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Jacob Pinheiro Goldberg O PERCURSO Jacob Pinheiro Goldberg Doutor em psicologia, psicdlogo, professor convidado — University College London Medical - Universidade Botvos Liorand(Hungria) — Universytet Jagiellonski Universytet Warszawski (Polénia); Middlesex University (Inglaterra); Hebrew University of Jerusalém; Ecole des hautes études em scienses sociales (Paris) USP — PUCISP ~ PUCC ~ Universidade de Brasflia - UNESP ~ Mackenzie, Aspirus Wausau Hospital, Wisconsin (E.U.A.) advogado, assistente-social. Esta coletdnea reine textos de entrevista, conferéncias e artigos de Jacob Pinheiro Goldberg, bem como participagdes em debates, réplicas, noticias e comentarios. Nao esgota o trabalho de JPG, que pode também ser acessado através dos links: Site: http://www jacobpinheirogoldberg.com.br/; Blog: hitp://jacobpinheirogoldberg.blogspot.com/; Wikipedia: hitp://pt.wikipedia.org/wiki/Jacob Pinheiro Goldberg; Lattes: hitp://buscatextual.enpg.br/buscatextual/visualizacv jsp?id=K4290422T4; Youtube: hutp://www.youtube.com/results?search_query=%22Jacob+Pinheito+Goldberg%22é&se arch_type=&aq; Google Books: hitp://books. google.com/books?hl=pt-BR&q=' jacob+Pinheiro+Goldberg%22 Outrossim, referéneias podem —ser_—solicitadas_ para. «0 e-mail: jacobpgoldberg@ yahoo.com.br Revisao de Daniel Cavaleiro Dedicado a poeta Fanny Goldberg O Percurso I: INDICE 1. Judeus na Manchester Mineira 2. De Ostrowiecz para Juiz de Fora 3.0 Nome 4. Ao que ela comenta 5. Jomal “O Volante” 6. Ocinema 7. Granbery 8. Reis 9. A muitas Juiz de Fora 10. ul 12. 13. 14, 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 21. 28. 29, 30. 31 32. 33. 34, 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. Em “A Ogeae a Calhandra” Cultura da Agressividade Psicélogo requer melhor comunicagio com o Poder O Artista ¢ a Psicologia Conferéncia na USP homenageia Sobral Pinto Universidade de Sao Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciéncias Humanas. Czeslaw Milosz.— Além da Vida Réquiem para Czeslaw Milosz Sobral Pinto, psicologia do rebelde A mente de Itamar Prefeituréveis no diva O dono do diva A Propésito de casamento misto. Uma oferta judaica a humanidade, corporificada no amor e nao no édio. Protrogacio e Psicopatologia Fetichismo e Solidi em roubo de pegas intimas. Pol calcinhas no apartamento de um técnico em eletrOnica. Sempre ao domingos E ninguém quer representar 0 nada Hamlet, o mito e o real numa sociedade em crise Inconsciente, mas s6 longe da Policia Contrapé na bunda A vigilancia, a seguranga, a liberdade tabu das rafzes judaicas do Brasil Psicologia de massa Respondendo inquérito criminal Romiério e Felipao no diva. Um caso perdido Goooool e orgasmo Voto, manifesto de um estado baba? Triste vergonha do psicdlogo ao ver a crise de um Hospital Psicologia da pomba-gira ATV Globo ¢ 0 Neonazismo Psic6logo: Brizola € um “mistagogo” Psic6logo analisa candidatos José Luiz Teixeira Psicanalista defende o fim do folclore ia encontra centenas de 4B 46. 41. 48. 49. 50. 5h 53. 54. 5S. 37. 58. 59. 62. 63. . A droga do Superman 65. 66. 67. 68. . J. Quadros, Jardim Acapulco Guarujé, 11.400 70. 69. u 22. 73. 15. 16. 71. 78. 79. 81 82. 83. 85. Projegio de Futuro |. Advogado pede apoio da OAB para jornalista 1 lobo hoje Pinochet no diva . Goldberg, o nosso futurdlogo, comenta o Brasil do ano 2000 . Paixdo de Cristo: Fonte por um dia Falsos amigos “A Paixdo” rec ¢ elogios e eriticas - Casa do Big Brother € um lugar seguro 52. . Judeus Camées. Jacob Pinheiro Goldberg A Paixdo Parte II “A Paixao de Cristo” choca religiosos e psicélogos . Jesus nao aconselhavel para menores 56. AXL Rose é um bundao Psicologia e Transcendéncia (I) . Freud ¢ a perspectiva correta . Joo Gororoba, que chegou ao que chegou, ora vejam! 