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‘REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Presidente Fernando Henrique Cardoso Ministro da Agricultura ¢ Abasteehmento - MA, Aclinds Posto Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuiria Presidente Alberto Duque Portugal Diretores José Raberto Rodrigues Peres Elza Angela Battagaia Brito da Conha Dante Daniel Scolari Giacomellt Centro de Pesquisa Agropecudria de Clima Temperado Chefe Geral Laérelo Nunes ¢ Nunes Chefe:Adjunto de Pesquisa Arione da Silva Pereira (Chefe Adjunto de Desenvolvinento Jofio Carlos Costa Games Chefe:Adjunto Administrative Wilmar Wendt CONTRIBUIGAO AO ESTUDO DO ARAGAZEIRO, PSIDIUM CATTLEYANUM Maria do Carmo Bassols Raseira Ailton Rageira EMBRAPA-CPACT Pelotas, RS 1996 Exemplares desta publicagdio podem ser solicitados 4 MBRAPA - CPACT Caixa Postal 403, Fax (0532) 212121 9601-970 Pelotas, RS ‘Tiragem: 500 exemplares Carlos Alberto B. Medeiros José Francisco Martins Pereira Coordenagio editorial: Diagramacao: Fioravante Jaekel dos Santas Sérgio Arthur Zanuncio Foerstnow RASEIRA, M.do C. B Contribuigao ao estudo do aragazeiro! Maria do Carmo Bassols| Raseira, Ailton Raseira, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria, Centra de Pesquisa Agropecuaria de Clima Temperado. - Pelotas, RS EMBRAPA-CPACT, 1996, 95 ISBN 85-85941-04-9 1. Fruticultura, 2. Aragé 3.Psidiumn eateleyanum 4. Frateira ativa. 1. Rascira, A Il EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agropecuaria de Clima Temperade, (Pelotas, RS), DD 634 © EMBRAPA - 1996 APRESENTAGAO. Esta publicagio resulta de trabalhos realizados nos tltimos ‘anos, com 0 aragazciro, no Centro Nacional de Pesquisa em Fruteiras de Clima Temperado - CNPFT, hoje, Centro de Pesquisa Agropecusitia de Clima Temiperado - CPACT. Esta dividida em duas partes, sendo que na primeira sdo discutidos estudos que visam obter um maior conhecimento sobre a especie ¢ as populagdes existentes no sul do Brasil. Trata-se de trabalhos com um cumho suais técnico ¢ que, em sua maioria, nfo slo ainda conclusivos. Entretanto, se nfo clucidam completamente os assuntos. tratados, levantaum algumas hipateses que poderio suscitar o interesse de outros pesquisadores ara que, juntas, seja possivel alcangar mais rapidamente a meta final, qual seja, 2 introdugao para cultivo de wma espécie nativa que, ate 0 presente, 86 € explorada de forma extrativa A segunda parte, mais aplicada, contém informagoes sobre 0 manejo da espécie quando cultivada B, em grande parte, baseada mais em. observagdes do que em experimentagao, parém explica de forma simples 9 que, até agora, produziu bons resultados no cultive do atagazeiro. Este trabalho é uma pequena contribuiggo para uma area de conhecimento fascinante, @ ainda pouco explorada, dada a sua diversidade: as fruteiras nativas do Brasil OS AUTORES, | | SUMARIO AGRADECIMENTOS APRESENTACAO. PARTE | 1 INTRODUCAO 2, DESCRICAO DA PLANTA 2:1, CARACTERISTICAS DAS PLANTAS SEGUNDO DISTRIBUIGAO B Gros 22 FOLHA 2.3, NUMERO E TAMANHO DE ESTOMATOS 2.4, FLORACAO 2.5, FORMA E TAMANHO DQ POLEN 2.6, NUMERO DE GRAOS DE POLEN POR ANTERA FRUTOSE SEMENTES ICA, 27, SISTEMA DE REPRODUGAO, 43.1, TESTE DE GERMINAGA DO POLEN “IN VITRO" 3.2. TESTES DE GERMINAGAQ DO POLEN “IN WIVO" 3.3. POLINIZAGOES EM CONDICOES DE CAMPO. 3.4. OBSERVACOES SOBRE A MEIOSE. 3.5. HIPOTESES SOBRE MODO DE REPRODUGAO 4, METODOLOGIA PARA DETERMINACAO DO NUMERO DE CROMOSSOMAS 5, MELHORAMENTO GENETICO n ul a PARTE Il 1, PROPAGAGAO 2. PREPARO DO SOLO E INSTALACAO DO POMAR 3. TRATOS CULTURAIS 3.1, ADUBAGAO DE CRESCIMENTO E MANUTENGAG, 3.2. PODA, 3.3. PRAGASE DOENCAS 4. CONTEUDO DE VITAMINA C 5. COLHEITA B UTILIZAGAO SA COLHEITA S2UTILIZAGAO. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS a Bt PARTE | 1. INTRODUCAG O araca € uma futa, nativa da América do Sul, pertencenie familia Mirtéicea, género Psidium, Ha diversas espécies de araga, mas de acordo com Pio Corres, (11926), a5 espécies nativas da regido Sul do Brasil seriam P. catileyarwa, Sab. P. incanescens Martins, P. grandifolinm Martins, P. arboreum Vell, € P. fmmite Well. com ag variedades, grandifolium © longipes. Muitas outras espécies so encontradas mais ao norte, principalmente, em Sao Paulo © Minas Gerais. Mais. recentemente, Mattos (1978), cita como principais especies encontradas no Rio Grande do Sul, P. caitleramim Sab,, conhecida como aragazeiro comum, P. Iuetdien Spreng, aragazeiro do campo, P. lucidum var, pauciflora Camb, araga da pedra, P. incanum Berg, araga cinzento, P. pubifollum Burr., aragazelto do campo © P. australe Camb, aragazeiro do campo. Existe certa confusio a respeito de espécies. Pio Correa (1926), por exemplo, cila 2. catifeyumen como predutora de frutos de epiderme amarela ov vermelha, Mattos (1978), cita esta espécie como produtora de frutos de epiderme amarela. Popenoe (1920) refere-se a P. cautleyamum como espécie produtora de frutos vermelhos, sendo a variedade botanica P. cavileyanum var. fucidum, a forma produtora de frutos amarelos, a qual, segundo o mesmo autor, j& foi citada por outros como P, lucielure, P. chinense @ P. sinense, © aragé, Pi caitleyariem & native do Brasil ¢ foi levado, em tempos remotes, para o sul da China, presumivelmente pelos portugueses. A partir da China foi levado para a Europa, onde foi, por algum tempo, cansiderado native da Chisa, e por isso chamado de golaba chinesa. O araga foi também plantado na india, onde, na época (1920), mio era muito conhecide, Era também encontrade esporadicamente, no Hawai, México © América Central. Nos Estados Unidos, existia na Flérida © California, mas no Brasil era onde se encontrava extensivamenie (Popenioe, 1920). ‘A maioria da literatura revisada, a qual é bastante limitada em mimero, refere-se a ocorréncia e dispersao da espécie e caracteristicas ‘morfol6gicas (Huenneke, 1990: Mattos, 1978; Sanehotene, 1989, Pio Cortés, 1926) © Centro Nacional de Pesquisa em Fruteiras de Clima ‘Temperado iniciou, em 1985, uma colegaio de especies frutiferas nativas do Rio Grande do Sul, entre elas, 0 araca. No ano seguinte, coletou-se ‘um nimero maior de sementes, em varios pontos do RS, ¢ em outros estados do Sul, visando 4 selego de germoplasma mais promisser, para uum futuro aproveitamento em escala comercial, Paralelamente, foram realizedas obsetvagtes sobre conduggo das plantas, fenologia, produtividade, algumas caracteristicas da flor e folha (visando melhor conhecer os diversos tipos existentes na colegio do Centro), propagacio € modo de reprodugio, aspectos da meiose e téonicas para contagem de cromossomas, Estas observagoes, aleumas ainda preliminares, sfo. aqui apresentadas em diversos capitulos e tem como objetivo. prineipal fomecer subsidios para o melhor conhecimento da espécie. Para programas de melhoramento genético e para pesquisas futuras em Giversas areas, com o fim titimo de introduzir © cultivo comercial desta espécie 2 2. DESCRIGAO DA PLANTA 2. | CARACTERISTICAS DAS PLANTAS SEGUNDO DISTRIBUICAG GEOGRAFICA © germoplasma hoje existente no CPACT, foi coletado principalmente nos arredores de Pelotas ¢ Rio Grande, no: Planalto Central do RS ([jui, Passo Fundo) e no sul de Parana, Do germoplasma coletado nos municipios de Pelotas e Rio Grande, hé material oriundo da zona litoranea ¢ colonial De um modo geral, estes primeiros acessos mostraram um comportamento diferenciado, As plantas orlundas do sul do RS, produtoras de frutos amarefos, apresentam porte mais baixo (de 0,5 1,0 m de altura, Fig 1) e flores maiores do que as plantas, também produtoras de frutos amarelos, coletadas no planalto, Estas, além de mais altas, (dm @ folhagem mais densa (Fig, 2), produzem frutos de pelicula amarclo-clara, mais firmes ¢ acidos, mas de menor tamanho que os das plantas do sul do RS. Fig. 1 Planta selecionada de populacto de aragareiro (P-cattlepanum), produtora de Titos de epiderme amarela, ortunda, de sementos ooletadas na zona sul do RS. B Fig.2. Planta selecionada de ‘populagio de 2eh10 P. euteleyenm), prodators de Frutos de amiarele oriundas do Planalto da Rio Grande do Sul As plantas oriundas do Parana so de porte semeltiante as do planalto, (Fig, 3), de trutos amarelo-claras, bem firmes, em geral com boa espessura de polpa, sendo esta mais clara que as dos fiutos anteriores. 3 Planta selecionada de pale srigazeiea B cattleyannan), produtora de Fiutos de spiderme amarelo-elara, ‘orjundas de sementes eeletadas no As progéaies origindrias das sementes coletadas no Planalto Gaticho ¢ produtoras de frutos vermelho-escuros, s&o de porte mais alto, (em torno de 1,70 m de altura) e possuem flores e folhas grandes (Fig. 4) © frutos de tamanhe médio © sabor acido, com leve adstringéncia. Em geral, tém menor nimero de sementes que os frutos de polpa amarela © apresentam alguns espagos vazios entre as,setores das fiutas, Fig + Plana selecionada de populagao de aragazeiro (P-caitleyanum) produlora de fiutes de Spiders vermelho-escura (coxa), oniundas do Planalta do Rao Grande do Sul AAs plantas produtoras de fiutos vermelho-escuros, oriundas do sul do RS (Fig. 5), so menos vigorosas, com folhas ¢ flores bem menores que as do planalto 18 Fig, 5 Planca solecionada de populagteo de aragazeine , enttleyanun), produtora de frutos de epiderme: vermelho-escura (roxa), oriundas do sul 60 Rio Grande do-Sol De acorde com Sanchotene (1989), Pstaium eatileyanum & um arbusto ou uma arvore, podendo neste sitime caso, atingir 2,8 a 10 m de altura, A planta cresce mais quando localizada no interior das matas, uma ver que, na busca de luz, atinge maior porte. A raiz € pivotante A folkavem & persistente, ax folhas sia simples, opostas, glabras, coriaceas, verdes luzenies © ovaladas No presente trabalho, as plantas produtoras de fitos de coloragéio vermelho-egeura tendendo a roxa, coletadas no Planalto Central, sero identificadas como “Roxo planalto”, as produtoras de ffutos de mesma coloragio, mas cujas plantas s40 oriundas da zona Sul do RS, sero aqui denominadas “Roxo sudeste”, as plantas produtoras de frutos amarclos e coletadas na regido do Planalto Central do RS serao designadas por “Amarelo planalto”., as plantas coletadas na zona litoranea ou colonial de Pelotas, sero designadas por “Amarelo litoral”, enquanto as plantas oriundas do estado do Parand, serio designadas “Amarelo Parana” 16 ‘Algumas caracteristicas foram avaliadas, na tentativa de melhor conhecer esta especie e distinguir entre os diversos tipos: 2.2, FOLHA Determinou-se nos cinco “tipos” (ou populagdes) principais que se encontram no CPACT, a média de rea das folhas. MATERIAL E METODOS Foram eoletadas, em cada uma das populagGes, tr€s amostras de cem folhas, com peciolo, e fez-se a medigio da area da folha utilizando-se um aparelho do tipo Li-COR, modelo 3.000, com célula forometrica RESULTADOS E DISCUSSAO O resultados obtidos, encontram-se na Tabela 1 ‘Tabela 1, Area média das folhas em cinco tipos de aragazeiro, Tipos Area média da foiha. “Roxe planalto” 3,00 a “Amarelo litoral’” 19,03 b “Amarelo planalto™ 17,87 be “Amarelo Parand 16.98 be Roxo sudeste™ 1449 c Maios Segdas des menus lease dferam ene si pele tee de Duncan 59%, Segundo Sanchotene (1989), as dimenses do limbo foliar variam de 5 2 9 cm de comprimento por 2,5 a 5 cm de largura As médias de rea das folhas, obtidas nas amosiras, encontram-se aproximadamente, nestes limit Ww As folhas do “Roxo sudeste” foram consistentemente menores que nos demiais tipos, enquanto as do “Roxo planalto” apresentaram 4rea foliar que variou de igual a quase 0 dabro dos demais tipos. 