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A Bondade |e PADRE FABER (Ontorin0) A Bondade (Conferencia spiritual) TPraduceso 1935 Tan do “tar Catoiee at de Fee — ‘Jule do ea, 27 ale Aprile 1905, "Pe, Arthur B, Hoyer, .¥. D. DAPRIMATUR Pm, an/4/a8 Fastin, Bispo 40 3. Fea le de W6en, aie 27 Apr. 1995, Pe, Manoel Kénnor, 8 ¥. D. 3 A bondade em geral FRAQUEZA do homem, a sua mic sera, condigio de ente & mercé dos accidentes exteriores deste mundo, Stem sido sempre para os moralistas tum thema favorito de declamagies, e as suas amplifieagdes tem sido de tal modo exagge radas, que acabimos por Ihes sentir o vacuo © por protestar contra essa rhetor Sem davida, 9 homem & fraquissimo, $6 passivo pide ficar ante a tempestade, © 56 po de fugit num tersemota. Nfo est 4 vonta- de para manejar-o seu batel na tormenta, nem para se defender da peste que Ihe desdla a ‘casa, O calor ¢ 0 frio, 2 seera ea chuva se horéam-no, E’ mais fraco que 0 elephante, ¢ ‘6 miio vento basta para pol-o em talas. Tudo isto € muito real; porém, em summa, 0 ho- ‘mem tem uum poder consideravel; e, como pos- swidor deste globo terrestre, acha-se investido de direitos senhoriaes, ao menos tio lisonjei- tos como 8 que © proprictario tem sobre suas terras num paiz livre, Tem sobretudo um po dor a que nao se presta bastante attenclo, e dde que nos vamos agora occupar: € 0 poiler dde espalhar o hem no mundo, ov pelo menos de ditninuir bastante a massa’ de soffrimento, ara tornar este mundo bem diferente do que é Esse poder chama-se a Bandade, Como 9 nosso prosedimento ans para comm es outros & a fonte mis fecunda de" nossas eas as mals amargas, seguese que, si a fondade {ose a ona regea de proceter, 0 riundo actual serin qons!reviadoy Sonos, ma Iaioria, infelizes porque 0 mando & sem dé nem picdade: porem ¢ mundo. 26, € 0 que € por fala de bondade nas utidades que o com em, isto &, em cada uit de ds Adhitta- thos que tudo isto 26 seja verdadero pela me- tales waeriaaitda a. pena procurar’ formar ios re ies sobre & fonda. Com mais facidade-pratkamos aquilo que pos € claramente conhecido. Campee. primero nos perguntarmes 0 ave é a bondade, onguanto, & forga de ser de to diario, as plavras acaba por no ferem ‘unis para nds sino sim significado confuse ficam sendo camo cifras sigaes symbotios, nos eomtentamon com a impressio getal que fazer sobre non. Veja, pois, de tis pers 40, 0 que ¢ a bondae, © ttenos de dese: el Gomo melhor pudermos, A Tondade consiste no_transbordamento de si proprio nos asitros: é por_os outros no lugar de sie tratal-os como nds proprins qui- ‘efamos ser tratados. Trasvasamvo-tos em ot ‘rem, ¢ por emquanio nos vemos nelle ¢ elle fem n6s;/0 nosso amor-proprio despe-se da sta firma € se compraz em esqueser se ‘Mas no podemos falar de vistudes sem semmios transportados ao pensamento de Deus, Que seria pois o Ser soberanamente feliz -e 5 cxernsse iransbordamento de si proprio nos tuteogf que seria sindo 0 aco da creagio A sreagio fof wma bondade divina. Dahi de- Sorre, como de sue fonte, toda bondade eres- {Ey chm suae influence, suse dogiras ¢ todos seus. desenveimentos reacs ow possves, eat, por certo, umm _honrosa genealogin pare a ittuds que nos cecpa, Tm seguida, a bondade & o sentimento we nos far it ent wostonro dos nossos wie: thantce que esto na necenidade, ¢ ajudalos Sega © nosso poder, Ora, fal € a obra dos attributes divinos, para sort” as eretiras! a omunipotenca esta inessantementeocupada tm reparar as hossas fraqueras; jostisa, em Corrgh-nos os erros; a tisericori ent coe Solar‘ob cornice que havemoe parti; cont fantemente a verdade repara as consequencias ‘is mows falda, e a scienca infin tira frtdo da nowssignoraneia, como de profne 4k caleto, Numa palavr, poderse‘a defnir 4 Provideca como senda 0 xl constante due a5 dvinas perfegdes prestam’ &s “nossa Stnperfeicdes, © bondade £0 nosso modo de Jian essa aco ving ‘A bondade & tamben: semelhante & div ni gragp; pos d& aos horsens agilo que Ihes "io poe arom raorera ne o8 rece fos pessoes, © que ella Thes da algo que ies fala, alguma conse que deve vir de outro, am por exerplo sim consilo, Dens, 0 mo fo por que ela dé € um beneficio eal, muito ‘ais precios do que A propria aia, Ora, ‘Mo é esse en emblem da graga ? A tndade_ameniea tudo. E* a bondade age se ite em res tvs da vids he as suas bres delisonss con sc periic tes ballon Quer sje attenta part cm tr tuperiore, quer se faga a serva dos inf Flores, quer trate com iguas, 03 seus proces tos sioassgnalados por una prodigaidade Gh a mals erica distriefo io podetia cone Surae. que ella fas de superfito, uma vez Fealsado parece © qoe hava de mals neta: Fo no ovindo, St oma uta magus, faz mics do que smplesmente acalmiay st ali ia una Secesidade, fo pide’ dear de ir amas longe anda. O seu modo de agir €-1ma Targuect de medidas ‘inapresave. Pde ‘lla or coonamia os seus dons, mas nfo a poe a sta gracisidade en dat. Ora, {ado isto aque otra cousa € sndo ua imagem da pro. fasto do goverto divino 2 Tanto'6-¢ que, par Fhe rae stat” chr fh toda parte 4 bondade enlagada com pent samento de Deus. ie Em altima tagar, o impulso seereto, 0 iinet que not fae” agir por bondade, é ¢ Foro mals nore de ns neo 9 vst tos fine dada na origem. Nao devemos, pois cara bondade como wm desenvolsents commun ¢ vulgar a nossa nature a grande nobresa da Ininanidade que deia de {ol parte entrevér'o seu typo celeste © s5 suas FamifieagSes com os mysterios. termes algo que provém mais de Deus que do ho- ment ou que peo stenos sahe da ala buna 7 jjastamente no ponto em que a imagem diving foi mais profundamente gravada. Eis abi o que é a bondade. Agora, afim de termos della idéa mais clara ainda, ‘consi- Seremos-the a obra no mundo. Ella forma a vida mais supportavel. A\ vida, esse fardo que pesa tanto sobre as multidées dos fithos dos hhomens, esse jgo muitas vezes to differente dos jugos communs, que 0 habito allivia ou ‘que a familiaridade torna mais. supporiaveis; fesse jugo que @ mio do tempo calea cam to- do 0 seu poder sobre hombros tanto mais ma- tgoados quanto mais pacientes; a vida... par Fa quantos ndo ¢ ella quasi insupportavet ¢ ‘Mas, sem recorrermos a esses extrems, Dastaria $6 0 pescado para tormar a vida int leravel yara o homem virtuoso. Para isto, nfo se faz mister que o peccado seja actual: a simples possibilidade, o perigo, a facilidade e cahir, a tentacio, o exemplo tio multipica- do em derredor de’ nds, 0 estado abominavel de pesstias que nos sto infinitamente superio- res, tudo isto bastaria para que a vida nos es olasse a pociencia até 4 ultima géta. Em to- dos esses casos missio da hondacde deve ser tornar a vida mais supportavel; si commu mente alla s6 em parte € bem succedida, tem pelo menos uma somme de exito garam, ’ verdade que somos nés_proprios, an- tes que 06 outros, que nos infelicitamos. Gran- de parte das maguas que nos causamos vém de que 6s acontecimentes da vida iérem os nnossos sentimentos em materia de justiga, © 0 8 auwibuto inestante do mundo nunca deiva Serar a chaga, Hoa pessoas cujos talentos sto complta- tenia paraysados e perdidos pata © mundo por cost especie de acebidade cm setir ae Justga. Atravessam a vida como um nate: fo, como sia veuto da injutiga,soprando Solr elles ou sabre puttos, os houvesse des. sestein, Quan tomem am lit de ea toss como esieh caval que ee cupinart a fat, objeto an longo da stra, Ella pro” etiam, e-no entanto morrem stm nada hae ‘er prose, Para essa expece de docptes a Bondade tambon oferece remedion. Cada béa acsdo salitaria que se faz no amo, conti bie acivamente an sia espera de influenel, fara rebels? 