poros do concreto. As duas uiltimas so as condigdes mais favoraveis ao desenvolvimento da corrosio das armaduras. 2.3.3. - Conseqiiéncia do pH Existe uma dificuldade maior de fixar cloretos na fase hidratada, quando 0 pH da fase aquosa tem alta alcalinidade (Tritthart, 1989; Al-Gahtani et al., 1994). O que acontece é uma competigdo entre os ions cloreto ¢ hidroxilas quanto a possibilidade de adsorgao. Desde que todos os espagos para adsorg&o estejam ocupados, um aumento no teor de cloretos adsorvidos 86 se consegue com a remogdo de ions previamente fixados (hidroxilas) Para um determinado teor total de cloretos, ou seja, a quantidade de cloretos livres ¢ cloretos fixos, mais cloretos so adsorvidos desde que se tenha menos ions hidroxilas nos espagos de adsorgao (Tritthart, Suryavanshi et al, apud Bauer, 1995) Ja a redugZo do pH (pH < 10) € preocupante por interferir na estabilidade dos cloroaluminatos. Os cloroaluminatos deixando de ser estaveis fazem com que dimimua a capacidade de fixagao de cloretos (Jones et al., Suryavanshi, apud Bauer, 1995), 2.3.4 - Mecanismos de transporte de ions cloreto no conereto Um modelo simplificado para a penetragdo de ions cloreto no concreto ¢ apresentado na Figura 2.4, CIT (Concentragio) Figura 2.4- Penetragdo de cloretos no concreto endurecido (Schiessl, apud Lima 1996). Os mecanismo de transporte que ocorrem durante a penetragao dos ions cloreto no concreto s4o apresentados a seguir. Sabe-se que a concentracdo de cloretos no interior do concreto é devido a combinagao dos trés mecanismos (West & Hime, apud Lima, 1996). 1. Absorgao: este mecanismo de penetracdo dos ions cloretos esté associado a penetragdo de gua no concreto. Acontece quando se tem o umedecimento de um concreto seco, com Agua contendo ions cloreto, O cloreto penetra através da sucgdo capilar da agua, 2. Migragio idnica: ocorre quando se tem a presenca de um campo elétrico. Os ions se movem em zig-zag (similar a0 Movimento Browniano apresentado por particula). A mobilidade do ion cloreto é menor do que a metade do ion hidroxila (OH); na diregao oposta, 0 ion hidrogénio (H’) se move aproximadamente cinco vezes mais rapido do que o cloreto € sete vezes mais ripido do que o sédio (Na’). Um gradiente de potencial provoca um movimento muito maior nos ions cloreto do que um gradiente de concentragaio. 3. Difuusto: um modelo ja consagrado para a difiusio de cloretos no conereto é a Segunda Lei de Difusdo de Fick, apresentada a seguir: ec ae en T- Tempo considerado. D- Coeficiente efetivo de difusdo, obtido diretamente dos testes de difusdo, CCIOX- Gradiente de concentragao, 17 C- Concentragao de ions na solugao; X- Profundidade considerada A concentragio de cloretos no interior do concreto esta associada a propriedades como porosidade e permeabilidade ao ar, agua e gases 2.3.8 - Teor critico de cloretos Existe um valor limite de concentragao a partir do qual os ions cloreto podem romper a camada de 6xidos passivante e provocar a corrosio da armadura, Esse limite n&o esta associado a um valor fixo, embora existam algumas recomendagdes com valores orientativos Isto € devido a dificuldade de estabelecer um limite seguro, acima do qual existe risco de despassivagdo do ago, ja que este limite depende de numerosas variaveis, entre elas: tipo de cimento, proporgao de cimento, relagao agua/cimento, contetido de umidade e cobrimento das armaduras (Andrade, 1992). Desta forma € fundamental para que um conereto tenha um bom desempenho, em relagdo a corrosdo das armaduras, adotar-se cobrimentos, relagao alc, cura ¢ tipo do cimento, adequados a agressividade do meio ambiente em que esta inserido. Muitos pesquisadores tém demonstrado, que o nivel de concentragdo do ion hidroxila em contato com 0 ago, dentro da solugo de cloreto, tem provocado a despassivagio das armaduras, quando a relag3o CI/OH' atingir um limite critico. Para solugdes que simulam a fase aquosa do concreto esti em torno de 0,6 (Hausman, 1967, Gouda, 1970, Goat e Andrade, 1990). Uma concentragao de cloretos livres similar, nao tem um similar risco de corroso, pois depende de parametros mais importantes, que possa representar um 0 real de corroséo, como a relagao CI/OH,, umidade, condutividade elétrica e microestrutura (Tritthart, 1990) 18 Para estruturas de conereto armado, o limite geralmente considerado como de baixo risco é 0,4% em relagio a massa do cimento e depende da qualidade da estrutura e da umidade relativa como se mostra na Figura 2.5, apresentado pelo CEB (1984). Conteiido critica de ‘loretos /cimento Umidade Unmidade Umidade Relativa 50% Relativa 85 % Relativa 100 % | #mbiente constante Varidvel ‘constante Baixo risco Alto isco Baixo risco de corrosdo de corrostio de corrosiio semeletrélito sem oxigénio Figura 2.5- Esquema da influéncia de parametros relacionados com a quantidade do concreto e umidade ambiental sobre 0 conteido critico de cloretos (CEB, 1984). 2.4 - CORROSAO POR EFEITO DE CARBONATACAO 2.4.1 - Introdugio Conforme jé comentado anteriormente, a presenga de hidréxidos, dissolvidos na fase aquosa, Ca(OH),, NaOH, KOH, bem como os silicatos alealinos, sio responsaveis pela elevada alcalinidade do concreto, os quais so necessérios para formacdo e manutengao da camada passivante da armadura (Tuutti, 1982) A alcalinidade gerada apresenta um pH com valor superior a 12, sendo suficiente para passivar 0 ago, protegendo-a da corrosiio, enquanto nio houver alteragiio quimica, 19 Esta alteragdo quimica é possivel, principalmente quando o CO: presente na atmosfera penetra no concreto ¢ reage com os compostos alcalinos, reduzindo o pH e despassivando as armaduras. E 0 fenémeno da carbonatagao. Apos a despassivagio, e na presenga de agua € oxigénio haveré uma intensificagao da corrosio, com o aparecimento de manchas, fissuras, desplacamento do conereto © perda de segio da armadura 2.4.2 - Mecanismos de transporte do CO: no concreto O principal mecanismo de transporte que favorece a penetragdo do CO2 é a difusio Devido & diferenga de concentragio de CO: contido no ambiente externo € no interior do conereto, ele tende a penetrar lentamente através dos poros do concreto. A concentragio de CO:, é mais elevada em ambiente urbano e industrial, onde chega a 0,1% ¢ relativamente baixa em ambientes rurais com 0,03% (Helene, 1993). 2.4.3. - Mecanismo de carbonatacio A carbonatagio do concreto é um fendmeno fisico-quimico decorrente da reagdo entre 08 constituintes Acidos presentes na atmosfera e no meio que cerca a estrutura com o liquido intersticial istente nos poros do concreto, que contém hidréxido de calcio proveniente da intersticial. hidratagao do cimento em equilibrio com o liquid A frente de carbonatagdo avanga desde o exterior e quando alcanga a armadura, a camada passivadora que protege a armadura dissolve-se ¢ 0 metal ir corroer devido @ umidade presente no concreto e a redugdo do pH a valores inferiores a 10 (Andrade, 1973). cimento ndo hidratado também pode reagir com o di ido de carbono, quando em altas concentragdes, mas em condigdes atmosféricas normais isto ndo ocorre (Parrott, 1987), A principal reagdo que ocorre neste proceso é 20 Ca(OH): + CO, > CaCO, + HO Esta reagio € possivel quando os compostos estao dissolvidos na fase aquosa. A dissolugio do Ca(OH): ¢ controlada pela presenga do OH’ oriundos da dissolugdo dos hidroxido de sodio e potassio que normalmente sdo os primeiros a carbonatar. O hidroxido de calcio da fase solida, tera entéo maior facilidade de diluir-se na fase aquosa, aumentando Progressivamente a frente de carbonatagao, ou seja a regio com pH em torno de 9 (Rilem, 1988), A Figura 2.6 mostra uma representagdo esquemitica do processo de carbonatacao, segundo CEB (1984). Este processo de corrosio é generalizado e homogéneo, produzindo ao longo do tempo, e uma significante quantidade de oxidos, que pode fissurar o recobrimento de conereto, com uma significativa redugo na segio da armadura DIFUSKO DO GO2 NO AR ATRAVES DOS POROS DO CONCRETO| PROCESSO DE CARBONATAGAO 0O| ‘CONCRETO. (SIMPLIFICADO) CalOH)2 + CO2 we cacos + 20 DIMINUIGAO DO pH DE: -ARBONATAGAO 7 (NEUTRALIZAGAO) 125A 6 7, PROFUNDIDADE Figura 2.6- Avango do processo de carbonatagdo (CEB, 1984). Reagdes de menor importancia ocorrem com 08 outros Alcalis do cimento, hidréxido de sddio (NaOH) ¢ hidréxido de potassio (KOH), Segundo Tuutti (1982), esses dilcalis 21 normalmente encontram-se dissolvidos na fase aquosa capilar na forma de ions, sendo mais soltiveis que 0 hidroy lo de calcio. Desse modo, sto os primeiros compostos a serem carbonatados A carbonatagéo dos compostos alcalinos da pasta de cimento resulta na formagdo de novos compostos com massa superior aos compostos iniciais, ¢ libera moléculas de égua 2.4.4 - Condicdes de Umidade A umidade ambiente influencia na velocidade de carbonatagao pois ¢ a responsavel pela quantidade de agua presente nos poros, que controla as reagdes de carbonatagio conforme visto anteriormente, A carbonatagdo ocorre de maneira significativa em ambientes de umidade relativa abaixo de 98 % e acima de 60 % ou em ambientes sujeitos a ciclos de umedecimento e secagem, Helene (1996) 2.4.5 - Quantidade de CO: A quantidade de CO; influencia bastante a carbonatagao. Em ambientes internos, onde tem-se uma maior concentrago de CO2 , a velocidade de carbonatagao é maior do que em ambientes externos (Parrott, 1987) 2.4.6 - Medidas de carbonatagio Como a carbonatagdo resulta numa redugdo de alcalinidade do concreto, saber a medida de profundidade de carbonatagiio ¢ importante para se controlar o tempo de despassivagdo da armadura © meétodo usual é em pulverizar uma superficie recém fraturada do conereto com fenolftaleina ou timolftaleina, que sto solugdes indicadoras de pH A fenolftaleina apresenta uma coloragao vermelho carmim se 0 pH estiver acima de 9, enquanto que, se a superficie estiver carbonatada esta permanece incolor. Este procedimento é © mais pritico, embora existam outros procedimentos como difratometria de Raio x, ‘microscopia eletronica, termogravimetria e variagdo de massa. 2.5 - CARACTERISTICAS DO CONCRETO INFLUENTES NA CORROSAO © ambiente em que a estrutura esta inserida influencia a velocidade de corrosio, principalmente, pela ago de chuvas € correntes de ar. Em regides urbanas e industriais, a chuva que incide sobre as edificagdes, chegando eventualmente a valores de pH proximos a 11s, devido aos gases acidos presentes no ar, para que a estrutura possa alcangar sua vida util lo (Helene, 1993), devemos nos preocupar com as caracteristicas do concreto produ: Para produzir um concreto que seja adequado ao meio onde sera inserido, algumas medidas deve ser adotadas para produgao do conereto. Com a finalidade de aumentar a ‘itil das estruturas, apresentam-se a seguir as principais medidas preventivas da corrosio de armaduras de estruturas de concreto. 2.5.1 - Cobrimento das armaduras © cobrimento deve ser especificado quando da elaboragdo do projeto, de modo que Propicie uma protego adequada a armadura, fungo do ambiente em que esta inserida a estrutura, Entendendo-se 0 fenémeno da corrosdo, que atinge as estruturas de concreto armado, ¢ 08 fatores que a influenciam, pode-se projetar com sucesso as estruturas de conereto armado que sero expostas aos cloretos (Neville, 1995). ‘No caso da carbonatagao, tem-se um atraso maior da corrosao das armaduras, quando especifica-se um maior recobrimento. O avango da frente de carbonatagio pode ser determinado através de ensaios especificos, descritos nos procedimentos de ensaio de envelhecimento acelerado de carbonatagao (item 3.5) 2.5.2 - Trago especificado A composigio do concreto determina a porosidade, a difusividade, a absorgao © a permeabilidade da pasta endurecida e que se refletem na velocidade de penetragao de ions cloreto e da frente de carbonatagao. A relacdo agua/cimento é o principal fator que limita a velocidade de penetragio dos agentes agressivos ao conereto armado, Em geral, a redugio da relagao a/c diminui extremamente a corrosao das armaduras. 2.5.3 - Composi¢io quimica do cimento Cimentos com adigdes apresentam um desempenho inferior aos cimentos portland sem adigdes, em igualdade de condigdes de ensaios, no que diz respeito a resisténcia a carbonatagao (Neville, 1982; Andres, 1989; Monteiro, 1996). Bauer (1995), estudando um cimento com adi¢do de 24% de escéria também constatou um desempenho inferior em relagao a carbonatagdo apesar do efeito benéfico de refinamento dos poros. A corrosio das armaduras em estruturas por eftito de cloretos e carbonatagdo, pode ser dificultada pela redugdo do coeficiente de difusto, pelo emprego de cimento com adigdes de escoria, cinzas volantes ou silica ativa (Page, 1980). Bauer (1995) ¢ Monteiro (1996), estudando cimentos com adigao de escéria constataram o efeito benéfico da capacidade de fixagdo de cloretos para relagdo a/c abaixo de 0,5. A difusdo dos ions cloreto dentro da pasta de cimento é mais influenciado pela composigdo do cimento € menos pela relagdo a/c (Goto & Roy , apud Calleja, 1986) 2.5.4 - Qualidade da execugio A qualidade da execugao do conereto tem relagdo direta com a velocidade do processo corrosivo. Falhas de execugao podem causar alteragdes na porosidade do concreto e defeitos localizados (fissuras, ninhos de concretagem, perda da pasta do cimento, entre outras), onde havera uma velocidade maior de corrosao 24 A pratica de uma cura bem feita também melhora as propriedades do concreto. As condigdes de cura juntamente com as condigdes de exposigao devem ser consideradas. O cimento na superficie do concreto para de se hidratar, se a umidade relativa interna cair para mais ou menos 80%, causando uma maior porosidade e permeabilidade na superficie, aumentando a velocidade de difusto do didxido de carbono (Parrott, 1987), e de cloretos (Gon e Andrade, 1989). 