2.3, NUMERO E TAMANHO DE ESTOMATOS, Em folhas, os estSmatos podem ocorrer nas duas faces ou apenas em uma delas, em geral a inferior. O niimero ¢ abertura dos estOmatos tém influéncia na maior ou menor adaptagao de uma planta a condigdes de extresse hidrico, influindo sobre a velocidade de transpiragio (Esau, 1977) Hesmsen e Boer (1971) usaram o niimero de cloroplastos nas cdlulas guardas como indiéagdo da ploidia em Solanum bulbocastanum ¢ Sofamim acanle. Pelas figuras apresentadas pelos dois autores, o mimero de cloroplastes teria, igualmente, relagdo com © tamanho das codlulas guardas, ‘Yisando identificar morfoldgica e citologicamente a8 populagdes e, no futuro, tentar estabelecer alguma relagae com nivel de ploidia e com resisténcia a estresse hidrieo dos cinco tipos de aragazeiro, aqui discutidos, mediu-se e realizou-se a contagem dos estématos ¢ das ¢clulas guardas. MATERIAL E METODOS Foram coletadas dez folhas de cada um dos tipos em estudo. Para contagem ¢ medida dos est6matos, foi feita a impressio da folha, pincelando-se sua superficie inferlor com esmalte incolor. Apés a secagem da mesma, foi retirada uma pequena pelicula do esmalte e colocada em lamina com uma a duas gotas de solugao de nitrato de prata a 1%, Para a contagem dos estématos, foi retirada uma amostra da ponia, do meio © da base da folha, tentando-se identificar diferengas 18 devidas & localizagio. Para cada folha, em cada um dos pontos de amostragem, foram realizadas quatro contagens em uma area de 0,15 x 0,21 mm, Na ocular, colocow-se uma lente com um retangulo (usada como referéncia para fotografias), usando-se a objetiva de 40 x ‘A rea em que foi feita a contagem correspondeu a 0,032 mm? Para a medida dos estématos, foram amostradas cinco folhas Por populaggo e, em cada uma, delas procurou-se uma amosira Tepresentativa dos estOmatos presentes 05 dados referentes a0 nlimero de estdmatos foram submetidos 4 transformagio ye + 0,5, para fins de analise de varidneia RESULTADOS & DISCUSSAO. © coeficiente de variagéo para 0 bastante baixo: 7,13%. mero de estématos foi ‘As diferencas entre os tipos testados e entre as Jocalizaydes na folha (base, parte mediana e ponta), foram altamente. significativas (Tabelas 23) Tabela 2. Niimero médio de estmatos, em 0,032 mm de Area foliar, de cinco populagses de aracazeto. Hliitios ie (Na ae! “Amarelo litoral” 11,¢a “Roxo sudeste™ 150 b “Rox planalto” ile “Amarclo Parana” 17d “Amarclo planalto” iad ‘eins sequidas dis soesnas letras dferem ante wa pelo Wale We Dine 8 TSO 19 Tabela 3. Numero de estématos, em 0,032 mm? de area foliar, abtides ra ponta, meio ou base, da folha independente do tipo de aragazeir Meio 42a Base 13,9ab Ponta 13,5b iis sepuidac dix meunae leis mio diferen ease si polo teste de Dunas a TP Analisando © nlimiero de est8matos, separadamente para as trés Jocalizagdes, dentro de cada tipo, verifica-se que na base (com exceso do “Roxo planalto”, onde foi estatisticamente superior 4 panta) foi igual ou inferior as outras duas localizagSes (clades nko apresentados aqui). A parte mediana mostrou resultados mais consistentes em todos {96 tipos e, pertanto, seria recomendavel utilizarese esta parte quando a amostra for retirada de uma Unica localizagao na Tolha © nimero de estématos foi estatisticamente inferior no “Amarelo Parana” ¢ “Amarelo planalto” ¢, realmente, estes dois tipos parecem ser o5 mais resistentes 20s periodos de estiagem. O “Amarelo litoral®, de um modo geral, € bastante sensivel a estiagem, sendo o “Roxo sudeste” , comparativamente mais resistente. Em relaglo ao tamanho (Tabela 4), néo houve diferengas significativas quanto a0 comprimento dos estOmatos, entre os diferentes tipos. Entretanto, 0 “Amarelo Parana” apresentou os estématos mais largos, diferindo do “Amarelo planalto” e do “Roxo sudeste”, que foram 05 mais estreitos. 20 ‘Tabela 4. Comprimento ¢ largura (em 3) dos estématos em cinco tipos diferentes de aragazeiro, ‘Amarelo Parani” 10,96 a “Amarelo literal” 5 10,32 ab “Roxo planalto” 10,20ab “Amarelo planalto” 10,00 “Roxo sudeste” 16,008 952 ‘Médias seguidas das roesmas Tetras, oma coltinas, alo diferem entre si, palo tewe, li is ds eas Te colanas, ao diferem entre sl, pelo Teale de No que se refere a largura do conjunto f estémato mais células guardas, nio houve diferenga estatisticamente sigr ficativa (Tabela 5), Tabela 5. Comprimento e largura (em 41) da estrutura formada pelos estdmatos mais células guardas (CG) para os cinco tipas de aragazeiro. (Médias de 30 medidas) “Roxo planalto” “Amarelo literal” “Amarelo Parana” “Amarele planalto” “Roxo sudeste” 22,08 b 15,284 ‘dias segues das mess lous, aay cola, nao ican Gu G, pele tae de ‘Duncan 03%, __A soma das medidas do comprimento e a largura dos est6matos, com ou sem as eélulas guards, € apresentado na Tebela 6 a Tabela 6 Soma do comnprimento ¢ largura dos estdmatos (em 1) sem (CG) e com (+CG) eélulas guardas, para os cinco tipos de aragazelro. AtoHargara) Comprimentotlergura: eo =CG__estématos + CG “Amarelo Parana” 28,00 a 38.64 ab “Roxo planalto” 27.16 ab 3040 “Amarelo literal” 26,88 ab 39524 “Amarelo planalto” 26,246 37,60b “Roxo sudeste” 25,526 37,260 ‘eelas sequidas das mcanav Is, aas- cola, wo Giza elee 6, pe 16Be He Danan a 5%, Tendo em vista a maior ou menor resisténcia & estiagem, aparentemente 0 numero de est6matos ¢ mais importante que © tamanho. Nao foram encontrados estématos na face superior da folha, apenas na inferior (Fig. 6) ‘Fig, 6 Face inferior da folha ée aragazeire, mostrando os estimates © cdlulas guardas: 22 Realizou-se anilise de correlayo (dados no apresentados aqui) entre as variaveis comprimento dos estomatos, largura dos estOmatos ¢ comprimente ¢ largura dos esidmatos com as celulas guardas, A correla¢ao obtida foi alta e positiva, permitindo que se use apenas uma destas medidas para comparar as diversas populagaes 24, FLORAGAO Em condigSes naturais, no sul do Brasil, 0 aragé floresce de outubro & novembro, Quando em cultivo, observaram-se duas épocas principais de florescimento. a primeira na final de seremibro a outubro, ¢ a segunda, em dezombro. Em alguns anos, verificasse uma tercelra época de floragio, em margo Segundo Teaotia et al, (1970), as gemas floriferas de Pstalivm catiteyamim vat. lucidum nesessitam de 59 dias para passarem do estidio de gema floral apenas visivel, para a antese Nas condigdes do sul do RS, embora nfo existam dados, observounse que o periodo & longo, sendo a passegem pelos tltimas estadios de desenvolvimento bom mais répida, especialmente do esiadio baldo bem desenvolvido para a antese, Se 4 temperatura for alta, menos de 24 horas sto suficientes para completar esta wltima fase. As flores nascem nos ramos do ano, so brancas, diclamideas, Pentimeras, hermaffoditas, digomorfas ¢ solitarias (Sanchotene, 1989) Os estames siio rumerosos, tém filetes brancos ¢ as anteras amarelo- -palidas ou esbranquicadas, Coletouese uma amostra, a9 acaso, de 10 flores de cada um dos tipos de aragi existentes no CPACT, exceto no “Amarelo planalto”, do qual foram calhidas seis flores para ‘sontagem das anieras (Tabela 7) ¢ numero de ovulos (Tabela 8) Tabela 7. Numero de anteras em flores de diferentes ¢pocas de aragazeiro. El pes 7 Niinddio de) N° minimo N° maximo. (OS _anteras__encontrado___ encontrado “Amarele litoral” 280 220 388 “Amarelo planalto” 480 428 527 “Roxo sudeste” 256 152 323 “Roxo planalto! 361 333 396, © ovario € infero, em geral com trés a quatro locus, com numerosos évulos, éigpostos em duas stiies verticals em cada lado. O mimero de Gvulos & yariavel, em geral, superior a cem (Sanchotene, 1989). TTabela 8 Numero de dvulos por flor, em aragazeito. ferentes tipos de DP nao ON mao Ne madne : ___éuulouitior | encontrado __enconirado_ “Amarelo litoral" 120 98 134 “Asmarelo planalto™ 159 us 200 “Roxo sudeste” 94 16 ie “Roxo planalto” 165 124 190 "ON Ee ee No aragé “Amarelo Parand”, foram observados apenas trés a cinco flores, obtendo-se a média de 311 anteras ¢ 83 Svulos por flor. De um modo geral, apesar da grande variabilidade, aragd “Roxo sudeste” apresenta o menor mimero de anteras ¢, juntamente com 0 “Amarelo Parané”, o menor numero de ovutos. A observagio 4 campo mostra que entre as tipos estudados, “Roxo sudeste” € 0 que possui menor flor e “Rox planalto”, a maior. Em relagao ao tamanho das anteras, parece manter-se a mesma ordem. NNo primeiro ano, fez-se a medida de 20 anteras (de trés lipos constantes. na colegio), obtendo-se a muédia de 0,86 mm para 0 comprimento das anteras de “Roxo sudeste”, 0,88 mm para “Amarelo litoral” ¢ 1,08 mm para o “Amarelo Parana” No segunclo ano, foram medidas anteras de cineo flores para cada um dos quatro tipos (“Amarela planalto”, “Amarelo_litoral”, “Roxo planalio” © “Roxo sudeste”), sendo tomada a medida de 20 anteras para cada repetigao. A analise dos dados obtides mostrou uma diferenga significativa entre os quatro tipos (Tabela 9) ¢ um caeliciente de variagdio baixo (5,35%) Tabela 9. Comprimento das anteras em quateo tipos de aragazciro. “Wipes Comprimento dalantera Gam *Roxo planalio” 13a “Amarelo litoral” 13a ~Amarelo planalto”™ 175 ab 65 ios das micsmas Wias a dileici erro i pol teste de Duncan w Se 2,5. FORMA E TAMANHO DO POLEN Os “gros de polen podem apresentar forma triangular, arredondada, oval ou disforme. Estes tiltimos, em geral, ndo coram bem com carmiim propidnico e, provavelment, nao so vidveis © tamanho do gro: de pélen, em vatlas espéeies, tem relaggo com o nivel de ploidia De acordo com Renner (1919), citado por Stanley © Linskens (1974), tamanho do pélen esta relacionade a0. nimero de cromossomas ¢, geralmente, € constante. Os mesmos autores citam diversos trabathos, Mintzing (1928), Spasojevic (1942) © Bell (1950), que consideram o tamanho do pélen us parimetro 25 indicador do nivel de ploidia, além de uma confiavel caracteristica taxonOmica, Devido as diferengas observadas nos drgios florais, tentando identificar diferengas em ploidia ¢ avaliar mais uma ceracteristica taxondmica, medit-se o tamanho do gro de pélen das flores de aragazeiro entre os tipos existentes no CPACT. MATERIAL E METODOS Inicialmente foram medides 100 gros de pélen do aragé “Roxo sudeste” € do “Amarelo litoral”. Em uma segunda amostragem, foram medidos, também, 100 gréos de pélen em cada um dos quatro tipos: “Amarelo planalto”, “Amarela litoral", “Roxo planalto” ¢ “Rexo sudeste”. As amostras de polen foram tiradas de gemas floriferas previamente fixadas em écido propiénica e alcool (1:2), Foram preparadas cineo laminas por tipo de aragazeiro, sendo colocadas em cada uma delas, uma ou mais anteras de uma mesma flor, fas quaig foram maceradas em uma gota de carmim prepidnico Mediram-se vinte gros de péten, por lamina, As medidas foram feitas com auxilio de uma ocular micrometrica, adaptada a um microscépio de rotina, ¢ comparando-se com régua micrométrica com divisées de 10 p. Apesar de haver certa variabilidade na forma dos graos de polen, foi realizada 4 medida da maior dimensdo e considerados, apenas, os polens maturos, de forma triangular, RESULTADOS E DISCUSSAO Os resultados obtidos na primeira amostragem (Tabela 10) foram submetidos & andlise de variancia, considerando-se cada giao de pélen uma sepeticao, O coeficiente de variagio foi baixo (7,17%) ea diferena entre os dois tipos em estudo foi altamente significativa 26 Tabela 10. Tamanho de grdos de pélen de dois tipos de aracazeiro Fi tiner a Tamanho dograe de Polen ie “Amarelo litoral” “Roxo sudesie” Min seguidas dix osm lees mio fener entne Sole tae Na segunda amostragem, os dados forany submetidos @ analise de varidncia, em dclineamento inteiramente casualizado, com dois fatores: tipo de aragazeito (quatro) e flor (cinco por tipo), © coeficiente de variagio obtido foi ainda mais-baixo (5,83%). A diferenga entre flores nao foi significativa, ao nivel de 5% de probabilidade © a diferenca entre tipos foi altamente signitieativa ‘As médias obtidas para os quatro tipos “de aragazeiro amostrados estio na Tabela 1] Tabela 11. Tamanho de graos de polen de quatro tipos de aragazeio = : “Amarelo literal” 24,72 “Amarelo planalto” 23.98 ‘Roxe planalto” 23,576 “Roxe sudeste” 22,986 ‘Médias seguidas das mesmas letras nip diem eave, polo teste de Dintin a 1, A medida do gro dé pilen parece ser, também. para P. catileyam, uma caracteristica morfolégica confiavel. © “Roxo sudeste” apresentou menor grdo de pélen, Partindo-se da hipdtese de que 0 tamanho do gro de pdlen possui relagio com'a ploidia, 0 “Roxo suideste” deveria ter, teoricamente, menor niimero de eromossomas que 0s demais tipos aqui observados, Tal hipdtese necesslia ser ‘somprovada, pela contagem de cromossomas metafisicos em mitose, 27. 