Anda di halaman 1dari 12
A educacao no Tocantins: mudangas na légica de gerenciamento do sistema e da organizacao e gestéo da escola Education in Tocantins: changes in the logic of system management and of school organization and administration Benvinda Rarros Dourado Ribeiro * Resumo Procura-se mostrar as implicagbes do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), ‘componente do Programa da Eundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), na reestruturacao do sistema estadval de ensino do Tocantins (TO), particularmente no que conceme as mudansas na organizagio e gestio escolar, tendo-se por referéncia resultado de pesquisa sobre o impacto do PDE nas escolas péblicas desse Estado, Pataveas-chave: Politicas de educagio. Tocantins. Gestio escolar, Organizagio escolar. Plano de Desenvolvimento da Escola, PDE, Abstract “The implications of the School Development Plan (PDE), part of the Program for the Funding of School Reinforcement (Fundescola), are shown in the restructuring of the state educational system of Tocantins (TO), particularly regarding the changes in the school organization and administration. The results of the research take reference in the impact of the PDE on the schools of Tocantins. Keywords: Politics of education. Tocantins. School administration, School organization, School Development Plan. PDE, Résumé Léducation au Tocantins : les changements dans la logique de la gestion du systéme et de Porganisation et gestion de l’école Lon cheiche & montrer les implications du Plan de Dveloppement de Ecole, partic ntégrante du Programme du Fond de Renforcement a Vcole (Fundescola) dans 'a résiructuration du systéme édueationnel de Iétat de Tocantins (TO), en particulier ce qui touche aux changements dans lorganisation et la gestion scolaire, ayant comme teérence te résultat de ta recherche sur impact du PDE sur se écoles publique. Mots elefs : Politique de I'édueation. Tocantins. Administration seolaire. Organisation 4e l'école. Plan de Developpement de I Ecole. PDE. * Mestre pela Universidade Federal de Gotis (UFG), Professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT). E-nai: benvirda@t edu br Linas Crieas, Brasilia, v 10,18, jandjun, 2004 M85 Introduce Este artigo, um dos produtos de dissertagdo de mestrado, busca analisar algumas quest6es fundamentais referentes 3 reestruturacao do sistema estad ual de ensinodo Tocantins (TO), prineipalmente no que tange a gestio e organizagan daescola e, maisespecificamente, a0 modelo que vem seado implementado pelo Fundo de Fortalecimento da Eseata (Fundescola). ‘A pesquisa, por sua ver teve vomo objeto deestudo a geste a organizagao da escola piblica do TO, especialmente da Regional de Ensino de Porto Nacion: mediante andlise das implicagdes do Plano de Desenvolvimento de Escota — PDE-como modelo de gestio ¢ organizago do trabalho escolar. A investigagio de cunho te6rico e empirico envolveu 37 escolas publicas estaduais que oferecem « ensino fundamental, localizadas em 14 municfpios agregados & Delegacia Regional de Ensino de Porto Nacional Com base na argumentagio de que a caréncia de recursos financeiros constitui o grande entrave para o desenvolvimento educacional e econdmico do pats, 0 poder central, orientado por estratégias de organismos nacionais & internacionais, vem trabalhando com politicas temporérias, financiadas por fundos igualmente temporarios, como € 0 caso do Fundescola. A idéia subjacente € realizar grandes impactos com baixo-custo. Assim, um dos temas que se encontra posto com freqiéncia nas agendas das politicas educacionais € reestruturagao do sistema de ensino, adotando modelos de gestio fundados na descentralizagio administrativa, na autonomnia financeira e no planejamentoestratégico, buscando