60. 61. AU Brésil A Pista no diva Opinio As faces do medo Pré ~ conceito (A falta de Sensatez) A Globo e o Chapeuzinho Vermelho Para a Sociedade Chevra Kadisha Paranéia e Poder Sob suspeita Monteclaro César - Correspondente Atitude corajosa de um candidato paulista repeliu com energia as ameagas da cGpula teacionéria de seu partido, . Comportamento, O que hé por trés do tenista 4. Luana Camara — culpa e castigo Menina brasileira Viva 0 Menudo Ligdo Polonesa A inexplicdvel viagem de quem prefere morrer. Um happening . Psicologia na atualidade |. Frases da semana - Cronica Segunda Madrugada . Pedagogia da mediocridade Woody € seus eriticos . Woody Allen nao agrada a todos . Massa de manobra: Pesquisa mostra que jovem desinformado € presa facil 86. 87. 88. 89. 90. 91. Bill Gates, Jeremias da Internet. Acusagies ao PT Um congresso de Fancaria Imprensa e Poder. Catarse da violéncia II Suzano e lo psicélogo di Sienna Nem Casa Grande nem Senzala 92. Exilada na propria Patria e em si mesma. 93. Eva seré Deus 94, Psicologia da midia 95. De perto ninguém é normal 96. Psic6logo explica firia do jogador 97. Shopping News ~ City News ~ Jomal da Semana 98. Crise de riso 99. Tribunal repele parecer anti — semita 100. Pesquisa quer saber as reagbes diante da morte 101. Origens entrelagadas (Erica Alvim) 102. Maria Paula (Casseta e Planeta) declama Goldberg, 103. TV Vulgar — Extimo e {ntimo 104. Com Zélia Gattai e Paloma Amado 105. Pedofilia no Brasil 106. Freud explica, o destino justifica 107. Laboratério de Imagem 108. Um jornal de Debates 109. Hélio Fernandes e a ABL 110. Brasil esquizofrénico 111. Eu sem Rumo, 112. Suicidio do Brasil 113. Lembrando Elisa Lispector 114. Caso do Canibal alemao retrata metéforas comuns ao homem, diz psicanalista 115. Judeofobia e Anti — Sionismo 116. A Paixao de Cristo 117. A culpa dos judeus na Paixdo alema que um brasileiro quer proi 118. Autos da Paixo so criticados 119. Concilio reabilitou acusados 120. Camara dos deputados 121.0 filme “A Paixdo de Cristo” tem contetido anti — semita? Sim um filme anticristio 122. Reflexao 123, FHC e Lula: culturas em colisio 124. Btica jornalistica ou Narcis 125. Politicamente correto 126. Escola da tortura 127. O Mereador de ilus6i 128. A crOnica da morte anunciada 129, 130. A morte de Ulysses Guimardes: Mora ~ © mar ~ Amor 131. Importancia da feitira 132. Escola da tortura — aprimoramento 133. Presidente judeu de Portugal 134, Laboratorio de Literatura 135. Discreta guerra 136. Tortura—o sintoma canibal 137. Judafsmo em Guimaraes Rosa 138. Judeofobia de uma negra 139, O Sertanejo é um forte 140. Homossexuais, as maiores vitimas dos preconceitos 141. A Revolugdo Social pela psicoterapia. Luiz Femando Emediato 142. Uma guerra contra os tabus 143. A teoria freudiana frente ao misticismo do judafsmo 144. Uma séria ameaca & estrutura da satide 145. Publicagdo Racista 146. Darey Ribeiro 147. Entrevista a Nossa Voz 148. A Peticao 149, Protegao a mulher 150. MemGria Estudantil 151. Réplica 152. O Diva na periferia 153. A televisdo 154, Os efeitos 155. Comentario 156. Rap do Big Brother 157. Lula mistagogo ou presidente 158. Prece ao Péndulo 159. A fome € a pior violencia contra a sociedade 160. A violéncia urbana, no encontro dos psicélogos 161. Crimes em série 162. Crime ¢ reflexo do desprezo 163. Entrevista 164, Massacre no cinema 165. 