2.6. NUMERO DE GRAOS DE POLEN POR ANTERA. Os testes de germinago (Capitulo 3) indicam para o aragazeiro baixa percentagem de pélen vidvel, Nessa condigao, o nlimero de gro de pélen por antera é importante, principalmente considerando-se que & grande o mimero de anteras por flor. MATERIAL E METODOS: Foram realizadas contagens para araga “Amarelo planalto” © “Roxo planalto”, “Amarelo litoral” e “Roxo sudeste’, em flores colhidas em outubro. Foram coletadas duas amostras de 10 flores (recém abertas ou baldes), retirando-se cineo anteras por flor, em um total de 50 anteras por amosira, Estas foram deixadas em frascos de vidro (capacidade 5 mi), até a deiscéncia, quando se colocou 1 ml de acide lactico, No momento da contagem, apés homageneizagao, colocou-se uta gota da suspensdo de polen em placa de Newbaver, pracedendo-se conforme Tuite (1969) e Knolton (1935). Contaram-se 0s grios de polen que se encontravam nos reticulos latersis e centrais da lamina, Para estimativa do nimero de grios de pOlen por antera, utilizou-se a seguinte formula: 1000 1 or 80 onde N 6 nimero de gros de pélen por antera, x ¢ 0 mimero médio de graos de pélen por contagem, 1000 ¢ o volume do acido lactice em mn; 0,1 0 wolume da placa de Newbauer em mim ¢ S0¢0 ngimero de anteras na suspensto (Petri, et all, 1976). Para anitise de variéncia, os dados foram submetides @ transformagio Jx+08 Ne 28 RESULTADOS E DISCUSSAO As estimativas baseadas nos mlimeros encontrados nas duas amostras encontram-se na Tabela 12, Nao houve diferenga si senire as duas amostras, mas as diferengas entre tipos quanto ao nimero de gros de pélens por antera, foram altamente significativas. Tabela 12, Nimero de grios de poten por antera nas flores de aragazeiro “Roxo planalto” “Amarelo planalto™ 1209 aby “Amarelo litoral” 1133 “Roxo sudeste" 7340 TMiecine ceguidas chs mesiias letras nla leven ebire st pelo teste de Duncan 8 1%, O nimero de grios de pélen por antert é considerado médio, quando comparado a dados obtidos em outras espécies, por exemplo, mags do grupo ‘Delicious’, 5753 conforme o ano, até 9675 (Knowlton, 1935; Obetlo é Goertzen, 1952); ameixeira ‘Rosa Minera’, 1075, ameixeira ev, Burbank 1920 grdos de pélen por antera (Carvalho, 1989). No caso do aragazeiro, 0 miimero de anteras por flor ¢, consequientemente, © niimero de gréos de pélen por flor, & muito grande, No aragd. “Roxo sudeste”, entretanio, 0 nfimero de anteras é menor de que nos demais tipos e, além disso, o niimero de gros de pélen por antera ea viabilidacle do pélen é também menor (dados apresentados no capitulo sobre mada de reproduc), Em uma amostragem de flores da 3* florads feita anteriormente, somente para 0s aracazeiros “Amarelo litoral” ¢“Roxo sudeste”, (dez comtagens por suspensio de polen) obiiveram-se, 1.576 grdos de polen por antera para 0 “Amarelo ltoral” ¢ 1.480 para 0 "Roxo sudeste” Em outra amostragem com as iltimas flores do ciclo vegetativo (1990/91) obtiveram-se, para a média de dez contagens, apenas. 140 gros de pélen por antera para o “Amarelo litoral” € 276 para 0 “Roxo sudeste”, Acredita-se que estas amostras eram de flores anormais, por serem as ‘iltimas ou, © que mais provivel, os botdes florals eram 29 imataros € nia houve completa deiscéncia das anteras, antes que se colocasse 0 acido lactico para fermar a suspensio de polen. A. variabilidade do numero de gros de pélen por antera, de ano para ano, jé foi eltada em trabalhos anteriores para outras espécies, como por exemplo, maeieira (Camargo, 1977), _Portanto, determinagdes deste tipo deverdo ser repstidas por um perioda de, pelo menos, trés anos, € para as trés épocas (ou duas, conforme as condigdes climaticas) de floracto, 27, FRUTOS E SEMENTES (Os frutos sto bagas, © podem ser redondos, redondo- achatados, oblongos ou periformes. Os tipos que sie aqui tratados sao todos de frutos arredondados, tendo 0 “Amarelo Parana” pelicula mais lisa que 03 demais, ‘As. sementes so amarelas ou castanho-claras, de forma irregular e numerosas, embera 6 mimero seja muito variavel de um fruto para outro, Sanehotene (1989) encontrou de 16 2 100 sementes por fruto, Tomando-se uma amostra, a0 acaso, de, no minimo 10 frutos, €, no maximo, 25, obtiveram-se as médias de mimero de sementes por fruto apresenttada na Tabela 13, Tabela 13. Neimero de sementes por fruto, nas diferentes populagdes de aragazciro. ) sone ee ee Ter ; iim eee ee aisementainitoe el “Amarelo litoral” 22 “Amarelo planalto” 50 “Roxo sudeste’” 2 “Roxo planalto” as “Amarelo Parana’” 46 30 Apesar da variabilidade observada, 0 “Roxo sudeste” apresentou sempre 0 menor numero de sementes por ffute, o que esta de acordo com os demais dados, uma vez que este foi também : © que 4 menor nimero de évulos por flor. que aprestatou Nota dos autores: Os estudos sabre a morfologia das felhas comtaram con! a colaboragto da Eng Agr ‘Tereza Cristina P. d i do CPACT Vera Osério, waa 31 3. SISTEMA DE REPRODUGAO Em trabalho publicado em 1920, Popenoe refere-se ao falo de a propagagdo de araga P. cautleyamum, para fins comerciais, ser usualmente realizada por sementes, © salienta que, nesta espécie, 0 método 6 mais satisfat6rio do que na maioria das espécies frutiferas, uma vez que existe menor variabilidade entre os. “seedlings ‘Afirmavam, entretanto, que cultivares selecionadas deveriam ser propagadas por enraizamento de estacas ou por enxertia, @ semelhanga de P. guana (Popenoe, 1920). Choyhiyan (1988) fez algumas observagdes sobre a repradugio de vitias especies de Psidiem ¢ conecluiu que P. cailleyarue, bem como P. eaitleyanum vas. lucidum e P friedrichsthalianum, io sio espécies autocompativeis. Nas condigées do Rio Grande do Sul, enteetanto, € comum serem encontradas plantas isoladas de araga, com ‘boa producao, acreditando-se serem autoférteis, ‘Teaotia et al. (1970), realizaram estudos em varias especies de Psidium @ concluiram que P, catileyanum var. ucidum é autoféntl, © que contraria as observagdes de Cheyhiyan, 1988. Sweet (1986), tefere-se a Psicivm guajava, do mesmo género portanto, como sendo uma espécle na qual nfo & necesséria a polinizagia cruzada, ¢ que Psidivm cautleyanum parece ter o mesmo tipo de polinizagao. Objetivando ter uma idéia melhor sobre © comportamento de plantas de araga nas condigdes de Pelotas-RS, quanta ao modo de Feproducdo, foram realizados varios ensaios, 32 3.1. TESTE DE GERMINACAQ BO POLEN“IN VITRO” ido um teste de viebilidade, baseado na capacidade dos gros de pdlen de adquirirem cor quanda em contato com earmim propiénico. Obtiveram-se 71 e 21% de gritos de pélen corados, para “Amarelo litoral” e para “Roxo sudeste”, respectivamente. Segundo Galletia (1983), os testes com corantes podem superestimar a viabilidade, porque 0 polen no viivel pode ainda corar, por possuir suficiente quantidads de enzima, amido e ‘fomatina, enire outras substincias, Além disso, diferentes. esp reagem diferentemente a distintos corantes Visando determinar quais as meios de cultura ¢ as condigoes necessirias @ germinagao de polen “in vitro”, foram feites diversos estes. Observou-se que seria melhor usar, nesses testes, polen dos bales ou de flores recém abertas, comaas anteras ainda brancas MATERIAL E METODOS Uma vez coletadas as flores em balae ou recém aberias, as anteras foram destacadas manualmente,- com auxilio de pinga e colocadas a secar em bandejas de papel, a temperatura ambiente £20 a 25°C), Os elementos componentes dos meics de cultura foram dissolvidos em agua destilada ¢ aquecidos em forno de microondas até a dissolucao completa do agar. O meio, ainda quente, foi colocado em laminas Cadaptadas com dois ancis de PYC de 21 mm de diametro © 3 mm de altura), que substituem @ lamina escavada (Fig. 7) 33 { ‘0 pélen foi espargido sobre o meio, ligeiramente momo, com auwilio de um pincel fing, de palo. de camelo, As laminas foram colocadas em placas de Petri, com papel absorvente umedecido, ¢ incubadas em estufa tipo BOD, 4 temperatura de 25°41°C, durante 4 horas, Apos este periodo, fol feita a contagem, considerando-se germinados aqueles grdos que haviam, pelo menos, iniciado a emi do tubo polinico (Fig. 8). i Em testes. preliniinares, determinou-se que um periods de 4.6 horas a 252I°C, constituem-se nas melhores condigdes de incubagda, embora, segundo Teaotia et al (1970), o tubo poli aparega dentro de 15 horas apds inoculacdo no meio. EXPERIMENTO | Em ume primeira fase (botoes Morais colliidos ert outubro). foram testacdos os seguintes melas para a germinacéo da polen de aracd “Roxo suudeste™ 20% de sacarose + 80 ppm de acido bérico + 1% de agar; 20% de sacarose + 40 ppm de Acido borieo + 1% de Agar, 10% de sacarose + 80 ppm. de acide bérico + 1% de gar, 20% de sasarose + 80 ppm de Acido borico + 100 ppm de Manganés ~ 1% de agar. 20% de sacarose + 80 ppm de acido bérieo + 200 pam de Manganés + 1% de agar, 6, Testemunha com 20% de sucarose + 1% de agar; 7. Testemunha com 10% de sacarose + 1% de agar, Supe § meios foram dissolvidos em 100 ml de agua destilada. © manganés utilizado foi em forma de sulfato de manganés (usando-se, portanto, 0,0898 g ¢ 0.1796 g, respectivamente, nos metas 4 e 5) ao Fig. 8 Pélen de aragazeiro germinado (com cmissae de tubs palinice} € mo germinado, |A.pereemtagem de polen germinado foi baseada na contagem de-200 gras de poten, 35 34 Foram realizados-outros testes, incluindo-se mais trés meios: 8. 20% de'sacarose + 1,5% de agar + 100 ppm ppm de nitrato de céleio, 9, 20% de sacarose + 1,5% de agar + 100 ppm Acido bérico + 330 ppm de nitrato de calcio; 10. 20% de sacarose + 1,5% de agar + 100 ppm acido bérico + 495 ppm de nitrato de calcio. ido bérico + 165 Estes meios foram testados somente com o pélen do araga “Roxo sudeste”, Foram contados 200 srios de pélen por tratamento. Na segunda etapa, em que foram testados og meios de 1 a 10, usaram-se bales solhidos em abril EXPERIMENTO II Foram testados pélen de ataga “Roxo sudeste” ¢ “Amarelo litoral”, apds secos e armazenados por 16 dias, a temperatura de -15 a-18°Ce baixa umidade relativa do ar (25 a 50%). Os meios testados foram 08 seguintes: 1. 20% de sacarose + 80 ppm de acido bbrico + 1% de agar 2. 20% de sacarose + 40 ppm de acido borico + 1% de agar 3 10% de sacarose+ 80 ppm de acide bérico + 1% de agar 4, 20% de sacarose + 80 ppm de dcido borice = 100 ppm de Mn+ 1% de dgar 11, 10% de sacarose + 40. ppm de dcida boriso + 1% de ager 12. 20% de sacarose + 100 ppm de écido borico + 165 ppm de nitrato de calcio 1% de agar 13. 20% de sacarose + 100 ppm de Acido borica + 330 ppm de ritrato de céleio + 1% de agar Foram repetides 08 tratamentos 12 I tratamento 7 (10% de sacarose + 1% agar) come testemunha , ineluindo-se 0 EXPERIMENTO il Estes ensaios foram conduzidos com polen retirado de plantas dos tipos de “Roxo planalto”, “Roxo sudeste” ¢ “Amarelo litoral”. ‘Os meios testades foram: 1 - 20% de sacatose + 80 ppm de dcido borico + 1% agar 2- 20% de sacarose + 40 ppm de écido borico + 1% agar 6- 20% de sacarose + 1% ager 71-10% de sacarose + 1% agar 14 - 20% de sacarose + 100 ppm de menganés + 19% ayar 15 = 20% de sacarose + 165 ppm de nitrato de cdleio + 1% agar 16 - 20% de sacarose + 330 ppm de nitrato de cileio + 1% agar 17 - 20% de sacarose + 165 ppm de nitrato de calcio + 80 ppm de dcido borieo + 1% Sgar 18 - 20% de sacarose +330 ppm de nitrato de edleio + 80 ppm de dcido birico + 1% Sear 19-20% de sacerose + & ppm de acido borico + 100 ppm de manganés + 1% agar 20-40% de sacarose + 1% Agar © pélen do aragd “Roxo planalto” foi testado apés. seco, € armazenado por 2! dis, nas mesmas condigSes do experimente IL, Do mesmo iodo qué nos experimentos anteriores, contou-se @ percentagem de gritos de pélen que emitiram o tubo polinico, apos 4 horas no meio, 2 uma temperatura de 25=1%C, Foram feitas duas amostragens por polen e por meio testado, com ¢xcegao do “Roxo planalio” com zero dias de armazenamento, do qual foram feitas quatro. repetigoes. Para fins de anilise, 0s dados foram tansformados em arc sen /100 37 RESULTADOS E DISCUSSAO. EXPERIMENTO I Obtiveramese os seguintes resultados: 6, 8, 11, 2, 2,5, 5 € 9% de germinagdo, para os meios 1 a 7, respectivamenie, com os bodes florsis colbides em abril, As porcentagens foram muito baixas, atingindo, no maximo, 8,5% de germinacao, EXPERIMENTO II Qs resultados obtidos das mé de duas contagens, cada uma de cem gros de polen, estio ne Tabela 14, 15 © 16 Tabela 14, Germinagio do pélen de