introduzir. na esfera publica, as nodes de cficiéncia, produtividade racionalidade, inerentes 3 logica do capital Gestio democritica e autonomia escolar No Brasil, a discussio em torno da gestio democritica do sistema educacional ganhou impulso, principalmente, com a aprovag3o da Cart Constitucional de 1988, que prevéa necessidade do desenvolvimento, opanizagae e exercicio da gestdo democritica da educagao. Com a aprovagao do Plano Decenal de Educagio para Todos (1993-2003), a questo da gestio adquire maior relevancia. Assim, dentre 05 abjetivos gerais de desenvolvimento da educagio bisica, destuca-se 0 fortalecimento dos espagos institucionais por meio de acordos, parcerias € compromissos tendo, como premissa basica, fortalecer a gestdo democrdtica da escola, mediante a constituigio e aperfeigoamento de colegiados de paise membros da comunidade escolar, na perspectiva de conceder-thes a obtengie de auconomia financeira, administrativa e pedagdgica (BRASILIMEC, 1993), 146 Beuvinda Barros Dourado Ribeiro — & edycagso no Toventins: mudanges na lsieo. A gestio democratica do ensino piiblico esta contemplada na Lei n° 9.394/ 96 (artigos 12, 14, ¢ 15), determinando que as normas de gestio democritica atendam as peculiaridades locais e aos principios que orientam a participagio dos profissionais da educagdo, na elaboragao do Projeto Pedagégico da Escola (PPP) e na participago da comunidade em conselhos escolares ou equivalentes. Além dessas referéncias, a LDB fixa como uma das incumbéncias dos «estabelecimentos de ensinoa elaboragio e execugao da proposta pedagégicae a ampliagao progressiva de autonomia pedagégica, administrativa e de gestio financeira nas escolas, ratificando, assim, o prinefpio constitucional eos objetivos. do Plano Decenal de Educagai Plano Nacional de Educagdo ~ Lei n° 10.172/2001, nas suas diretrizes sobre a gesto, orienta quanto 4 promogo da efetiva desburocratizagio & descentralizagao da gestdo nas dimensdes pedagégica, administrativae de gestio financeira, destacando a importancia das unidades escolares contarem com repasse direto de recursos para desenvolver a sua proposta pedagdgica e para as despesas de seu cotidiano. Trata-se, portanto, de uma afirmagio que representa uma diretiva de organizagao, que constitui um dos prineipios fundamentais do atual ordenamento educacional Portanto, os elementos fundamentais na construgio da gestio escolar democrética, postulados na legislagao brasileira, sio a participagao dos profissionais e da comunidade escolar, a elaboracéo do projeto politico pedagégico, a autonomia pedagégica, administrativa c financcira da escola, ‘O que se percebe € que, ultimamente, esses processos organizacionais institucionalizados, como, por exemplo, o colegiado escolar, deixaram de estar presentes apenas na fala dos educadores progressistas que o tinham como instrumento de democratizagao dentro da escola, para fazer parte, também, € principalmente, do discurso conservador e privativista da educagdo, na medida fem que 0 colegiado € considerado uma entidade de direito privado, que tem ‘como objetivo precipuo a captagdo de recursos. Nesse sentido, ¢ oportuno.estar atento as observagdes de Paro (2001). a0 colocar em debate a questo da autonomia da escola, tomando como referencial a LDB (Lei n# 9394/96). Em relagao a autoncmia administrativa, financeira e pedagégica, 0 autor faz uma alerta: nao confundir descentralizagaio de poder com desconcentragio de tarefas, uma vez quie © que se apresenta nas politicas de educagio por meio dos programas e projetes que estdo sendo implantados em larga escala nao cabe & escola pensar. sim, executar. No que se refere a gestdo financeia, 0 autor alerta para o fato de que no se pode identificar autonomia com abandono