Isto implica em dizer que a cultura tanto influencia no nosso physys quanto no nosso
bios.
Contudo, a experincia da cultura algo nico e cada indivduo participa dela de
forma limitada, pois nenhuma pessoa participa de todos os elementos da sua cultura.
Existem, portanto, limitaes objetivamente etrias na sociedade uma criana no pode
exercer as mesmas atividades que um homem adulto. No h, certamente, a possibilidade
de um indivduo dominar todos os aspectos de sua cultura. Porm, deve haver o mnimo de
sua participao na pauta de conhecimento da cultura para que ele possa articular-se com os
outros membros da sociedade. Nenhum homem uma ilha.
Da mesma maneira que todo indivduo v a cultura de forma particular, toda cultura
possui singularidades lgicas. Transferi-la para uma outra sociedade seria um ato
etnocntrico. Ento, quando analisamos um ato cultura devemos no somente olh-lo
com cientificidade/criticidade, mas tambm com o olhar do outro, ou seja, perceber a
manifestao cultura a partir de seu centro vivente. A cultura no precisa, assim, de uma
explicao cientfica, mas tem em sua essncia explicaes lgicas de sua manifestao.
Mais uma vez, cientifizar um hbito cultural uma atitude etnocntrica. Isto que dizer que
cada cultura d sentido para aparente confuso das coisas naturais.
Alm disso, a cultura est sempre em evoluo, seja ela complexa como as dos
grandes centros urbanos , seja ela simples como as dos povos indgenas do norte do
Brasil. Isso se d porque o homem, criador/criatura da cultura tem a capacidade de
questionar seus prprios hbitos e modifica-los. O tempo constitui pea fundamental na
evoluo das culturas. Atravs dele podemos compreender o desenvolvimento das culturas
e as diferenas que ocorrem dentro de uma mesma cultura. Entendendo essa dinmica
tempo x cultura x homem possivelmente conseguiremos compreender melhor o outro e,
quem sabe talvez, respeitar as diferenas existentes.