Certa vez, um primo meu que morava a nordeste daqui veio me visitar, em um agosto cujo ano desprezvel. Estvamos ele, um grande amigo nosso e eu fartando-nos de vinho certa noite, quando ele disse: Amanh meu ltimo dia aqui. Ento quero ver o mar. Vejamos o mar amanh ento, respondi. Iremos amanh at o litoral e encontraremos a pessoa perfeita para guiar-nos em nossa visita. Nosso caro companheiro aqui a conhece muito bem, foi quando esse nosso amigo enrubesceu enquanto expressava uma maliciosa risada no rosto, pois eles haviam tido um caso h poucos dias. Acertamos todos os detalhes, terminamos o vinho, e partimos para nossas respectivas casas. Na manh seguinte, eles tomaram o trem e me encontraram na metade do caminho, pois antes de encontr-los eu tinha negcios a tratar. Fomos ao litoral, e encontramos a supracitada pessoa. Passamos um dos dias mais agradveis que me recordo de ter passado naquela poca, embora no me recorde quase de mais nada, pois como voc bem sabe, aos olhos de quem v a vida como ela realmente , certos detalhes da vida mortal so completa perda de tempo. A data eu bem me lembro, pois era o dia cujo os mortais ironicamente tiraram para celebrar o dia dos vampiros atualmente. Treze de agosto. A partir da j no me lembro de muito, pois estava embriagado pela vodka. S me lembro de ter cometido o pior e o melhor erro de toda a minha existncia. Entreguei-me aos devaneios romnticos de promessas de felicidade eterna ao lado de uma mulher. Foi o meu primeiro e ltimo momento de fraqueza. Pois aprendi que nesses momentos deixamos abertas brechas, para que outros, inclusive nossa prpria natureza bestial, nos destruam. Porm no fosse eu ter cado em desgraa, no teria aberto brecha para o acontecimento que culminou em transformar-me no que sou hoje. Irnico, no? Treze de agosto... [sorriso sarcstico].