2.6 - METODOS DE CONTROLE DA CORROSAO Além das medidas relacionadas ao projeto ¢ execugo, existem métodos especificos para reduzir ou inibir a corrosdo das armaduras, entre as quais pode-se enumerar (Calleja ¢ Andrade, 1973): 1. métodos elétricos (protegio catédica e protegao anédica), 2. isolar a armadura do eletrdlito através do uso de revestimentos organicos inertes (tintas) ou de revestimentos com metais mais nobres (galvanizago), 3. inibigdo da reagdo catédica clou da reagao anddica através de agentes (chamados inibidores) que reagem com os produtos da corrosio e formam camadas impermedveis nas superficies dos eletrodos Tendo em vista o objetivo deste trabalho sera dada especial atengao aos i corrosao, 2.7 - INIBIDORES DE CORROSAO. 0 uso de inibidores de corrosio pode ser utilizado como uma pratica corrente para 0 controle da deterioragdo de estruturas de conereto Um inibidor é uma substancia que, quando aplicada em concentraglio adequada ao conereto, reduz a velocidade de corrosio, podendo-se considerar um ii idor como um 25 retardador, buscando facilitar a manutencao da camada de passivagdio. A maioria dos inibidores foi desenvolvida empiricamente e muitos deles sto fabricados sob patente, nao sendo conhecida sua composic¢ao quimica E importante salientar que os inibidores sto especificos em termos do metal a proteger, do meio corrosivo, da temperatura e da faixa de concentragio do inibidor. E também essencial usar uma quantidade adequada de inibidor, j4 que muitos agentes inibidores iro acelerar a Corrosdo em especial um ataque localizado, como corrosio por pontos, se a concentragao for abaixo da correta (Andrade e Alonso, 1990) A maior experiéncia com 0 uso de inibidores para protego de armaduras corroidas é Telativa aos casos de ataques por cloretos (Rosenberg et al., 1977, Andrade, Alonso & Gonzales, 1986; Jin, Sagoe & Glasser, 1991; Miranda & Cavalcanti, 1993, Eydelnant et al., 1996). Dentro dessas experiéncias existem somente casos que, relatam uma acdo preventiva por adicdo de inibidores durante a mistura do conereto. Contudo, pouco é conhecido sobre a quimica e caracteristicas de inibidores, quando eles sGo introduzidos de fora para dentro do conereto endurecido Poucos trabalhos so encontrados na literatura que abordam a eficiéncia dos inibidores do ponto de vista da carbonatagio, devendo-se destacar as recentes pesquisas de: Andrade, Alonso & Gonzales (1986); Andrade & Alonso (1990); Alonso, Andrade, Argiz & Malric (1996), Entre os aditivos ja testados, encontram-se na literatura referéncias de bom desempenho dos nitritos de calcio e sédio, embora a sua durabilidade ainda seja motivo de questionamentos (Andrade e Alonso, 1990), 2.7.1 - Classificacio dos inibidores de corrosio Os ini lores podem ser classificados de acordo com a sua natureza quimica, modo de agdo e aplicagdo. A seguir apresentamos algumas formas desta classificagao 26 2.7.1.1 - Natureza quimica A natureza quimica de um inibidor esta baseada na presenga de elementos inorganicos ou de cadeia de hidrocarbonetos. Desta forma podemos citar os seguintes 1. inorganicos: cromatos, nitritos, fosfatos, silicatos e boratos, 2. organicos: aminoalcoois, aminas, piridinas, ions piridinos, sulforetos e sulforoxidos 2.7.1.2 - Natureza eletroquimica Do ponto de vista eletroquimico os inibidores classificam-se segundo a sua atuagao no processo, tendo por objetivo principal reduzir a intensidade de corrosto. eeo+ eco— \ \ inibidor /~S°™ inbidor \~S®™ —inibidor \, $2 Anédico / . Catédico \ » — Misto. @s0- eso eso “ log (i) (a) (b) (c) Figura 2,7- Ago dos inibidores de corrosdo: (a) inibidores anédicos: cromatos, nitritos, orto- fosfatos, silicatos e benzoatos; (b) inibidores catédicos: sulfatos de zinco, poli-fosfatos; (c) inibidores mistos: inibidores organicos contendo nitrogénio e/ou enxofre (WRANGLEN, 1972, apud Lima, 1996). Em todos casos acima assinalados a velocidade de corrosio da armadura inui pela ago do inibidor. 27 Segundo sua natureza eletroquimica os inibidores podem ser classificados em anédicos, catédicos ou mistos, Um inibidor anédico aumenta a polarizagio anddica e por consequéncia desloca 0 potencial de corrosio na diregdo positiva (Figura a); por sua vez, um inibidor catédico desloca o potencial de corrosio em diregao a regido mais negativa (Figura b). Ja os chamados inibidores mistos provocam variagdes pequenas nos dois sentidos ¢ sua forma de atuagio predominante é determinada pelo efeito relativo nas diregdes anddica e catédica (Figura ¢) 2.7.1.3 - Concentragio critica Esta classificagao é baseada na forma com que o inibidor atua quando em concentragio insuficiente para proteger toda superficie do metal (Viloria e Vera, 1994) 1. Inibidor seguro: é aquele que, quando em concentragao insuficiente para proteger toda a superficie do metal, provoca uma corrosio uniforme, no causando danos localizados, provocando, com isso, somente um sistema “ndo-inibido”. Exemplo: inibidores mistos, 2. Inibidor perigoso: é aquele que, quando presente em concentragdes insuficientes para proteger o metal, provoca uma forma de corrosio localizada, isto €, corrosio por pites, ¢ ‘em muitos casos, faz com que a situagdo por ele criada apresente corrosio mais acentuada do que o sistema sem a presenga de inibidor. Exemplo: inibidores anédicos 1.4 - Inibidores oxidantes no oxidantes Esto relacionados com a capacidade do inibidor de passivar o metal. s inibidores oxidantes nao requerem a presenga de oxigénio na solugdo para manter a camada de éxido sobre a superficie do metal, como por exemplo: cromatos ¢ nitritos, Enquanto, os nao oxidantes requerem a presenga de oxigénio na solugdo para manter a camada de éxido sobre a superficie do metal 28 2.7.2 - Inibidores a base de nitrito de sédio Os inibidores a base de nitritos, como 0 nitrito de sédio e de cilcio, so os mais estudados porque nao alteram significativamente as propriedades fisico-quimicas do conereto (Andrade et al., 1984) Estes inibidores atuam por oxidagao dos produtos de corrosdo a compostos de valéncia mais alta, que, por consequéneia apresentam menor solubilidade e formam uma camada de protegio. O potencial de corroséo do metal é deslocado na diregdo positiva. Sao normalmente utilizados em conjunto com outros inibidores como benzoatos e fosfatos (Wranglén, apud Lima, 1996), Tanto os fons nitrito quanto outras substancias, por exemplo os fons cloretos, se combinam com os compostos do cimento (CsA e CAF), portanto, a quantidade efetiva no conereto é menor do que a adicionada na agua de amassamento, uma vez que a quantidade cefetiva é aquela que chega a superticie do ago por algum dos mecanismos de transporte (Lima, 1996) Varios trabalhos ja foram realizados sobre a eficiéncia do nitrito de sédio frente a corrosio provecada por ions cloreto. Quando comparado a inibidores como o Benzoato de sdio € 0 cromato de potassio, Craig & Wood (1970) afirmam que o unico inibidor eficiente na presenga de ions cloreto é 0 nitrito de sédio 2.7.2.1 - Mecanismo de agio s fons nitrito reagem com os ions ferrosos, propiciando a formagio da camada de passivacdo, que protege a armadura dos agentes agressivos, A equago abaixo mostra a reagio do ferros com 0 nitrito de sédio (Calleja ¢ Andrade, 1973) 2Fe + NaNO; + 2H;0 — yFe,0; + NaOH + NHs A eficiéncia deste inibidor de corrosio depende da quantidade de ions cloreto que 0 concreto ira obter durante sua vida util, e de uma escolha adequada do teor a ser aplicado, ou seja, existe uma dependéncia entre a inibigdo realizada pelo nitrito de s6dio e o teor de cloretos presentes. Estas observagdes feitas para 0 cilcio (Lima, 1996) ito de sdio também sao validas para o nitrito de O efeito do inibidor a base de nitrito esta limitado a relago CI/NO2 < 1,5, podendo ser calculada a partir do nivel de concentragao inicial de ions cloretos € nitritos. Andrade et al (1986), observaram diferentes efeitos na corrosio, quando avaliaram diferentes concentragdes do inibidor. 2.7.2.2. - Resisténcia 4 compressio Conforme ja comprovado em varios trabalhos, 0 nitrite de sodio produz uma diminuigao da resisténcia 4 compressdo, com 0 aumento de seus teores (Calleja e Andrade, 1973, Lima, 1996). Entretanto a Figura 2.8 apresentada por Berke & Rosenberg (1992), mostra a variagio entre diversos inibidores estudados, onde tem-se um menor decréscimo na resisténcia quando da utilizagao do nitrito de s6dio. ~- Nitrito de s6dio 3 —— Cromato de potassio — Benzoato de sédio Resisténcia 4 compressiio (ksi) 2% CaCl, incluido em todos casos 2 4 6 % Inibidor Figura 2.8- Efeito da utilizacdo de varios teores de alguns inibidores na resisténcia a compressao (Berke & Rosenberg, 1992) 30 2.7.3 - Inibidores a base de aminas Tem sido recentemente introduzido no mercado nacional, inibidores organicos de corrosio que, tém sua constituigo & base de aminas e agua, para serem adicionados na massa do conereto sem alteragdes significativas de suas propriedades. Ensaios de corrosto mostram, que estes inibidores retardam o inicio da corrosao em armaduras do conereto, além de reduzirem a intensidade de corrosio na fase de propagacio (Bjegovic, Ukrainezyke e Miksic, 1996). A aplicagiio destes inibidores em corpos de prova, contaminadas com cloreto, tém demonstrado uma forte tendéncia redutora dos potenciais e correntes, comparando-se a sistemas sem inibidores (Bjegovic, Ukrainczyke e Miksic, 1996). Os testes foram realizados de acordo com a ASTM G 109, que tém comprovado a eficigncia destes inibidores para serem ‘empregados em estruturas de concreto armado, protegendo & armadura da corrosao. ‘A média da concentragao de ions cloretos em corpos de prova com inibidor pode ser reduzida em 45% em relagdo aqueles sem adigdo do inibidor, apés 48 semanas de avaliagao, utilizando-se uma solugdio de 15% de cloreto de sédio (Nmai & Attiobe, 1992). Este teste foi realizado em acordo com a metodologia apresentada pela AASHTO T 259 (1986). 2.7.3.1 - Mecanismo de acio Conforme consta do manual do fabricante, Rosignoli et al. (1996) realizaram testes radioativos e verificaram que, a penetragao dar-se por difus4o e 30% do inibidor difundido dentro do concreto atingiu 3 cm em 24 dias, Segundo Nmai ¢ Attiobe (1992), o inibidor protege armadura da corrosio através de dois mecanismos, a saber: 3 1. diminuigao da concentragao de cloretos no interior do conereto: 2. através da formago de uma camada de protegdo sobre a superficie da armadura, para prevenir o ataque de cloretos. 2.7.3.2 ~ Resisténcia 4 compressio Foi observado em ensaios, que esta propriedade nao é muito alterada quando da adigao destes inibidores na mistura do concreto, Em casos em que o teor foi mais elevado (3 Vm"), ‘ocorreu uma insignificante perda de resisténcia. Eydelnant, Miksic e Gelner (1996), concluiram que as propriedades mecanicas do concreto nao sto afetadas com este tipo de aditivo. 2.7.4 - Inibidores a base de aminocool Estes inibidores foram aplicados sobre a superficie de estruturas existentes, com a finalidade de reduzir a intensidade de corroso da armadura, como indicado pelo fabricante. Segundo recomendagdes do fabricante, estes inibidores podem ser aplicados em qualquer estagio em que esteja 0 processo de corrosio, e também como maneira de prevengao 2.7.4.1 - Mee: mo de acho Conforme consta do manual do fabricante, Rosignoli et al. (1996) realizaram testes radioativos € verificaram que, a penetragdo dé-se por difusdo e 30% do inibidor difuundido dentro do concreto atingiu mais de 4 cm em 24 dias, protegendo a armadura da corrosao pelos ‘mesmos mecanismos citados anteriormente: 1. diminuigao da concentragdo de cloretos no interior do conereto, 2. através da formagdo de uma camada de protegao sobre a superficie da armadura, para prevenir o ataque de cloretos, 32 Testes realizados pelo Departamento Geral de Pesquisas na Construgao Civil (GBRC, 1996) em Osaka, Japao, empregando varias técnicas sem no entanto apresentar valores, inclusive a de Resisténcia de polarizagao, comprovam a eficiéncia destes inibidores, reduzindo a perda de secao da armadura em 90%, comparando-se a corpos de prova em que no foram aplicado o inibidor, apés o desenvolvimento da corrosao. Entretanto Ledo e Figueiredo (1997), utilizando a técnica eletroquimica de potencial € Resisténcia de polarizagio, em vigas com aditivo acelerador de pega a base de cloreto de cilcio, verificaram que, apés 02 (dois) meses da aplicagao do inibidor os valores de Ew € fn nao alteraram significativamente, indicando corrosao na fase de propagacao. 2.7.8 - Revestimento inibidor a base de aménia Trata-se de um inibidor orginico, recentemente usado no reparo de estruturas de concreto, com a finalidade de deter 0 processo de corrosio, através de aplicagao sobre as armaduras, podendo, segundo o fabricante, ser usado também em estruturas novas. Segundo o fabricante, a formagao de uma pelicula aderente a superficie metalica elimina © contato do eletrolito com o metal ¢ impede o ataque dos agentes agressivos as armaduras. Ensaios realizados pelo fubricante, mostraram que a pelicula formada pelo inibi ni altera a aderéncia entre 0 ago e 0 concreto 2.7.5.1 - Mecanismo de acio Nao se encontrou na literatura informagao acerca do mecanismo de agdo destes inibidores para o caso de estruturas de concreto. 