flores de araguzeiro, obtida apes quatro horas de inoculagio no meio de cultura, mantendo-se a uma temperatura de 251°C (% de polen Tabela 15. Germinagdo do pdlen de flores de aragazeira, logo apés & secagem (em % de pélen germinado). “)Germinagio de ardos de poten C4) Tabela 16. Getminagdo do pélen de flores de aragazeiro, apbs 16 dias de armazenamento (em % de poten germinado). Se germinado), gee calla ic Germinagao de gros de polen a) e ‘Meios de cultura “Amarelo literal” *Roxo sudeste” Média y 1 15,5 9.0 12,25 2 11,0 18,25 Os resultados indicam que 0 bore é um elemento importante na i ae AG ae germinagao do pdlen dé arayé, 0 que esti de acordo com Schmucker 3 x { (1932) citado por Stanley © Linskens (1974), que constataram a 4 133 70 11,28 importincia deste elemento para o polen de diversas espécies o ono 185 19,25 O manganés provavelmente, nfo é essencial para Psidium cattieyanum 6 Bae 150 19,00 © cdicio foi inctuide, porque, quando adicionado a0 meio, a s distribui methor a germinagto. dos graos de pélen, atenuando o efeito GB 18,3 19,75 38 sinérgico dos gros, que fa2 com que eles germinem melhor quando agrupados, Kwack (1965), citado por Stanley ¢ Linskens (1974). ‘Nao foi testada a concentragio de 15% de sacarose, por nio se julgar neveisario, uma vez que.a diferenga entre meios com 10 20% de sacarose nao foram tio acentuadas, Teaotia et al. (1970), entretanto, consideram 15% de sacarose a melhor concentragdo para germinagio 39 do pélen de P. cattievamim var. fucidum. Estes autores encontraram valores bastantes altos (72,5%) quando comparades aos aqui obtidos Nio fazem, porém, referéncia as condigdes de secagem ¢ 4 temperatura fem que-o pélen foi mantido apés colecado ne meio, No seu trabalho fot tutiizado meio liquido, scm agar, Alim disso, pode ter havido iferengas devido aos clones usados ¢ as condig6es climsaticas durante a formagio do pélen nas. regides em que foram conduridos 0 presente ttaballio ¢ o de Teaotia et al EXPERIMENTO Ill ‘Os dados obtidos entcontram-se nas Tabelas 17, 18 e 19. Tabela 17. Germinagao do poten de aracazeiro “Roxo planalto” em Giferentes meios de cultura (sem armazenamento), Tratanientos “Germinasao de pélen (%) 2 39 a 18 313 a 16 283 4 19 28 a 1 25.7 a " 204 ab i le ab 7 174 ab é 15,4 ab 15 61 20 ooe ‘Mibius soph das coms Totay ps difevm cute i pelo teste de Duncan a Os resultados. obtides apos 21 dias de _armazenamento, encontramse na Tabcla 18, 40 Tabela 18. Germinagao do pélen do aragazeiro “Roxo planalto”, apas 21 dias de armazenamento. Tabet Gernnnagas pon OA 7 25S a 19 23 a ie 19.5 a 18 189 a 15 i735 a 2 16.9 a 7 153 a 16 M5 a 7: 6 20 ‘Médias scguidas dis mesinas Tetras uo diferem onlee & pelo taste de Duncan a 5% ‘Como no experimento anterior, pode-se obsecvar que os meios que continham boro apresentaram melhores resultados O poder germinative diminuiu bastante apds 21 dias de armazenamento. A diferenga entre 03 meios basicos 7 e 6 nao foi Significativa, indicando que © aumento no contetido de agucar de 10 para 20%, sem a inclusio. de boro no meio, néo produz aumento significative na porcentagem de ‘polen germinado, Os resultados obtidos para os testes com polen do aragé “ROxo. sudeste” e “Amarelo litoral” encontram-se nas Tabelas 19 e 20, A anilise de varianeia dos dados (Tabela 19) mostrou que as Petcentagens de germinag%o obtidas nos diversos meios ndo foram estatisticamente diferentes Em testes semelhantes, nfo se obieve nenhum sucesso na gerininagio do polen do aragé “Amarelo planaito”. Noves estudos deverio determinar se a falha na germinagio deveu-se a baina viabilidade ou se houve influéncia do estédio de desenvolvimento do oto floral para coleta de anteras, fator extremamente importante 41 Tabela 19. Germinagdo do pélen de aragaseira “Roxo sudeste” nos diferentes meios de cultura, Tabela 20, Germinacdo do pélen do aragazeiro “Amarelo litoral” nos diferentes meios de cultura, > Welosdeculura yy) Geiminayao do polen ( Meiosde cultura ‘Germinagaoido polen 6) Soa Te 246 18 3L37a 1 27,98 a : aoe 6 18,43 ab 2 1.87 7 18,37 ab 18 La7 2 14.20 ab 19 13,94 ab 7 7 2,98 ab 9 1,00 16 12,57 ab 16 0,50 4 3,94 be 1S 3,94 be i 0,50 20 4 0,00 ‘Mis paths dos esas lees i iron eae peo fete de Duncan a 1 13 6,00 20 0,00 Os resultados 40 variéveis, mas os meios 1, 2 ¢ 18 sempre apresentaram os melhores resultadas: A germinacao, verificada com 0 mio 6, foi relativamente boa, com excegao dos testes com o poten do araga “Roxo planalto”; com 9 meio 2, foi boa nos testes com “Roxo planalto”, sendo regular nos testes com polen do “Amarelo seedlings © boro n&o se-mostrou Go limitante, mas, mesmo assim, 3 melhores resultados, com excegdo do tratamento 6 (Tabela 20) do “amarelo litoral”, tinham bero como constituinte do meio, na proporgao de 80 ppm, 2 AAs diferengas entre 10 ¢ 20% de sacarose (Tratamentos 6 e 7) so pequenas, 10 maximo da ordem de #5%, sendo. que os dois tratamentos nao diferiram entre si pelo teste Duncan (Tabelas 18, 19 ¢ 20). Notinalmente, © maior numero de gros de pélen germinados verificou-se em gris agrupados. Come referido anteriormente, Kwack (21965), citado por Stanley e Linskens (1974), menciona que este efeito ode ser atenuado com a adiedo de calcio ao meio. Em teste com pélen de selegdes de aragd “Amarelo litoral” (Selegao 14) PI* ¢ da (Sel, 13) Pl, nos meios: 10% sacarose + 1% de agar, 20% sacarose + 1% agar + 100 ppm acide bérico + 165 ppm de nitrato cdlcio e 20% sacarose + 1% agar + 100 ppm Acido borico, obtiveram-se os resultados constantes das Tabela 21 *PL- polinizagao tivre ina len de duas selegies Tabela 21. Getminagdo media de 400 gros de pélen de araga amarclo, (Selegao 14) Pl e (Selegao 13) PL 5 Germinagao do potent’) cee (Sel 4) PT (Sel 13) PL 7 26,00 125 J Be) 25 e 3430 24,8. Consideranda-se todos 0s testes realizados, os resultados foram bastante variéveis, pois a germinagdo do pélen ¢ influenciada por varios fatores, do 86 intrinsieos do proprio pélen, como também do meio, tais como; quantidade de meio em relagéo & quantidade de polen, pH do meio, entre cutros, (Stantey e Linkens, 1974) Os testes @ as observagdes realizadas fornecem algumas indicagdes, tais como, Eveistem influéncias do periodo de floracao sobre a germinagto, a qual é mais clevada em pélen colbido na: florada outubro- novembra a ‘= £ muito importance o estidio de desenvulviaienty da flor, Estadio de balao, bem proximo a abertura, ou flor recém aberta so os. que apresentam os melhores resultados. * © polen do aragazeiro, produtor de frutos vermelho-escuros, calhido no planalto, aqui denominado “Roxo planalto”, ¢ do “Amarelo litoral”, tem melhor germinagio do que o “Roxo sudeste” ¢ 0 “Amarelo planalto”. Os dois tltimos apresentaram Viabilidade bastante baixa. ‘ + © boro, de modo geral, produz resultados positives quando adicionado ao meio, sendo suficiente a concentragao. de 40 ppm de acido borico. 44 © De modo geral, # adigdo de nitrate “de cllcia a0 meio nao produziu resultados superiores aqueles meios s6 com boro ¢ sacarose, isto é, no parece ter havido sinergistio enire os dois elementos: ‘+ © aumento da concentsacao de agticar de 10 para 20% aumentou @ percentagem de germinaggo do polen, mas, em eral, as diferengas ado foram significativas + © manganés nio parece ser importante na germinagio do pélen do aragazeiro + E possivel que tenha havido alguma interagio do “tipo” de aragazeiro © 0 meio utiizado, Em trabalhos de rotina, entretanto, pode ser usado © meio contendo 20% de sacarose, 80 8 160 ppm de Acido berice © 1% de agar, com resultados salistatérios para 05 “tipos” testados, a excegao do “Amarelo planalto” que no germinou em neahum meio. © meio com 40% de sacarose, aparentemente, ficou consistente demais, dificultando a emissio do tubo polinico * Quatro horas em camara dmida, temperatura de 25°C 4 1°C, Mo suficientes para inicio da germinaga0 do polen de Psidiun eatéle yorum. 3.2. TESTES DE GERMINACAO DO POLEN “IN VIVO! © pélen pode nto germinar ou ter baixa viabilidade “in vitro”, € ter boa performance “in-vivo” (Johti e Vasil, 1961), De acordo com alguns autores, uma vez que o meio teste para germinago “in vitro” pode ser deficiente ou inibir 0 crescimento do tubo polinico ou ainda, permitir 0 sou crescimento limitado, sugere-se que © teste valido seja aqucle realizado, colocando-se o pélen na superficie estigmatica (Miravalle, 1965) MATERIAL E METODOS ‘A germinacao do pélet “in vive” foi observada, utlizando-se dois diferentes métodos. © primeiro. (Fig, 9) deserito por Derex-Gonzales e Moore (1985), eo segundo (Fig.10), por, Wilson & ‘Brown (1951), Os pistilos observados por um ou outro métoro nde foram separados, uma vez que o método de abservagae nao poderis influir na germinacio do pélen. Um minimo de dez flores foram emasculadas, @ campo © em laboratbrio, ¢ polinizadas usando-se ou o seu proprio polen ou poten de outro “tipo” de aracazciro, cuja compatiilidade com 0 primeiro se descjava conhecer, Algumas flores foram apenas _ensacedas, Ghservandorse, portanto, 4 autopolinizaraa, sem o eleito da castraglo, € outras foram apenas marcadas ¢ colhidas, decorridos 2 ou 3 dias aps a antese, para abservar-se a polinizacde livre ty; Fig 9 Observayao em amicroscopia Muorescente, do pélen germinande, no stigma de Mores de aragazeiro. 46 i= 10. Observagiio, meio do corante dliferencial, do pilen igerminands no estigma de llores de aragazsito, Decorrido 6 tempo desey it sjado (24h, 72h, 96 ow 112 pisos foram eoloados em Fxaive 118 (lyael,éido aoe eianol) por um minimo de 24 horas. Na época da primeira florada do araga, es pistilos, em alguns casos, & 1 ; , foram. dei i superiores @ trés meses em fixativo. aed ee ‘Trés a quatro dias antes da observe ist lvados em ag desta rnsesidos pat wlbige te NaOH aN, onde permancceram, pelo menos, 24 hora, pars amlesimento. dos iU-8e, enletanto, que, embora este periodo seja otime, por exemplo, para esnécies do género Prumus, para 0 araga, devido a consisténcia dos tecidos do pistlo, & inuficiente, sendo aconselhavel um tempo maior, 26 a 27 h. Decorrido este tempo, os pistilos foram 47 coloeades em uma solucdo 0,1% de anilina azul, usando-se, como solvente, uma solugde 0,1 N de fosfato de potissio, e ai deixados por quatro a seis horas. Foram, entdo, colocados em Jdminas com uma ou duas gotas de glicerina liquida, colocando-se ¢ pressionando levemente 4 laminula, para achalar 6 pistilo, ‘As laminas foram, entio, observadas em microsedpio Zeiss adaptado para fluorescéneia, com luz incidente, filtro G247 ¢ fonte de luz SH 250, regulada para 3,8-4,0 A, Para avaltagio, foram usados os critérios descritos por Carvalho e Raseira (1992), No segundo métode, © procedimento inicial foi igual ao primelro, Para a preparaglo das laminas, 5 pisilos foram eolocados em hipoclorito de sodio (NaOH) a 20% produto comercial, que contém $,2% de principio ativo, durante 25 minutos. A seguir, foram , colorides com um soluydo aquosa de lacmoide a 1%, por cinco a dez ‘minutos, lavados com agua destilada, para retirar © excesso do corante dos tecidos do avaria, © colocados em lamina, com uma ou duas gotas da solucao lacmaide diluida. Cobriu-se com uma laminuls, fazendo-se leve press sobre © pistil. RESULTADOS E DISCUSSAQ Os resultados observados encontram-se na Tabela 22, Como na maioria dos casos em que se fez a castragio, notou-se ma ripida oxidagdo dos tecidos. Os ramos, com botdes florais ceastrados e polinizados em laboratorio, foram mantidos em frascos com gua, no esouro, atenuando 0 problema, A emasculacao em si, emtretanto, parece causar um grande choque a flor, & por isso, fez-se também observacao de pistilos de flores sem emasculagta, mas apenas ensacados (autofecundaydo) ou em flores abertas, oriundas de polinizagao livre. De vinte € nove pistilos de “Roxo sudeste” (PI) colbidos de flores abertas, a campo, em seis deles nada se pode observar, em vinte e trés, houve germinacdo de razoavel a boa. Destes, em apenas trés 48. parece que houve penetragdo dos tubas polinicos em alguns poucos ‘Svulos, Em alguns pistilos, os tubos polinices, ao chegarem ao ovario, enroscavam-se, tamificavam-se ou formavam nédulos. Em dois pistilos, ‘98 pélens germinaram, mas os 1ubos polinicos nao ultrapassaram 0 estigma, ¢ em um