e privatizagao e, no que concere Linkas Craicas, Brisa, v.10, 0, 18, jandjun, 2008 Mar autonomia pedagozica,¢ preciso ter presente que ela deve ser construfda sobre bases minimas de conteddos curriculares, nacionalmente estabelecidos, no deixando os reais objetivos da educacao escolar ao sabor de interesses meramente paroguiais deste ou daquele grupo na gestio da escola que se percebe é que a autonomia conferida a escola publica advoga a introdugdo dos modos de resto do setor privado, apresentados como superiores, racionais, competitivos ¢ como sindnimo de inovagio € intensificagio dos mecanismos de avaliagio e prestagdo de contas. Assim, @ autonomia que se apregoa é uma autonomia para fazer o melhor e executar © melhor possivel dentro da orientagio politica definida com base no modelo privado. Nesse sentido, a autonomiaescolar reduz-se a gestio de receitas ¢ despesss, de acordo com as metas ¢ indicadores de desempenho estabelecidos pelo Estado. Portanto, para cumprir essas meias e alcancar 0s indicativos impostos pelo contrato de gestio, concede-se 3 escola a autonomia para “captar recursos” de ‘outras fontes, fazendo parcerias e buscando voluntariados. A centralidade na escola Com essa nova roupagem da gestae da educaglo, as politicas educacionais no Brasil credenciaram a escola como a protagonista, sobre a qual recai a incumbéncia de executar as agGes geradasno seio do poder central, mostrando uma redefinigo do papel do poder piblico baseada no discurso da descentralizagioe da autonomia da escola. ‘Esse movimento vislumbra a escola como foco das politicas governamentais, ‘qve se direcionam, sobretudo, para.a sua gestio, O tema foi objeto de um debate nacional, no inicio dos anos 90, como objetivo de fixar as bases conceituais eas estratégias de ago que deveriam ancorar a futura reforma educacional. O debate sedev em seminério organizado pelo Instituto de Pesquisa Econdmica Aplicada (IPEA) sobre Qualidade, Eficiéncia e Equidade, em novembro de 1991, em Pirenépolis/GO. O debate jé colocava em pauta temas que teriam centtalidade, durante a década que.se seguiu, como a gestio educacional ¢, mais especificamente, a gestio escolar. Com # aprovagdo do Plano Decenal de Educagio (1993), 0 entio ministro da educagio, Murflio Hingel, dispds, na sua introdugdo, que o seu sucesso pressupunha o reordenamento da gestio educacional, cenferindo a escola a importincia estratégica que Ihe seria devida como espaco legitimo das agées ceducativas e como agente de prestagao de servigas educacionais de boa qualidade. Fortalecer a sua gestdo e ampliar sua autonomia constituiriam, portanto, adiresa0 prioritéria da politica educacional (BRASIL/MEC, 1993), 148 Renvinda Barros Dourade iro — edweagho no Tocantins: mudangas na lépiea Xavier, Plank e Sobrinho (1997, p. 195), por sua vez, procuraram apresentar a escola como epicentro das necessérias mudangas na educagao escolar no contexto atual. Segundo esses autores, a principal razo para que isso ocorra & ue “qualidade de ensino, eficiéncia e eficécia sao decorrentes de processos que ocorrem dentro da escola e ndo dentro da Secretaria de Educaga Essa compreenso torna-se preocupante, na medida em que os fatores sociais € econémicos nao sao devidamente considerados na produgio do sucesso ou fracasso do aluno, bem como na medida em que se transfere para a escola a responsabilidade por uma situag3o que foi produzida, em grande parte, pelas politicas educacionais definidas fora de seu contexto. Para esses autores, se 05 alunos nao aprenderem, o problema é atribuido & escola, calocando essa instituigao e, mais precisamente, seu modelo de gestdo como responsiveis pelo insucesso do aluno, ¢ 0s professores como responsaveis diretos pela eficiéncia escolar e desempenho dos