33 3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL O monitoramento das grandezas eletroquimicas, dentre outras a intensidade de corrosao, permite obter perfis de evolugdo do proceso no ensaio acelerado de corrosao. Observando 0 tempo gasto para despassivar a armadura e a evolugao das grandezas eletroquimicas e de variaglo de massa ao longo do tempo, é possivel comparar 0 comportamento dos diferentes tipos de inibidores empregados nas argamassas dos corpos de prova. Este programa experimental foi elaborado com a finalidade de obter dados que possam informar a capacidade de proteydo de alguns inibidores de corrosio, que esto sendo atualmente comercializados, comparando-se a0 nitrito de sédio, cujo comportamento, do ponto de vista de inibigao, ja é suficientemente conhecido, conforme visto no capitulo anterior. 3.1 - MATERIAIS Os estudos foram desenvolvidos com materiais disponiveis no mercado nacional e que sto utilizados em obras correntes, descritos a seguir. 3.1.1 - Cimento Empregou-se em todos corpos de prova 0 mesmo cimento portland, CPII-F 32, de fabricagao nacional, para se analisar o efeito dos inibidores estudados A selegio do cimento pautou-se na intengio de se empregar nas avaliagdes, um cimento com baixos teores de adigao e disponivel comercialmente, o emprego de cimentos pozolanicos ou de alto-forno tornaria o estudo particular a estes materiais. Estio apresentados nas Tabelas 3.1 0s dados quimicos do cimento, fornecidos pelo fabricante do cimento utilizado. Tabela 3.1- Composigao quimica do cimento DETERMINACOES CONCENTRACOES (%) Perda ao fogo 3,52 Residuo Insoliivel 0,88 Triéxido de enxofre (SOs) 2,52 Oxido de magnésio (MgO) 3.96 Oxido de silicio (SiO;) 18,15 Oxido de ferro (Fe:O3) 3,20 472 Oxido de cileio (CaO) 59,52 Oxido de calcio livre (CaO) LAs Oxido de sédio (NazO) — Oxido de potassio (K30) 0,74 * Dados fornecidos pelo fabricante Esto apresentados na Tabela 3.2 os dados fisicos fornecidos pelo fabricante do cimento utilizado, Tabela 3.2- Propriedades fisicas do cimento* ‘CARACTERISTICAS. NORMA _|_CPI-F 32 Massa especifica (g/cm') NBR 6474-84 3,09 Finura P #200 _|NBR 7215-91 3,50% Blaine | NBR 7224-84 321 mi/kg_| Tempo de pega Tnicial [NBR 11581-91 [145 min Final__| NBR 11581-91 | _205 min Resisté 3dias__|NBR 7215-91 26.3 MPa ‘Compressio Tdias_|NBR7215-91_ | 29,4MPa 28 dias_[NBR7215-91_[ 36,8 MPa * Dados fornecidos pelo fabricante 35 3.1.2 Areia A areia utilizada foi proveniente do rio Corumba (GO), uma areia continua com médulo de finura igual a 2,8 (NBR 7217-87) e sua composigao granulométrica esta apresentada na Figura 3.1 ‘“@RETIDA ACUMULADA "Ais 03 06 12 24 48 ABERTURA DA PENEIRA (mm) Figura 3,1- Composigao granulométrica da areia utilizada, entre os limites granulométrico da zona 4, definidos pela NBR 7211-83 3.1.3 - Ago © ago usado no ensaio acelerado de corrosao foi da classe CA 60, com diametro de 5 mm, 3.1.4. - Inibidores de Corrosiio Os inibidores estudados esto disponiveis no mercado nacional, podendo ser adquiridos para fins especificos de combater ou prevenir a corrosio das armaduras Os inibidores podem ser empregados de trés maneiras: adicionados a mistura, pintados sobre a superficie do ago ou ainda aplicados sobre a superficie endurecida do conereto, 36 Foram aplicados os seguintes tipos de inibidores de corroséo: uma mistura aditiva a base de aminas, a ser adicionada no momento do amassamento, outro para aplicagdo sobre estruturas de conereto existentes, @ base de aminoacool, ¢ um revestimento (tinta), a base de aménia e agua, para pintura das armaduras antes da coneretagem da estrutura, além do nitrito de sodio, também adicionado durante o amassamento. O nitrito de sédio tem o grau de impurezas mostrado na Tabela 3.3. ‘Tabela 3.3- Limite maximo de impurezas do NaNO, SUBSTANCIAS Potassio (K) * Dados fornecidos pelo fabricante 3.2. - DENOMINACAO DAS SERIES DE ENSAIOS Para cada série de ensaios a ser realizada foram moldados dois corpos de prova. Os inibidores de corrosao foram aplicados de acordo com recomendagdes dos fabricantes (Cortec, 1996) No caso do nitrito de sédio, baseou-se em ensaios disponiveis na literatura (Calleja Andrade, 1973; Andrade e Alonso, 1990; Lima, 1996). Os ensaios foram divididos em dois grupos em fungio da forma de aplicagao: as séries normais, com o inibidor empregado no amassamento, ¢ as séries especiais. 37 3.2.1 - Séries normais Cada série denominada normal compée-se de 2 corpos de prova idénticos, em que se empregou inibidores adicionados a mistura do concreto, além de e uma série sem inibidor usada como referéncia. As siglas empregadas estio apresentadas na Tabela 3.4 Tabela 3.4- Denominagao das séries normais, SERIES | INIBIDOR | TEOR | APLICACAO | ENSAIO | ENSAIO a base de Mistura Aditiva | Carbonatac&o | Cloretos MI S| 0.7 vm’ mis | @basede | 4 iqy2 | Mistura Aditiva | Carbonatagao | Cloretos aminas 1 | nitrito de | 29 | Mistura Aditiva | Carbonatagio | Cloretos sédio Referéncia | Carbonatagao | Cloretos 3.2.2. - Séries especiais As séries denominadas especiais foram confeccionadas, empregando-se uma argamassa sem inibidores adicionados mistura. Neste caso, os inibidores foram aplicados na forma de revestimento, sobre as armaduras (inibidores a base de aménia) e sobre a superficie do concreto (inibidores a base de aminoaleool) A Tabela 3.5 resume as denominagdes utilizadas, Tabela 3.5- Denominagio das séries especiais, SERIES | INIBIDOR | TEOR APLICACAO, ENSAIO. | y a base de Pintura sobre a ve aménia = Armadura Carvgnetate ves | *miibidor |__| Referenca para Série] carponatagdo base de Sobre 0 Conereto : MAC | aminoaleool Endurecido | Ca*bonatacto a base de Pintura sobre a 7 aménia — Armadura Cloretos ys | ssminiidor |__| Refirenca para Série] Creag Sobre o a base de 2, | Concreto Endurecido MAG) | area | 28min | TS uarem) | trees Sobre 0 a base de 2, | Concreto Endurecido MAQ) | aminoaleoot | 25" | @ 5 WA/em?, 5 > ican > 2 wA/em? e igor > 0,2 Alem”, foi interrompido 0 ciclo ¢ os corpos de prova colocados em cimara de estabilizagdo de massa em 100% de umidade relativa e temperatura aproximada de 25 °C. Quando se estabilizou a massa dos corpos de prova e os valores de ica, estavam constantes, aplicou-se o inibidor de corrosio 46 sobre a superficie da argamassa. Nestas condigbes, as alteragdes na iggy apos a aplicagdo so, em principio fungio da atuagdo do inibidor. Na condigZo umida o inibidor penetra predominantemente por difusdo, Depois de analisar os resultados (massa estivel), procedeu-se com a secagem das séries MAQ) e MA(0,2) em laboratério até constaneia de massa (25 dias), e das séries MA(S) e MA em estufa por um dia (T= 50 °C), para nova aplicagao do inibidor sobre a superficie dos corpos de prova. Nestas condigdes a penetragao do inibidor se da predominantemente por absor¢ao. Apés a aplicagao do inibidor os corpos de prova secos foram mantidos na cémara de estabilizagaio, com umidade relativa de 100% e temperatura de 25 °C. O aumento da umidade teve como objetivo observar a eficiéncia do inibidor, através da intensidade de corrosio, ja que esta tem a tendéncia de aumentar com a redugao de resistividade 3.8 - ENSAIO DE ENVELHECIMENTO ACELERADO DE CORROSAO POR EFEITO DE CARBONATACAO. Os ensaios acelerados por carbonatagdo, utilizados no presente trabalho, ja foram empregados por diversos pesquisadores (Gonzalez et al, 1984; Nepomuceno, 1992; Figueiredo, 1994, Bauer, 1995, Monteiro, 1996; Guimaraes e Nepomuceno, 1996) e apresentaram resultados satisfatorios. procedimento consistiu em utilizar uma cimara de carbonatago na qual introduz-se COs em concentragdes proximas a 100%. Resulta disso um incremento significative da velocidade de avango da frente de carbonatagao, A evolugdo da carbonatagdo foi feita através da evolugao de massa e do emprego de indicador da mudanga de pH. A determinagao da frente de carbonatagao foi obtida com uma solugao a 1% de fenotftaleina e 99% de alcool, como indicador (Rilem, 1988) sobre a superficie recém fraturada da argamassa. 47 Ocorrendo acréscimos de massa, pode-se dizer que a carbonatagio esta progres quando ha estal reago, © processo estabilizou ou esté muito lento. loe ago ou redugio de massa, devido a evaporagio da agua liberada na 3.5.1 - Camara de carbonatagaio A camara de carbonatago utilizada esta esquematicamente mostrada na Figura 3.3, onde o gis proveniente de um cilindro na concentragao de 100% foi injetado para o interior da - camara, com uma vazao controlada por um medidor de fluxo, suficiente para completar todo seu volume com CO; Para evitar a contaminagdo do local, 0 CO, se combina na saida com uma solugo de hidréxido de calcio saturado medidor de fluo acesso de CO: corpos de prova saida de CO2 lastro de H2SOs “ cilindro de COz - Figura 3.3- Representagao esquematica da cémara de carbonatagao (Bauer, 1995). ‘A umidade relativa no interior da cémara foi acompanhada durante o ensaio através de um higrémetro. Para se controlar a umidade relativa utilizou-se um lastro de HzSO,, de acordo com a norma ASTM E-104/92. Manteve-se a umidade relativa entre 50 e 70% aumentando 0 teor de H)SO,. Esta umidade relativa permite uma maior velocidade de avango da frente de carbonatacao (Helene, 1981; Gonzalez et al, 1984; Nepomuceno, 1992) 48 3.5.2 - Metodologia 1. - Procedimento para as séries normais Apos equilibrio higrométrico, por um periodo de 21 dias em laboratorio (UR = 80% e T = 23 °C), 0 corpos de prova foram submetidos a ensaio acelerado de corrosio utilizando-se a cimara de carbonatagao, conforme descrito no item anterior e por Bauer (1995). O ensaio iniciou-se com um fluxo continuo de CO, com duragao de 30 min., seguido de 3 (trés) fluxos nao continuos de 30 em 30 min., até a carbonatagao total dos corpos de prova, Durante os fluxos foram efetuados as medidas das grandezas avaliadas (ius, Eon, Rete My) e da profundidade de carbonatagdo através de corpos de prova testemunhos, Continuou- se, no dia seguinte, com 3 (trés) fluxos no continuos diarios de 30 em 30 min, até o fim do censaio, quando os corpos de prova estavam totalmente carbonatados. Nesta etapa foram feitas, diariamente, uma medida dos mesmos parémetros citados. O final da fase de carbonatagao acelerada, foi definido através de uma avaliagao conjunta das grandezas (im Ezm Rohm e Mv), € da frente de carbonatago em que se empregou-se a fenolftaleina, nos corpos de prova testemunhos. Na seqiiéncia do ensaio, procedeu-se a imerséo parcial, com 0 nivel da agua no centro da posigio das armaduras, de forma a investigar 0 comportamento das armaduras em um meio carbonatado € com presenga de agua (condigdes favoréveis a0 desenvolvimento de corrosio), conforme mostrado por Nepomuceno (1992); Bauer (1995) e Monteiro (1996) entre outros 3.5.3. - Procedimentos para as séries especiais Para a série VC, em que foi aplicada pintura inibidora sobre a armadura foram medidos os parametros estudados e comparados a série de referéncia (VCS), durante o ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de carbonatagao, tal como foi feito para as séries normais, 49 Na série MAC os corpos de prova foram previamente carbonatados da mesma ‘maneira que os corpos de prova das séries normais. Apés a carbonatagio os corpos de prova foram mantidos em camara de estabilizagio, até constancia de massa, quando ento foi aplicado 0 inibidor sobre a superficie. Nestas condigdes, com 0 corpo de prova umido, a penetragiio do inibidor deveria ocorrer predominantemente por difusio. A eficiéncia do inibidor poderia ser avaliada pela redugao da icor de corrosdo em ambiente timido. ‘Apés analise dos resultados, os corpos de prova da série MAC, foram secos em ambiente de laboratorio até constancia de massa e aplicado o inibidor na superficie dos corpos de prova. Este procedimento faz com que o inibidor penetre, predominantemente, por absorgio. Em seguida, os corpos de prova foram levados novamente para cimara de estabilizagdo, para avaliagdo da eficiéncia do inibidor, através da isn, com 0 aumento de umidade. Na presenga de umidade, em argamassas ou concretos carbonatados, as armaduras aumentam a intensidade de corrosao, 6 - ENSAIOS COMPLEMENTARES Com a finalidade de investigar alguma modificagio na microestrutura dos poros propriedades do concreto, os ensaios complementares foram realizados com corpos de prova com a mesma dosagem utilizada nos corpos de prova empregados nos ensaios de corrosto. 3.6.1 - Resisténci: 4 compressio Uma vez que Lima (1996) e outros pesquisadores (Calleja e Andrade, 1973) identificaram diferenciagSes de resisténcias mecdnicas face ao emprego de diversos inibidores, analisou-se a resisténcia a compressio dos materiais em estudo 0 ensaio foi realizado com corpos de prova cilindricos com moldes de acordo com a NBR-7215/82, Foram rompidos 4 (quatro) corpos de prova para cada série normal do ensaio. Os resultados apresentados correspondem a média dos valores obtides. 