houve peneiragio pelo estigma, mas Os tubos se enovelaram no estilete De. sito pistilos provenientes de flores abertas de “Roxo planalto” (PI), colhidas 2 eampo, oriundos de polinizagao livre, em sete eles os whos polinicos aleangaram o avatio, Desses, cinco cheaaram até os dvulos, mas apenas em um dos pistilos heuve penetragia em poucos dvulos (Fig 11), Nos demai ovario, (Fig. 12) De nove pistilos oriundos de polinizagio lives de “Amareio planaita” (Pl}, em apenas um ebservaram-se grfos de pélen (bal ‘quantidadle) germinando no estigma ‘De seis pistilos observades de “Amarelo litoral” (PI), oriundos de flores abertas a campo, om dois deles nada foi vist, « em quatto havia polen erminado, vendo que, em dois, o tubo polini¢o ehegeu aos ovatios ¢, em outro dois nfo, enovelando-se. : Fora observados também “seedlings” de duas selegdes. de sracazeiro amarclo, Em um pistifo da Sel, 14 (Pl), de flores previamente ensacadas, havia muitos gros de pélen germinados, enovelados proximo aos évulos, © em apenas um dvulo houve penetracio; en OuttO pistilo, os tubos atingiram 9 ovério, mas nao os évulos, Em tres sities retrados de Noes enscatas da Sel 14 (P), no fo obsrvado polen Em dois pistilos’ do “Rose sudeste”, oriundos de flores ensacadas, observaram-se pélens sem germinar, e, em um, no se vin olen no estima. De duas flores do “Roxe suteste” castradas ¢ sem polinizar ou ensacar, em uma delas havia pélen, nfo germinado 49 ‘Tabela 22. Observagio. “in vivo” sobre germinagao de polen de | ‘aragazeiro, em cruzamento conirolado. Tabela 22. (continuagio) Se eee Cewanent NP Whore Lectizagio _ Obsenianio) Bie ee ee ae pistilos apes ‘do tubo Ceircamiento: N®de” Ni tioras | Locilizagio Observagio, ‘obcorvaos polinizagio _polinico piailos —ap’s do tubo Roxo sudeste” = 7 ey = Nada for observado obsersados_polin nso “Roxo-sudeste™ "Boxe planalio” x 1 % ‘Som palen visivel 1 96 5 “Amarelo planalia! 1 36 4 Tobe enroseado : 36 6 Tubos enroseados 1 96 1 Polen nto 1 96 3 serminado 1 36 5 5 96 + Som len vislvet “anaieipianalio’x” 16 ee eananeenis 7 12 = Sem pblen visivel FRoxo planalte RMS planilio’'x 2 36 6) Tubos enovelides) Amat sal X 6 4 = Nada fot sbservado *Roxs plansito” enroscods anes 1 56 6 Algunsaibos iy 36 = Som polen visivel sperias 1 12 é 2 Sempciea vise) 1 ta 7 Apenasem 1 0112 “Amarclo litera!” x I 2 6 Poweos bos ‘aloe “Amarelo titoral” : - 6 2 = Set poten vive! 5 24 = Nail 03 observado Rove aideste 1 24 EE reads 1 56 6 Prénimo aos évatos “Amarels ioral” 1 96 1 Gorminands no 4 96 + Sein pélen visit stigma oes ‘i cee eteu osilzagdo do bo polinica: 1- no estiema, 2- ene o estima ¢ 1/8 do este, 2. entre 1 % a : 1/3 2 do stile te eate 17.219 do eal, 5. exe 2/7 € a ealrada do ous: 6. m0 1 2 = Sem pblen vishel ‘eros 7-hoavepenetonto nos Gales = 1 m2 1 Germinanda “Sanat pinnate x6 1) TE “Amareloplanalio’ 2 : es I & | Sem peneiragdo nos Svs 1 2 7 Peneitagia pours clara 50 51 Fig. 11 Deialhe de tubo polinico peneteando no-évuio, Fig, 12 Tubos polinicos no inlerior do ovardo de flores de aragaceiro, enovelados © sem ditegia definida, 52 Em aio do relativamente balxo niimero de pistilos observadas em cada caso, os testes deste jipo deverdo continuar Entretanto, bascadas nestes primeiros resultados, algumas hipéteses podem ser levantadas, Acredita-se que o polen do aragazeiro “Amarelo planalto” ¢ eapaz de germinar no estigma do “Roxo planalto”, mas a reciproca no se mostrou verdadeira, © polen do “Roxo sudeste” mostrouse pouco vidvel e, n08 casos em que germinau, 0 processo foi lento. O mesmo acomteceu em relagdo aio Amarelo fitoral” Tanta no “Roxo planalto” quanto no “Amarelo planalto”, os Pélens germinaram em proporgbes razoiveis, sobre seu proprio. estigma, No “Amarelo liloral” © “Roxo sudeste”, especialmente, a Proporgao foi inferior. © palen de “Roxo sudeste”, em poucas casos, germinou sobre 0 “Amarelo litoral” (Fig, 10, 13 € 14): no entanto, a Feciproca nfo foi verdadeira ‘A casiragao causa um chogue ds flores, ou melhor, 20s bodes florais, que oxidam ¢ desidratam com facilidade, O problema € atenuado, como jé foi mencionado, mantendo-se os ramos com flores no escuro, Eniretanto, mesmo com estes cuidados, os resultados nfo. so os mesmos, comparando-se com flores aberlas no campo, como compravam os resultados de polinizagao livre para 0 “Roxo planalto”, “Roxo sudesie” ¢ mesmo para o “Amarelo literal”. Ha possibilidade de que as polinizacSes livres correspondam & autofecundagio, a nao ser Que haja muita influéncia de insetos polinizadores. No “Amarelo planalto”, a porcentazem de fiutificacdo foi baixa, ressaltando-se que pouces pistilos (apenas nove) foram examinados. Este resultado esta de acerdo com a baixa germinagdo “in vitro” do pélen-do “Amarelo Planalto”. Eatretanto, na germinag’o “in vivo”, realizada em laboratério, o resultado foi superior a0 esperado, 33 Fig, 13 Feixes de tubos polinicos, observados por microssopia fluorescent, no interior doestlete de flares de aragazeiro Fig. 14 Tubos polinicos de aragi “Raxo sudeste” no ovirio de flores de aragazsiro Amarela litoral” alguns chegam préximos ao évulo retocnam, 54 As observagdes nfo slo conclusivas ¢ incentivam a que se realizem novos estudos, com nimero maior de flores ¢ em outras Spocas de florada. O estédio de desenvolvimento da flor & muito importante, tanto para a germinaggo do polen como para a receptividade do estigma. De acoréo com Teaotia et al. (1970), a maxima receptividade foi observada dentro de uma hora apés a antese Em P. catileyanum var. luciduin, © estigma permanecia receptive por 24 horas apds a antese. No presente trabalho, a castrago, tanto em laboratério como a campo, foi realizada antes da abertura da flor. Entre as observagdes realizadas é importante salientar 0 comportamento dos tubos potinicos no avario, onde, na maioria dos casos, formaram protuberincias, ramificaram-se, enovelaram-se ¢ cresceram a0 acaso, sem diregio definida (Fig 15). Formagdes semelhantes foram observadas por Ramanna ¢ Mutsaerts (1971), que Jevantam hipotese de que estas estruturas (semelhantes a haustorios de fungos) sejam responsiveis pela nutrigio do futuro embriéo. De qualquer forma, niio parece repetir 0 modelo de crescimento mais comum a grande maioria das espécies. Fig. 15 Tubos polinicos formando protuberincias, no ovirio de flores de aragazeiro. 55 Em varios. pistilos observados, os tubos polinicos chegavam préximo ao Svulo e voltavam sem penetrar (Fig. 14). Este poderia ser indicio de um mecanismo de incompatibilidade. Segundo alguns autores (Linskens, 1976; Benson, 1981; Majusmber, 1964, citados por Perez- Gonzales, 1984), em muitas espécies que apresentam incompatibilidade esporofitica, a inibigao do pélen tende a se dar na superficie estigmatica ‘ou imediatamente proximo a mesma. Se o polen germina ¢ o tubo penetra a primeira camada de e¢lulas, sua passagem pode levar & morte imediata de tecidos adjacentes (Bates, 1973 ¢ Linkens, 1976, citados por Perez-Cionzales, 1984), ou continuar erescendo até o primeiro 14 de comprimento do pistilo e entio parar, devido a deficiéncias nutricionais Em alguns casos, entretanto, ocorre a penetragdo do tube polinieo, mas 08 zigotos no se formam devido a perda de orientagao e insucesso da extremidade do tubo polinico em localizar a micrdpila (Linskens, 1976 e Linskens, 1980, citados por Perez-Gonzales, 1984) ou porque 0 dvulo ndo é mais receptive quando da chegada do tubo polinivo (Martinez-Tellez, 1982, citado por Perez-Gonzales, 1984), E bastante provivel que, em Psidium, a incompat ré-zigdtica nao seja incomum (Fig 12), pois apenas em pouquissimos pistilos pode-se ter relativa seguranga da penetragio do tubo polinico no évulo (Fig. 14). Cheyhiyan (1988) considerou tanto P_ cattleyanumn como P. cattleyanum var, lucidum aato-incompativeis. 3,3. POLINIZAGOES EM CONDIGOES DE CAMPO Como se sabe, além das barreiras pré-zigéticas, ainda ha mecanismos que impedem a formagio da zigoto ou o seu desenvolvimento, Por esta ra2io, é importante que, além da germinaco in vitro” ¢ da observagio do desenvolvimento dos tubos palinices, sejam realizadas observagdes, em condigdes naturais, sobre a ‘autopolinizagio ou polinizagdes controladas das cultivares ou clones em estudo 56 MATERIAL E METODOS Para quatro, dos cinco tipos aqui discutidos, foram realizadas emasculagdes © castragdes a campo. Foram retiradas a corola, parte superior do calice © todos os estames, AS polinizagdes foram feitas, imediatamente, com polen recentemente cothido.Um total de, pelo ‘menos, cem flores foram: a) emasculadas e ensacadas {portanto, sem a presenga de pélen); b) emasculadas e polinizadlas com polen de flores das _mesmas plantas; c) apenas ensacadas; d) nfo emasculadas © submetidas polinizagao aberta, Aproximadamente 21 dias apos os diversos ‘tratamentos, fez-se a contagem dos frutos remanescentes. RESULTADOS E DISCUSSAO Os resultados obtidas esto nas Tabelas 23 4 26, Tabela 23. Nimero de flores e de frutos e frutificagao efetiva, obtidas em plantas de aragazeiro “Amarelo litoral”, submetidas a diversas tratamentos quanto a polinizacio, Castrada e 100 2 polinizada a8 Ensacada sem 168 47 27,98 ccastear b Polinizaco 106 95 87,74 37 ‘abela 24. Ni ificagao efetiva, obtidas 24, Nimero de flores ¢ de frutos ¢ frutificagao efetiva, of 7 fem plantas de aragazeiro “Roxo sudeste”, submetidas a diversos tratamentos quanto 4 polinizagio. Tiralamentos N®deflores N®de frutos Frutificagdo efetiva (4) ‘Castrada € 100 4 4,00 ensacada Castrada e 102 3 2.94 polinizada 3 Ensacada sem 168 30 13,51 ‘Tabela 25. Nimero de flores ¢ de frutos ¢ frutificago efetiva, obtidas em plantas do aragazeiro “Amarelo planalto”, submetidas a diversos tratamentos quanto 4 polinizaao "Tiltamentos N° deflores N° de frutos Frutifi ‘cletiva (%) Castradae 102 0 9 ensacada Castrada ¢ 101 0 0 polinizada Ensacada sem 153 6 3,92 castrar Polinizagio 104 99 95,19 on $8 Tabela 26, Numero de flores ¢ de frutos ¢ frutificagdo efetiva, obtidas ‘em plantas de aragazeiro “Roxo planalto”, submetidas a diversos tratamentos quanto a polinizagaio. Tratamentos _N* de flores _N* de frutos Frutificagao efetiva (%) 0 Castrada e 100 0 ensacada Castrada © 100 12 12,00 polinizada Ensacada sem 100 51 51,00 castrar Polinizagto i 106 95,50 livre Pelos resultados, pode-se observar que o mimero de frutos obtidos, castrando-se e ensacando os botdes florais - 0 que s6 poderia ser explicado por partenocarpia ou apomixia e, como existem sementes, 0 mais provavel é 0 segundo - foi, nos dois primeiros casos, superior a0 obtido com castragio autopolinizagto, Apenas no “Roxo planalto”, 0 numero de fiutes produzidos quando houve castragdo © autopolinizagao, foi superior ao das flores, apenas castradas © ensacadas, Parece existir uma porcentagem de frutos, principalmente no “Amarelo litoral”, que se forma sem que seja necessiria fertilizagao, Na realidade, esta porcentagem podera ser maior do que a aqui verificada, uma vez que tanto a castragio como o ensacamento de botdes florais prejudicam © bom desenvolvimento dos frutos. A castragio causa um choque drastico aos botdes florais, pois em todos os casos abservados, © pegamento de frutos por autofecundagto artificial (castrando-se polinizando) foi muito inferior ao dos botdes florais apenas ensacados, A polinizagao livre apresentou resultados superiores para todos 08 tipos em estudo, Entretanto, isto tanto pode significar que hé uma boa percentagem de polinizaco cruzada, como também que o ambiente eriado dentro do saco de papel nio é favoravel ao desenvolvimento dos ) frutos Alia-se a estas observagies o fato de que, preliminarmente, no ano anterior foram castradas 51 flores do “Roxo sudeste” ¢ 73 flores do “Amarelo litoral” e deixadas sem ensacar, para testar a polinizagao cruzada, Obteve-se um fiuto no primeiro e nenhum no segundo. Por outro lade, de 300 flores castradas e ensacadas no aragazeiro “Roxo sudeste” e de 234 flores no “Amarele litoral”, obteve-se tres frutos no primeiro caso, ¢ um no segundo, Em autopolinizagio (sem sastragio ¢ $6 ensacamento) obteve-s¢ em torno de 12% e 26% de frutificagdo fefetiva, respectivamente, De qualquer forma, ha uma boa indicagdo de que o aragazeiro Psidinm cattleyanum nio necesita de polinizagio Gnizada. A inica divida diz respeito ao existente na zona do planalio aicho © produtor de frutos da epiderme amarelo-clara (*Amarelo planalto”) Teaotia et al, (1970) obtiveram 15% de frutificagdo em flores autopolinizadas de P. cattleyawnem var. iuctdim, trabalhando com iimero menor de flores (20) do que no presente estudo. Estes autores observaram 0 desenvolvimento dos frutos apenas até oito dias apos polinizagdo, periodo que parece curto, pois pode haver um desenvolvimento inicial de frutos, como na maioria das espécies frutiferas, mesmo sem fertilizaglio, que podem cair mais tarde Cheyhiyan (1988) considerou P. catileyarum ¢ P. cattleyanum var. Tucidum como auto incompativeis, discordando de Teaotia et al (1970). 