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A * Linguagem , das Coisas A Linguagem _ das Coisas Copyright © Deyan Sudjic, 2008 Publicado originalmente no Reino Unido por Allen Lane, um selo de Penguin Books Ltd, 2008 TETULO ORIGINAL The Language of Things PREPARAGAO. Leny Cordeiro REVISAQ Umberto Figueiredo Pinto Maria de Fatima Maciel CAPA YES ADAPTAGAO E DIAGRAMAGRO Editoriarte CIP-BRASIL. CATALOGAGAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ S94l Sudfic, Deyan A linguagem das coisas / Deyan Sudjic ; tradugdo de Adalgisa Campos da Silva. - Rio de Janeiro : Intrinseca, 2010. 224p. rib Tradugdo de: The Language of Things Tnclui indice ISBN 978-85-98078-76-2 1, Desenho (Projetos) ~ Filosofia. 2. Desenho (Projetos) — Aspectos sociais. L Titulo. 10-0140, [2010] Todos os direitos desta edigio reservados & Eprrora Inrrinseca Lrpa. Rua dos Oitis, 50 224$1-050 - Gavea CS en Rio de Janeiro ~ RJ Autor: Sudjie, Deyan. Tel./Fax: (21) 3206-7400 Titulo: A linguagem das coisas. _ IOAN AV? 55677 Ex.9 UEMG Design ‘Aumario Hilvedueao; Um mundo afogado em objetos 4 TV Linguagem 10 1 Odlesigne seus arquétipos 52 Hkuxo 90 4 Moda 130 Be Arte 166 Pifilesdascitagoes 218 PiAiilos das fotografias 219 “Iniliee 220 Copyright © Deyan Sudjic, 2008 Publicado originalmente no Reino Unido por Allen Lane, um selo de Penguin Books Ltd, 2008 ‘TETULO ORIGINAL ‘The Language of Things PREPARAGAO Leny Cordeiro REVISAO Umberto Figueiredo Pinto Maria de Fatima Maciel CAPA YES ADAPTAGAO E DIAGRAMAGAO Editoriarte CIP-BRASIL. CATALOGAGAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, R} s94l Sudjic, De A linguagem das coisas / Dey: tradugiio de Adalgisa Campos d Janeiro : Intrinseca, 2010, 224p. + il an Sudjic ; va. — Rio de Tradugao de: The Language of Things Inclui indice ISBN 978-85-98078-76-2 1, Desenho (Projetos) - Filosofia. 2, Desenho (Projetos) — Aspectos sociais, 1. Titulo 10-0140. epp: 745.4 cpu: 745 (2010) Todos os direitos desta edicao reservados & Eprrora Inrrinseca Lrpa Rua dos Oitis, 50 Ps 2451-050 - Gavea ie Sags1201y Rio de Janeiro - RJ Autor: Sudjic, Deyan. Tel./Fax: (21) 3206-7400 Titulo: A linguagem das coisas. = INTL UMGMn = =° Ex.9 UEMG Design Sumari Iitvedugdo: Um mundo afogado em objetos 4 1, Linguagem ¥ O designe seus arquétipos 52 lo A Luxo 90 4, Moda 6, Arte 166 Pontes das citagdes 218 Urédilos das fotografias 219 Indice 220 130 10 Introducao Um mundo afogado em objetos Um mundo afogado em objetos Nunca possuimos tantas coisas como hoje, mesmo que as uti- lizemos cada vez menos. As casas em que passamos tio pouco lempo sao repletas de objetos. Temos uma tela de plasma em cada {posento, substituindo televisores de raios catédicos que ha ape- has cinco anos eram de tiltima geragdo. Temos armarios cheios de longdis; acabamos de descobrir um interesse obsessivo pelo “nt- inero de fios”. Temos guarda-roupas com pilhas de sapatos. Temos prateleiras de CDs e salas cheias de jogos eletrénicos e compu- tadores. Temos jardins equipados com carrinhos de mao, tesouras, poddes e cortadores de grama. Temos maquinas de remo em que fiunca nos exercitamos, mesas de jantar em que ndo comemos e fornos triplos em que no cozinhamos. S40 os nossos brinquedos: consolos as ptessdes incessantes por conseguir o dinheiro para compra-los, € que, em nossa busca deles nos infantilizam. A classe média tem cozinhas repletas de aparelhos elétricos com- prados na esperanga de que nos tragam a sonhada realizacao domés- (ica, Exatamente como quando as marcas de moda péem seus nomes ¢m roupas infantis, uma cozinha nova de aco inoxidavel nos conce- de 0 dlibi do altruismo quando a compramos. Sentimo-nos seguros icreditando nao se tratar de caprichos, mas de investimentos na fami- lia. E nossos filhos possuem brinquedos de verdade: caixas e caixas de brinquedos que eles deixam de lado em questao de dias, E, com infancias cada vez mais curtas, a natureza desses brinquedos tam- bém mudou. O McDonald’s se tornou 0 maior distribuidor mundial de brinquedos, quase todos usados para fazer merchandising de marcas ligadas a filmes. Os bens que possuimos também nunca foram tao grandes. Incharam para combinar com a epidemia de obesidade que assola a maioria das culturas ocidentais. Em parte, isso decorre do fendme- no conhecido como maturidade do produto. Quando todo mun- do que for comprar um televisor ja tiver feito isso, s6 resta aos fabricantes convencer os