0 frio crime da moda 166. A agressividade dos jovens 167. Anonimato, grande problema do homem, afirma Goldberg, 168. As tristes descobertas desse psicslogo 169. Humor e carnaval 170. Loucuras da paixio 171. As dificuldades para escolher uma profissdo 172. 0 sadomasoquismo na economia brasileira 173. Violéncia cresce na sociedade do desprezo 174, Psicanalista defende passeio virtual 175. A caminho da Pés ~ Modernidade 176. 156" Sessdo Ordindria do dia 25.11.80 ~ D.O. de 161280 ~ Grande Expediente = Assunto: Analisar 0 Problema da Violéncia e suas causas, evidenciando 0 trabalho psicolégico, Jacob pinheiro Goldberg nesse setor. 177. Goldberg quer a decodificagao da Cultura 178. A Lingua Portuguesa hoje € um veiculo eficaz de expresso das idéias e sentimentos do povo brasileiro. 179. A juventude desinformada pelo ensino oficial 180. Psicélogo vé inseguranga e autoritarismo 181. Os mimeros 182. Voltei da Cadeia 183. Prorrogacio e psicologia 184, lara: Uma batalha vencida 185. Polonia, ida e volta. 186, Marechal Teixeira Lott. 187. Candelabro Aceso 188, Dossié Stefan Zweig 189, Jacob Redescoberto 190. Fernando Savant Lula Sage 191. A Magica de Jacob Pinheiro Goldberg 192. Btica e Tecnologia 193. Pesquisa quer saber as reagdes diante da morte 194. Respeito ao idioma estrangeiro 195. O desejo de morrer 196. 0 Poder ¢ a Morte 197. “A Sociedade Masculina ja era”. 198. O Senhor Polémica 199. Fronteiras, esquinas, hibridagdes 200. Esse Oficio do Verso 201. Ainda o Caso Cukurs 202. Visitando Eugénio no Colégio Montale 203. Branco de Alma Negra Trecho da Defesa de Doutorado, em Teoria Literdria e Literatura Comparada, na USP, pela Mestra em Literatura Marilia Librandi Rocha, intitulada “Parébola e Ponto de Fuga: a poesia de Jacob Pinheiro Goldberg”, realizada no dia 04/04/03, perante a banca composta pelos professores Doutores Alberto Pucheu (UFRJ) Luiz Costa Lima (UER3). Leon Kossovitch (USP), Joao Adolfo Hansen (USP) ~ Pre: ida pelo Prof. Ariovaldo José Vidal (em substituigo ao Prof. Roberto Ventura), a nota atribuida 4 Dra. Marilia Librandi Rocha foi 10 (dez), com distingdo e louvor. A banea ret (EDUSP). mendou a edi¢io do livro pela Editora da Universidade de So Paulo Judeus na “Manchester Mineira” Marilia Librandi Rocha “Todo mundo importante no Brasil nasceu em Juiz de Fora” (frase de um entrevistado) Como epigrafe, a frase acima evidencia o sentimento de orgulho juiz-forano em relagdo ao hist6rico de sua cidade e aos nomes importantes que af nasceram ou por af passaram, deixando registro em crdnicas, fotos, pinturas, memérias, biografias, poemas e hist6rias da cidade [1]. Chamada de “Atenas Mineira” por Artur Azevedo, “Manchester Mineira”, no auge do processo de industrializagao, “Princesa de Minas”, entre outros epftetos, Juiz. de Fora foi também, por um curto perfodo de tempo, uma cidade habitada por imigrantes judeus. A presenga de portugueses, alemies, italianos, sitios e libaneses na formago de Juiz de Fora, ao lado do grande contingente negro, vem sendo estudada e ressaltada pela historiografia local [2], mas a presenca de judeus em Juiz de Fora no aparece quase nunca registrada, fazendo parte dos “esquecidos” na hist6ria da cidade. Esse artigo é um modo de resgate dessa hist6ria ainda com dados insuficientes, a ser desenvolvida e acrescida de novas informagdes e testemunhos. A noticia mais recente a esse respeito veio de