3.4 OBSERVACOES SOBRE A MEIOSE ‘A fim de buscar uma razio para a baixa viabilidade do poten «, inclusive, ter-se uma idéia se esta era devida ao meio inadequado para & ‘germinagio “in vitro", ou ao estidia de desenvolvimento do bot floral por ocasifo da coleta do pélen, ou ainda, a anomalias do polen, observou-se a meiose em botdes florais de aragazeiro €, sobretudo, as tétrades e 0 indice meidtico. 60 Love (1949), citado por Del Duca (1976), propés 0 termo indice meidtico como indicative da porcentagem de quartetos de polen normais, J que esta porcentagem reflete um indice de regularidade do comportamento meidtico. O mesmo autor salienta que, em geral plantas com indice meiético menor que 90%, provavelmente trarao dificuldades para os melhoristas, pois quanto mais alto ¢ 0 indice meidtico, mais normal ¢ o comportamento dos cromossomas. Del Duca (1976) cita diversos autores que fomeceram indicagdes de que micronicleos, no esticio de quartetos, poderiam ser usados como indices de niveis de aberragdes cromossimicas estruturais, atribuidas a desequilibrios gendmicos de homologia Diversos autores estudaram a estabilidade citolégica em variedades de trigo, através da determinagio da percentagem de quartetos. normais (Boyd et al., 1970; Maan e Me Cracken, 1968) Del Duca (1976), cita trabalhos em Andropogon sp., Agropyrom desertorum, Bromus inermis e Secale cereale que indicam que a fertlidade em diversas espécies & aparentemente afetada, em diferentes ‘graus, por itregularidades meidticas. Nos estudos realizados pelo ator, nao fram obtides os mesmos resultados com trigo. Baseado no trabalho de Marshall e Schimidt (1954), Del Duca (1976) analisou 100 tétrades por planta amostrada, pois a varingio entre amostras foi considerada insignificante. No presente trabalho, analisou- se cerca de 200 tétrades por populagio, em razio de que a variagio entre amostras € considerada insignificante (Marshall e Schimidd, 1954, citados por Del Duca, 1976). MATERIAL E METODOS: Gemas com aproximadamente $ a 7 mm foram colocadas em pequenos frascos com fixative 2:1 (alcool etilico e acido propiénico). A. liberagao de clorofila e outros pigments fez com que o fixativo fosse trocado, varias vezes, até que se encontrasse limpido. Os frascos foram 6 entio colocados em geladeira por, no méximo, irés dias ¢, apés, 08 pistilos foram transferidos para alcool etlico 70% No preparo das liminas a serem examinadas, utilizou-se 0 método de maceramento ¢, como corante, ullizou-se o carmim propidinico Inicialmente, 0 contraste entre 05 cromessomas ¢ © citoplasma no foi satisfat6rio, especialmente nos botdes florais que foram mantidos por varios dias no fixativo ou alcool, antes de serem examinados. O problema foi solucionado, examinado-se © material em menos de uma semana apis colhido ou colocande-se a gema florifera, antes da preparagao na lamina, em carmim propidnico em que se adicionou uma a duas gotas de hidrato de cloral Cliquefeito), preferentemente de um dia para 0 outro. Para determinagio do indice meiético, foram coletadas flores de 10 plantas da populagdo do aragazeiro “Roxo sudeste” © de 10 plantas do “Amarelo litaral”. Das flores de cadla uma destas plantas, procurou-se observar um nimero de 200 tétrades, Consideraram-se normais as que apresentavam quatro células de ‘tamanho apareniemente uniforme. Computou-sé 0 nimero de tétrades ‘com células de tamanhos desiguais, o mimeros de diades, triades poliades (grupos de, em geral, cinco cdlulas au, excepcionalmente, mais), Del Duca (1976) usou a denominagao de poliada para qualquer conjunto de células, na fase de quarteto, com nlmero superior a quatro A. segregagdio numérica irregular dos cromossomas nas poliades, provavelmente originara gametas com complementos cromossGmicos diferentes do normal. ‘Os cromossomas provenientes de uma meiose anormal nao terio condigdes de eompetir com aqueles que possuem complemento normal de cromossomas, durante & germinaglo do polen e formagao do tubo polinico (Del Duca, 1976). ‘Para se ter uma idéia da desigualdade de tamanhos, mediram-se algumas tétrades anormais, com auxilio de ocular microméirica, 62 ‘tdaptada ao microscépio de rotina Zeiss, tomando a maior dimensto ‘nos dois sentidas (comprimento e largura) RESULTADOS E DISCUSSAQ No geral o niimero de diades foi alto, levando-se a pensar que P. caitleyamum formaria diades no final da meiose IL Entretanto, em muitos casos, observou-se a formagio de tétrades de niicleos e, 56 posteriormente, a separagio do citoplasma (Fig. 16), Assim, ou nda hi padrio de divisio, ou, o que parece mais provavel, as diades seriam ae de tétrades andmalas, em que houve restituigio de nicleos ig. 17), Fig. 16 Teétrades de nicleos (um dos miicleos no esti no mesmo plano es anes da separagio do eitoplasma, pe 63 Fig, 17 Restituigio de micleos, com posterior formagio de diades, em aragazeiros 4e frutos amarelos Foram medidas cdlulas de quatro conjuntos com oélulas de tamanhos desiguais (Tabela 27) © nimero de diades, triades, poliades e de quartetos com células de tamanho muito desigual foi relativamente alto (Figuras 18 & 19), Entretanto, & anomalia mais comum foi a ocorréncia de triade. ‘As porcentagens enconiradas para tétrades normais, seja no aragazeiro. “Roxo sudeste” ou no “Amarelo litoral”, foram extremamente baixas, especialmente, no primeiro. Isto talvez explique a baixa porcentagem de germinagio do polen obtida nos testes referidos fem capitulos anteriores. O valor mais alto encontrado foi 65% ©, conforme citado anteriormente, quanto mais baixo 0 indice meictico, mais anormal ¢ 0 comportamento cromossmico, Segundo Love (1949), citado por Del Duca (1976), indices inferiores a 90% ocasionam problemas. 64 Tabela 27. Tamanho de células de dois conjuntos de tétrade e triades. T&rade 1° Conjunto: VCéla 17,76 ux 1110p aa 2 Célula 17,76 x 11,10p 3 Célula 888 ux 6.65n # Célula 6.66 ux 6,66p 2 Conjunto VCdula 19,98 wx 11,10p PCélula 17,76 wx 12,21p 2 Célula LO ux 6,660 : # Célula 888 nx 888u Triades 1° Conjunto: 1 Célula 19,98 x 13,320 2 Célula 17,76 wx 13,32p 3° Célula 888 ux 5,55p 2 Conjunto: Célula 19,98 x 11,10p 2 Célula 17,76 wx 11,108 Sa CAs SSS 4 Fig. 18 Formagio de poliades, de odlulas de tamanhos desiguais, 65 Bam Fig. 19 Final de meiose em aragazeiro “Roxo sudeste”, mostrando:, triades, poliades ¢ tétrades anormiais, Os indices meidticos, bem come as porcentagens de anomalias mais comuns, obtidas em dez plantas amostradas do aracazciro “Roxo sudeste” e “Amarelo litoral”, enconiram-se nas Tabelas 28 ¢ 29, Tabela 28. indice meidtico anomalias encontradas nas “tétrades” de 10 diferentes plantas do aragazciro “Roxo sudeste” Planta ‘nice ~—~=*odiadesDiades ‘Triades. __‘Tamanhos _meistion % % % —_esiguais % PAPI a . 20 36,0 2.0 PSF? 375 - 29 30,0 35 P6FL 2643 1 Sanat 38,3 57 PSF 46,18 129° 87410 1,3 P2FL 32,59 = 119.) S42 13 PIFL 40,54 aaa an 5.0 PIFL 39,75 aU zai 3D. 33 PISFL 365 = 266 4,5 04 PISFL 36,56 ee ages. $0 of PFD 24,06, piloito sha nied Sa ot 07 66 ‘Tabela 29. indice meiético © anomalias encontradas nas “tétrades” de 10 plantas de aragazeiro “Amarelo litoral” ‘Planta Indice‘ Polladey Dados ‘Tiades Tamanhos meiotic %. Yo A desi Po 65 Umaga Ase cane 42 P3 65 04 See00:, 233 22 Po 60,18 0S 10,4 231 59 PI 66,82 ne 38 ass 38 Pio 53,45 OS" 292° 346 23 P23 50,22 - 66 40,0 31 P22 419 - 3Lo 20,4 57 Pos 45,13 Ey iGda ease 133 Pe 53,95 cee Oe aay 93 PI 46,08 armel 7 fin cnpe Get 10 Constatou-se variabilidade no indice meidtico, entre plantas da ‘mesma populagdo. Entretanto, as plantas do aracazciro “Roxo sudeste” tiveram indices meiéticos, em geral, inferiores aos do “Amarelo litoral”, © que evidenciaria um comportamento eromossGmico mais irregular Encontraram-se as mais diversas fases meidticas em gritos de polen de uma mesma flor, o que poderia ser devido aos diferentes estadios de maturago das anteras, Entretanto, em micrdsporos de uma mesma antera também foram encontradas células em diversas fases da divisio meidtica As Figuras 20, 21, 22, 23, 24 ¢ 25 mostram alguns aspectos da meiose em Psidium cattfeyanum, bem como, algumas das anomalias enconiradas, 67 Fig. 23. Andfase Ie metéfase Je Il, em aragactiro. Fig. 21. Meiose em aragazeiro “Amarcio planalto”, com formagio de diades. 68 69 Fig. 25 Meiose de aragarciro, mostrando tétrades, diades ¢, na parle superior ‘esquerda, miicleo de restituigio 70 3,5. HIPOTESES SOBRE 0 MODO DE REPRODUCAO Sweet (1986) faz referéncia a que a polinizagio. em Psidium cattleyanum diese, aparentemente, da mesma forma que P. guava, isto ¢, a polinizagdo cruzada parece no ser necessaria. (© mesmo autor cits que a propagagao desta especie € feita por meio de sementes, selecionando-se, para isto, as provenientes de plantas com melhor frutificagdo. Popenoe (1920), conforme visto anteriormente, salientava que a propagaglo pot sementes era mais satisfatoria com aragazeiro do que com outras espécies frutiferas, pois a jade entre “seedlings” era menor. Sendo a espécie octapliide (2n = 88 cromossomas), segundo Atchison (1947), espera-se uma grande variabilidade nas progénies, a menos que se trate de espécie autopolipléide, com autopolinizagio. Ainda assim, haveria variabilidade, principalmente, em caracteristicas quantitativas de heranga aditiva. Uma outra explicago para a uniformidade, observada entre plantas de mesma origem, inclusive nas colegdes do CPACT, seria a apomixia. Constatou-se que hi grandes diferenges entre plantas ariundas do planalto gaiicho e do literal, por exemplo, mas os individuos oriundos de cada uma delas so muito semelhantes entre si ¢ aos respectivos genitores, Poder-se-ia pensar em uma selego natural para os distintos ambientes, seguida de reprodugio por apomixia Kaur et al, (1978), estudando apomixia em espécies florestais, mostram uma sindrome de caracteristicas associadas com este aspecto, as quais incluem a ocorréncia de “seedlings” multiplos em frutos normalmente com uma semente (0 que nio © caso presente), altos niveis de suposta auto-incompatibilidade, baixa germinago de pélen, meiose irregular e poliploidia. Como se vé, a maioria destas ‘caracteristicas encontra-se nas populagdes de aragazeiro aqui cestudadas. A meiose de um modo geral, foi bastante irregular haja visto 98 baixos indices meidticos encontrados. A germinagio do polen “in vitro” foi baixa e “in vivo” foi regular. O nivel de poliploidia € alto, e crescimento regular do tubo polinico no ovario, aparentemente sem 1 diregaio definida, sugere incompatibilidade. A obtengAo de frutos, ‘mesmo em pequena quantidade, a partir de flores castradas ¢ ensaeadas, aliada & uniformidade da progénie originaria de uma mesma planta mie, sugerem que as sementes sejam em grande parte, apomitices. E possivel ‘que nessa espécie a apomixia seja facultativa Até que se tenha uma certeza maior, resultante de teste de -eletroforese, isoenzimas ¢ estudos de embriologia, as observagdes © 05 resultados obtidos até o presente permitem que se use, com razoivel seguranga a propagagao por semente, ¢ obtenha-se, na maioria dos casos, plantas aparentemente idénticas as plantas maes, Nota dos autores: 05 estudos sobre @ sistema de reproduyio do aragaesio, ‘contaram coma colaboragito da Eng’. Agr Tereza Cristina P. de Carvalho e da Prof da Universidade Federal de Peiotas, RS, Judith Viegas 2 4. METODOLOGIA PARA DETERMINAGAO DO NUMERO DE CROMOSSOMAS Atchison (1947) salientava que as plantas da familia Myrtaceae haviam recebido pouca atengio do ponto de vista citologico, devido, parcialmente, a dificuldades