alunos. A tendéncia que se evidencia, subjacente a esse discurso,é a de repensara qualidade como resultado de um processo que se desenvolve essenicialmente na ‘escola, ¢ ndio nas macroestruturas do sistema educacional. Isso faz com que os governantes elejam a escola camo niicleo de uma reforma em que ela tem 0 papel de executar agdes que, na verdade, s20 decididas no centro do poder ¢ repassadas sob a roupagem de uma proposta de autonomia. A reestruturagiio do sistema de ensino e da organizagio e gestio da escola publica no Tocantins: as implicagdes do PDE ‘A proposta politica educacional da Secretaria Estaduat da Educagio (Seduc) no Tocantins € marcada pela busce da eficiéncia, a partir de amplo programa, implantado em (997, cuja designacao, por si s6.j4 €esclarecedora: “Programa Escola Autnoma de Gestio Compantilhada (PEAGC)”, que, a partir de 2002, passou.a denominar-se "Programa Escola Comunitaria de Gestao Compartilhada (PECGC)”. © Programa gerenciado pelo Seduc e executado por meio de convénios com as escolas propaga como finalidade bisica a democratizagio da gestdo escolar, mediante a garantia de progressiva autonomia financeira, administrativa e pedagdgica da escola, a ser alcangada por meio da descentralizagdo dos processos decis6rios, do fortalecimento da diregao das escolas e da participagao comunitiria, via implantagio ou fortalecimento dos colegiados. ortanto, pautado na filosofia da participagdo efetiva da comunidade no processo educacional, na mudanga dos padrdes de gestéo escolar € no uso adequado dos recursos piblicas. 6 PEAGC postula-se garantir as condigdes Linhas Criieas, Bras, w. 10m. 18.jandjum. 2008 9 fisicas e pedagdgicas necessérias para a escola oferecer um ensino de qualidade, atendendo, assim, 0 seu papel na sociedade. Desta forma, “a escola se responsabilizaré pelos seus gastos. promovendo a capacitacdo de seus funciondrios, gerindo com eficiéncia e eficacia os procedimentos pedag6gicose. sobretudo, controlando seus indicadores para garantir 0 sucesso dos alunos” (TO/SEDUC, 2000a, p. 1). A propasta do Programa € repassar recursos financeiros, mensalmente, para as escolas, por intermédio de convénios assinadas com as Associagdes de Apoio as Escolas Estaduais e das Entidades Prestadoras de Servigos Edacacionais (Associagio dos Pais e amigos dos excepcionais - APAE, entidades filantropicas, Teligiosas ¢ cooperativas) para a aquisigdo de materiais de consumo, equipamentos, capacitagio de pessoal e manutengdo do ensino de forma geral (pagamento de contas de energia, agua e wieSone). Dessa forma, abre-se a perspectiva de que as Unidades Escolares (UE) tenham condigies de definir melhor as ages que correspondam as suas reais necessidades. Dentre as exigéncias elencadas para as escolas participarem do PEAGC, pode-se evidenciar a cringia e legalizacio da Associaca0 de Apoio As Escolas 4 elaboragao do Projeto Politico-Pedagogico (PPP), o qual deu lugar ao Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) apés a reestruturaclo do Programa, a partir de 2000, o que parece estar de acordocom a opiniio de Melo, aodistinguir _gtstiio democratica de gestio compartilhada: © Projeto Politico Pedagdgico, espago privilegiado para a escola se definir em seus objetivos, sua organizagao ¢ forma de gestao, no enconisa essondncia na gestio compartilhada. Suméria e sutilmente, sem ser descartado de todo, ele & secundarizado ¢ substituido, em grande escala, pelo Plano de Desenvolvimento dda Escola- PDE (MELO, 2000, p. 246-247), (© Tocantins, porestar localizado na Regido Norte do pais, foi contemplado com as linhas de a¢40 do Programa do Fundo de Fortalecimento éa Escola (Fundescola), visto que o Programa abrange as regides Norte, Nordeste e Centro- este; dentre elas, ressalta-se a