http://jn.sapo.pt/2008/04/20/nacional/ps_sabe_construir_pontes.html "PS não sabe construir pontes"
O PS não tem sido capaz de estabelecer pontes com
a sociedade em áreas-chave e o resultado mais visível foi o que se passou na educação. A constatação é de Rui Marques, ex-alto comissário para a Imigração e dinamizador do Movimento Esperança Portugal (MEP) que quer concorrer como partido às eleições de 2009.
Uma "cultura de pontes e de negociação" é
precisamente uma das prioridades avançadas pelo MEP. Porque, "como se viu na Educação", a maioria socialista "não teve capacidade para construir pontes, o que levou 100 mil professores a manifestarem-se na rua. O momento de abertura da ministra chega tarde, porque era evidente que se devia ter negociado no início do processo e ouvido os professores".
O MEP propõe concretamente o estabelecimento de
"pactos de década" para a Educação, a Justiça ou a reforma do Estado. "Não podemos continuar a mudar de políticas em áreas-chave cada quatro anos e, por vezes, menos", sustentou Rui Marques, dando conta de que o programa político do MEP estará pronto até ao final do ano, a tempo de concorrer às legislativas de 2009.
Em relação ao seu posicionamento no espectro
político, o MEP rejeita a classificação tradicional entre partidos de direita e de esquerda, afirmando "a ousadia de pensar diferente" na definição ideológica e assumindo-se como "humanista e pela sociedade da confiança".
"Temos vindo a perder os laços de confiança entre
nós e as instituições e precisamos de um Estado que confia. Os custos da desconfiança são bem maiores do que os da confiança". Rui Marques defendeu um "Estado mais árbitro e menos prestador de serviços". Perante "a crise e o desânimo dos portugueses", o MEP responde com "a política da esperança" e defende a economia social, elegendo a democracia participativa como bandeira.