50 3.6.2 - Absorgao capilar O procedimento adotado no programa experimental baseou-se na norma NBR 9779- 87, tendo sido ensaiados corpos de prova de argamassa (cilindricos) com as mesmas dosagens dos corpos de prova das séries do ensaio de corrosio. Também foram monitoradas as evolugdes de massa depois de 1 h e 2 h de duragio do ensaio, que apesar de no constar na norma, s4o muito significativas segundo Parrot (1987) e Bauer (1995). Estes pesquisadores coneluiram que nas primeiras horas dé-se a maior velocidade de absorgao capilar. Conforme prescrito pela referida norma, a absorcao capilar é obtida dividindo-se 0 aumento de massa pela érea de contato com a agua. 3.7 - PERDA GRAVIMETRICA Apés 0 ensaio de corrostio, foram rompidos todos corpos de prova, retiradas as barras que, aps passarem pelo processo de limpeza descrito em 3.3.1 foram pesadas em balanga analitica, para obtengao da perda de massa, em relago ao seu peso inicial A correlagao entre perda de massa gravimétrica e a eletroquimica fornece informagdes da preciso dos resultados da intensidade de corrosdo medida durante os ensaios. Para obter as perdas eletroquimicas e comparar as perdas gravimétricas, utilizou-se a integragdo da curva icon X tempo. Utilizando o valor de ir (intensidade de corrosdo total), obtida da equagao 2.4, na lei de Faraday (equagdo 3.2), e convertendo em mg/cm’, obtém-se a perda de massa eletroquimica (Andrade, 1973). : Vv Peter (g/m teen Min iY (Lei de Faraday) 62) onde, Wa- peso molecular F - 96500 Coulombs t=tempo V-valéncia SI 4 - RESULTADOS. Os resultados sdo analisados através das séries ja apresentadas, para cada corpo de prova estudado. Estas séries passaram por ensaios de envelhecimento acelerados de corrosao, sendo apresentados primeiro os resultados dos ensaios com cloretos e em seguida por efeito da carbonatagao. s corpos de prova iniciaram um processo acelerado de corrosio, apés 28 dias de moldados, 0s quais foram monitorados 4 grandezas (ison, Ecar © Ram. € Mv), para avaliar a eficiéneia dos inibidores estudados s valores foram obtidos do calculo das médias das 4 barras embutidas nos 2 corpos de prova, para cada série do ensaio, Os mesmos estavam em condigdes semelhantes, ja que os corpos de prova eram iguais (mesmas dimensdes e recobrimentos), € passaram por um mesmo ataque de agentes agressivos as armaduras (Andrade e Gonzilez, 1978, Miranda e Wenger, 1989, Nepomuceno, 1992, Bauer, 1995, Monteiro, 1996) 4.1 - ENSAIOS DE ENVELHECIMENTO ACELERADO DE CORROSAO POR EFEITO DE CLORETOS Sao apresentados a seguir os resultados obtidos com corpos de prova submetidos ao ataque de cloretos, medindo-se todas grandezas em cada semi-ciclo do ensaio e sua correspondente evolugzo com o tempo, que estdo apresentadas em forma de figuras As figuras esto deseritas de forma comparativa e explicativa, permitindo conhecer qual série apresentou melhor protegio ou redugo da corrosdo das armaduras. © estudo das grandezas monitoradas permite fazer uma avaliagdo cinética e termodinamica do processo de corrosio, respectivamente da intensidade de corrostio e do potencial de corrosto 52 4.1.1 - Séries normais Estas séries sao formadas por corpos de prova com adigao de inibidores (I, MI ¢ MS) € sem inibidores (S). As figuras apresentam comparativamente as capacidade de protegao destes inibires, a partir de comparagdes feitas entre os desempenhos constatados. 4.1.1.1 - Evolugio da intensidade de corrosio (ics) Mostra-se na Figura 4.1 a evolugao da intensidade de corrosio, durante cada semi- ciclo do ensaio INTEN. DECORROSKO q.Aem ) si] F || & | w]e 7 4 2 28 35 42 49 56 63 70 77 TEMPO ins) Figura 4.1- Evolugdo da is com o tempo, das séries S, 1 (2%), MI (0,7 Vm') e MS (1,4 I/m’) no ensaio por cloretos. Observa-se que a série S (referéncia) teve uma evolugdo da icon semelhante aos demais corpos de prova antes do quinto ciclo, quando despassivou, ocorrendo durante a propagacao um aumento da icor mais intenso a cada etapa do ensaio em relagdo as demais séries. A série 1 (2%) foi a que apresentou maior duragao da fase de iniciag2o da corrosio das armaduras, apresentou menores valores de itm € despassivou no décimo ciclo. A corrosio evoluiu mais bruscamente do que as demais séries, durante a propagaglo. Quando 53 despassivou a série T apresenta uma rapida evolugdo da isa: (ciclos 9° e 10°) com uma variagao de 0,04 a2 A/em’. A série MI (0,7 Vm’) passou dois ciclos com valores de ike na faixa de 0,1-0,2 A/em”, e despassivou no sétimo ciclo. Durante a fase de propagagao os valores de ie da série MI foram menores do que os da S, sendo maior no 10° ¢ igual no 11° ciclo. Antes de despassivar, a série MS (1,4 I/m') passou 5 ciclos com valores de ign la faixa de 0,1-0,2 A/cm’, despassivando no oitavo ciclo. Na fase de propagagao da corrosio, os valores de isa da série MS foram menores que da MI até o final do ensaio, As series MI e MS tiveram uma despassivagao das armaduras menos brusca do que a séri 4.1.1.2. - Evolugio do potencial de corrosio (Evsr:) Mostra-se na Figura 4.2 a evolugao do potencial de corroséo, durante cada semi- ciclo do ensaio, 07 «4 2 ok aS ae aD 3 70 77 TEMPO (dies) Figura 4.2- Evolugio do Ess com 0 tempo, das séries S, I (2%), MI (0,7 Vm’) & MS (1,4 I/m’) no ensaio por cloretos. Observa-se para todas séries valores do potencial de corrosao, indicando condigées termodinamicas do processo corrosive, que concordam com a evolugao da intensidade de 34 corrosio observados na Figura 4.1, principalmente no que diz respeito a0 momento da despassivagdo das armaduras. Pode-se observar em todos materiais estudados, que 0 momento da despassivagao observado através da isan (Figura 4.1) correspondem a valores de potencial em torno de -275 mV (ECS), o que referenda o pressuposto ASTM-C-876 (1992) 4.1.1.3 - Evolugio da resisténcia 6hmica (Rom) Esta grandeza elétrica pode informar, como a intensidade de corrosio é influenciada pela secagem e umedecimento dos corpos de prova, garantindo uma maior Rutw durante a secagem € uma redugao significativa quando ocorre o umedecimento Mostra-se na Figura 4.3 a evolugdo da resisténcia Ghmica, durante cada semi-ciclo do ensaio, 10000 + £ ~~ = wi 5 ae 2 100 - % 100 7 4 21 28 38 42 49 36 63 70 77 TEMPO (as) Figura 4.3- Evolugao da resisténcia dhmica com o tempo, das séries S, 1(2%), MA(0,7 Vm") e MS (1,4 I/m’) no ensaio por cloretos. A série $ apresentou uma resisténcia Ghmica similar a MI e MS em cada etapa do ensaio. No quinto ciclo ocorreu um aumento da Rug a etapa de secagem, para S em relagao a MI MS, 55 ‘Na etapa de secagem, a partir do quinto ciclo houve uma diminuigao no valor da Rais, que foi no momento de despassivagao da série S Observa-se na etapa de imersfo parcial, que os valores da Roya para todas séries foram idénticos. Ocorrendo uma maior diferenciagZo na etapa de secagem, principalmente nos ciclos finais. Os valores de Roim na etapa de secagem diminuem gradativamente durante o ensaio, possivelmente devido o aumento da concentragao de cloretos, diminuindo a resistividade e consequentemente aumentando @ icar € diminuindo a variagdo de massa na secagem 4.1.14 - Evolugio da variacio de massa (My) Mostra-se na Figura 4.4 a evolugao da My, durante cada semi-ciclo do ensaio. ‘KO DE MASSA (%) “o 7 W 2 28 35 4 49 56 63 70 7 ‘TEMPO (dian) Figura 4.4- Evolugao da variagdo de massa com o tempo, das séries 8, 1(2%), MI(0,7 Vm’) MS (1,4 I/m’) no ensaio por cloretos. Todas séries tiveram um ganho de massa similar, e observa-se também que perdem ‘menos massa na etapa de secagem (semi-ciclo), isto devido a deficiéncia de secagem, jé que © cloreto ¢ higroscépico ¢ durante a etapa de secagem so ocorre evaporago de agua pura, uma alteragaio microestrutural nao perceptivel desde 0 ponto de vista de absorgao de agua 56 4.1.2. - Séries espe: Estas séries, so formadas por corpos de prova, com inibidores aplicados como pintura sobre as armaduras, série V, antes da moldagem dos corpos de prova. Por séries, que foram aplicados os inibidores sobre a superficie dos corpos de prova. O nivel de corrosio para a aplicagdo do inibidor, sobre a superficie do conereto endurecido, foi pré- determinado com os seguintes valores: apos atingirem uma igor > 5 A/cm? para a série MAGS), 5 > iso > 2 wA/em? para série MA(2), isar > 0,2 wAVem? para série MA(0,2) € apés periodo de cura para série MA. Os resultados permitem saber se 0 inibidor aplicado tem capacidade de reduzir a corrosio das armaduras, avaliando a eficiéncia dos inibidores. Monitorando os parametros de corrosdo, em ambiente com UR = 100% e T = 23 °C, quando aplicado o inibidor com 0 corpo de prova imide e apés secagem. 4.1.2.1 - Evolucio da intensidade de corrosio (ica) Mostra-se na Figura 4.5 a evolugdo da intensidade de corrosio, das séries VS iclo do ensaio. (reveréncia) eV (pintura sobre as armaduras), em cada semi INTEN, DECORROSKO (Alem? ) 35 a2 ‘TEMPO (dis) Figura 4 5- Evolugao da intensidade de corrosio com o tempo, das séries VS (referéncia) V (pintura sobre as armaduras), no ensaio ciclico por efeito de cloretos. 37 A série V despassivou no tere: ciclo, enquanto a VS despassivou no quinto ciclo Fazendo um andlise comparativa na Figura 4.5, observa-se, que apos a despassivagio das armaduras da série V, esta desenvolveu amplitude da is maior do que a VS, aleangando, na etapa de secagem, valores consideravelmente menores de isa. A série V, na fase de propagacdo da corrosdo, apresenta uma tendéncia de aumentar os valores de iam indicando ‘um aumento rapido da corrosdo, comparada a série de VS. Mostra-se na Figura 4.6, a evolugdo da intensidade de corrosio das séries MA(5), MA(2) ¢ MA(0,2), em 100% de UR, com aplicago do inibidor 4 base de aminoslcool, apés apresentarem uma ice maior do que 5, 2 ¢ 0,2 4A/cm’, respectivamente. ) g ea bat — 5 ‘iumido ‘sco ovo 28 42 56 70 84 98 112 126 140 134 168 TEMPO (das) Figura 4,6- Evolugio da isan com 0 tempo, das séries MA(5), MA(2) ¢ MA(0,2), em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova imido e apés secagem. Observando a Figura 4.6 a igs da série MA(S) estabilizou com um valor em torno de 8 wA/em’ . Apds estabilizagao da ison foi aplicado o inibidor sobre a superficie dos corpos de prova. Na seqiiéncia apés secagem e segunda aplicagao do inibidor, nao ocorreu redugao significativa da icon, pois permaneceram com valores em torno de 8 wA/cm’. Observa-se uma tendéncia desta série permanecer em fase de propagagao da corrosao. A série MA(2) verifica-se que nio ocorre tendéncia de redugao nos valores de ikon, aumentando para valores em torno de 3 wA/em*, Na segunda aplicagao do inibidor (apos 58 secagem) 0 valor de ia apresenta uma tendéncia de aumento da iar para valores em torno de 8 A/cm’ A série MA(0,2) apresenta valores em torno de 0,5 A/em’ devido ao efeito da secagem (ver Figura 4.15), com uma tendéncia a valores em torno de 14A/cm’, que indicam 1uagao do processo de corrosio Mostra-se na Figura 4.7 a evolucdo da intensidade de corrosdo, da série MA, com 3% de cloreto de sédio adicionado a massa Its] i Zou es _ Zool - Z 3 sido seco Z oo: 001 — = - 1 0 2k S67 TEMPO (ies) Figura 4.7- Evolugdo da intensidade de corrostio com o tempo, da série MA, em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova tmido e apos secagem. A despassivagao das armaduras aconteceu, aps periodo de cura (28 dias), entio, os corpos de prova foram colocados em uma cdmara de estabilizagio (UR~ 100% e T= 25 °C), para que os valores de isa Nao apresentassem redugdo devido o efeito de secagem, ¢ para se ter uma condigéio, que favorecesse a penetragao do inibidor por difusdo. Na seqiiéncia, apos aplicado 0 inibidor, ocorre uma redugG0 da ioe com tendéncia de manter-se com valores acima de 0,2 |A/em’, visto que os corpos de prova mantiveram- se com uma variagao de massa constante (ver Figura 4.16). 59 Em um segundo momento, tentou-se avaliar a influéncia da umidade dos corpos de prova, diante do procedimento de aplicagdo do inibidor. Esta tentativa mostrou que nao houve mudanga na evolugdo da igan, isto € manteve-se com a mesma tendéncia, com valores em torno de 0,4 uA/cm”, indicando assim uma reducao da intensidade de corrosao. 4.1.2.2 - Evolucao do potencial de corrosao (Ecur) ‘Mostra-se na Figura 4.8 a evolucao do potencial de corrosao, das séries VS e V, em cada semi-ciclo do ensaio. 200 red V PoreNctA 0 7 WW 21 2 35 42 49 56 63 70 ‘TEMPO (din) Figura 4.8- Evolugdo do potencial de corrosdo com 0 tempo, das séries VS (referencia) e V (pintura sobre as armaduras), no ensaio ciclico por efeito de cloretos. Apos despassivar, a série V (pintura sobre as armaduras) apresentou valores em torno de -500 mV enquanto a série VS (referéncia) apresenta valores em toro de -275 mV. Observa-se uma amplitude maior para a série V, referente ao ensaio ciclico de secagem e umedecimento, principalmente apés despassivar, pois na etapa de umedecido apresentavam- se valores altos de ign,, conseqientemente valores mais negativos de Ezmn, isto pode informa © quanto é maior a probabilidade de corrosao da série V Mostra-se na Figura 4.9 a evolugio do potencial de corrosio, das séries MA(S), MA(2) © MA(0,2), 60 Mo Ts Be aD S670 84 9 TI 126 14 154 168 TEMPO Gin) Figura 4.9- Evolugdo da Ecor com o tempo, das séries MA(S), MA(2) ¢ MA(0,2), em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova imido e apos secagem. Apos aplicago do inibidor sobre a superficie dos corpos de prova os potenciais ficaram com valores menores do que -500 mV, ocorrendo apés seco ¢ aplicado 0 inibidor, uma tendéncia de ficar mais negativo, com tendéncia a valores em torno de -700 mV, Mostra-se na Figura 4.10 a evolucdo do potencial de corrosao, da série MA, com 3% de cloreto de sddio adicionado a massa ok 6D 9812 TEMPO dias) Figura 4.10- Evolugao do potencial de corrosdo com o tempo, da série MA, em 100% de UR, com aplicagdo do inibidor em corpos de prova tmido e apés secagem. ol Com a estabilizagao do Ezar observar-se uma redugio do processo de corrosio devido a presenga de cloretos na massa, visto que ocorre uma redugo da ico. 4.1.2.3 - Evolugao da resisténcia éhmica (Rosa) Mostra-se na Figura 4.11 a evolugao da resisténcia Ghmica, das séries VS e V, em cada semi-ciclo do ensaio. oO 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 ‘TEMPO (as) Figura 4.11 - Evolugo da resisténcia 6hmica com o tempo, das séries VS (referéncia) e V (pintura sobre as armaduras), no ensaio ciclico por efeito de cloretos A série V apresentou uma evolugo da Rs igual a série de referéncia, isto ocorreu Porque os cletrélitos eram iguais, pois a aplicagao do inibidor & sobre a superficie da armadura, Apesar de ter ocorrido uma igs maior, a microestrutura porosa é a mesma, 0 que ocorre é uma modificagao na superficie do metal. Mostra-se na Figura 4.12 a evolugao da resisténcia Ghmica, das séries MAG), MA(2) e MA(0,2). 