elaboragdo do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), 0 qual é definido como “um processo gerencial de planejamento estratégico, coordenado pela lideranga da escola ¢ desenvolvido de maneira participativa pela comunidade escolar” (MARRA, BOF, SOBRINHO, 1999, p. 8-9). Seu objetivo esté voltado para a gestdo da escola como eixo responsavel peia methoria da qualidade do ensino. Em 1998, 0 PDE foi itmplantado na chamada Zona de Atendimento Prioritério I (ZAP 1, ou seja, Zona Metropotitana da Capital, compreendendo 180. Benvinda Barros Dowrado Ribeiro ~ A edveagSo no Tocantins: mudangas ne Losica (08 municipios de Palmas, Pedro Afonso. Porto Nacional e Siivanépolis, correspondendo a 22 escolas, (1,8% do total de 2.784 escolas pablieas do TO, sendo I0escolas estaduais. Em 1999, criaram a ZAP-II, chegando a tm total de WO escolas, 2,6% das 2.685 escolas piblicas. Destas, 40 escolas sio estaduais, compreendendo, principalmente, escolas da Delegacia Regional de Easino de Araguaina. (TO/SEDUC, 2000b, p. 2-3). Baseado na avaliagéo do assessor técnico do Fundescola, as escolas da ZAP-I que conseguiram bom desempenho dos seus planos receberam, em 1999, nova remessade recurso financeiro, no valor total jérecebido na primeira etapa, conforme o néimero de alunos. Em 2000, 0 Fundescola atuou nos convénios de consolidagao das escolas 4 incluidas no Programa e preparagdo das 57 escolas que entraram em 2001 Portanto, no anode 2001, 97 escolas estaduais foram contempladas com recurso do Fundescola, por meio de trés modalidades de convénios, distribuidas em duas Zonas de Atendimentos Prioritérias (ZAP-I e ZAP-ID). Em 2000, a Secretaria de Estado da Educagio do TO, por meio do Projeto de Expansio Voluniiria do PDE, ou seja, expansiio fora das éreas de atendimento ptioritério do Fundescola, levou a metodologia do planejamento estratégico a todas as escolas estaduais com mais de 200 alunos, apontando-o como instrumento que a escola deve utilizar para aprimorar a gestdo e organizar 0 seu trabatho na direczo da qualidade do ensino. Para tanto, o Seduc reestruturou o Programa Escola Autonoma de Gestio Compartilhada, propondo que, do conjunto de recursos repassados & conta da Associagdo de Apoio Escola, uma parte fosse destinada ao PDE, para a realizagao das agdes diretamente relacionadas ao ensino, e a outra parte, para a manutengdo da escola (pagamento de agua, energia, telefone, materiais de consumo, reformas etc.). Assim, PDE foi regulamentado no TO por meio do Regimento Escolar, aprovado pelo Conselho Estadual de Educagdo, Resolugio n# 126 de 16 de dezembro de 1999, que traz no capitulo V. artigo 87, 0 titulo “Do Plano de Desenvolvimento da Escola”, que preconiza o aprimoramento da gest5o escolar por meio do PDE, instrumente que vai melhorara qualidade do ensino na escola © enfatiza ainda, a inclusio da Proposta Pedagégica no PDE: © Plano de Desenvolvimento da Escola, elaborado no infcio do ano letivo, deverd aprimorar a gestio da escole, melhorando a qualidade do ensino ¢ garantindo ais efieiéncia e eficacia nos processos que desenvolve, obser vando-se as regras proprias, no qual deve estar incluida a Proposta Pedagégica da UE (TO/SEDUC, 2000, p. 25) (grifo 0880) Linas Critcas, Bras, v.10. 