0 elo enre 0 bem e-6 Mal. Quanio nai obras hs ha a tesra em dla moment, tanto ais 0 egulibig tende a restabdlece-se entre o justo e' injustos ot, anes, vanagem esid’ do lado bum, pols ¢ Bondade se alla juga para aticar' ofl € Tonio a terra. A justiga € uma virtude nes cessaramante aggresive, © a bondade a Smabilidade du jure Consequenie com a sua divina origem ¢ com a sta gencalogia, que remonta ao primes To acto da ereagio, essa meiga viride € fal em jim se alastar do plano primi de Daais creado. Elle queria uc inn fose fale; a bondade o quer tambetn; elle dave’ meio de ser fl, e'8 bondade far parte con. Slderavel desse poder. ela sta eagio, man 9 dava elle & creagio que fosse feliz, ¢ a bon- fade emprega todos os meios de indulgencia fe persutsio para recondurir mundo rebelde fo mandamento divine, Deus considera 0 anvundo decabido © arrepende-se de ter feito 0 hhomem; e a bondade prende o seu olhar, 10 tanto sobre a ruina da idéa primitiva de Deas quanto sobre es38 propria idéa na sua monifi- cencia; pGe-se em obra, purifica 0 que estit maculado e restanra o que esti apagaddo; de~ plora.o peccado, mas, tal como os coragies ge nerosos € contfiantes, acha no seu pesar 0 mitis porletoso motivo de actividede; esta. sempre fm. trahatho em mais de mil pontos; mas oseu trabalho € em. toda parte o mesmo, em toda parte € recondurir © mundo de Deus a0 seit Uesigaio. primitive, Mas, emuanto assim se pe a servigo do Deus ereador, a bondade nao. é menos activa ¢ iti em ihe aplanar a trilba na sua qua lidade de Salvador. Occupa-se constantemente cm the reconqistar almas trancviadas, can The absie eoragées.que_paresiam obstinadamente fechados, em iluminar espiitos voluntari mente obscuresidos, em Tangar habilmente @ soceoero da esperaniga nas pragas que o deses- pero ia fazer capitular. Sob a sua infleescs, 2 fraqueea torna-se mais corajosa, a coragem Inala generose, a generosidale mais heroee Em toda parte a ondade mostra-se a melhor rioneita do. Presioo Sangue. Muitas vere a fossa propria conversio data. de alguns acios de hondate feito ow resebidos, ¢- provavel: Imente a tzioria dos arcepentimentos. teem 10 vindo por occasidéo de algumas bondades que commeveram o coragio, menos por serem fnesperadas do que por se sentir que tinham sido pouco merecidas. Sem duyida, 0 temor do Senhor € muitas vyeres 0 principio dessa sabedoria a que se chama conversio; mas ha que atemorizar 0s Ihomens com bondade, pois do contrario o t ‘mor 36 fard infidis. A’ bondade tem convert do mais peccadores do que o zelo, a cloquen~ ia om a instrucgio; © estas tres’ cousas,j mais conyerteram alguem sem que a bondade tenha tido nisso alguma parte. Numa palavra, a bondade torna-nos como denses uns para ‘0s auitros. Comtudo, mesmo elevando-nos ta to, ella nos retém ‘décemento na humildade, porquanto © sentimento continuo que um bom coragio tem daquillo que The falta de bonda- de, febaixa-o constantemente na esta pro- pila. No ha coragSes que possam prescindir menos da bondade do que o que transbordam dalla Consideremos, porém, o nosso assumpto ob outro ponto de vista. Qual € 0 effeito da ondade sobre os que he si0. 05 objectos ? Ja Ihe considerames 0 officio sobre uma ‘grande escala no mundo inteiro; restrinjamos ‘agora 0 nosso campo de observagio, © veja- mos-the a obra sobre os seus objectos imme- datos. (© que primelramente notimos € 9 im- ‘monso poder da bondade para fazer resaltar © ‘que ha de bem nos caracteres. Em quasi todos ts homens ha mais bem do que as FelagSes de " eciedade nos permittem perceber. Na real Shade podemos Julger, por algunas résteas de fer Coksegudas aul e acols que a maiotia dios homens levam para o tumlo mite 20- fees que lo achow como se desenvlve. TE raro que a vida seja assaz vatiada © assez ayenturesa para peril home Seeewolar tudo o que a nll, Ua crestara aja heranga abrange a vida elerma, nfo deve SS nn seta any ma 9 eR co para dar amostras daguilo que pode ser Peep oer Borém, ademas dias, quem nfo Sate o quanto indoles mesmo vicioss ou des- Sgradaveis so capares de se expand sob a fend. de alguns raios de ondade 7 VE ar cao genera, joven ¢ igre, ertr-se dna massa de poquenezas que, & Sioa; senientos de por, sobrevin- {ios anmos de pecado, sahem de repente dos Sus secretos redustos; diversas virtues co- dram ida & desde 0 Dergo, 0 seu amplexo fasta para suftocar habion formados ha vin- fe anos Tverd de que nos admirarmos vendo os recursos que a graga Pine descobrir nes ind ‘iduog"ue,promettns menos ? Si reflectsse- Jos itso tanto quanto a causa. merece, isto ‘islaria para tmdar as nosis ideas sobre. 0 mundo, Mas a bondade no revlla sO estas Cousas ao obeervador que catuda o mundo; fevdla tamlem o howem'a s proprio; dsper- {2 do seu protundo, torpor 0 respeito de si mesmo, que logo se alla daca e se The pix Zlica 4o\ contacto. Ha mais do que Tevelagio, 2 his desenvolvimento. A bondade dé vigor © seiva ds vttuoss dispsigbes que se atabam fect foresee cate; eae faa e lostressy ensina& alia que se Tee Sere a agir segundo prncpis elevadon © cm ‘otivoe generowos; protege e defen 4 ean. Talesesenga oral. dbs perigee que» cccim= Um Mfutas vezes, foi aco. de bondade we evant dass quéda 0 guerra que de- pps tou. por dex mil os tsinigoe. do seu clr; aeabou por ensrar coos vencedor ta Cidade celeste, scolbido peas accamagbes dos Samos e pela felctagtes do set Sobe- uo Rel io & orém, ha mais de eineo mil aanos, mal saben ‘do o que seja uma derrota. Esses’ pequeninos séres sio 0s actos de bondade que se alistam no servigo de Deus da manha A noite, ¢ € a segunda obra que Ibes é ecnfiada © diminuil- rem o numero dos peceados. A alma quasi 10 tem privilegios comparavels ao de diminuir 0 smumero das suas faltas, ¢ € 0 que esta quasi todo dia em nosso poder, e quigh varias veres por dia, Outra cousa que a londaile opéra no co- rasio alheio é animar os esforeos_ virtuosos, (Os habitos do peccado deixam —apés si mais de um Tegado molesto, mesmo quando so des- truidos. Uma das porgdes mais funestas des- sa heranga consiste no dessnimo, Ha poticos obstaculos que offerecam tanta “resistencia 4 rasa, sem exceptuar siquer a obstinagao. Po- dlemos vér um diluvio de graga cahir nama al- 4 rma desanimada, sem que ella_mostre um 36 signal de retorno 4 vida. A graga passa por cima, como @ chuva por sobre wm telhado Quer tome s forma de melancolia, de 1e- thargia ou de illusio, o desanimo reclama um assédio em regra por parte da misericordia di- vvina; do contrario, resistiré até o fim. Todos, alids, temos necessidade de incitamento para fazet_o- bem, A senda da virtude, mesmo quando nfo nos conduz 4s alturas, € rude © pedregoss, © cada etapa é um pouco mais lon- a que as nossas forgas, sem que tenhamos meio de encurtala, As vinte ¢ quatro horas sho as mesmas para todos; a menos que, pt- ta 0 ocioso, o fastio e @ monotonia a8 facam contar por trinta © seis. Amaes a Deus, 6 possivel; © 0 amaes smu realmente; tenes eonstantemente debai- Xo dos olhos motivos elevados; apesar disto deveis sentir que suis em breve acossado pelo cansago, ¢ talver essa fadiga augiente regu Jarmente com’ os annos; ora, lembrae-vos de «Que provasio no foi para vés « fata de sym- pati, € de comp, eno, tudo vos pareia i Iusio,’ porque ‘80 hava ninguem para vos alentar’ Ail quant coragdes nobres teem Cambio ao peso desse acabrunhamento, que, final de contas, nada tem de degradamel ‘Quantos planos para a gloria de Deus esbo- roulos & aingua ‘de um sorriso ¢ de um otha amigo! Mas as