62 E | MAG) 2 MAI0.2) i 03 3 uw § ia, GS 30 100 150 A TEMPO (iat) Figura 4.12- Evolugdo da Rew com 0 tempo, das séries MA(S), MA(2), ¢ MA(0,2), em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova mido e apés secagemn. - A evolugdo da resisténcia Ghmica da etapa imido mostrada na Figura 4.12, tém uma tendéncia de aumentar, devido provavelmente a alteragdes no eletrolito, ja que a My nao variou significativamente (ver Figura 4.15). Uma possivel alteragio no eletrélito, pode ser responsavel pelo comportamento da ia € dO Ecoq, Sem no entanto aumentar a protegdo das - armaduras, pois ocorreu uma tendéncia de propagagao do processo de corrosio. Mostra-se na Figura 4,13 a evolugdo da resisténcia 6hmica, da série MA, com 3% de cloreto de sodio adicionado massa. g 100 RESISTENCIA OMMICA (ohm) 10 o 4 2 4 36 «70 ORD ‘TEMPO (horas) Figura 4.13- Evolugao da resisténcia shmica com o tempo, da série MA, em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova timido e apds secagem. 63 Observa-se apés aplicagdo do inibidor, que houve um aumento da Rom, indicando uma menor movimentagio iénica na solugdo intersticial (eletrdlito), verificada por um curto periodo. No periodo em que 0 inibidor foi aplicado com os corpos de prova secos @ Ross apresentou uma tendéncia de valores em torno de 40 ohms. 4.1.2.4 - Evolugio da variagio de massa (My) Mostra-se na Figura 4.14 a evolugao da resisténcia Ghmica, das séries VS e V, em cada semi-ciclo do ensaio. ; ys 8 v z4 ae 43 7 AAAAK i Bo H r ENVY 34 Fae Jae | se) 6 | | ge | 9° | 10° 7 4 2 35 4 49 56 63 70 TEMPO (dias) Figura 4.14- Evolugao da variagéo de massa com o tempo, das séries VS (referéncia) ¢ V (pintura sobre as armaduras), no ensaio ciclico por efeito de cloretos. As séries tém uma mesma evoluglo da My, ja que a argamassa era idéntica, apresentando uma Unica diferenca na série V, que foi aplicado um revestimento inibidor sobre as armaduras, O aumento da massa, na etapa de secagem , se da devido ao aumento de cloretos que néo saem do interior do corpo de prova, pois durante a secagem s6 evapora pelos poros capilares agua pura e devido, provavelmente, a uma deficiéncia na secagem, em fungdio das condigdes higro-térmicas da estufa. Mostra-se na Figura 4.15 a evolugao da variagdo de massa, durante cada etapa do ensaio. 64 MAS) Maa Ss a sae VARIAGAO DE MASSA (26) 3 - 0 14 28 42 56 70 4 OB TEMPO (din) 112 126 140 154 168 Figura 4.15- Evolugdo da My com o tempo, das séries MA(S), MA(2) e MA(0,2), em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova timido e apés secagem. Nos dois periodos (iimido e apés seco) ocorre uma estabilizagao, ou seja, no houve variagao de massa significativa, isto indica uma condigao adequada da umidade para estudar os idores de corrosio. Pois a presenga de umidade ¢ fundamental para avaliar-se 2 car. J8 que as armaduras funcionam como sensores. ‘A My da série MA(2), permitiu confirmar que valores crescentes da resisténcia ‘ohmica no foram devido a perda de umidade dos corpos de prova. ‘A primeira medigdo da etapa apds secagem, ocorreu uma perda de umidade, que nao produziu alteragdo na Rom mas alterou os valores de ico € Eso ‘A massa ndo apresentou alteragdes significativas, indicando portanto que as variagdes COM icor € Ezom podem ser devido a alteragdes quimicas do eletrélito, Na etapa apés seco, observa-se que a primeira medigdo nao tinha estabilizado a quantidade de massa, onde ocorreu simultaneamente a redug0 da igor € a redugo do Eco Mostra-se na Figura 4,16 a evolugao da variagao de massa, da série MA, com 3% de cloreto de s6dio adicionado 4 massa, 65 MA i. . as ae gq ‘ia smido ws at 1 Qe | 0 ae ase TEMPO an Figura 4.16- Evolugdo da variagdo de massa com 0 tempo, da série MA, em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova timido e apos secagem, A evolugio da massa aumentou apés a colocagao dos corpos de prova em camara de estabilizagao, UR =100% e T = 25 °C. Decorridos 14 dias os corpos de prova passaram a manter uma massa constante, este periodo coincide com o tempo em que foi aplicado 0 inibidor de corrosao pela primeira vez. 4.2 - ENSAIOS DE ENVELHECIMENTO ACELERADO DE CORROSAO POR EFEITO DE CARBONATACAO, Sto apresentados a seguir os resultados obtidos com corpos de prova submetidos a0 efeito da carbonatagao, medindo-se todas grandezas durante o ensaio, e sua correspondente evolugao com o tempo, Os resultados obtidos em laboratério permitem comparar 0 desempenho diferenciado das séries © estudo das grandezas possibilita uma avaliagao do desempenho dos inibidores, pois informa quando € iniciado 0 processo de corrosio, além de fornecer a importancia desta intensidade, quando comparado com estruturas reais. 66 4.2.1 - Séries normais Estas séries so formadas por corpos de prova com adigdo de inibidores: 2% de inibidor a base de nitrito de s6dio adicionado a massa (I), 0,7 Vm' (MI) e 1,4 Vm* (MS) de inibidor a base de aminas e uma série sem inibidor (S), ‘As Figuras revelam a capacidade de protegiio desses inibidores, a partir de comparagdes entre os resultados obtidos em laboratério. 4.2.1.1 - Evolugio da intensidade de corrosio (ir) Mostra-se na Figura 4.17 a evolugdo da intensidade de corrosdo das séries estudadas, no ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de carbonatacdo, Ce t 1 Mos ee 001 INTEN, DECORROSAO (uAlem* ) ‘CARHONATAGAD SUBM 0,001 ~ - 1 10 100 1.000 ‘TEMPO horas) Figura 4.17- Evolugao da intensidade de corrosio com 0 tempo, das séries S, 1(2%), MI(0,7 I’m‘) ¢ MS (1,4 /m’), no ensaio por carbonatagao. Para a série $, observam-se valores de ica superiores a 0,2 wA/cm?, j nos momentos iniciais do ensaio, 0 que indica uma despassivagao relativamente precoce em relagdo as outras séries. 67 Evidencia-se que a série I apresentou 0 melhor desempenho, pois nao despassivou, ‘mesmo estando os corpos de prova totalmente carbonatados (verificado através de corpos de prova testemunhos), Ocorrido o processo de imersio parcial em agua, ainda assim a iar manteve-se com valores baixos (< 0,2 1A/em’) As séries MI (0,7 im’) e MS (1,4 I’m’) despassivaram em tempos idénticos, apos 5 10 horas, apresentando uma evoluc&o de iar similar. A isan destas séries evoluiu mais lentamente do que com a S, até alcangarem uma jeg, com valores aproximadamente iguais, 4.2.1.2 - Evolugio do potencial de corrosiio (Ecn) Mostra-se na Figura 4.18 a evolugao do potencial de corrosio das séries estudadas, no ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de carbonatacao 20 —— —— ial s 1 Ms ot eal ol e100 i £200 2 0 - \ /* B10 x ‘ os EB s00 a 600 | " 700 | Ccannonnrncho Stn 800 00 - 7 io Too i000 E30 hora Figura 4.18- Evolugo do potencial de corrosdo 0 tempo, das séries S, 1(2%), MI(0,7 Vm’) e MS (1,4 I’m’), no ensaio por carbonatagao. A evolugao do potencial de corrosio para S confirma os valores de ica , pois obteve valores mais negativos que os demais. Comparando os valores da evolugio do potencial de corrosio na Figura 4.18, observa-se que a série I apresentou valores menos negativos, no caso de MI e MS 0 potencial comega a diminuir apos 10 horas, o que é indicio da frente de corrosio ter alcangado as armaduras Na fase de parcialmente submerso observa-se um enobrecimento dos potenciais das séries S, MI e MS, acompanhada de alteragdes da Rem. Sendo observado um comportamento diferente para I, pois apresentou um valor negativo em tomo de -275 mV, que indica condigdes favoraveis ao desenvolvimento da corrosao, E importante observar que a sétima e oitava medi¢2o ndo houve fluxo, provocando lum enobrecimento dos potenciais para as séries MI, MS e S. 14 que durante 0 ensaio por carbonatagao os corpos de prova ganham massa, devido 0 processo de carbonatagao, com fixagdo de CO; e liberagao de agua por evaporagéo, 4.2.1.3 - Evolugio da resisténcia éhmi (Rom) Mostra-se na Figura 4.19 a evolugao da resisténcia Ghmica das séries estudadas, no ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de carbonatagao. 10000 sl MMs ¢ Figura 4.19- Evolugéo da resisténcia dhmica com o tempo, das séries S, 1(2%), MI(0,7 I’m’) e MS (1,4 I’m’), no ensaio por carbonatagao, 69 Os valores de resisténcia éhmica para I foram inferiores as outras séries em todo experimento, isto deve-se possivelmente decorrente de alteragdes microestruturais, ja que a fiente de carbonatagao, observada em corpos de prova testemunhos, atingiu a regio da armadura durante um tempo maior do que os demais. No caso das séries Ie MS ocorreu uma diferenga em relagio aS, porém a I permaneceu sempre com menor resisténcia Ohi A série MS iniciou ensaio com resisténcia 6hmica semelhante a MI e S, ocorrendo apés 10 horas um aumento de resisténcia Ghmica, que se manteve até o final do ensaio. E importante enfatizar que, embora com menores valores de resisténcia Ghmica, a série I apresentou valores menores de iss, possivelmente decorrente de alteragdes provocada pela presenga do inibidor A série MI obteve um comportamento similar a S, evidenciando possivelmente, que no houve alteragao no eletrolito devido a adigao desse inibidor. Observa-se quando iniciado 0 processo de carbonatacao, ocorreu um aumento da Ret, devido as reagdes que envolve o fendmeno, ou seja, 0s corpos de prova perdem agua. Na fase de parcialmente submerso observa-se uma diminuigo da Rum para todos corpos de prova, com uma posterior estabilizagdo destes valores. 4.2.1.4 - Evolugio da variagio de massa (My) Mostra-se na Figura 4.20 a evolugao da variagdo de massa das séries estudadas, no ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de carbonatagao. 70 VARIACKODE MASSA (%) ceannonaracko 1 10 100 1,000) TEMPO (horas) Figura 4.20- Evolugo da variagéo de massa com o tempo, das séries S, 1(2%), MI(0,7 Vm’) ¢ MS (1,4 Vm’), no ensaio por carbonatagao. No que diz respeito a evolugao de massa, a série T permaneceu sempre com menor ‘massa, € a MS até a sexta medigdo obteve um ganho similar a MI e a S, ocorrendo a partir da sexta medig’o um aumento do ganho de massa em relagio a $, O fato de I ter menor ganho de massa é um indicio de um processo de carbonatagao mais lento. De outra forma Por este parémetro comprovou-se alteragdes microestruturais responsiveis por menores valores de resisténcia 6hmica para esta série. 4.2.2 - Séries especiais A série VCS foi utilizados como referencia para VC até o final do ensaio por carbonatagao. A série MAC foi utilizada para avaliar a capacidade do inibidor (aplicado sobre a superficie do corpo de prova) reduzir a corrosto das armaduras em estruturas jé carbonatadas, 4.2.2.1 - Evolugao da intensidade de corrosio (icon) Mostra-se na Figura 4.21 a evolucdo de 0 ign, da série VC, comparando-se a uma série de referéncia (VCS), 1 2 : & 7 a - Bo caRnoxatacho rane, 0.001 1 mm 1 10 100, 1.000, TEMPO (horn) ‘ Figura 4.21- Evolugdo da intensidade de corroséo com o tempo, das séries VCS e VC, no ensaio por carbonatagao. A série VC teve uma capacidade de protegdo superior a série VCS, mesmo apos despassivar apresentou valores de izar menores. A série VC estabilizou com valores de issn em tomo de 0,5 A/cm’, enquanto a série VCS estabilizou com valores em torno de 1 pAvem’. Mostra-se na Figura 4.22 a evolugdo da im, apds o inibidor ser aplicado sobre a - superficie do corpo de prova, quando estavam totalmente carbonatados. = - woe wf = : 2 a ~ & A £ oo : sit ws got oe eed soo 1.000150) 20m) 2300 0003500 . TEroowes Figura 4.22- Evolugio da ise com 0 tempo, da série MAC, em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova tmido e apos secagem. 2 Apés aplicago do inibidor, nfo foi observado nenhuma alteragdo do processo de corrosio, que poderia conduzir a um desempenho benéfico deste inibidor, ou seja, de reduzir 0 processo de corrosio das armaduras provocado por carbonatacao. 4.2.2.2 - Evolugio do potencial de corrosio (Econ) Mostra-se na Figura 4.23 a evolugao do Esa, da série VC, comparando-se a uma série de referéncia (VCS), -700 CARBONATAGO * pane son - SUBS 10 100 1.000 TEMPO (horas) Figura 4.23- Evolugao do potencial de corrosao de corrosio com o tempo, das séries VC e MAC, no ensaio por carbonatagao. A evolugdo do potencial da série VC indica uma capacidade de protegio as armaduras, mesma estando 0 corpo de prova totalmente carbonatado, ocorrendo neste ‘momento uma queda abrupta do Ezyr, porém a série de referéncia (VCS) mantém-se com valores mais negativos do que VC Mostra-se na Figura 4.24 a evoluco do Ezsn, ap6s 0 inibidor ser aplicado sobre a superficie do corpo de prova, quando os corpos de prova estavam totalmente carbonatados B Mac 1 500 1000 1.500 200 2500 3.000 3.500 ‘TEMPO (horas) Figura 4.24- Evolugdo da Exe com o tempo, da série MAC, em 100% de UR, com aplicagdo do inibidor em corpos de prova timido e apés secagem. Apés aplicagao do inibidor, na duas condigdes timido e seco, verifica-se que 0 Bon teve uma tendéncia répida de ficar menos negativos, logo apés aplicar-se o inibidor. Na seqiiéncia os valores de potencial apresenta um tendéncia a valores em torno de -600 mV. 4.2.2.3. - Evolucio da resisténcia éhmica (Rom) Mostra-se na Figura 4.25 a evolugao da Rotm da série VC, comparando-se a uma série de referéncia (VCS), tm) RESISTENCIA O1 ‘TEMPO (horas) Figura 4.25- Evolugio da resisténcia Ghmica com o tempo, das séries VCS e VC, no ensaio por carbonatagao. 