artigo do escritor e médico Sagrado Lamir David, com o sugestivo titulo: “Onde esto os judeus de JF?”, onde se Ié: “(.Jentre as décadas de 1930/1940, foi que a marcante comunidade judaica se estabeleceu em JF: cerca de 30 familias de judeus provenientes da Ruissia, Polénia e Alemanha, vieram para a cidade e se estabeleceram nas dreas centrais e comerciais da cidade: eram prestamistas, vendiam roupas, j6ias, criando ao lado dos érabes, a tradigo comercial da Marechal Deodoro”. [3] Mas quem teriam sido esses judeus, por que quase nao hé registro de sua passagem pela cidade? A primeira parte da pergunta pode comegar a ser respondida segundo Jevantamento que fizemos a partir de algumas entrevistas e depoimentos obtidos sobre 0 tema[d], acrescidos de informagdes fornecidas pelos textos e depoimentos do escritor juiz-forano, Jacob Pinheiro Goldberg, a respeito de quem falaremos logo mais. Quanto auséncia de registro pela historiografia local podem ser aventadas duas hipéteses: 1) 0 pequeno niimero de imigrantes judeus em relagdo aos restantes € 2) 0 fato de terem todos partido da cidade, como nos disse um dos entrevistados: — “Nao ficou um s6 para contar a histéria”. Mas esse esquecimento parece soar mais forte ¢ menos explicével quando lemos no importante livro de Paulino de Oliveira, Hist6ria de Juiz de Fora, a seguinte referencia. autor cita texto de 1914, de Inécio Gama, que, segundo ele, teria sido 0 primeiro cronista da cidade. Falando sobre as hospedarias e estalagens existentes na cidade, Inécio Gama refere-se a duas especificamente: a de Manoel Ferrrera Veloso ¢ a de Francisco Gomes Ribeiro, e completa: “a do Chico Luiz, de preferéncia procurada pelos viajantes, principalmente pela pequena colénia de mascates franceses-judeus, segunda imigragao que tivemos, pois aqui, como em todo o Brasil, entre os estrangeiros predominavam os portugueses” [5]. (gtifo nosso) A citagdo é importante pois, como se vé, o autor considera, ao lado da predominancia portuguesa, a “colénia de mascates franceses-judeus”, como a “segunda imigracdo que tivemos”. Podemos aventar uma hip6tese sobre a presenga dessa “colonia de mascates” na cidade. Juiz de Fora, como se sabe, nasceu, cresceu e se desenvolveu como decorréncia da abertura de Caminhos e Estradas, tornando-se importante centro de comunicagdo e passagem entre a entdo capital do Império, Rio de Janeiro, ¢ a Provincia de Minas Gerais. Estudos recentes sobre a presenga de judeus e cristios-novos em Minas Gerais vem sendo cada vez mais desenvolvidos[6]. Com os sobrenomes de origem alterados, muitos judeus, na condi¢éo de cristios-novos © marranos se mesclaram com a populagao local no Brasil-Colénia. Esses mascates “franceses- judeus”, cujos nomes no foram registrados, deviam fazer parte do contingente de pessoas que circularam entre o Rio e Minas Gerais, passando e fixando-se por certo perfodo em Juiz de Fora. Sabemos que no Brasil Imperial registra-se a presenga de judeus vindos do Marrocos (como a comunidade que se estabeleceu na Amaz6nia em 1820), € também judeus vindos da Inglaterra e da Franga, como sintetiza Abrahao Gitelman: “Os franceses vieram em duas levas. A primeira era de refugiados da revolugdo social de fevereiro de 1848. A seguinte, composta de alsacianos, que preferiram emigrar a tomar-se alemies, dada a perda da Alsécia - Lorena pela Franga, como conseqiiéncia da Guerra Franco- Prussiana de 1870”. [7] Quanto a presenga de franceses na cidade, judeus ou nio, refere-se Pedro Nava: "Excelentes familias de Juiz de Fora - Montreuil, Jouvet, Creuzol - descendem de stiditos franceses que se radicaram na margem do Paraibuna na segunda metade do século pasado. Entre eles merece ser destacada pelo seu papel na educagao e no ensino do Dr. Luts Andrés". 