estavamos entregues nossa faina © nos nfo incommodavartos com a. doa 18 outros; talvez uma pontina de inveja nos ha- ja tornado frios e promptos a censurar, de Sorte que esse soceorro tio facil nds noo Dprestimos a nosso irmio, ou, melhor dizendo, 2 Nosso. Senhor. Quantos estabelecimentos para o allivio dos pobres ou para a salvacéo fas alias teem definhado, antes & mingua de sympathia do que por falta de dinheiro! A mmpathia! eusta to pouco... ¢ todavia, por ‘lo a ter achado, tal padre acabou por ceder fas armas a0 sew acabrunhamento solitario, ¢, ‘quasi sem culpa de sua parte, deixou penetrar ts lobos no pequeno cercado que o Mestre the Travia dado guardar com tanto amor! Oh! ‘que maldigio a dureza ! Quando penso no Pre- Sioso Sangue, sinto-me mais tranguillo sobre ‘es meus peceados, para o dia de juizo, do que sobre minha dureza, com todo 9 seu exercito de eonsequencias fatnes. Mas, si no podemos imaginar a extensio das devastagées causadas pela dureza, tio pouco poiemos apreciar os resultados da bondade, A's vezes um coragio esti: prestes a suecum= bir, arréa cada vez mais sobre si proprio; a muvem de tristeza se adensa; as tentagies se ‘multiplieam e axigmentam a todo momenta: tudo prenuncia uma quéda, Eis, porém, ja ‘nfo digo uma acgio oa uma palavra de hon- sade, cis um simples tom de voz, um simples colar que falou de sympathia ao pobre cara ¢ tudo se restaura, Nao foi mister mais Go que esse raio de humanidade para fazer 16 reviver a alma abatida, e yara animal-a a re: Tomar, sem regatear, a trilha que o desalento havia ‘quasi abandonado. A. falta poderia ter sido para aquella alma o primero passo que a teria conduzido a uma perda irreparavel; € © encorajamento que a salvou sera talvez 0 primeiro do dumma cadéa que se chamara per- severanca final, quando fiver attingido 0 seu ccamprimento. Poucos homens ha que possam passar sem louvor, e é rare que um homem possa set Touvado. impunemente. E’ esta uma difficul- dade, Encarar com indulgencia todas as en fermidades humanas, € sabedoria; cumpre porém nio lisonjeal-as. Ha pessoas que podem passar sem 0 louvor dos outros, porque esto Constantemente a se applaudirem a si mesmas; fa sua vaidade pée-nas no caso de se conte tarem com isso; e de todos os vicios a va dade & o que mais pie & vontade. Infelizmen- te € sempre um vido. Tal quer prescindir de elogio, © qual se torna fantastico e amargo nos seus juizo8, 0 que mostra que a sia graga mio chegava a essa altura. Outros conseguem prescindir de Touvor, porque io inteiramente de Deus; mas, ai! nfo previsaria muito tempo para fazer 0 Tecenseamento desta parte da populagio do globo, Farse preciso lowar a quasi to- dos. 6s homens; sem o que todas as suas fontes estancam, Os que teem autoridade sa dem=no bem; devem apprender a louvar sem © parecer. Ora, a bondade tem toda a effica- cia do louyor, sem Ihe ter 05 dofeitos: todas a3 v virtudes medlcinaes, sem o veneno. Quatide nos louvam, € sempre & custa de alguem, © gue somos 6s; a0 paso que a bon- fo se faz pagar, enriquecendo a quer prodigo. (© Jouvor tem sempre algo de protector «¢ essa especie de condeseendencia eujo fndo & pouico gracioso; ao passo que a affabilidade @ a attitude mais graciosa que am homem pos- sa assimir para com coittra homem, Pode pois dizer que € ainda wma das fmogies da hondade o fazer as vezes de louvor; ¢, real- mente, @ a unica especie de lonvor que no faz mal; a unica que é verdadeita em toda parte, sempre verdadeira; a unica que pode ser acolhida em toda seguranga por uma al- sma que teme 0 amor-propri, Demis, a bondade se adquire: ma box acgio mines fien sé: a fecundidade’ pertor- cehe de dircto; una primeira leva a outea © os indus inlefinidamente. © nosso. exer Ho sera seguid por otros, e ese acto unico Gita rizes em tas as tiecgiee; € as ral 25 dip nascimento. a novos rebentos que vi 1 et avons de. scent ete. so quanto rapido. Nao € 26 ef nos que esa fectldade se manifesta, ou naquclles ue nes seguem o exemplos € principalmente ta pro- Dra pessoa que foi objecto do benefiio, A Sbra-prima. da bondade com elfeit, ia Dlanlarse non que The reccem os frucios. © turns eles joprioseneslents ‘Os me hores dos homens aio em geral os gue chs. Fam mais benevolencia, = i. 18 Acham-se realnente ds vezes, segundo a let que faz que as naturezas nobres saibam tirar © hem do mal, homens que, depois de terena tido que soffrer da indifferenga dos outros, sho elles mesinos protigos da sua benevoleu- cia quando teem o poder disso, Mas, em regra geral, 6 2 bondade que produz 2 bondade, As- 'sit) Como nbs proptios nos tornamos melho- res_pondo em pratica a benevolencia, assim ‘ambem as pessoas a quem fazemos bem ap- prendem a scr benevolantes, ox, si jé 0 eram, 4 serem-no mais ainda Assim'a bondade se propaga de todos os lados; talver nfo haja ‘um 36 dos seus actos que se perea e cuja in- fiueneia no estenda insensivelmente as sas ondulagbes para além dos secalos, Por todos estes motives, vése que o maior servis G0 que se possa prestar a alguem & mostrar- The benevolencia. Depois da graca de Deus, ‘lo ha nada mais precioso para alguem. Dir-se-ia que a benevolencia conlaece wnya Fonte de alegria nas secretas profunderas da alma, © que nfo pide tocar nella sem que 0 Coragio seja todo inundado. Uma felicidade intima segue quasi sempre uma boa acgio. Ora, quem € que nko experimentow que um sentimento de felicidade é 0 ambiente em que se fazem as grandes cousas por Deus? Demais, a bondade ¢ uma occupagio que nos approxi- ma constantemente do nosso Creador, e que suppoe vatias operagées sobrenaturaes nos ‘que se dedicam a ella por motivos de #é. Uma Iultidio de gracas, mais do que as fora mis- tér para fazer um’ santo, acompanham-na ow sequen-na. 9 A experiencia pareceria provar que @ be: evoleasia nfo. brota. por si mesma. natural Thome ao solo da juventude, A gente se tornd tmais benevolente avangando em edade, © pos- fo se emontrem sem duvida natures bem Sispostas desde o bergo, raramente se_vé um, Sue on ina reparign realiiente presiaves edo, meso ivedo, assim como io. mundo Tntural a bondade presuppBe uma cerla ida- Sno undo apa presuppe, ua cra Nao pertence a0 print fervor, po- FEn'A matatidade; e, effectivamente, 2 bon dade christ suppie um grio de graga que ‘quasi garantiria a pratiea da humildade, Um Srgulhoso, raramente € benevolo; mas, em- quanto s humildade nos dispée para a bond der bondade nos fora ilies; © & um dos ‘inierovos exemplos que provam que as vir- tudes eas. boas qualidades sfo_ alternative: mente effetor casa una para 8 outa, € fie se. repreduzem expontaneamente a si Dizet que a humildade seja uma virtude facil de adquirie seria uma loueura; 0 pri meiro degrio della € diffiil de galgar; pode- se porén dizer, em louvor da bondade, que esta the & 0 caminho mais seguro © mais far cil. Ora, nio-€ justamente a humildade o de 28 preismos, o ae deseamos, o que deve Fomper as nossas barreiras © por-nos em con- digdes de irmos mais livremente para Deus? A boudade nos proporciona tantos bens, que seria talvex mais facil diver o que ella nia faz, slo que Ihe estabelecer conta positiva, Ella 2 ‘opera sobre certos caracteres mais do que s0- bre outros; mas a todos acarreta maravilho- sas metamorphoses. Fella que anaciia a maio~ Fia dos homens a se despojar daquillo que a juventude tem de verde ¢ de desagradavel, lo que a idade madura tem a principio ‘de Gesdenhoso, Nio se poderia erér 0 quanto lla Ea um tempo poderosa e branda, energica ¢ pacifiea, constante ¢ feliz na sua influencia fobte as nossas disposigées; 0 