74 De maneira geral, pode-se dizer que uma Rim maior indica menos eletrdlito nos poros para conduzir os ions, desta forma obtendo uma menor igog. Porém os sensores, que so as barras, esto protegidos por uma camada de pintura, que apresentou provavelmente uma capacidade de reter a movimentagao dos ions, produzindo desta forma uma Rey, menor que o referencia Mostra-se ta Figura 4.26 a evolugo da Rose, apds 0 inibidor ser aplicado sobre a superficie do corpo de prova, quando os corpos de prova estavam totalmente carbonatados, Mac RESISTENCIA OHMICA (ohm) 10 (a 500 1.000 1.500 2000 2300 30K 3.500 TEMPO (hors) Figura 4.26- Evolugio da Ro com o tempo, da série MAC, em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova timido e apds secagem Nao foi observada nenhuma alteragio significativa na evolugfo da Ram, aps aplicagao do inibidor sobre a superficie dos corpos de prova. Uma pequena redugto na evolugao da Rete ocorre, provavelmente, devido a alteragdes no eletrolito, ja que a evolucdo da variagao de massa apresenta um ganho de massa, que deveria corresponder a um aumento da resisténcia 6hmica. 4.2.2.4 - Evolugao da variacao de massa (My) Mostra-se na Figura 4.27 a evolugio da My da série VC, comparando-se a uma série de referéncia (VCS). 75 VARIACKO DE MASSA (1%) ‘CARHONATAGRO 10 - TEMPO (horas) - Figura 4.27- Evolugdo da variagaio da massa com 0 tempo, das séries VCS e VC, no ensaio por carbonatacao. © aumento de massa dos corpos de prova no ensaio acelerado de carbonatago, é decorrente do proprio processo de carbonatagao com fixagdo de CO; liberago de agua Na condigdo de parcialmente submerso, posterior 4 carbonatagao, ha um incremento de ; massa devido a absorgo capilar. x Mostra-se na Figura 4.28 a evolugao do My, apés o inibidor ser aplicado sobre a - superficie do corpo de prova, quando os corpos de prova estavam totalmente carbonatados. [+4] - zg - . zg) Fe “f+ - gal enn : 33r tmido iis g2- ib 500 1.000.500 2000 2.500 3.000 3.500 - TEMPO (horas) - Figura 4.28- Evolug’o da My com o tempo, da série MAC, em 100% de UR, com aplicagao do inibidor em corpos de prova mido e apos secagem. 76 Na Figura 4.28 observa-se que a série MAC, apresentou valores de variagiio de massa crescentes na etapa em que 0 inibidor foi aplicado com os corpos de prova umido, devido, provavelmente, a alguma alteragao na umidade da cdmara timida, ja que o momento da colocagéo em camara timida foi diferente das demais séries. Apés secagem e aplicagao do inibidor, os valores de My concordam com a evolugao da Ream que n&o apresentou alteragdo significativas durante o periodo de avaliagao das grandezas estudadas 4.3 - ENSAIOS COMPLEMENTARES Foram moldados corpos de prova cilindricos de 50 x 100 mm, confeccionados com (© mesmo trago do ensaio acelerado de corrosdo, para as séries equivalentes. A seguir apresenta-se os resultados destes ensaios. 4.3.1 - Absorcio Capilar Sao apresentados os resultados encontrados para a absorgao capilar em fungao da raiz quadrada do tempo, para corpos de prova curados 7 dias, na Figura 4.29. batEt-* ASORGAO CAPILAR (wen) £8 8 i a ee a a a ) TEMPO(min.) Figura 4.29- Absorgao capilar em fungao da raiz quadrada do tempo para os corpos de prova curados 7 dias. 7 Observa-se que a absorgao capilar pode indicar alteragdes, devido ao uso desses inibidores de corroséo na mistura. Este ensaio foi representativo, quando nos mostra diferengas da porosidade. © transporte de massa ou ions pode ser devido a absorgao capilar de liquidos, portanto pode-se admitir que, uma menor absorgao capilar acarretaré numa maior protegao as armaduras. A Figura 4.25 mostra que a série I foi a que absorveu menos liquidos, enquanto MI se aproximou inferiormente e MS se aproximou superiormente a S. Todavia, 6 inibidor protegerd as armaduras sem redugdo da absorgdo de liquidos do conereto, mas devido a reagdes especificas que ocorrem para manter a pelicula passivadora 4.3.2. - Resistén 4 compressio Alteragdes na resisténcia do concreto devido ao uso de inibidores de corrosio tem sido observadas em varios estudos, dentre os quais Craig and Wood (1970). Lima (1996), ensaiando corpos de prova de argamassas adicionadas com nitrito de sédio, observou influéncia sobre os valores da resisténcia 4 compressio, sendo tanto maior quanto maior 0 teor do aditivo = 540 a Eo 8 $20 G10 i Cr a a ToADE os), Figura 4.30- Resisténcia compresso com tempo para os corpos de prova curados 7 dias. 78 A evolugdo da resisténcia 4 compressio, para os corpos de prova curados 7 ¢ 28 dias, apresentaram comportamentos diferenciados, nas trés séries I, MI e MS, em relagdo a série de referéncia (S). Observa-se para as séries curadas 7 dias, que até 28 dias a série I apresentou uma redugdo de 32,5% e com 90 dias atingiu uma diferenca insignificante com relagdo série de referéncia, As séries MI e MS apresentaram um ganho de resisténcia apés 28 dias, alcangando um valor 37% e 21% maior do que a série de referéncia com 90 dias, respectivamente 8 a 8 8 RESISTENCIA A COMPRESSAO (MPa) 20 40 60 80 100 DADE (DIAS) Figura 4.31- Resisténcia 4 compressto com o tempo para os corpos de prova curados 28 dias, Das séries curadas por 28 dias, a série I apresentou uma reducdo da resisténcia & compressao até 28 dias, com um valor 23% menor do que a série de referéncia, até 90 dias apresentou um ganho na resisténcia, atingindo uma diferenca insignificant A série MS apresentou um ganho de resisténcia maior do que a série de referéncia (S) apés 7 dias, e a série MI apés 28 dias, alcangando um valor de 19 % e 9 % maior do que a série de referéncia com 90 dias, respectivamente, 79 4.4 - PERDA DE MASSA ELETROQUIMICA X GRAVIMETRICA A Figura 4.32 mostra os resultados dos ensaios acelerado de corrosdo por efeito de cloretos das séries indicadas, . Os valores obtidos esto dentro das linhas descontinuas, que considera um erro de 2 da técnica eletroquimica de Ry (Stern & Geary, 1957). Os valores de perda gravimétrica maiores sio devido a corrosiio que ocorreu na area coberta pela fita PVC, as quais no foram avaliadas pela técnica. 4.000 t v : s 400 - a? 1 i ”, . . I Mi 0; Ms ae all 1 1,000 PERDA DE MASSA GRAVIMETRICA (mg) Figura 4.32- Perda eletroquimica x gravimétrica das séries do ensaio acelerado de corrosio por cloretos. Pode-se observar que ocorreu uma maior preciso, principalmente para a série S, devido os valores de icar Serem mais representativos na fase da propagagao da corrosio, nos dois ensaios de envelhecimento acelerado. Para a série I, no ensaio de envelhecimento acelerado por efeito da carbonatagao (Figura 4.33), observa-se que como esta tardou mais tempo para despassivar, com valores de intensidade de corrosio baixos, a comparagio entre peda gravimeétrica ¢ perda eletroquimica ¢ mais imprescisa. Também neste caso, foi observada perda de seco das 80 armaduras na area coberta pela fita PVC, 0 que contribui também para uma maior impresigao Na Figura 4.33, esto apresentados os resultados do ensaio acelerado de corrosao por carbonatagdo das séries indicadas 1.000 100 ETROQUIMICA (mg) 10 . . 1 10 100 1.000 PERDA DE MASSA GRAVIMETRICA (ma) Figura 4.33- Perda eletroquimica x gravimétrica das séries do ensaio acelerado de corrosio por carbonatagao. As séries MA, MA(0,2), MA(2) © MA(S) permaneceram em laboratério, para realizagdes de outras medidas, que ocasionalmente venham ser necessérias para uma avaliagio da eficiéneia do inibidor com 0 tempo. Sendo assim, no foram apresentados os ensaios de perda gravimétrica com as referidas séries de corpos de prova. 81 5 - DISCUSSAO DOS RESULTADOS 5.1 - METODOLOGIA UTILIZADA 5.1.1 - Introducio As metodologias adaptadas ¢ desenvolvidas neste estudo permitiram uma avaliagao comparativa de desempenho dos inibidores. A técnica eletroquimica de Resisténcia de polarizagio (Re) mostrou-se eficiente para monitorar os processos de corrosdo, ao lado de outras grandezas monitoradas durante 0 ensaio, como 0 Eqn que indica a termodinamica do proceso de corrosio, a resisténcia Shmica que permite avaliar como as alteragdes das condigdes de exposigao, principalmente relativa a umidade, interferem na intensidade de corrosdo. Outro parametro importante foi a variagao de massa, que permitiu, apés aplicagao do inibidor aplicado sobre a superficie do corpo de prova, controlar se as alteragdes na ise eram devido a secagem ou a eficiéncia do inibidor 5.1.2 - Precondicionamento dos corpos de prova antes dos ensaios Apos periodo de cura, os corpos de prova foram mantidos em ambiente de laboratorio para secagem e equilibrio entre a umidade ambiental e a umidade do interior do corpo de prova. Devido as pequenas dimensdes e pequeno cobrimento este equilibrio foi feito com relativa rapidez, e pode ser acompanhado pela variagao de massa 5.1.2.1 - UtilizagHo da ice como pariimetro de avaliagio de desempenho dos inibidores A intensidade de corrosio, determinada através da técnica de Resisténcia de polarizagio (Re), permitiu avaliar com bastante eficiéncia 0 desempenho dos inibidores estudados, © a validade da técnica, pode ser comprovada.ao final do ensaio, através da comparagao entre a perda gravimétrica e a perda eletroquimica 82 Pontualmente, em cada momento do ensaio, a determinagdo da ier reproduziu, para © inibidor nitrito de sox 5 comportamentos obtido por outros pesquisadores (Andrade € Alonso, 1995) em ensaios acelerados de cloretos. Este parimetro permitiu estabelecer a fase de iniciagdio da corrosio, quando @ ier ultrapassou a faixa de 0,1 a 0,2 wA/em’, indicando a eficiéncia dos inibidores em retardar 0 inicio do processo. Depois da despassivacdo, ou seja, na fase de propagagao, a isur foi o parametro mais, significativo, uma vez que os outros pardmetros, tais como 0 Ew € @ Rom apresentaram valores e tendéncias contraditorias ao esperado. 5.1.3 - Eficiéncia do inibidor A eficiéncia de um inibidor pode ser determinada pela utilizagio da expresso (Gentil, 1982) x 100 (5.1) onde: E;= eficiéncia do idor em porcentagem; Is = intensidade de corrosao total sem uso de inibidor, Ic = intensidade de corrosao total com uso de inibidor. Como se veré mais adiante, a analise dos resultados visando como parametro somente a eficiéncia do inibidor pode mascarar o seu desempenho pois, tal como a andlise isolada da perda gravimétrica tem-se somente o resultado final, sem considerar-se as variagdes da intensidade de corrosdo ao longo de todo o ensaio. 83 5.1.4 - Ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de cloretos das séries normais © ensaio ciclico (secagem e umidecimento) para avaliar 0 efeito de cloretos apresentou-se adequado, pois permitiu analisar duas condigdes distintas em que pode se encontrar as estruturas de concreto armado, em condigées reais de exposigao, Observou-se que, 0 tempo utilizado para secagem foi suficiente para forgar a penetragao dos ions cloretos por absorgdo, durante a etapa de umedecimento, através da imersdo parcial A variagdo de exposigao, secagem e umedecimento, favorecem a penetragio dos agentes agressivos, podendo ser observado comportamentos diferenciados no processo de corrosio devido ao emprego de inibidores, que podem aumentar a duragao da fase de iniciagao, através de alteragao da microestrutura ou na pelicula passivadora das armaduras. Na etapa de secagem a estrutura fisica influencia no fendmeno de evaporagiio, que est associada & porosidade, particularmente a0 volume e dimensdes dos poros. No semi- ciclo de secagem, ocorrem, principalmente ao final do ensaio, situagdes de deficiéncia de secagem, em fungdo das condigdes higro-térmicas da estufa A situagao inversa também pode ocorrer, ou seja, para certas séries em fungdo das caracteristicas de sua porosidade, pode ocorrer a plena secagem de seus poros. Estas diferengas influenciam a evolugao da intensidade de corrosio, potencial, resistencia 6hmica e variagiio de massa, devendo-se ter cuidado na avaliago dos resultados. Da mesma forma estas variagdes também influenciam na capacidade de absorgao na fase de imersao parcial. 5.1.4.1 - Avaliacio dos inibidores quanto a ago de cloretos a) Duragao da fase de iniciagao 84 A série I foi a que mais retardou 0 inicio da corrosio, porém apés ter iniciada, a propagacio da corrosio desenvolveu-se mais bruscamente. Eviden se, com isso, que teor do inibidor utilizado foi insuficiente para impedir a corrosio das armaduras, provocada por alta concentragao de ions cloreto dissolvidos nos poros do conereto, naquele momento do ensaio. Estes resultados foram similares aos obtidos por Andrade Alonso (1990), indicando a reprodutibilidade da técnica. Observa-se na Figura 5.1 que, para as séries com inibidores a base de aminas (séries MI MS), a duragdo da fase de iniciagao foi proporcional ao teor utilizado. 