técnicas. Esta situacZo persiste, ainda hoje, para algumas espécies desta numerosa familia A citologia tem valor comprovado em esclarecer problemas de filogenia. Atchison (1947) determinou o numero de cromossomas de varias espécies de mitticeas, usando o metodo de maceramento, de folhas jovens, € orceina acética como corante O autor apresenta desenhos feitos com camara lisida com aumento de 5.000 vezes e reduzidas, na reprodugio, para 3.350 vezes. A conclusio ¢ que Psidium cattleyamum uma espécic octoploide (2n = 88, sendo x = 11). O autor, entretanto, nao detatha hem a metodologia uusada nem se refere a pré-tratamentos Tentou-se repetir o trabalho de Atchison (1947), mas no se obteve o mesmo sucesso. Assim, varios outros métodos foram testados MATERIAL E METODOS Inicialmente, procurou-se observar os cromossomas em folhas jovens, em gemas recém-brotadas ou em pontas de raiz. Obtiveram-se methores resultados com a maceragao da ponta da raiz, cerca de 5 mm, incluindo a coifa. Foram colhidos frutos dos quais se retiraram e lavaram as sementes. Estas foram colocadas em sacos plisticos contendo papel absorvente, umedecido em uma solugio fungicida, As sementes foram. centio, estratificadas por, aproximadamente, 45 dias, a uma temperatura de 41°C. A seguir, foram colocadas em placa de Peiri com papel filtro umedecido, e estas deixadas em estufe BOD, a uma temperatura de 25 2 27°C. Quando as sementes iniciaram a germinagdo, foram B pré-tratadas, sendo posteriormente colocadas em fixati lcool etilica 96° e 1 parte de acido acético glacial. vo: 3 partes de Foram testados varios pré-tratamentos, para imersio das radiculas, imediatamente apos a coleta. Entre eles SHQ (bidroxiquinoleina) a 0,002 (por 2, 3 e Sh) e 0,005 M (2h) Usou-se também pré-tratamento a frio, eolocando-se as radiculas em recipientes com agua, ¢ estes em bandeja com agua gelada ou com agua e gelo, a qual era mantida em cémara fiia (4° + 1°C), Este pré-tratamento foi testado com, duragdo de 16, 17, 18, 19, 20, 22, 24, 26, 28 e 30 horas de fio, © uso da colchicina como pré-tratamento foi experimentado em folhas jovens Utilizousse colchicina a 1% duramte 3 horas a ‘temperatura ambiente (+ 20°C), colehicina a 0,3% durante 3,5 horas, colchicina @.0,S% durante $ horas ¢ 4,5 hora: A hidrdlise foi realizada em solugio de acido cloridrico 5 N, durante uma hora. Posteriormente, testou-se 0 uso de enzimias, e estas se mostraram mais eficientes. Foi utilizada uma solugdo de celulose a 2% mais pectinase a 1%, diluidas em sorbitol 0,6M (correspondendo 4 10,9 g de sorbitol/100 ml de agua destilada). Utilizaram-se diferentes periodos de imersio das radiculas nas enzimas, sendo que em 3 horas apresentou um bom resultado. Feita a hidrdlise, as raizes foram lavadas em agua destilada, deixanda escorrer 0 excesso, A seguir, foram colocadas em solugao de Feulgen (Viegas, 1990, Bashaw, 1983) por, pelo menos, 3 horas. Testes posteriores mostraram que possivel colocar direto o material em carmim propidnico, sem passar pela solugio de Feulgen. Para o preparo de lmina, cortou-se um fino segmento da extremidade da radicula, macerando-o ne limina, com uma gota de carmim propiGnico, e, em seguida, cobrindo-o com a laminula. A Kimina foi, ent, microprensada e aquecida na chama da lamparina, para aumentar © contraste entre cromossomas ¢ citoplasma, Para a. preparagio de laminas permanentes, retirou-se a laminula, usando-se Acido acético 4 48% ©, apés a socagem, as léminas foram coradas com Solugio de Giemsa 3% (Viegas, 1990) RESULTADOS E DISGUSSAO No que se refére ao material vegetal utilizado, os melhores resultados foram obtidos com pontas de raizes finas, de 5 a 7 mm de comprimento, recém-germinadas, ou mesmo utilizando-se pontas de raizes secundarias, Em folhas retiradas de plantulas com altura em tomo de até 8 cm, foram observadas muitas células em divisio. Os cromossomas nas folhas. entretanto, aparecéram menos nitidos, ¢ mais agrupados que agueles das radiculas (Figuras 26 © 27). E possivel que, com modificagdes do pré-tratamento e usando-se enzimas, obtenham-se melhores resultados. Entre todos os pré-tratamentos testados nas folhas, os melhores resultados foram obtides com 0,5% de colehicina Fig. 26 Mitose em fol nova de aragareiro. 5 Fig 27 Mitosc em foiha nova de aragarciro, mostrando metéfase ¢ anifase Entretanto, nfo houve espalhamento _satisfatorio dos cromossomas. Testes feitos em folhas de plantas maiores do que 8 em, com colchicina 0,5%, por 3 horas a 20°C, colchicina a 0,5 por 17 horas a frio (4° 19°C) ¢, om agua gelada por 15, 17 © 19 horas, néo deram bbons resultados, De todos os métodos experimentados até 0 presente, com radiculas, os melhores resultados, tanto em cantraste, quanto coloragaio ‘e/ou espalhamento dos cromossomas, foram alcangados com a seguinte metodologia | - Uso de raizes finas, bem novas, de sementes ha pouco germinadas, com +5 mm de comprimento, que apés lavadas, devem ser colocadas em agua destilada para serem submetidas a pré-tratamento, 2- Como pré-tratamento, obteve-se o melhor resultado colocando-se as_radiculas (separadas ou nfo da semente) em frascos com agua destilada e estes em recipiente contendo agua gelada. O recipiente com os frascos deve, entio, ser mantido em cémara ou geladeira com temperatura de 4° 4 1°C, por 17 horas. 76 Quando da colocagio das radiculas nos frascos, a agua nfo deverd estar gelada evitando-se desta forma, uma contrago demasiada dos eromossomas ¢ um espalhamento nao satisfatério ‘Apés o pré-tratamento, colocar as radiculas em fixative (preparado na hora de usi-lo) por no minimo, 24 horas. Se houver necessidade de conservar @ material por periodos superiores a duas semanas, é conveniente transferi-lo para alcool 70%. 4 - Decorridas no maximo 24 horas, as radiculas devem ser submetidas 4 hidrolise. Embora esta possa ser feita em solugio 5 N de HCl, durante uma hora, obtém-se melhor resultado colocando-se as radiculas por 3 horas em solugdo enzimatica - Uma vez _lavadas © escorridas, tanto podem ser deixadas sem Solugito de Feulgen, como podem ser maceradas diretamente em limina com carmim propidnico, E aconselhavel, antes do preparo da lamina, deixar as radiculas em carmina propidnico por alguns minutos, 6-A lamina com laminula deve ser prensada, em microprensa, e aquecida levemente em chama de lamparina. Devide a dificuldades encontradas até chegar-se a uma metodologia satisfatdria, além da dificuldade de se encontrarem células metafisicas com os cromossomas suficientemente espalhados, nio se tem ainda uma resposta definitiva em relagio ao numero de cromossomas de cada tipo aqui estudado, Ha, entretanto, fortes indicages em alguns deles Na populagio do “Roxo sudeste”, foram consideradas as contagens de 36. células, em nove delas foram encontrados 56 cromossomias, €, em onze, encontrou-se nimero muito preximo a 66 (variando de 60 a 68). Nas outras, encontraram-se numeros variaveis: nove com 32. $8 cromossomas, ¢ quatro com 74 2.77. Em trés células encontrou-se um niumero mais baixo (46 a 48), mas 7 acredita-se que fossem células rompidas, nio contend todos os cromossomas No aragazeiro tipo “Roxo planalto”, encontraram-se 88 em trés edlulas, cujos eromossomas puderam ser contados. Em 25 contagens efetuadas em células do “Amarelo litoral”, apenas cinco contagens foram consideradas confiaveis, registrando-se duas com 55, uma com 58, uma com 52, outra com 53 cromossomas Entretanto, foram encontradas, no total das 25 contagens, treze e¢lulas com contagens proximas ¢ 53 cromossomas, onze com nimeros entre 60 @ 68, sendo seis iguais a 66, ¢ uma com 78 cromossomas, Porém, em algumas delas os cromossomas nao estayam bem condensados Para o “Amarelo planalto”, foram contadas 20 células, mas os nimeros foram, inicialmente, muito discrepantes. S@ apos 0 uso da metodologia deserita € que se conseguiu uniformidade de nlimeros, tendo, em quatro células, sido obtidas contagens de 66: 2 cromossomas Para uma espécie octapldide, em que foi constatada na meiose: a presenga de estruturas semelhantes a pontes, ou mesmo cromossomas que em anéfase no ficavam no mesmo plano dos demais (cromossomas atrasados), ou niio se alinhavam satisfatoriamente na metafase, casos de aneuploidia néio devem ser raros. O alto numero de cromossomas, aliado a0 seu tamanho extremamente pequeno, dificulta, em muito, trabalhos desta natureza. Por outro lado, jt se considera um grande progresso o estabelecimento de um prétratamento hidrélises adequadas, © gue, certamente, podera proporcionar, doravante, resultados bem mais confiaveis. Os dados obtidos até 0 momento permitem formular a hipotese de que apenas 0 “Roxo planalto” seria actapléide e os demais tipos teriam niveis de ploidia mais baixos, provavelmente hexapldides. Isto, de certa forma, estaria de acardo com as caracteristicas morfolbgicas deste tipo de aragazeiro. E, entretanto, prematura tal afirmaggo, uma vez que s6 apds muitos meses de estudes, conseguiu-se uma metodologia mais adequada. Acredita-se que, com 0 uso dessa metodologia ¢, provavelmente, com o auxilio de fotografias que facilitem a contagem, parte das dificuldades sejam superadas. Observou-se, também, que 0 uso do frie como pré-tratamento para radiculas de aragazeiro, no uniformiza a contragio dos sromassomas nas diversas cdlulas, uma vez que, em algumas, os cromossomas se apresentam bem alongados, enquanto, em outras, hi grande contragao. O uso da colchicina em raizes novas, como pré-tratamento, deve ser melhor estudado Seguramente, um nimero muito maior de células deveré. ter seus cromossomas contados, para que seja possivel chegar-se a uma conclusao sobre os “tipos” ora em estudo, Acredita-se, entretanto, que existe certa variabilidade em ploidia entre as populagdes em estudo, Nota dos autores: Os estudes: metodeldgicas para determinagio do ndimero de ‘cromossomas contaram com a colaboragao da Prof" da Universidade Federal de Pelotas, RS, Judith Veégas. 9 5, MELHORAMENTO GENETICO Com base na potencialidade para aproveitamento comercial do aracazeiro, comprovada pelo cultivo desta espécie em colegao do ‘CNPFT, iniciou-se, em 1986, um amplo trabalho de coleta de sementes ‘em varios pontos do Estado, além do sul do Parana, A finalidade & a de selegdo de clones mais produtivos, com frutos de bom tamanho, forma e firmeza, e sabor agradivel, Devido & preeocidade da produedo, os “seedlings” de aragazeiro ja comeyaram a produzir frutos em 1988, dois anos apos a semeadura, tendo sido realizadas avaliagics, desde entao © aragazeiro apresenta otimas perspectivas de cultivo ja a curto prazo, devido ao sabor agradivel, € ao alto teor de vitamina C dos frutos, ao baixo custo de produgo, alta produtividade e & precocidade MATERIAL E METODOS Frutos de aragazeiro, de coloraglio amarelo-claro, amarelo- esverdeada, vermetho-escura (roxa) e de diversos formatos (redondo, alongado ¢ piriforme), foram coletados no Rio Grande do Sul ¢ Parand ‘As sementes foram retiradas dos frutos, lavadas em agua corrente e colocadas em sacos plasticos com papel filtro umedlecido em solugdo fungicida. Esses foram levados a cdmara fia, a temperatura de 3a 5°C, durante um periodo de aproximadamente 45 dias. Apds, em condigdes de casa de vegetagdo, foram colocadas em caixas contendo mistura de terra e vermiculita (3:1), e cobertas por fina camada de areia (41 em), ou por uma mistura de terra e areia, na proporgao de 1:1 © tempo para emergéncia das plantulas foi, no minimo, de trés semanas. Na avalia¢do das plantas e frutas, iniciada sempre a partir do segundo ciclo, foram consideradas forma ¢ tamanho dos frutos, cor da epiderme, espessura das paredes (rendimento em polpa), nimero € tamanho de sementes, perceppio das sementes ao se comer a fruta, data de maturagio ¢ produtividade. Foi observada, também, a incidéncia de doengas. Passou-se, entao, a utilizar uma ficha de avaliagao (Fig. 28). 