quanto nos tor hha reflectides © considerados. Outro effeita da bondade é tornar viris as nossas virwides. Faz desapparecer esse Yom dotente que & o lado desagradavel da pie- Gade principiante, A queixa pode sobreyiver, fea idae €-0 soffrimento poderdo trazel-a no- vamente 4 fona; mas, em todo caso, fica por muito tempo escondia; a maré alta’ da gens: tosidadle occulta. os nostos baixios © as. areias antes da nossa Infancia espiritud tarde, rios nossos velbos dias, elles se trahiray aioda por algum fervilhar dogua furva, a menos que sejamios assaz felizes para sermes do peyieno umera daquelles ca coragio fica mais joven @ medida que a ex bega envelhece. Um homem de bem & wm ho: ‘nen egja cabeca miner esti oceupada coms igo mesino; € alegre, sympathico ¢ bravo. Cie tho dizer, nina palavra, todos os bens die fos vet da’ praties da’ bondade? File nos prepara de inodo especial fara a Senda da itor puro © desiitersesado de Dens messi ai Por eetto, nfo podemos dizer quie este as sumpto seja poueo importante; é, em realida- je, conforme mostraremos nas proximas con- fetencias, uma parte consideravel da. vida es piitual, Em todas as regides da espirituali fade, a bondade acha 9 seu Inga, as suas dif- rentes Funegbes; ¢ em parte aliguma cesem- penha papel inferior. E’, ademais, uma par- ticipagdo especial no espirito de Jesus, vida de toda santidade, Ella reconilia os ‘mun- Gan0s com 0 espirito religiosa; e, por mais espreziveis que sejam os mundanos em si, como elles teem almas a salvar, seria grande rene para desejar que as pessoas de piedade condescendessem em tornar menos aggressi- va a sta devogéo, quando o possam sem re- lsxamento ¢ sem coneessio de principios, Considerados como classe, no € nos de~ ‘voios que cumpre buscar a bondade doce e amavel, B” escandaloso de dizer} mas como hha mito menos escandalo na confissio do que rno proprio facto, quero aventurar-me, pata 0 maior bem, a dizer que as pessoas religiosas ‘ém, em geral, alguma cousa de duro, Que queteis ? a nossa pobre natureza nfo pide fa- et tudo ap mesmo tempo; e, demasiadas ve- 2es, deixa-se a bondade inculta como wn cam- po cujo valor se iio conhece. Dahi vem o ser- ‘mos as yezes caridosos, compassivos ¢ dedica- los, sem termios esse perfuine de amabilidade © de delicadeza que constitue a bondade tal como a entendemos. Juntemos esse aroma As ragas da escolha que’ possuimos talvez, ¢ con- Verteremns dex pessoas, 1d onde os preconeei- 2 tos de uma s8 nos dio agora muito que fazer. Sivha ma devoglo tina especie de cgois: ‘mo espirtual, menos a condermar do que a Tastimar, mol me aprazeria pensar que. seit uum mal irremediavel; c, cerlamente, pide a etic fazer com que o exidada de ¢ proprio ‘Mo prejudigae sua delicada bondage; pare isto, mais nao ee requer que um poweo de es forgo. de vigllanci A ‘bondade, como gta: sa cetnente Hasan cat 98 Passo que as porgdes da vida esprital’ que hos dobram sobre nds tesmos para nos reim~ thermos, estudar 0 nosso interior © guerda-o, o'sio. demasiado cxclusivamente Considerada sob 0. seu verdadeiro ponto de vista, a bondade é & grande causa de Deis to mundo, Onde ella & aural, cumpre sobre naturalizal-a; onde afo € natufal, cumpee ine Plantala, sobretaturalmente, ‘Que € 2 nossa Vida sino una mistio de ir por toda parte conde lla pile ating, para reconquistar 6 dominio. deste desgragado mundo para a bear titude divina? Deve ser um sacriticio de nds mesmos & felicidade da vida divina pelo mara~ Yilloso apostolado di. bondade ul @ Bondade em pensamento Enoontramolo ainda no swindo na fara tanto quanto no. mundo moral Gis no mundo expituals , etsment, 0 atle ios a casas, que Ihe slo ros fies fe noe revs a sia verdad origem esis esthoocuto em toda parte, ea sa ura se mates atraver dae soinas teesaa_que’o fara "sta; derramase ta Siperfiges transborda, invade staverente © smivers, Aelogura do Dens oceito € a ale fs vido worrio du natorer eo co $619 por toda parte presente a0 sotinen amos a elle eatimol-o, vemos por cle: Tle Yoda gare «soup Pl. Bh le Se torn téo natural ara nbs, -que m6, por assim dizer, nfo the prstamos mais atfenea. Asa preseoga 4 como ais, quando. no vanes a face do oly como a Tans ora detrar Sinno-se entre on rocked nas alias monta- nhs, ora insinwandorse por entre a8 mavens Tesgadan, ore, repotando.a Intervals ate ver a abolada oniulae des ores, ort brincanda em dardos.argenteos até-no’ pros 24 fundo azul dos mares entre os rochedos © a8 hervas ‘marinhas. Entrtanto, net todas as consas offereoem passage igualinente facil so raio divino; ha teios mais ou menos trans- Darentes, mais ot mienos opacos; ha. cousas Trais paderosas que as outras para. rflectir Deus. Or, no mundo moral que por agora € 0 que tos occupa ‘nteiramente, 3 pensa~ Inentosbenevolos temo privlegio parteular de fazer penetrar em naa Tur do Deus oo walt. Os pensameatos dos homens sf0 todo um smundo™ fammenso. einfnitamente multiplot Inesmo_ os de cada individao foun mundo ura elle, umn tnundo sssombrosamente extem 0, mestho quando se trata de um espitito ex facia, Asst todos n6s, eoquanto. exstimos, tenons um mtn interior a governar, £6 he & realmente rei aguelle que effectivamente. 0 governa, Sem duvida, somos grandemente ite fiuenciados: peas cousas exterores, © a8 nos- sa8 disposigdes naturaes dopendem, ent grat dle pare, da educagio. Mas, apesat dato, € 00 Jmerior que se forma o caracter; € so mando dias nosios pensamentos que dlle & elaborade, © € la que devemos ir para agir sobre elle Quem & senhor no interiot, & senhor em toda parte; ¢ aquelle cuja energia néo € su- perada pelos proprios pensamentos, quelle ‘ove spprendet a gavertalos, esse. possie-se se governa todo, As fontes da palavra ¢ da acy ale das cavernas secretas do nda do pensamento; apossar-se das fontes, € as senlorearsse da cidade. O. poder de’ aturan 25 nnercadoria tio importante na vida, fabricase Srbem no siundo’ da pensamento, Exit, a {ino da graga com a sturera € 0 16 da nos- Nida, a paiva da noses voeagio. O ponto que @ graga e a-matureen se encontram € {rerente em todos os homens, e esse pon- fo que decide a foram ds nossa obra e 0 tra {0 lisinetvp da nosea santidade, O conheei- to esse pont seareta 180 86 intl ia do oso passado, mas sinds oma vi- Sey astante clara do nosso futro, sm eon Sr que €a un do presente, Pois hem! a unio ‘is ttureza com a gragn opérase, em grande farte, no mundo do. pensamento Ors, si os nossos pensamentos slo. assim io importantes, e si, Contra parte, a bonda- de fom o aleanve que The foi consignado na yplestra precedente, segue-se que os pensa- Imentgs benevalos so de immensa consequen- cia. Si alguem esti no habito de pensar nos ‘ontros com bondade, ¢ isto por motivos sobre- ‘naturaes, ndo esté longe de ser santo, Um ho- mem dessa tempera nao & s6 benevolente por accesso ow par acaso} 08 seus primeiros pen samentos. so. caridosos, ¢ elle no se arre- Pend, ainda quando elles acarretem uma sé Fe de soffrimentos e de desgostos; todos 0s Ses outros pensamentos teem a mesma ten- encia, e nfo passam incessantemente do brat- £9 a0 preto; mesmo quando paixdes subitas © loques violentos os vem pér em movimento, cles se acalmam de uma mancira déce para 98 oulros, e isto invariavelmente, Eases homens so raros, porque a bott~ dade em pensamento é mais rara do que a ondade em palavras ou em acgio. Ella pre~ suppie que @ gente pense fos outros sem os fritiar, 0 que € ainda mais raro. As pessoas sefivas’ io mais propensas 4 critica; sio ese Piritos cujo pensamento transborda. Fm see Trefhante caso, ha. que fazer com que 