80 » 6 oo 56 49 50 a) 8 » 20 10 + ot — = s I Ma ws Figura 5.1- Duragdo da fase de iniciagao, em dias, para corpos de prova submetidos ao efeito de ions cloreto. Para aplicagio, do idor @ base de aminas, em situagdes reais, ¢ necessério considerar que 0 teor a ser empregado devera ser proporcional a concentragao de cloretos, que se espera na estrutura na idade prevista de sua vida util, Embora no seja tao eficiente, quanto © nittito de s6dio, pode-se dizer que este inibidor aumenta a vida util em relagdo & s ie de referéncia (S). Dependendo da quantidade de cloretos existentes nos poros do concreto, a série MI e MS aumentou a duragaio da fase de iniciagdo, j4 que 0 ensaio faz com que o corpo de 85 prova tenha um aumento progressivo de cloretos, isto pode ser constatado pois. & ior aumenta a cada ciclo do ensaio. Observa-se através da evolugd0 da icgn, que para um teor mais elevado (1,4 Vm') do inibidor a base de amina, uma maior duragao da fase de iniciagao do que a série com teor menor (0,7 Vim") do mesmo inibidor. ) Eficiéncia do inibidor frente ao efeito de cloretos A eeficiéncia do inibidor, considerando a intensidade de corrosio total ao final do ensaio, mostrado na Figura 5.2, foi caleulada para todos os inibidores utilizando a expresso $1 1009 ; 7 0 34 2 100 7 a i 2 Ew a 5 1 Mi Ms Figura 5.2- Intensidade de corrosio total das séries submetidas ao efeito de ions cloreto. A eficiéncia Er (%), da série MS foi de 56% e da série MI de 4%, mostrou que, com ‘© aumento da concentragdo de cloretos, é necessario uma quantidade maior do inibidor para reduzir a corrosao das armaduras. A série T obteve uma eficiéncia de 49%, inferior ao MS. Através de uma avaliagdo visual (Fotos 5.1 € 5.2), observa-se que € dificil uma comparagao entre os diversos inibidores. A série MI, que apresentou uma maior intensidade de corrosio, tem um aspecto mais limpo que as demais. 86 Foto 5.2- Visualizago microscépica das armaduras das séries 1 e MS. 87 Rosignoli et al. (1996) concluiram que, inibidores & base de aminas so eficientes na presenga de alta concentragdo de cloretos. Porém, 0s resultados mostraram que, com 0 aumento da concentrag3o de cloretos, uma concentragao maior do teor do inibidor € mais eficiente, comportamento similar ao inibidor a base de nitrito de sédio (Andrade ¢ Alonso, 1990), ‘Comparando as duas formas de avaliacao dos inibidores, através da anélise da icar 20 longo de todo ensaio e através da eficiéncia determinada de acordo com a expressao 5.1, para o caso de estudos em concreto, observa-se que é mais seguro o primeiro caso. O maior periodo de iniciagao da corrosao para a série I, com valores de ico. bem abaixo que as demais séries 6 € possivel ser visualizada através da andlise da ica, ©) Relagdo entre intensidade de corrosdo ¢ potencial de corrosio ‘A relagdo entre intensidade e potencial de corrosio referentes 20 ensaio com cloretos tém um comportamento semi-logaritmico, conforme pode ser visto na Figura 5.3 100,000 € oS ml aMi #MS E 10,000 < 2 1000 - 3 $ 2 0.100 Z onto ve 0.001 er -80 -70 60 -$0 40 “30 -20 -10 0 100 200 00000000 POTENCIAL DE CORROSAO (mV) Figura 5.3- Relagio entre a intensidade de corrosio ¢ 0 potencial de corrosiio no ensaio com cloretos (correlagao = 0,77) 88 Pode-se observar uma maior densidade de pontos com valores de igo < 0,2 wA/em™ © Ecar > - 350 mV, durante a fase de iniciagio, indicando no estado passive pouca correspondéncia entre estes dois pardmetros. Contudo, quando aumenta a concentragao de cloretos, observa-se uma crescente linearidade no permitindo diferenciar a influéncia dos inibidores na fase de propagagao através desta relacao, 4) Relagao entre intensidade de corrosio e resisténcia shmica Na Figura 5.4 esta representado, os valores monitorados de iar versus Rom, durante © ensaio de corrosio. Devido 0 ensaio ser de secagem e umedecimento, apresenta-se - concentragées de pontos entre 1000 e 10000 ohm durante a secagem ¢ antes da despassivacao, ¢ entre 10 e 100 ohm durante umedecimento e quando as armaduras esto na fase de propagagio da corrosio. ny "S 10.000 | : | mop ge _ . DE CORROSAO (WA / em") 10 100 1000 10000 RESISTENCIA OMMICA (ohm) Figura 5.4- Relagao entre a intensidade de corrosdo e resisténcia Ghmica no ensaio com cloretos, E importante enfatizar que, embora com menores valores de resisténcia Ghmica, a série I apresentou valores menores de iq, possivelmente decorrente de alteragdes provocada pela presenga do inibidor. Observou-se com isto, um efeito positive no sentido de aumentar 0 grau de protegdo das armaduras, mesmo com diminuigio da resisténcia 89 Ghmica, Ja a MI obteve um comportamento similar a S, evidenciando possivelmente, que ndo houve alteragZo na microestrutura devido a adigGo desse inibidor. Observa-se que a relagdo entre ica € Roam NAO € linear tal como observado em outros trabalhos (Guimaraes, 1997, Castanheira, 1997) sugerindo um trabalho mais aprofundado da influéncia da resisténcia Ohmica ou seja da resistividade na iss 5.1.5 - Ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de cloretos das séries especiais A série V, ensaiada com 0 objetivo de avaliar o inibidor a base de aménia aplicado sobre a armadura, despassivou-se decorrido 21 dias de ensaio, enquanto que a série de referencia 35 dias. Pode-se afirmar portanto que, 0 revestimento inibidor favoreceu a corrosdo, em vez de reduzir. Através de uma avaliacdo visual, constata-se que a pintura nao resistiu a0 ataque de ions cloreto, ocorrendo rompimento com formagao de bolhas na camada de revestimento, como pode-se ver adiante nas Fotos 5.3 e 5.4. A série MA, com teor de cloretos conhecido (3% em relagdo a massa de cimento) apés aplicagao do inibidor apresentou um tendéncia de estabilizar a ir com valores menores do que antes da aplicag4o do inibidor, mas sem no entanto reduzir para valores inferiores a 0,2 wA/em*, considerado o limite superior de intensidade de corrosio significativos 4 vida util das estruturas (Andrade, 1990), A aplicagao do inibidor com a superficie timida favorece a penetragdo por difusio, que pode alcangar as armaduras, com cobrimento de 4 cm, em um periodo de 24 dias, segundo Rosignoli et al. (1996), 0 que no entanto nfo ocorreu no presente estudo, apesar de avaliar-se 0 comportamento dos inibidores apds 42 dias com um recobrimento de 1 em. Neste trabalho tentou-se verificar alguma redugdo da isn, quando a superficie dos corpos de prova encontrava-se seca, mas no entanto nenhuma alteragio ocorreu neste sentido. A série MA foi a unica, que aps secagem e aplicago do inibidor permaneceu com ‘mesma izon, 28 demais séries apresentaram um aumento da icon 90 Foto 5.4- Visualizagéo da formaco de dxidos nas armaduras da série V. OL Nas séries MA(S), MA(2) © MA(0,2), ndo houve redugdo da intensidade de corrosio para cobrimentos de 1 cm ¢ tempo de duragdo de ensaio superior ao 24 dias citados por Rosignoli et al. (1996) 5.1.5.1 - Eficiéncia do inibidor frente ao efeito de cloretos Verifica-se nas séries MA(5), MA(2) e MA(0,2), que o inibidor além de nao reduzir a intensidade de corrosio, apresentou, também, uma tendéncia de aumento (Figura 4.6). A série MA. apresenta redugdo de 75% da in, concordando com os testes realizados por Rosignoli et al. (1996), que também observaram uma redugiio de 75% do valor integral do aumento da corrente versus tempo. Entretanto, 0 método utilizado por Rosignoli et al. (1996) © da macrocélula, que segundo Suzuki et al. (apud Helene, 1993) pode induzir a conclusdes erradas, jé que quando forca-se a penetragao de cloretos, mediante a aplicagio de um potencial pode indicar corrente nula, mesmo em presenca de corrosio localizada, Além disto ao forgar-se a penetragdo de cloretos, pode haver também um aumento de ions hidroxilas junto 4s armaduras, 0 que diminui a relagdo cloreto hidroxila, reduzindo a intensidade de corrosio (Gof e Andrade, 1989) 5.1.5.2 - Relaco entre intensidade de corrosao e potencial de corrosio A relagdo entre intensidade e potencial de corrosio ¢ visualizada na Figura 5.5 através de um grifico semi-logaritmico. Apesar da tendéncia de linearidade, os pontos apresentaram-se mais dispersos durante todo o ensaio. Os valores de potenciais que indicam despassivagao (Exn< -275), si um pouco ‘superiores, ao considerar-se como referéncia a faixa de 0,1 a 0,2 A/cm’. 92 100,000 MA(2) @MA(O,2) + MA [EN. DE CORROSAO (HA / em?) 10,000 1,000 0,100 ooro | E ooo L ~ | “800 700-400-310 0-390-200-1000 100 200 POTENCIAL DE CORROSAO (mV) Figura 5.5- Relagdo entre a intensidade de corrosdo e 0 potencial de corrosio no ensaio com cloretos (correlagdo = 0,75) 5.1.6 - Ensaio de envelhecimento acelerado por efeito de carbonatacio das séries normais Pode-se observar na Foto 5.5 a profundidade de carbonatagio dos corpos de prova testemunhos, das séries $, I, Me MS. 0 uso de testemunho foi importante pois permitiu acompanhar a profundidade de carbonatacdo, em algumas etapas dos fluxos. Foi utilizado uma solug&o de fenotftaleina como indicador da profundidade de carbonatagio, onde a parte rosada indica onde nao ocorreu carbonatago e a parte incolor representa a regio ja carbonatado (Rilem, 1988). Observa-se que todos os inibidores utilizados reduziram a intensidade de carbonatagao ja que no estagio 3 ainda apresentou alguma coloragdo carmim em relagao a0 referéncia que esta totalmente incolor. Entretanto, exceto o nitrito de sédio (série I) os demais inibidores no conseguiram impedir 0 inicio da corrosto, apesar de haverem aumentado 0 periodo de iniciagdo em relagdo a série de referéncia © mecanismo de agao do nitrito de sédio ja ¢ conhecido, conforme Calleja Andrade (1973), e parece que sua eficiéncia ¢ bem superior no caso de carbonatagao que no 93 caso de cloretos, Os resultados aqui obtidos coincidem com os anteriormente encontrados por Alonso e Andrade (1995) utilizando a mesma metodologia. Verifica-se que nas primeiras horas do ensaio uma elevago da ior, sendo maior para série sem inibidor, isto ocorre devido a precipitagdo de carbonato de calcio e conseqiente redugio do pH, provocando a corrosio das armaduras. A miagnitude de redugiio do pH depende da reserva alcalina e do teor de alealis do cimento (Gonzalez et al., 1983). TESTEMUNHOS: S. I, Mle MS. Foto 5.5- Corpos de prova testemunhos carbonatados, as 3 ultimas etapas do ensaio, referentes as séries S, I, MI ¢ MS. 94 Possivelmente a menor intensidade da corrosio das séries com inibidor, dar-se por reagdes sobre a superficie da armadura, que aumenta a capacidade de protegdo da pelicula passivadora. 5.1.6.1 - Duragio da fase de iniciagio A série I apresentou maior duragao da fase de iniciagdo ( 9 dias em cémara de carbonatagdo e 76 dias parcialmente submerso), mesmo apés finalizar 0 ensaio, o valor de ico ainda nao tinha ultrapassado 0,2 .A/em’, O emprego do inibidor a base de aminas (séries MI e MS) com diferentes teores, no caso da corrosdo por efeito de carbonatacao, nao apresentou influéncia na duragao da fase de iniciagao. 4,00 4 MI 00 Ms iciagio em dias, para corpos de prova submetidos ao ‘DURAGKO DA FASE DE INCIAGAO (hors) niodespassivou Figura 5.6- Duragdo da fase de efeito de carbonatagao, 5.1.6.2 - Eficiéncia do inibidor frente ao efeito de carbonatacao A série I alcangou uma eficiéncia de 95%, contra 8% da série MI e 17% da série MS. O que pode ser constatado ¢ que, quando ocorre somente a carbonatagao do concreto 95 a série T impediu 0 desenvolvimento do processo de corrosio. Estes valores sao significativos, pois todos corpos de prova mantém-se com mesma umidade durante o monitoramento da isn, fornecendo uma eficiéncia do inibidor coerente com a andlise do desenvolvimento da iar. Entretanto nao dé nenhuma informagao sobre 0 momento da despassivacdo. Observa-se mais uma vez que, um teor maior do inibidor @ base de aminas reduz mais a intensidade de corrosao das armaduras. Uma avaliagao visual através do microsepio pode indicar neste caso a eficiéncia dos inibidores, conforme se vé nas Fotos 5.4¢ 5.5. A barra que estava na argamassa contento nitrito de sédio apresenta-se praticamente isenta de corrosao. ‘Na Figura 5.7 apresenta-se os valores da intensidade de corrosio total das séries submetidas ao efeito de carbonatagao. a 37 si dd 1 s 1 sa Ms Figura 5.7- Intensidade de corrosao total das séries submetidas ao efeito de carbonatagao. INTENS. DE CORROSAO TOTAL (iA? is) Apesar da duragio da fase de iniciagdo das séries MI ¢ MS serem praticamente iguais, a intensidade de corrosio total da série MS é menor. Como a diferenga no é to significativa, isto pode ter sido provocado por uma maior concentragio do inibidor em algumas barras, ou seja, uma deficiéneia da distribuigao do inibidor nos corpos de prova. Foto 5.7- Visualizagao microscopica das armaduras das séries MI e MS. oT 5.1.6.3 - Relacio entre intensidade de corrosao ¢ potencial de corrosiio A série I nao apresentou desenvolvimento da corrosio sob efeito de carbonatagao, 0 que pode ser verificado por uma densidade maior de pontos em uma inica regiao do griifico, As demais séries apresentaram-se varidveis, tendo em alguns casos a tendéncia de desenvolver o processo de corrosio diferenciada pela adigao ou teor do inibidor A relagdo entre icgr € Exar 0S ensaios de carbonatagdo segue uma fungao semi- logaritima de forma idéntica ao encontrado nos ensaios de cloretos. A Figura 5.7 apresenta a relaglo entre iar € Exon para as séries avaliadas, Entretanto os valores observados para 0 potencial em relagdo a faixa de 0,1 a 0,2 .A/cm* sao bastante inferior aos observados para 0 cloretos. 100,000 ° 1 aMI xMS 10.000 ores, Pat) aa 4 aa 2 010 oor OID) -800 -700 -600 -300 -400 -300 -200 -100 © 100 200 POTENCIAL DE CORROSAO (mV) Figura 5.8- Relagao entre a intensidade de corrosdo e 0 potencial de corrosao no ensaio de carbonatacio. 5.1.6.4 - Relacio entre intensidade de corrosio e resisténcia 6hmica tipo de corrosio caracteristico do processo de carbonatagio consiste em regides anédicas e catédicas proximamente separadas tendo-se corrostio de aspecto uniforme. O 98 5.1.6.3 - Relaciio entre intensidade de corrosio ¢ potencial de corrosio A série I nao apresentou desenvolvimento da corrosao sob efeito de carbonatag4o, que pode ser verificado por uma densidade maior de pontos em uma tinica regido do grafico, As demais séries apresentaram-se variaveis, tendo em alguns casos a tendéncia de desenvolver 0 processo de corrosdo diferenciada pela adigdo ou teor do inibidor A relagdo entre iar € Exar Nos ensaios de carbonatagio segue uma fungio semi- logaritima de forma idéntica ao encontrado nos ensaios de cloretos. A Figura 5.7 apresenta a relagdo entre ican € Exon para as séries avaliadas. Entretanto os valores observados para 0 potencial em relagio a faixa de 0,1 a 0,2 Alem? sao bastante inferior aos observados para 0s cloretos. 