proprietrios a substituir seus aparelhos antigos inventando uma categoria nova. As vezes, é uma miniver- silo, mas, se depender do fabricante, sera maior, e portanto melhor clo que os modelos anteriores. Assim, as telas de tevé passaram Introdugao de 28 para 60 polegadas. Os fornos domésticos se transformaram em conjuntos de forno e fogao. As geladeiras viraram guarda-roupas abarrotados. Como gansos alimentados a forga com graos até seus figados explodirem para virar foie gras, somos uma geracao nascida para consumir, Os gansos se apavoram quando o homem se aproxima pronto para hes enfiar um funil de metal goela abaixo, enquanto lutamos por nossa vez de chegar ao cocho que nos fornece 0 dili- vio sem fim de objetos que constituem nosso mundo, Ha quem acampe em frente a lojas da Apple para ser o primeiro a comprar um iPhone. Ha quem pague qualquer preco para colecionar répli- cas de ténis de corrida dos anos 1970. Ha até quem use o Bentley Arnage para dizer aos jogadores de futebol da primeira divisdo que yale 10 milhdes de libras, e nado os 2,5 milhdes necess para adquirir um Continental. As complexidades de séries, procedéncia e linhagem dos mo- delos sustentam uma pornografia extasiada que transforma em fetiche 6culos de sol e canetas-tinteiro, sapatos ¢ bicicletas e quase rios tudo 0 que possa ser trocado, colecionado, categorizado, organi- zado e, em iiltima andlise, possuido. E bem possivel que estejamos 8 beira de uma onda de repulsa ao fenémeno do desejo por tudo o que é fabricado, a toda a ava- lanche de produtos que ameaga nos soterrar. No entanto, ainda nao ha sinal disso, apesar do surgimento da ansiedade apocaliptica pelo terrivel destino que nos espera se continuarmos nessa farra sem limites. Nem a volta da venda de indulgéncias, pratica aban- donada pela Igreja medieval e agora ressuscitada na forma de pa- gamentos pelo carbono emitido, esta nos impedindo de trocar de telefone celular a cada seis meses. Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo e ao mesmo tempo enojado e com vergonha de mim mes- mo diante do volume do que nés todos consumimos e da atragio superficial, mas forte, que a fabrica do querer exerce sobre nés, Os objetos, muitos acreditam, séo uma realidade indiscutfvel do dia a dia. Dieter Rams, que por duas décadas foi o diretor de 6 Um mundo afogado em objetos Hleign da Braun, a empresa alema de aparethos de consumo eletré- Hien, era um deles. Ele descrevia os barbeadores € liquidificadores il) rau como mordomos ingleses, discretamente invisiveis quando Ho Mio necessarios, mas sempre prontos para atuar sem esforgo ‘indo chamados. Tais coisas se tornaram muito mais que isso. “Roupas, comida, carros, cosméticos, banhos, sol sao coisas de verdade a ser usufruidas em si”, afirmon John Berger em Modos de te (1972), a andlise contemporanea da cultura visual mais lida, ilentre as publicadas nos tltimos 50 anos. Berger fez uma distincao ‘de verdade” e 0 que via como as manipulacées do ‘apitulismo que nos fazem querer consumi-los. “E importante (...) BHtre objetos “ filo confundir a publicidade com © prazer ou os beneficios dos Hhjetos anunciados e que serao usufruidos”, defendia. “A publici- die comega trabalhando em cima de um apetite natural para o raver, Mas nao pode oferecer 0 objeto real do prazer.” Herger escreveu Modos de ver de uma perspectiva desconforta- vel, 4 meio caminho entre Karl Marx e Walter Benjamin. Seu livro foi uma tentativa de demolir a tradicao convencional que envolve © conceito de connaisseur e estabelecer uma compreensao mais politica do mundo visual. A publicidade é a vida dessa cultura [a cultura do capitalis- mo]—na medida em que, sem a publicidade, 0 capitalismo nao pode sobreviver —e ao mesmo tempo a publicidade é 0 seu sonho. O capitalismo sobrevive & custa de forgar a maioria, a quem explora, a definir seus préprios interesses tao estreitamente quan- to possivel, J se chegou a isso pela privago prolongada, Hoje, nos paises desenvolvidos, chega-se pela imposigo de um falso padrao do que é desejavel e do que nio é. Mesmo antes do colapso do comunismo e da explosio das economias da China e da india, compreender os objetos era mais complicado do que isso. Nao s6 a iconografia dos antincios é orga- nizada para fabricar desejo. Mesmo as coisas “reais”, que Berger considera dotadas de caracteristicas auténticas — 0 carro com a Introdugao Porta que fecha com um trinco