05 pene famentos de caridade formem como que um Tialuarte contra si proprio. Amenizando, os ppensamentos no nascedouro, corrigir-se-i © azedume dos juizos Mas a bondade em pensamento, soppie tanbem um gontato com Dey um Heal die vino tas noses alas; no psc vie de fone Tos aly tal como, to de o amor da Tellems Néo pode ser dictada pelo Inerete Pesca, em cctiada ela paito; no ta Dada de insidioeo, mas shee sempre 0 cam nova aigum sacrifici, E sob 0 dedo de Dea oe a feote tal deve jorrar, Péde cla vines hte os densos nevocios da terra, gorge Fespira ar eso dos foe ¢ 0 perfume dg percraa erenura quando o Creador WEI fella Suppoe tamben babit dlameramente Uppostor 4 una visio soperical de todas al chusas No ha nade que dé profunders 20 eto co’ i de de aa Sifted no se pe contents com supe iis achar o seu alimento. K Ora, no homem as supericies so ger mente peiores do que as profundezas reaesg pode haver excepgées a isto, mas penso a ado mito rargst sb 0 nous eu & que no gt ie Me tas amplo_ combina. NOSES ree cas mals provnday, da vida S40 oem HENS hada bom superfcaes; pormue quo ov sabes o ue Deas petende face der Fore ado que lle! Temes alguna. mofo sore ta nosa salvia; como & por ida que transborda,& mals do que theo- Fao pintoph mais soube conveniente- nent explat (que poems dizer om sepuranca,& "Se aproxnata dso de, Deo «ot Consegent, no «mais verdadeir, sno srtniee rehoente werdadeita, € a caridade, A irda ‘sos penamentos , ois, ma rent, gue emia ete oer dey ae tag omguticn emai pur que nos sa, dad, fb pubes fallcescreatura, ating s0- bre o que nos diz respeito, a nbs © ap pro- Porque & que certos personagens slo iio ressuroeos cin lowvar a gutrem, si ito é por Ser esse 0 se modo de se. datem importa Gia? e porque € que quasi todos os outros teem fants repugnancia a fazer um elogio, si nto € por terem desi mesmos opinito to extrax Yagante? Agora, os pensamentos de bondade suppiem, na maiora das vezes, una bumilde pido desi proprio. um Touvor doutrem tanto mais sincero quanto todo interior. Aque- Je'que tem ima alta opiniio de si proprio, j& 28 mais acha que os seus merits sejam suffi- Glentemente reconhecidos; e, por conseguinte, ‘io pode deixar 4 sua repuiagto o cuidado de transparecer; precisa imporse; como todos fs que move. qualquer negocio 0 mundo, escura de se foser anivel para se manter faa defensiva. Una indole aggressive € beth enos desagradavel: porque todo. homer que temo habit de cslar'a cavallo sobre os sei tlieitos, pose emt pé de igualdade com os 38 Inferiores, ainda que fowe rei; e deve softrer fas consequencias.pouwo Tisongeeas desea fo- fiche Mas o homem de pensimentos benevos los nao tem direitos a defender, ¢ nfo pros cra impOr 2 sta anportanca a ninguem, El {Ho cordato, que. os ‘aixos sentimerton que fem de si nfo 0 perurbain; acha que & melhor fe oceupar com os outros do que comsigo} 6s outros o atham de tio hom estofo que, po teda parte onde elle vae, 03 coragies. vo fie; sdovhe tanto mais"fiek quanto meno pretenses lle te Eni ultimo Ioger, a benevolencia interior supp tambem prinlpios sabrenatraes, e nfo pill coadunar-ce bem com outros. Et uma i Yaoto de toda a nossa naturera pela atow Dhera do 60; por conseguinte, nao é cous Ge pouca monia, io ¢ a obra da naturesa dlatda fs suas proprias forcas. Poder-se-a die et que houve jimals pagfos consequentes na a bondade? Si os hotve, estio ogora, M0 Farais, pois devem ter estado. sob 0 perio 4 graga, durante 4 sua vida, No contundae 2 os @ bondade com o bom humor. O hom hnnmor... Ose havenos de dizer delle? Mas, io; nina terra 180 pouco caridosa como a hnossa, nio digamtos una palavra em detrimens to do bom humor, A Deus prouvéra que, 4 ‘mingoa d'outra cousa, © houvesse ainda mais rho mando, pois tenho a idéa de que os anjos Se acotavelam em torno do bomem de bom hhumor, coma og insectos em torno das suas arvores de predilecgao, Ha uma classe de pensamentos benevor Jos sobre a ual devernon fist pasticalar= Ienie: quero’ dizerasinterpretagies fvora- Yes. 0 Tubito de ndo julgar € difielino de Kipirr, © geralinente 20 se adguire na vida spiritual, Unis vex que nos tenlamos deizado Tevar a julgar os outros, toda acglo de que Yenfiamos a ser testemunhas suggere involi- teciaoente o seu commentari so. pense Tulgar torna-sesnos tao natural, que toca ace alla, por mais extranha que. pissd set aos go Tin gin, ese os no espiito como uma causa pede te do nosso tribunal, Todo inividuo que vem a ahi debaixo da agua do nosso coh Sento, aleada assae extense mesmo. para 05 ue vivers mais retralos, € un. pricioaciro feayido barra do tribunal; e si sores ju es injusis, ignorantes e caprichosce, temos fo menos isto por ms, que somos infatigavels. Dra, esses habitos judicirio i tbitos judieiarios so sims Plesmentes rsinosos para nossas almas; a to- 0 do exsto, mesmo com risco da vida, cumpre Seabar vom elles, ou entdo elles acabario por ‘hos afastar de Deus pela eternidade, O de- ereto do juizo derradeiro & absolutos & sim plesmente a medida de que nos houvermos Fervido para medit a outrem. A nossa mania Presente de julgar os outros revela-nos qual Feria a nossa sentenga si morressemos actuals mente. Quereriamos passar por isso? Mas co! ‘io nos é impossivel parar totalmente no has Dito de julgar, e como por outro lado € igual= rente finpossivel que perseveremos em olga em caridade, pastemos pelo estado interme: ‘Gio das boas interpretagSes. Poucas sio as al- fms que ehegam até a0 habito de uma earidas de perieita, que as desembarace da sua toga Jos seus velhos costumes processunes; de) forte que devemos cultivar com grande des Yelo 6 habito das interpretagdes favoraveis. [As acces dos homens fo difticillimas: de julger A sua apreciagio verdadeira de= Dende, em grande dése, dos motivos que Produzem, ¢ esses motives sao invisiveis. Na Piro vimes a descobrir depois que tacs act fue tinham contra si as apparecacias, er Fealmente actos de virtade. Depois, uma lin de conducta pode proceder, em apparencia. pi Jo menos, set muita logiea; complica-se co toda sorte de inconsequencias, ¢ © que ba Togico secretamente nfo & multas vezes 0 a parece com vantagem. Ninguem péde julgar_os homens sit Deus, e ainda esse Sér infinito se apreseit fos, nossos respeltos e ds nossas mais stl 3t eee Se ae Seer a Wee of coe I toe tas bat Fes ots Go ee secs ree at eae Gh ann ie daa a pree aoa 2 ‘tempo acrimoniosos ¢ mordazes. A vista fuma grande bengéo; mas, em muitos lagat f tempos, seria bencio maior ainda nio vér. ‘Ser-noi-ia mais facil ser santos si sb pride arm sombra propia ou sgh os 7s fn Teme de um lose’ Sern dura, so tom foe cegar sobre o mal, pois” estarimos Breve fora da realdade; porém, 0 nos i Ave ser chegarins 2 algo ais evado em ero d que 9 presen eo appre 0 mal, 2 ‘Migo mais veradsio,.. Sim certamen te; po no haveroe sempre acto, tn i Soesinia pata, ue no tial a8 Sis iterpretagds caidas eam at aise ‘Raa ac eigans' nan, Tavenos cal tile non"poson just eo fol ae tempre quando, eles cc que vemos entre a-mlidao dos saeramen- SMe erramam, torrenes de gragas mas Saeko immmcrso na trisera, esta vivacidade ina reo ie an & Segocis oe lta rsponsabildade, atormentados PoP algum embarago peciniaro, ou asediados ae presentment sinaco; sera. justame Fe'o'mormcnta que escolherdo para nos conv She a nas lngarmos et algun embaraczini ‘deni, ou para fazer appllo ds nossa syn Pathias ‘cm favor de algum aggravoriho iat Pereptvel ode algun onto de sof iment Ri esto bons marines para a nossa sant ‘eacdos mas io diffcels de pir em obra, € fim abalho ingrato comp 0. de