109.000 - oS wl aM xMS 5 10,000 z 20, = 0004 saenie cos 5 ai 2 o.00 a | 2 £ oo} a] pr ee | 800 -700 -600 -800 400 -300 -200 -100 0 100 200 POTENCIAL DE CORROSAO (mV) Figura 5.8- Relacao entre a intensidade de corrosto e © potencial de corrosao no ensaio de carbonatagao (correlagao = 084), 5.1.6.4 - Relacio entre intensidade de corrosao e resisténcia dhmica 0 tipo de corrosao caracteristico do proceso de carbonatagio consiste em regides anddicas € catédicas proximamente separadas tendo-se corrosio de aspecto uniforme. O 98. controle resistivo implica no fato da taxa de corrosio ser restringida em fungao do fluxo idnico entre as regides anddicas e catédicas. O proceso anddico envolve o transporte dos ions ferrosos da regiéio anddica, antes que ocorra a precipitagao dos mesmos. O movimento destes ions, os quais siio de grande dimensfo, parece ser significativamente dependente da resisténcia a0 movimento idnico do meio (resisténcia 6hmica) ( Bauer, 1995), © comportamento da Ram foi diferenciado para série I, indicando uma maior movimentagdo de ions nos corpos de prova, considerando que a diferenga principal entre as séries foi 0 tipo do inibidor adicionado na mistura. Este efeito deve-se possivelmente a alteragdes das propriedades da argamassa e da camada de passivagdo da armadura_manter- se estvel devido ao Na Figura 5.9 verifica-se que, as séries S, MI e MS apresentaram valores de Roum VerSuS icon similares, indicando que o movimento de ions das séries MI ¢ MS nao é modificada pela adigao do inibidor. Possivelmente a redug&o da sx ¢ devido ao efeito do inibidor sobre a superficie das armaduras. A série MS iniciou 0 ensaio com resisténcia Ghmica semelhante a MI e S, ocorrendo apds 10 horas um aumento de resisténcia Shmica, que se manteve até o final do ensaio, resultado similar foi observado por Nepomuceno (1992), ao estudar materiais de reparo. 10 Q too 5 10 t BE & 0,100 z 2 oo 0.001 10 100 1000 10000 RESISTENCIA OHMICA (ohm) Figura 5.9- Relagao entre a intensidade de corrosao e resisténcia Shmica no ensaio de carbonatagao. 99 Foto 5,9- Visualizagao da formagao de oxidos nas armaduras da série VC. 101 5.1.7.1 - Efieiéneia do jor frente ao efeito de carbonatacio Na Figura 5.10 apresenta-se os valores da intensidade de corrosao total das séries submetidas ao efeito de carbonatagdo. Verifica-se para a série MAC, que o inibidor nao alterou, significativamente, as grandezas avaliadas aps aplicagao do inibidor A série VC obteve uma eficiéncia (E,) de 71%, quando comparado com a série de referéncia, que apresentou sua capacidade de protegdo quando a frente de carbonatagao atingiu as armaduras, Observa-se, que o revestimento nao foi suficiente para impedir a corrosao das armaduras, em um concreto totalmente carbonatado, ct g INTENS.DE.CORROSKO TOTAL (uve? * is) ves ve Figura 5.10- Intensidade de corrosao total das séries submetidas ao efeito de carbonatacao. 5.1.7.2 - Relacio entre intensidade de corrosio e potencial de corrosio Observa-se na Figura 5.11 a relagdo icqr Versus Ee das séries VC e MAC, que durante todo ensaio os valores de Ez diminuem rapidamente, para uma pequena variagao da intensidade de corrosto Os resultados indicam que o inibidor apresenta uma capacidade de protegao, s6 que quando ocorre a carbonatagio, nao pode-se afirmar uma eficiéncia 102 significativa, pois apés a fase de iniciagdo tem um comportamento similar a série sem inibidor. 100,000 VC m MAC & 10,000 } z | = 1000 | g | 2 0100 | 2 ao o.oo | fap 800-700 -600 500 ~400 -300 -200 -100 0 100. 200 POTENCIAL DE CORROSAO (mV) Figura 5.11- Relagio entre a intensidade de corrosao e 0 potencial de corrosio no ensaio de carbonatagao (correlagao = 086). 5.2 - ENSAIOS COMPLEMENTARES Com a finalidade de avaliar a influéncia dos inibidores na estrutura fisica dos corpos de prova, foram realizados os ensaios complementares, 5.2.1 - Absoreao por capilaridade A absorgao capilar é um dos aspectos mais importantes no desenvolvimento da corrosio, ja que o aumento do grau de umidade influencia diretamente na resistividade e indiretamente na intensidade de corrosio, Nos ensaios acelerados de corrosio, a absorgio por capilaridade atuou na fase de imersdo parcial, seja no ensaio por efeito de cloretos, sendo responsivel parcialmente pelo 103 ingresso de cloretos, seja no ensaio por efeito de carbonatagao, atuando na fase de imersio parcial, apés a etapa de carbonatagao. Ao analisar-se os ensaios de absorgao capilar e os ensaios ciclicos de cloretos e de imersio parcial (Figura 5.12), observa-se que a diferenga de absorgao no primeiro caso, com um menor valor da série com nitrito de s6dio, nao se repetiu nos outros ensaios. No caso do ensaio de carbonatagao, isto se deve provavelmente pela disponibilidade de Ca(OH), do cimento empregado, CPII-F 32, 0 que resulta numa colmatagio dos poros capilares. s 5 . j ee 3‘ ul 2 = Bs Ms g = S2 31 1 2 «3 4 5 TEMPO (dias) Figura 5.12- Variagéo de massa da etapa de parcialmente submerso no ensaio de carbonatagao. Embora, possa-se supor, que houve uma alteragdo na microestrutura depois da carbonatacao, no caso dos ensaios de cloretos, nos primeiros ciclos, supde-se que 0s corpos de prova tinham a mesma microestrutura dos utilizados no ensaio de absorgao capilar. Portanto, os resultados do ensaio de absorgao capilar, podem indicar que as condigdes do ensaio com temperatura de secagem a 105 °C, alterou a microestrutura de forma diferenciada, dependendo do tipo de inibidor utilizado. 104 5.2.2 - Resisténcia A compressio Em relagao a série de referéncia observa-se que houve redugdes e aumento de resisténcia com a hidratagao do cimento 3 Bs PERCENTAGEM (%) o8S S888 Figura 5.13- Percentagem da resisténcia a compressio em relagéo a S, curados 7 dias Aos 90 dias, a série I apresentou uma redugao de apenas 2% e 3%, para cura de 7 28 dias, respectivamente, em relagao 4 argamassa sem aditivo. 3 PERCENTAGEM (%) o 8 8 BB Figura 5.14- Percentagem da resisténcia a compressao em relagdo a S, curados 28 dias. 105 As séries MI_e MS, apresentaram comportamentos diferenciados devido ao tempo de cura, possivelmente, devido possivelmente, aos teores empregados apresentar reagdes durante a hidratagao do cimento. Indicando alteragdes microestruturais, que nao foram suficientes para impedir tanto o ingresso de cloretos como CO2, 5.3. - PERDA GRAVIMETRICA. A perda gravimétrica € uma avaliag3o global do processo de corrosdo, nao se discriminando as alteragdes que ocorrem na despassivagao e propagagao da corrosio das armaduras, 20 longo do tempo de acordo com as condigdes de exposigao. A perda gravimétrica deve ser encarada como uma avaliagdo complementar da metodologia, necessaria para aferigio do procedimento experimental ao ser comparada com a perda eletroquimica Verificou-se neste estudo uma excelente correspondéncia entre a perda gravimétrica ea perda eletroquimica (ver Figuras 4.32 e 4.33), 0 que comprova a eficiéncia da técnica da Resisténcia de polarizagao para avaliar os inibidores de corrosao. 5.4 - INFLUENCIA DO USO DE INIBIDORES NA DURABILIDADE A composig&o do concreto, a proporgdo e a natureza dos materiais que © compde devem ser tratadas de forma a conhecer que tipo de concreto esta sendo produzido, para tum determinado ambiente em que sera inserida a estrutura, No presente trabalho, considerando os diferentes desempenho dos inibidores em duas condiges de exposigo bastante comuns para estruturas de concreto armado, constata-se que 0 seu emprego nao pode ser generalizado, Diferentes tipos de inibidores e suas proporgdes devem ser criteriosamente estudados, buscando niio sé aumentar a vida Util, através de um maior periodo de iniciagao, mas, também, para reduzir a intensidade de corrosio no periodo de propagagao, 106 A regulamentagao, do uso desses produtos inibidores de corrosao, ¢ fundamental para garantir um bom desempenho, facilitando a aplicagao dos inibidores de corrosdo nas estruturas de concreto armado. Este estudo objetiva avaliar a capacidade de protegio destes produtos, sendo importante para o meio cientifico, no que diz respeito @ elaboragao de normas, e para o meio téenico, conhecer diante deste estudo, a capacidade de protegao de alguns inibidores de corrosio, avaliados nesta pesquisa 5.5 - ANALISE DOS INIBIDORES UTILIZADOS Considerando as condigdes de ensaio do presente trabalho, frente a presenga de cloretos ¢ carbonatagao, os jores estudados apresentaram resultados bastantes diferenciados, dependendo do ambiente agressivo 5.5.1 - Inibidor base de nitrito de sodio Os resultados obtidos com estes inibidores foram compativeis com os de outros pesquisadores (Andrade & Alonso, 1990) tanto em ambientes contaminados por CO: como por cloretos, No ensaio de envelhecimento acelerado pela ago do COz, 0 niftrito de s6dio ‘manteve as armaduras passivas, tanto durante o processo de carbonatagao como apos a etapa de imerstio parcial, até o final do ensaio, apesar de mostrar uma tendéncia de despassivagdo durante a imersao. Entretanto, na presenga de cloretos, a medida em que se aumentou a quantidade de cloretos através do aumento dos ciclos, houve despassivagiio das armaduras, provavelmente pelo aumento da relagiio CI/NO;, considerando um pardmetro importante para se manter a eficigncia do nitrito na presenga de ions cloretos (Andrade et al., 1986). Isto indica que, 107 para sua utilizagao em ambientes contaminados por cloretos, com o objetivo de garantir a vida titil prevista, deve ser feito um estudo cuidadoso para estabelecer-se a quantidade de nitrito a ser adicionada, em fungio da quantidade de cloretos, que devera penetrar até o fim desta vida util 5.2. - Inibidor base de aminas inibidor comercial a base de aminas utilizado neste trabalho foi ensaiado de acordo com as recomendagdes de uso do fabricante, tendo sido adicionado & mistura em duas concentragdes diferentes, 0,7 Vm’ e 1,4 Vm Este inibidor, em ensaios realizados pelo fabricante, sempre apresenta redugéo na corroso das armaduras do conereto na presenga de cloretos. Entretanto, para muitos dos resultados apresentados nao séo descritos os. precondicionamentos de ensaio, 0 que muitas vezes dificulta a comparagao com os resultados obtidos no presente trabalho. Através da metodologia usada neste trabalho, cuja icq, € um pardmetro de andlise da eficiéneia do inibidor, pode-se dizer que existe uma tendéncia de redugio da intensidade de corrosio ao final do ensaio, especialmente para a maior concentragdo do inibidor. Porém, para emprego em estruturas reais, sAo necessarios mais ensaios para garantir com maior seguranga a sua eficiéncia. E importante 0 acompanhamento de armaduras em estruturas reais onde foi utilizado este tipo de inibidor, na presenga de cloretos. No caso da agdo deste inibidor em argamassas € concretos carbonatados, 0 fabricante nao apresenta nenhum resultado. Através de metodologia utilizada no presente trabalho, 0 inibidor, teve um desempenho semelhante para as duas concentrages empregadas, aumentando significativamente periodo de iniciagao da corrosio, ou seja, 0 momento da despassivagdo, sem entretanto reduzir a intensidade de corrosio ao final do ensaio, na etapa de imersao parcial, E necessario também, neste caso uma avaliagéo mais prolongada, em estruturas reais para assegurar a eficiéncia demonstrada através da ‘metodologia usada neste trabalho. 108 5.5.3 - Inibidor & base de aminoalcool Este inibidor foi aplicado, sobre a superficie dos corpos de prova, de acordo com as recomendagdes do fabricante. Os resultados apresentados pelo fabricante, ainda so muito recentes, acerca da aplicagio em estruturas de conereto armado Nos ensaios realizados neste trabalho, observa-se que, 0 inibidor tem seu desempenho, possivelmente limitado a determinadas condigdes de uso, pois como foi constatado 0 inibidor pode reduzir a intensidade de corrosio para uma condigao especifica de ensaio, ou seja, quando o cloreto foi adicionado mistura no momento do amassamento. Deste modo, é importante informagdes mais detalhadas, do que as informagdes até aqui alcangadas, 5.5.4 - Inibidor a base de amoni © comportamento deste inibidor, aplicado sobre a superficie da armadura, foi bastante diferenciado em fungdo do agressive. A intensidade de corrosao das armaduras na presenga de cloretos teve um efeito inverso ao que se esperava, aumentando ao invés de reduzir. Ja quando a argamassa se carbonatou, este inibidor reduziu bastante a intensidade de corrosio, aumentando praticamente em 100 vezes o tempo de despassivagio das armaduras. Quando colocado na condigao de parcialmente submerso, a intensidade de corrosio foi reduzida quando comparada as armaduras que néo foram pintadas com este inibidor. Neste caso, também, ndo existe nenhuma informagdo do fabricante em relag&io ao seu comportamento quando o conereto apresenta-se carbonatado. 109 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALONSO, C., ANDRADE, C., ARGIZ, Cand MALRIC NA3POsF As linhibitor of Corroding Reinforcement In Carbonated Concrete. Cement and Concrete Research, 26, n°3, 405-415, 1996. AL-BORNO, A., ISLAM, M. and KHRAISHI, R. Multicomponent corrosion inhibitor system for recirculating cooling water systems. Corrosion Science, Vol. 45, n° 12, pp. 970-975, Dec. 1989. AL-GAHTANI, A.S., RASHEEDUZZAFAR & HUSSAN, SE. 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