30 Fig. 28 Ficha de avaliagao para selegdes de aragé FRUTO Forma (redondo —()alongado (+) piriforme Corda pelicula: () amarela (Ovamarelo-clara © amarelo-esverdeada _() vermetha O roxa Sabor: i Peso (ay “Brix Espessura das paredes: O fina Omédia —() espessa ‘Aparéncia geral dos futos. () excelente (O muito bos Oboa © regular O mediocre Firmeza da polpa (Qfime (jmédia__() mole SEMENTES Tamanho CO) pequenas (médias () grandes Nimero Qpousas (médias () numerosas Perceprao Obaixa Omédia (alta Produtividade (kw planta). Observagbes, 31 RESULTADOS Avaliaram-se mais de cinco mil “seedlings”, selecionando-se quinze em 1989, vinte ¢ trés em 1990, quatorze em 1991, trinta e wrés em 1992 € dezenove em 1993 Algumas destas selepiies tém-se destacado, sendo uma ‘multplicada e colocada a disposigio dos produtores em 1993, com a denominago de “Ya-cy", que significa lua, em tupi-guarani, “a mae de todos os frutos” A cultivar “Ya-cy” foi selecionada de populaco coletada na zona colonial de Pelotas. As plantas dessa cultivar so produtivas (cerca de 4 ke/planta), de porte baixo (0,5 a Im) © hibito de ‘crescimento aberto. Os frutos, de tamanho médio a grande, sio de pelicula amarela a amarelo-esverdeada, redondos, com eallice levemente saliente, Alguns ffutos atingem 40 g, com médiade 15a 20 g, A espessura da polpa é média em relago ao espago preenchido pelas sementes, que sio de tamanho médio a grande, mas cuja Percepgo, a0 comer-se 0 fruta, no € alta ou desagradivel, devido a mucilagem que as envalve. O sabor é doce-icido, podendo apresentar muito leve adstringéneia, mas sempre predominando a sensagiio do sabor doce © conteado de sdlidos soliveis pode variar em fungio, principalmente, das condigées climaticas, situando-se ao redor de 16°Brix. © teor de vitamina € nos frutos & alto, atingindo cerca de 62 mg/100 g de polpa, quando a fruta esta bem madura. Quando em firme maturagao (inicio de mudanga da cor da pelicula do verde para_o amarelo), este conteiido é quase duas vezes maior 82 CONSIDERAGOES A cultivar “YA-ey” foi & primeira langada pelo programa do CPACT, Algumas das selegSes que se destacam, principalmente dos tipos produtores de frutos vermelho-escuros, tm apresentado ProdugSes superiores a 11 ke/planta, e os frutos sio também de boa qualidade. Recentemente, com a inirodugfo de sementes de plantas existentes em outros pontos do RS, ou mesmo em outros estados, Conseguiram-se alguns tipos com caracteristicas desejaveis em termos de sabor e firmeza da polpa, com plantas de folhagem mais compacta € alta produtividade, O objetivo desse programa, a curto prazo, é estabelecer colegio com ampla variabilidade genética, com introdugio de clones das mais diversas freas geograficas, fazendo, paralelamente, um trabalho de selegao. A longo prazo, poder-se-ia pensar em hibridagSes através da fusio de protoplastos. Entretanto, ha ainda grande variabilidade genética natural para ser explorada, principalmente se 0 material Vegetative for caletado em tegides com caracteristicas bem distintas uumas das outras. 83 PARTE Il 1. PROPAGAGAO Huenneke (1990), referindo-se a dispersao de Psidium carisleyanum em florestas nativas do Hawai, cita que as sementes produzidas em abundancia germinam rapidamente em uma ampla faixa de condipdes, sem necessidade de escarificagio, O crescimento dos clones, produzidos de ladries, pode explicar, parcialment dessa espécie em dominar florestas nativas. © sucesso Popence (1920) refere-se 4 propagagio feita usualmente, por semenies, uma vez que hi pouca variabilidade entre “seedlings” © mesmo autor siz que cultivares selecionadas. entretanto, deveriam ser propagadias por estaquia ou enxertia, semelhante a0 procedimento uusado com Psidium gnave. Mais recentemente, entretanto, Sweet (1986) cita que a propagagio vegetativa € dificil ¢ desencoraja a distribuigdo de germoplasma com caracteristicas superiores, De acordo com este autor, © sucesso na enxertia de garfagem com esta espécie val de extremamente dificil a impossivel O autor refere-se a diversas téonicas que deveriam ser testadas, porém afirma que, em viveiros, a propagago € por sementes, As sementes devem ser colbidas de frutos de plantas com caracteristicas superiores As sementes, em geral, mantém sua viabilidade por até um ano No CPACT foram realizados diversos testes com estaquia, garfagem & ensertia de gema Nos trabalhios de enrsizamento, foram usadas estacas com © sem folhas, de 15 om de comprimento e de 0,5 em didmetro, tratadas com uma solugéo de IBA (Acido indolbutirica) em concemtragies de 1.000, 1.500 e 2.000 ppm. Nas avaliagdes realizadas 60 dias apés 0 plantio das estacas, obtev alos e raizes, ullados, a nfo formagao de 34 Na propagagio por enxertia, realizada em diferentes épocas do ano, ¢ usando-se diferentes métodos (borbulhia, estaquia ¢ garfagem), foram usadas gemas ¢ estacas de ramos de um, dois e trés anos Os resultados nao foram promissores, uma ver que a pega foi inferior 25%. Quando a nuultiplicagso é feita por semsente, os resultados tém sido muito bons, com uma taxa de germinagao acima de 95%, As sementes sao retiradas de frutos colhidos maduros, posteriormente lavadas em agua ¢, a seguir, colocadas para secar em ambiente natural ‘© passo seguinte & colocd-las com papel umedecido, em sacos de polietileno, em quantidades pequenas e leva-los para camaras frias com. temperatura de 2 a 5°C durante 30-40 dias, Apés este periodo, so semeadias em casa de vegetaggo, € a germinacao iniciaese 10-15 dias ‘depois do plantio. Quando as mudas atingem 8-10 em de comprimento, so repicadas para saquinhos de polietileno ou caixas de isopor, com células de 2,5 x 2,5 om, onde sio mantidas até o plantio definitive no ‘campo 85. 2. PREPARO DO SOLO E INSTALAGAO DO POMAR Em solos com. topogratia levemente acidentada, com até 12% de declividade, ¢ recomendado 0 plantio em curvas, que podem ser demarcadas com declividade variando de 0,6 2 0,8%. Desta maneira, evitar-se-a 2 erosao e haverd maior facilidade para executar os tratos culturais, No preparo do solo, recomenda-se a aragio em uma faixa de 1 m de largura, local onde serdo plantadas as mudas. Oespagamento.a ser usado depende do tipo de solo, da cultivar ¢ do tipo de implemento que o produtor dispde, Em solos de fertilidade miédia, a distancia entre linhas pode variar de 2,5-3,5 m, ¢ a distancia ‘entre plantas varia de 0,5-1,0 m, dependendo do vigor da cultivar 3. TRATOS CULTURAIS 3.1. ADUBACAQ DE CRESCIMENTO E MANUTE Embora no se tenha desenvolvido nenhum trabatho na area de ferlifizagzo na cultura do aragazeiro, nos pomares implantados no CPACT, em plantas de um, dois, trés e quatro anos, foi usada anualmenie uma adubarao de 100 ¢ de cloreto de poldssio no periodo de inverno antes da primeira lavragao, e 150 g de sulfato de amdnia distribuido em duas vezes, sendo a primeira logo apos o inicio da brotagio € a segunda 45-60 dias apés 2 primeira ‘Até o presente, nfo foi desenvolvido. nenhum trabalho experimental na area de corresto do solo para a cultura do aragazeiro, Entretanto, os solos onde estio sendo instalados os pomares no CPACT, foram corrigidos com salagem ¢ adubagao de pré-plantio, de aeordo com as recomendagdes da andlise de solo para a cultura do pessegueiro. 32. PODA © sistema de poda utilizado até o presente, consiste na retirada de ramos que se localizem préximo ao solo, Tem como finalidade retirar ramos quebrados, e conduzir a planta, de modo que a copa inicie a partir de 20-25 cmde altura 3.3. PRAGAS E DOENCAS Nos pomares instalados, foram observados ataques esporadicos e, em foeos, de uma espécie de mosea da familia Cecidomydae, scausando um grande nizmero de galho nas folhas. O prineipal problema <,enlietanto, a mosca-das-frutas (diasirepha fratercrtus) No que se refre ao tratamento fitossanitario, tem sido realizado apenas 9 controle da mosea-das-frutas, Nos trabalhos conduzidos no CPACT, o controle tem sida -eficaz com uma pulverizagao de inseticida sistémico em cobertura, entre 0 final de novembre ¢ inicio. de dezembro (35-40 dias antes do inicio da colheita), inicianda-se a aplicagao semanal de iscas tOxicas em linhas interealadas, 25-30 dias apos a pulverizago em cobertura. a7 Em. geral ocorreram doengas que pudessem merecer atenglo, Ocasionalmente, entretanto, pode ocorrer ataque de see, Essa doengu & causada pelos fungo Glomereila cingulasa Id © Schrenk, que, na fase assexual, correspande ao fungo Calletotrichum gloesporieides Pee, A antracnose atacs vewetais como Rosiceas, Solaniceas, Cucurbiticeas e outras, causan ns considerdveis com 0 ap ncralizada por quase todas as rexibes do Pais O sintoma, que na maioria dos casos, aparece quando os frutos se pelo aparecimento de pequenas so parda Nc tomas em araga, assim imag’, aparecem a medida que os frutos vio amadurevendo (Fig. 29), A ‘mancha aumenta bastante em tamanho, atingindo menses que podem ocupar uma porgiio considerdvel da superficie de to, a qual torna-se deprimida no contro, onde aparecem numero: acérvulos do fungo, de coloracio alaranjada, com bordas elevadas de yodrecimento de frutos E de distribuigso ainda estio verdes, caracteriza manchas de calo entanto, 08 cor marrom pardacenta Causa grandes prejuizos. em anos com primavera chuvosa e temperaturas altas, Fig. 29 Frwlor de araptseire, com sintomas de antiacnose Cofletotrichum gloesportoides Penz 88 permanecer mun Normalmente, os frutos atacados caer ficados (secos) nos ramos, contan porém, podem in O controle de doengas baseia-se nas seguintes medidas eliminar 08 frutos mami fora do pomar, pois 0 indeulo primario ( produzido nesses frutos; efetuar um tratamento de inverno, com produto a base de cobre, de preferdncia logo apds a poda, realizar pulverizagdes periddicas com fungicides, durante a fase de desenvolvimento vegetativo dos ramos, folhas e frutos ios ¢ 5 caidos no chao, ¢ enterri-los imeiras: infecgdes) 89 4. CONTEUDO DE VITAMINA 0s frutos do aracazeiro so ricos em vitamina C, atingindo indices, em geral, 3 a4 vezes maiores que os encentr jados em laranja Foi determinada a concentragio de vitamina C total (acide ascérbico + dcido dehidroascorbico) nos frutos das cinco populagdes existentes na colegio do CPACT (Tabela 30), Estas determinagdes foram realizadas em frutos maduros ¢ em fiutos em firme maturaglo, cou seja, quando estavam recém iniciando a mudanga da cor externa do fruto, de verde para o amarelo Tabela 30. Concentragdo de vitamina C total em frutos maduros de cinco populagées de araga, ae a a a TPopulaqio cutpo~=~*~*~*~*~*«Stamina Ctotal mele SS ‘Amarelo litoral” 62,34 “Amarelo Parana” 41,19 “Roxo planalto” 92,00 “Amarelo planalto” 110,58 90 5. COLHEITA E UTILIZAGAO $.1, COLHEITA, © aragazeiro, quando cultivado, recebendo tratos culturais, passa a produzir de duas a trés saftas por ciclo vegetativo, Nas condigdes da regio de Pelotas, primeira colheita inicia em fins de dezembro a inicio de janciro ¢ @ segunda ocorre em marge, Quando nao ha antecipagio do inicio do invemo, pode ocorrer uma terceira safra, que inicia em final de abril a inicio de maio, A produtividade do aragazeiro fol medida em um niimera de 30 selecdes avangadas, com idade de 3 ¢ 4 anos, onde atingiu 1,8 kg a 4,9 kg/planta. 5.2, UTILIZACAO © araga pode ser consumido “in natura” ow utilizado na confecrao de doces em pasta, suvns ou licores RECEITA DE ARAGAZADA INGREDIENTES: Araga maduro Agiscar 91 PREPARAGAO: 1. Lave os aragas. Retire-thes as sépalas Coloque-os numa panela com pouco agua, o suficiente para cobrilos. Leve a panela ao fogo. Quando ferver, retire os aragés do fogo. 3. Passe os aragés por uma peneirae pese a massa. Para cada meio quilo de massa, junte 750 gramas de agicar 4. Misture bem a massa ao agiicar. Leve ac fogo, mexendo sempre. ‘Quando a massa estiver bem grossa, ponha um pouquinho num pires previamente umedecido, se a massa se desprender facil, estara pronta. 5, Despeje @ massa, ainda quente, em tabuleiros, Depois de esitiar, scorte-a em tabletes. 6 Passe 05 tabletes pelo agiicar cristal, levando-os ao sol. Embrulhe- 9s, ento, em papel encerado. Nota dos autores: Os estudos sobre controle de pragas e doengas © comteido de vitamina € coniaram, respectivamente, com a colaboragio da Eng? Agi da EMATER-RS, Mery E. Couto e da Pesquisadora do CPACT, Angela Diniz Campos 2 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ATCHISON, E. Chromosome numbers in the Myrtacese, American Journal of Botany, v.34, p. 159-164, 1947, BASHAW, EC. Cytological and breeding. Texas A and M. Univers BOYD, W.J.R.; SISODIA, N'S; LARTES, EN. 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