reper tals ethos em estado de Servier uma construc: Ho nora Eis ahi difficuldades; mas 0 efo esti, no fim, ¢ ha que caminhar. Quanto mais humildes Formos, tanto mais caridosa 2 nossa. conversa~ ‘Gio, ¢, reciprocamente, eresceremos em hum Sade em proporgio da caridade das nossas ‘conversagoes. Um at de superioridade nfo se SL coadutia com a bondadle, que tem antes a appa- fencia de receber 1m favor do que de conce- Gel-o aos outros. Na realidade, a bondade le- artis @ todas as virtudes, e a5 béas palavras fos amparam no camino. As difficuldades fpenas nos farko achar mais seguramente 0 fhosso objecto, que serd em si mesmo a grande fe smpla recompensa della, trazendo-nos uma Santificagio mais elevada, mais completa, mais facil e mis prompta que qualquer outra Por mais fracos e cheios de nesesidades que slams, nettamos ets sabe, 08 aes no Cheatin, faernos, um pooco de bem teste fhundo”cmquanto estiveretos nelle, Para ‘ato 2: bias paras ao o nono ptepal ite mento. © home caridoso em palavas tes digo de alegre, e-0 born humor & tm poder. Nia repte as cousas na orden ta pa eo Hit milhares de cowses a reformat, sem sida; me nenbunireforima € bem ese 2 no com anima jovial Um sarcasm nis corgi alge? eatigo iat fave, 0 sarcasin era poderoso; porém que te fyproninato de Deas mines” Os homens gos: tan de fomentar”-reformas, seja em polten, stja e pllsophia, de vetes ma acetea o@ ta literati, ou mimo na praticn da rej TFazem dissrens, esrever ron, funda 2 vss ot escolas para propagar as sts done Es Fontan soca elem funds em reformas nas acsenbleas. puis, Ss uo fra dan cao ds sete Fe Ii fala de sympa mtn depos 0 pita 2 fe define, ot proptin talent se deteriora Sov pa ta, s cas rabujenos, desagra ove orlnc, frenetic. sn aegulda, ea ius tom's enivrso que ten cm Tes fo fe contho irae, prophets trace ee ca aru, chdace an ete SBrcec porte fer para ae devcrega san? sero fir du Syblle Sesconhecida ? So 6 bel cine, ‘had iso ven de oma falta de Dom, smor, sam o dal jis seforma fot soli ord sh mi-couse reformat 90 nue arta almas e salar to por myriads: a 5 ‘Sia nto an converter Ua vetdade mordae Sie an psd to cin, dl SSris oss frauds, Anegas era fetes com bondade tero mas exit. O fatto fe ten anno brando e acconmodado € tector as controyersat, Fell quem ©. Met Sen eles nf ce pode farer na poe Doss: sem le flhase em mai empress Atmos do qu por qaigeer xt tb. tape de tcpefamen gravel ¢spetle eSfngasas un com tne oy homenn 46 ata outro, cam ofereer tos homens 8 arate dese dino Salvador lv A bondade em accao A, um pensamento que brilha sempre f “com puro brilho mas nossas almas, mesmo quando tudo o mais esti co- hherto de espessas nuvens; um pene samento em que tim homem de tempe- Tamento contmim, pode sempre achar bas- tantes raios vivificadores para satisfazer ow mesmo cumular os seus desejos: & o pensa- mento do cé0, do bello eé, com os seus innu- meros habitantes, Li, ao menos, ha alegria, si io a ha em outra parte; ha o verdadeiro ser- igo de Deus, ainda quando a terra s6 offe- eta ogoismo’ © pobreza de amor; ha mal ddGes que nadam na luz dourada, mesmo quan- doo numero dos que se regorijam na terra seja poqueno, Neste mamento, toda essa feli- Gidade & actual © esti bastante perto de n6s, Para que nos no possamos eonsiderar como flesgracados sem esperanga, com tanta felici- dade 2 nossa porta, Sem duvida, essa vizi- ahanca de tal felicidade di que reflectir. Pois em! pensemos que ha alli hoje multidées que scwies caridosas para 1A fizeram itt uns por @ terem feito, outros por as terem recebido, ‘alando de bondade, mio podemos deixar Passer em silencio a que se manifesta pelos Ey actos ou pelo softimento. Vejamos primeiro weep. qmsado, temos sido. devedores Pies Sh nos reportamos a atriz, a vite fondacfine amnos de distancia, quanto bem te dao fet desde esse tempo! E” inealese aa que nos Tembramos € s6 a mais LES prods poryoanto, sem sermos agra se volcabe, impedir se Snsacsses. da ‘G5, So caro do tempo de apagarem da n0s- Sp memoria sma parte delle E em que cicumstancias nos ho feito emi Af ves ert sido censurando-n0%, oS tee ees cumalando-nen de clogios. Detse SSholas hao derramado alguns alos de Taz iro an montis ero ob ffnentado as nosas aegtas; fizeram-n08 c= ero mao das noms Tages, ou chOrat XE cntermecinento nos momentos” de disipa Eos Denefcas veramenos de tos oI SES, Gea das pestoas de quem os podiamos e- sein ora das que deviam naturamente se Per nferemes on ste das de que i tos aver teers vindo asim imprevis tee cmt aide, dere: mens eee gue mio. pode haver ara nos Sai Rate a2 novo cm materia de bondade, Pine es mosses coreg vio derrter de frattio com esas records Sem duvide, cada um deses Denfiios fee-non algom bent a lanai ndo fo no mes- 156 meme, 20 menos elles prepraram te- Reo" oe sanearamt para 0” futuro fireram SEka impreito que podemps nfo ter notndo, Stas que ficou Sndcieve. Gragas de Deus, be 58 efcion dos homins, arece que temos pas: ia nessa vida a eceber este doce ofa iho Digo esse doce orvalho, como as das ovsas fosem ia $6, e como af os heneti Sios humnos wo pasiassem_ de wna forma Sosticular da raga’ e, ccm effet, no have Ex'grande.inconveniente em confundi-as © En Goqueser que so ditinetas. Contentemo- Soe entetanto com dizer que mil vez os be- Teficos dos omens teem preparado nossa6 ‘home aa, fests gl 9 Se havemes merecido, 280 digo o9 da_parte dle Dens, sms tamben da parte dos nosso se. nsliantes. N20 ha singer que nfo tea re- iid dee were mai de bom do que 0 Ye E a lembranga de todas casas bondades tor porte de tanta gente torma-se As Vests om {ee qu inspire, tor cash do cos ste das nossa proprias exposigies, Como ‘anjos que nos assediassem contra a vvon- te, esas atlengdes nos ten cercido fet to toda sorte de hem, mesmo alé 0 superuo, em apparent sent plano seguide. De quam tos males no noe teem ells preserva! Co- hecemos muitor elles, mis ainda apenas 4 pale fa pare, Nit cio om mul ose cousa, nao se diria realmente a obra. dos Eipiekos temaventirads? E quanto. ao, bem ae estas bonades nos animaram, poderia- Sh aerihe ine? opr, cone ‘hos deste singe fesen parte, Quem po- ee eee ey ora cameo menor rio. de cariade @ 36 menos? Nao estivemos 4s vezes a pique de fazer alguma cousa que uma vida toda mio feria bastado para deplorar convenientemen- te? Nao fiverios sobre a lingua expressoes ue seid telamos quedo reat 20 Prego até de um dos nossos membros? Nao Yacilimos em Tace de cerias devises que, Yemolo agora, inferessavam a eternidade fan to quanto 0 tempo? O passado mo nos recor tig certos precpicios em que comesavamos a rolar, quando mio caridesa nos salvou? E, hia ovcanao, mal cnxergimos outra couse sie dio a pedra que nos fer tropegar no caminho, Sem duvida, estamos ainda bem longe do «qe deveriamos ter; mie ha de gue tremer 20 pPensamento. do gue seriamos si nossos acs, hhossos amigos, a8 pessoas encarregadas do ‘uidado da nossa infancia, ‘nossos mestres, fossos. domesticns, nossos condiseipuos, nose fos inimigos, tivessem tido menos. bundade para is, Darante toda. a vide torsos a char constantemtente a bondage em lucta com flgame demonio oceulto em nos. Agora ainda, a lembranga de admiragio e de gratidao que tos resta disso € un dos nossos grandes e- firsos. para a. vietude;” podem facitmente fazer della uma fonte de dogura imtetior, © no sentimento de tudo quanto deverios a carida- Ge alhelapodemos ackar um liame que nos dbrigue a fazer tdo 9 que depende de 16s Jura envolver todos quantos nos rodeiam em emelhante réde de bengios. Isto fo & diffi; 38 oooasies de fazer vem fo faltam, Nig’se- passa din em que niéo tenfiamos a ventura de encontralas; © nom leit de d6r, nas nossas doencas, fachamolas 4 nossa cabeceira; até np momen- fo em que j& nos nfo podemos servir por nds meses, podemes ainda fazer gencrosamin- te bem aos que nos ajudam. Demais, a regra commum para a bondade & que a facilidade esti em razio da multidio das occasiées. Ape is uma ver em vinte ser-nos-i preciso. al- gum esforgo de abmegagio. A iacilidade & Tara geral; a diffieuldade far excepsio; e, neste altima caso, quanto a bondade ge enno” breve pelo sacrificiol Como acha a sua re- ypensa em si mestmal Ganha-se sempre mais do que se perde nesse jogo; porém 0 genho seguro, © ganho invatiavel, & princi pallente © ganho espisitual, Averescentenos que ha muita economia na bondade, mesmo a mis generosa. A menor quantidade aprovel 1 por mito tempo. Dir-teia que ha entre 08 homens ua ‘uso universal que tende a fazcros avaliar ¢ ene asin os vale les conde fom geralmente pouco aqui que tivemos de Sicrifear pars thes foser best olbam. 