18] F possfvel pensar que parte dos sobrenomes de pionciros na formagao do povoado, depois vila e entéo cidade do Juiz de Fora, fossem remanescentes e tivessem ascendéncia cristA-nova ou marrana. O “esquecimento” desse passado pode ser aproximado do mesmo “esquecimento” que atinge a histéria dos desfavorecidos e exclufdos da historiografia oficial até pouco tempo atrds, seja por pobreza, origem escrava ou, como parece ser 0 caso aqui, dos cristfio-novos que, por um processo de assimilagdo, nio tém os seus nomes primeiros e seu local de origem registrados, fazendo parte assim do grande contingente dos “sem-nome” ou dos “homens infames” por oposigdo aos “homens \stres”, os quais, como mostrou Michel Foucault [9], s6 passam a ser conhecidos a partir de dentincias dos “crimes” cometidos ¢ registrados, itoriais. seja pela crdnica policial seja pelos registros inquis Passemos ent a0 que encontramos como registro ¢ lembranga dos judeus que efetivamente viveram em Juiz de Fora no século XX, entre final dos anos 20 até cerca de meados dos anos 50. Em nossa pesquisa, entrevistamos pessoas da segunda geragdo de sitios e libaneses, filhos dos imigrantes que se estabeleceram no comércio de tecidos na Rua Marechal Deodoro, ¢ conviveram, quando criangas, com os filhos dos imigrantes judeus, cujas ojas e comércio situavam-se, em geral, na parte baixa da mesma rua. Os depoimentos jo fragmentados e por vezes contradit6rios. Uns dizem que havia muito poucos judeus na cidade; outros, mais entusiasmados pelas lembrangas, aumentam esse mimero dizendo que houve sim uma comunidade importante de “muitos judeus” em Juiz. de Fora, No entanto, instados a citar nomes e ntimeros, lembram-se de no méximo uma dezena deles ¢, no geral, apenas dos primeiros nomes, quando muito. Desses depoimentos, registramos aqui alguns dos citados, tal como nos foi transmi Sr. Felix e Sra. Anita, da “Casa Felix” St. Bernardo, da “Casa Wally” Dona Regina e Sr. Jacob St. Jacob e Dona Carmem, da loja “Conveni¢neia” 0s proprietirios (?) das lojas “Moda Elizabeth” e “Magazine Holliday”. Segundo um dos testemunhos, apenas um deles, de nome Efrain Don, teria passado por campo de concentrago, chegando & cidade, portanto em tempo posterior & Segunda Guerra, Em pesquisa no Instituto Granbery, onde os filhos da comunidade judaica estudavam, obtivemos os seguintes nomes de alunos matriculados em inicio dos anos 50 [10]: Daniel e Moisés Chojniak Sprinca Frima Sonia Sztarkmam Shainberg, Miriam, Jacob, e Davi Grinberg (filhos de Adolfo Grinberg) Raquel Sinivskovski Neil Bacha. Em geral, os depoimentos sao unanimes em afirmar 0 motivo da safda dos judeus de Juiz de Fora para as grandes capitais do Rio e de Sao Paulo, levados por motivos econdmicos, em i {cio dos anos 50. Importante pela indiistria téxtil, com cerca de 600 malharias, Juiz de Fora, durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se centro de produgo e exportagdo de uniformes. Na época, as fabricas chegavam a trabalhar em trés tumnos. Apés o fim da guerra, suplantada pelas grandes capitais, hé um declinio na produgio industrial na cidade, e nesse perfodo, que coincide com inicio e meados dos anos 50, que os judeus teriam partido da cidade.

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