18, janJjun, 2004 151 Em 2001. por meio dos convénios de expansio n® 95.825/2000 € consolidagao n® 95.705/2000, firmados entre o Governo do Estado/Seduc e 0 MEC/Fundescola, ampliou-se o atendimento nas zonas de prioridades, ZAP Le IL akterando assim o processo de financiamento, assessoramento e prestagao de contas dessas escolas, uma vez que esse processo se tomou de responsabilidade dos dois dreds, “a fonte de financiamento foi mudando & medida que ontmero de beneficiados cresceu. No primeiro ano, os recursos vinham integralmente do Fundescola”. Neste ovo convénio, o Estado arca com uma parte do financiamento para as ages do PDE; “isso foi importante, pois demonstrara 0 interesse do govemno estadual em fortalecer o Programa” (BRASIL/MEC, 2000, p. 12). Nesse sentido, o Estado foi assumindo paulatinamente as propostas do Banco Mundial (BM) com 0 seu préprio recurso. Asescolas contempladas nesse convénio de expansio receberam o mesmo valor que receberiam no programa de expansio voluntéria, sé que 70% provindo do Fundescola, ¢ 30% do Estado. Nessa segunda etapa, incluiram mais 57 escolas estaduais nas ZAPs Le II, de um total de 63 escolas piblicas. Do convénio de consolidagao (n# 95.705/2000), fazem parte as escolas que Jéestavam no Programa inicial, 1998 ¢ 1999, endo atingiram as metas propostas, de acordo com a avaliago do Programa. Neste caso, a responsabilidade sobre 0 financiamento das ages do PDE foi dividida em 50% para cada 6rgao, ou seja, metade para o Fundescola e metade para o Seduc. Ainda nessa etapa, encontram- se também, as escolas que foram premiadas, escolas que esto desde 0 inicio do Programa c tiveram éxito, segundo avaliagdo jd mencionada, Asescolas que nao entraram nesses convénias permaneceram no Programa de Expansio Voluntéria do Estado, sendo acompanhadas s6 pelo Sedue, enquanto a outras so assessoradas pelas duas instituigdese devem, assim, prestar contas, 0s dois drgios, ou seja, Fundescola e Seduc. Esses convénios retratam a programagio do Fundescola sob as regras do Banco Mundial quanto ao financiamento do Projeto de Melhoria da Escola (PME), 0 qual contém as metas e ages do PDE que poderao set financiadas pelo Programa. O Banco orienta que, para a primeira fase, o atendimento deverd ser a todas as escolas que fazem parte do programa € que tenham elaborado seus planos de desenvolvimento, Para o segundo ano, 2/3 dos planos das escolas patticipantes sero financiados através de coneorréneia. Uma outra orientagio estabelece incentives ao Estado para a expanso do programa Fundescola em outras escolas que ainda nao aderiram ao programa, a chamada expansio voluntéria (BIRD, 1999). 152. Benvinda Barros Dourado Ribeiro ~ A educagio no Tocantins: mudangas na I6giea Dentre as medidas que 0 Fundescola apresenta como mecanismos que abrein espagos para que as escolas se organizem ¢ se estrututem encontram-s¢ 0 fortalecimento docolegiado escolar, a transferéncia de recursos diretamente para as escolas ¢ a escolha de diretores. Nesta perspectiva, o Tocantins, que ainda no havia atendido a esta Gitima medida, promoveu, no primeiro semestre de 2001. aescolha para diretores das escolas publicas estaduais de Educacio Bisica, Por meio de concurso, Edital n® 01/2001 do Sedue TO. Dentro desse processo, a escotha democratica, envolvendo professores, funcionérios técnico-administrativos, altinos, pais e comunidade em geral foi ignorada, até mesmo porque ndo havia delimitagao de escola, municipio ow regional para 0 concorrente, ¢ a escolha final ficou nas mos do poder central No primeiro semestre de 2002, foi realizado concurso para supervisor téenicoe, ainda, a eleigio para coordenador pedagézico da escola, apds ser selecionado Por meio do curriculum vitae pelo ditetor e Supervisor técnico. De um modo geral, a estrutura organizacional proposta pefo Fundescola para elaboragio e execugdo do PDE, a qual foi implantada, também, em todas, as escolas estaduais do TO que compdent o programa de expansio voluntatia do PDE, apresenta um modelo bem sistemiticoe verticalizado, em que “trabalho ‘em equipe” tem a conotagao de “cumprit fungoes Mesitio assim, para 0 Fundescola, a elaborasao do PDE €o primeiro paso para a desburocratizagao da escola, buscando uma nova identidade, um novo

Anda mungkin juga menyukai