35 4 Tondade, Aforma ¢ para elles mais que o {uvios para elles 0 sterticn do. passa de tim fraco atsesoria, © proprio mundo, com toda a sa daveen, nfo dena de vér est mae tevin com am widro que aupnnta¢ multpic 2 os objectos; @ em materia de insbes, esta realmente bem doce, nos Kimbra este ene 8 ‘ano voluntario pelo qual Dens se digna de Por a tio alto preco as pequenezas do. nosso amor. Em todo ciso, essa apparencia enga- nos dé verdadeiro poder a tudo quanto. se faz com bondade, e a3 resultados sao sempre immensamente acini do. dispendio. meoor acto Yona far mais off to, eit proporsio, do que a maior justiga; faz pender a balanga mais do que elle pesa; leva Jonge ¢ se estenide com rapidez. Cada toa ac- go pertence a grande numero de pessoas e faz grande numero de obrigados. Consideran- do como feito a nds mesmos o que se faz quelles quem amamos, succede virmos a amar aquelles que Thes fazem bem; e, em qual quer caso, quasi no se péde deter um bene- ficio de tal modo que elle no sirva a muitos fna_mfesma pessoa. Em que déces malhas de caridade néo nos Tangamos pois quando assim ‘agimos? Que genio mio nos retém nessa via? Nio erciamos, que uma bondade viva a6 tum instante, Fazela é apenas 0 comeco, ot Pouco mis. Annos de separacto nao Ihe. po dem carregar com 0 odor. Sem duvida, 0 odio posse um alambique particular para transformar os beneficios ¢ fazer delles um alimento escolhido. Mas, afinal de contas, 0 odio nfo € cousa commim; € wma brufalidar de rara até certo ponte, 20 passo que mio € aro vér alguem, 2 distancia ‘de meio secilo, fazer hem quelle que t's fer eiscoenta. aa os ante, 9 Outra partieularidade: é que quanto mais nos esforgamos por pagar as nossas. dividas de gratido, tanto miais Jonge de conta parece mos estar. “A obrigagio se dilta, alarga-se, sprofunda-se; apressamo-nos em querer pre cocker Tne tm io ob serve para tr. tar © poso mais profundo; é cavar mais ain- da. Apressamio-nos ainda mais; porém 0 abys- mo ndo fica sino mais faminto, Finalmente, a partida € de tal sorte concatenada, que nos sa vida j@ nfo € mais que uma profusio de caridade, © nds yoamos para 0 céo nas azas dos ventos. Dahi, supponho ci, esse senti- mento doe € focante que acompanlha 0 reco- nhecimento, sentimento que nos torna mais hhumildes, mas tambem mais vigorosos. Nao foi um sentimento aprimorado desse genero que produzin estes versos dum poeta? His coragdes glaciaes em que semeacs em vio Do dOce benefiio os grioe abengandos; lem mais vezes porém loureja a atidio Em messes que prendem os clhos encentados, Seria difficil exaggerar a importancia da ‘vondade como ausiliar no combate espititual. Os naturalistas diem da formiga que o que Jia de maravilloso no seu instincto € 0 «spi- to de recurso. Esse poquenino sér teria 9 que revender aos séres racionaes, quanto & presteza em se tirar de difficuldade numa ci Sumstaneia nova ou num mo passo, sem ex Deriencia previa; 0 seu geito em mudar o uso {dos instrumentos, 0 seu poder de presenti- wo mento e a justeza da sua visio para se sabit beim sem ensaio ¢ sem hesitagio sio igualmen- te admiraveis, Pais bem! ha algo de seme- Thante tia bondade. As pessoas espiritumes que ‘2 cultivam estao singularmente ao abrigo dos mbustes mais embaragosos que encontramos fio combate espiritual, isto é as illusdes. Na- da embaraga o instincio da bondade; para elle, nnenhuma difficnldade nova oa imprevista, Dir-se-fa que elle nfo precisa deliberar, Per~ segue 0 ailor-proprio e © demonio na incom patavel mobilidade dos seus subterfugios; im- provisa novas defesas e novos ataques; tem Sempre bastantes luzes para as suas operacées, Porque € Iuminoso por natureza. ‘Demais, a bondade tem pontos de con- tacto com tudo © que constitue os estados es- Pirituaes mais sublimes, Os actos de bondade, partindo de motives. desinteressados, tendem & formar em nés habitos de desinteresse que ppreparam_o camino os motivos mais eleva- fos do divino amor. Quaes anjos poderosos, flies os agarram e nos transportam as re- igides do sacrificio. Como a bondade de Deus, ‘Exercem a site constancia lé onde ha 0 menos, Ge volta a esperar, Como o Precioso Sangie, fgostam de preferencia de se derramar © de Se multiplicar sobre os inimigos. E como Deus age sempre para a sua gloria, assim tambem fs boas acgSes, ia vex tormadas habitos, aca~ am mui frequentemente por se {azerem por Detis 3, O instincto dellas, como o da Provi- deneia de Deus, & de Ficarem occultas 6 A’s venss mesmo Devs as recanpenss farendo com que 1&0 sean gas este mR Gov afim de aguardacens Elle sb qu Tes Se= fa recompensa; ©, neste arranj, ele 7b fauna, affectvose,sabedoria em’ fazer" que nemo pecea, nem a dngraidlo’ dos octees, ies seam on agentes ondinaron. Tle até ver cr enas ages caidenss states propeios cos, permitindo. que Thesmistretnon ale fp. mor of alguna, vivid, Stl og determos mais feta meses porme- noes; vése, port, que estamos ai em Sha no mechanism ds motivo preprios a0 trios mis elevados da vida esprit Nao ¢ talvex extemporaneo propér_ aqui algumas tegras simples, para_nos_dirigirmos nas, nossas acgdes earidosas. Eu disse que a rujoria dellas silo requerian nenhum esfor- 0: mas, quando succeda diversamente, & con- tratio a bondade fazel-o sentir. Ao mestno tem- o, milo nos ponka a nossa humildade mal & Yontade, © nfo julgwemos que tudo esta per- ido porque o ben nos custa esforgos. Nao iyanios @ outros as nossas boat acgoes. Si o fizerms, estard perdida para nds toda @ sua influencia celestes e, no s0 ella & evaporada, porém deixa apés si um residuo, o mats mal Sio dos refugios que nos estorvam a. alma, Quando uma pessoa comesa a nos agra- cer, cumpre fazel-a parar de um modo jo vial, ‘evitando toda dureza e todo exaggero. Ha pessoas que £6 se sentem 4 yontade quan- @ do puderam desertegstse; ha que deina-as {azar O facto as boas manciras quer que ssilamos discerntas e que nos desenpeic thos com ratoralidadee sinplisilade, ©) lous ‘or poenos a tn das vere cm pis er eat" ou nos mortifea porque partce abaixa de nds ou enfso new itrga, porque parede extrema; ou vem Tora de proposto rovo~ carmnos a facade, € ita faito mas eae mente quanto mais para isso concore 6 loa: vaulor. 0 facto & que pours pessoas saber Berit 0 incenso d6 lowvor, ‘mato, meu Sinda rece Nio nos dctnbsrns née proprios a eo siderar as nossss boas obras. Deineaos a Derm ene fren ie é dele, 0 trem da sua grasa; elle nfo gosta de. que yeas Gihako ahi, e a indiecrigho Yaz Taghe, St Formos tena de Somplactacn, 66 te may 6 qe pensar nt suid de Dus core de nds mesmos; oecupenw-n0s do. seu ate tuto. de" magnificence gan elem objeto. de devogio, Bor este modo, manter: foremnos nos Tikes da nossa Dsxer, esto Terenton nko estar constrangidos nelle. Antes de coneluir a nossa tarefa, digamos algumia cousa da arte de sofirer ‘caridosa- mente. Soffrer com hondade 6, effectivamen- ‘te, uma especie de boa obra que tem stias leis particnlares. Mas si toda bondade pre cisa da graga, a que se pratica no soffrimen- to precisa cem veves mais. Na verdade, ha 6 algumas naturecas excepeionaes que saben soffrer gratiosamente, e eaja paciencia traz fesse cunho de hondade que simula 3 veces parece exceder as maravilhas sobrenaturaes, Aos olhos do fiel, nada € mais afflictivo do que essa comtraiagio da graca pela natirera; € um problema que di que pensar, sem que a reflexiio fornesa solugdo suificiente. Para 0 cristio, soffrer com bondade deve ser quasi fotalmente sobrenatural. E’ uma regio em que a graga deve reinar como despota, de tal modo que a natureza mal se possa mostrar. Lina hamwoiosa fusio entre o sofiri niento ¢ a amabildarle € xm dos felts da rage mais atrahentes nos sanfon A dogura ‘ilies tanguila e sem embnragy fara eer gue 8 gente se abeiga si proprio servintoos; com effet, € muito menos oma tareta do ‘ye um privilegio poder aststirs, pom a does salitares fluency da paceada det les nosso, por assim dizer anni atls do qae elles mein, sem. fala. doe eneantos edo acindavel contagio da. sta amabildade. ‘re. 200s, com eles, todas a8 vantagens da inferio. aie, sem the termos os espios Que, de ‘als bello do-que serio aftenciosos fara. os atts, quando nés proprios sons inflizes? ‘ia graga_ onde extram “muitas outa, ‘ens graga due, embore produrindo profunda itpressdo aos abe The ehtram na eapiern: da Juflienia, nem por ‘ato dete deer ccc sina: € im destes thesouros que repousaaa tem la dentro do eoracao,e que'o muti ait Fillmente nos pe route o ‘Triste escravidlio & ser sujeite ao abatie mento. Entretanto, para uma alma vigorosa, pode ser ima cousa. de santificagio comple: fa, Como é pouco earidoso fazer partilhar aos outros seus desalentos e ir pelo mundo, ocek= pado como © demonio em envenenar as fortes de alegria! Teria ex mais luz por ter langado 4 melaneolia todos aquelles a quem amo? E ‘se no sinto o sol no fundo do meu valle, devo entio aborrecer-me si elle alegra as en! costas? Oh? quanta pequenez © egoismo ha nessa séde doentia de sympathia, que no n08 ermitte guardar comnosco as nosis imper= ceptivels maguas! Havemos de nos ir arras- tar como vis insectos a esttagar a alegria dos ‘outros para alimentar a nossa melancolia! Como qualifiear este procedimento? bai- xeza, egoismo ou peceado? Ha que levantar fs hombres, que se indigner ou que se aifli- gir? € 0 que nao saberiamos dizer, Vérle casa Ime moribumda, cujos pensamentos esto ddos concentrados no seu recem-nascido; nfo esse um bello emblem da santidade sa ab- nnegagio? Occaltemios assim as nossas penas. as nossas dOres: sejam ellas para nds meros aguilhdes occultos que nos Jevem a espalhat fem derredor de-nds os heneficios ¢ a alegria! Quando tivermos chegado ao ponto em que 8 nossas proprias trevas derramarem iz em tomo de nis, sera entéo que o expirito de Je~ sus teri tomado posse das nossa alma. © contacto da sociedade tem algo de ieri= tante, mesino quando ha as melhores inten 65 Ges. Os que nos'amam esti constantemente nos fatigar sem o querer, ainda que sb fos- Se pelas manifestagies do sea amor. A falta ‘de consideragio tambem nfo deixa de vir fa zet 0 seu officio. Cada dia, ha alguma cousa (que vae mal. Nao ha nada, nem mesmo a sym- Fathia, que no offenda os nervos, e nem mes ‘mo 0 eomolo que niio impaciente quasi sem- pre. Dirseia que vimios ao mundo sem pelle, tanta agonia nos eausam os amenores attrtos ‘Que campo aberto para a nossa suntificagia Além desse proveito, ha outra dogura oc culta mas visitas divinas do soffrimento, Ea que se_acha.principalmente em tomar” sobre si aquillo que se pide do fardo dos outros 0 facto & que a eruz de cada pessoa € ocdina- iamente pontilbada por varios, Crazes que [pesemt todas sobre um s6, ha bem poucas, si E que as ha. Ora, a hondade so sofrimento ‘a-tios considerar mais o que os otras sof- fren: com as nossas eruzes, do que o que nbs jroprios sentimos com ellas. Vendo as nossas truzes nos hombros dos outros, estes, se. to ram desse modo objectos de nossas attengdes 1s mais affectaosas © mals asidkas Assim, estivernos toda a noite a nos agi armas. sem poder pregar olhos. Pois bent! ‘io os preoceuparemes comnoseo nem curt os nossos solfritentos, mas cam a pobre en fermmira que esteve toda a noite a nossa ea hneceira a luctar, camo pod, contta o vig: oso oro da Saude. Nao somos capazes de Supportar © menor baruiho na casa; pois bem! no somos nés quem é para. lastinar, 6 aquellas pobres creangas, pequenas prisionei- ras 4s quaes no foi permittido fazer a sua algazarra costumeira. Ora, para criangas, on- ide havera felicidade sem Barulho? Tal & a at- titude que toma a bondade no soffrimento Ora, quem nko veré nisso um grande poder para transformar a alma? Mas tambem essa virtude deve desenvolver-se graviosamente, deve fazer tudo com desembarago, ¢ sem se annunciar @ toda gente, E assim jue 0s san tos soffrem ei silencio, porque sabem que © que soffrem & um soffrimento para os seus amigos. Mas © soffrimento é um mundo de mnilagres, © haveria de que fazer um livro so- bre as seas relagées com a bondade Terminanos, Havemo-nos entretido s0- bre a bondage; talvez tivessemos feito melhor chamandosthe o espirito de Jesus. Que enean- fo imgioo para abe ta vids, sh das oW 123 wezes por ia, foe fepetisemos extas terms SRpreses de Escrpttra "Meu esp, € nats dice do-que o mel, © a mina heranca Yale mais que ‘0 favo de mel mais. stave! orém, dives talver afnal de conas, io nilo passa dum poyuenissina virude, quesiio. de temperament, em grande” parte. artigo. de boat maneiras antes” que” de santidade. Pois bem! ‘Sea fo. vor disputared este pont. A ceva dos campos vale mis que os cedroe do! Titeno. E mais nutriente, eva. vista descanst tmelhor cobre aquellasledtifa, esata de trafgarides o perfutads de thy, qi toned a a terra déce, bella e convidativa como um ni- fnho. A bondade, é a relva do mundo espir fal, onde as ovelhas de Christo pastam tran- quillamente sob 0 olkar do Pastor. INDICE 1 A bondade em geral . . Il A bondade em pensamento IIL A bondade em palavras. . . IV A bondade em acco... . 231 39 53 NA LUZ PERPETUA Leituras solgiosas da Vida dos. Sa tos de Dou para todos os dius fannoy apresentndas 0 povo christfo JOAO BAPTISTA LEHMANN Sacordote dx Congrepagto do, Vasho Divino EM DOIS VOLUMES 11 Baligto reviste ¢ auzmentads Foi relativamente peqseno 0 lapso do. tempo ‘que derorres entre a1" publieagio deste liyro & Se edigdo gue acaba de sabi’ do prelo. Prova ‘ave & muito apreciada entre 0 gove cathotico bra Silco a Tetura da. yids dos Santos. A. seyunda fligho, completaimente renovads, e rleamente a0 (imentada, se. spresentard cm dois volumes ar famente ilstrados. F' prefacada pelo Ext. © Revo. Se. Bispo de Jacarézinho, D. Fernando Taldel As ilustragSes #20 todas novas, de gran de ballesa © forge emotiva. Numerosas polit irae eonbellezam a TI. edicho. Na tur Perpetia” em sua Il ediggo Tuxuosa rio deve faltar em neahuma casa catholia Eneadlemado em dois volumes ago Porte do. corraio 200 Pedidos & aduinistragio do “Lar Catholco’ Caixa postal 73 — Juiz de ¥éra — Minas,

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