caro e que evoca uma tradigao de 60 anos ao fazé-lo, a aeronave que integra eficiéncia de combustivel a uma engenharia elegante, ¢ que torna possivel o turismo de mas- Sa —, sdo em si mesmas suscetiveis ao mesmo nivel de anélise que ele aplica aos retratos tardios de Frans Hals ea alegorias de Botti- celli. Sao calculadamente planejadas para obter uma resposta emocional. Os objetos podem ser belos, geniais, engenhosos, sofis- ticados, mas também grosseiros, banais ou malévolos. Se Berger estivesse escrevendo Modos de ver hoje, 0 que cle cha- ma de “publicidade” poderia ter sido descrito como “design”. Cet- tamente nao faltam pessoas que passaram a entender a palavra num sentido to negativo quanto a forma como Berger via a publicidade, O uso exagerado da palavra “designer” a esvaziou de significa- dos, ow a transformou em sinénimo de ¢inico e manipulador, Bul- thaup, um fabricante alem’o de cozinhas cujos produtos sao acessorios essenciais em qualquer interior que valorize o design, até proibe 0 uso da palavra “design” em quaisquer de seus antincios, Todavia, o design de objetos pode oferecer uma forma poderosa de ver o mundo. O livro de Berger pertence a uma literatura sobre arte em que j4 nao ha espaco para quase mais nada. Mas desde que Roland Barthes escreveu Mitologias, em 1957, e desde as impreci- soes de O sistema dos objetos, de Jean Baudrillard, lancado uma década depois, poucos criticos submeteram 0 design 4 mesma ané- lise minuciosa, Trata-se de uma triste falha, O historiador de arqui- tetura Adrian Forty se aproxima do ponto de vista de Berger com seu livro Objetos de desejo (1986). Mas, com 0 mundo dos objetos explodindo de forma tao convulsiva, espargindo produtos para to- dos os lados sem parat, hé uma narrativa convencional do surgi- mento do modernismo como o deus ex machina que da sentido A era da maquina, que deve ser contada de forma diferente — quan- titativa e qualitativamente, Barthes e Baudrillard nao tinham o menor interesse em qual- quer discussdo do papel do designer, preferindo olhar a disposi- ¢40 dos objetos como a manifestacao fisica de uma psicologia de massas. Baudrillard, por exemplo, dizia ver o interior moderno Um mundo afogado em objetos Mo como o produto do design fruto de uma atividade criativa Mas sim como o triunfo dos valores burgueses sobre uma reali. ide anterior, mais prosaica: Temos mais liberdade nos interiores modernos, mas essa li- herdade é acompanhada por um formalismo mais sutil e uma ova moral. Tudo agora indica a transigao obrigaréria do ato de comer, dormir e procriar para o de fumar, beber, recebes, discutir, olhar ek As fungées viscerais deram lugar a fungdes determina- ‘las pela cultura. © aparador abrigava roupa de cama, louga ou Comida, Os elementos funcionais de hoje armazenam livros, bibe- 16s, um bar ow permanecem vazios. Mas essas do alegagdes tendenciosas de um homem urbano. Im vez de reprimir nossos desejos primitivos, parece que nossa cultura material tem mais interesse em se entregar a eles. Nossa relagao com nossas posses nunca é direta. E uma mescla somplexa de ciéncia e inocéncia. Os objetos estZio longe de serem lilo inocentes como sugeriu Berger, ¢ ¢ isso que os torna interessan- (es demais para ser ignorados, Capitulo Um Linguagem Linguagem Hara comegar com o objeto mais 4 mao, o laptop com que escrevo pitas palavras foi comprado numa filial de aeroporto da Dixons. Minguém além de mim pode ser responsabilizado por minha esco- |ha, Nem mesmo o que Berger chamou de publicidade, Algumas ojas sao planejadas para seduzir os clientes. Outras os deixam em paz para que se decidam sozinhos. A Dior e a Prada contratam arquitetos vencedores do Pritzker Prize para construirem lojas na escala da grande Opera a fim de re- dluzir os compradores a um transe consumista extatico. A Dixons, filo, Uma loja genérica que venda artigos eletronicos com descontos om Heathrow nao é lugar para s , veladas ou escancaradas, (lis formas mais elaboradas de varejo. E, que eu me lembre, a Di- Xons jamais se autopromoveu para tentar me convencer a entrar jiela, ainda que as empresas cujos produtos ela vende o fagam. Num ‘eroporto, nao ha espago nem tempo para ser encantado ou hipno- tizado, seja por nuances ou por ironia. As transacées ali sao do tipo tnais bruto, Nao ha vitrines. Nao ha homens respeitaveis de délma ¢ fones no ouvido para abrir a porta. Nao ha camadas de embala- jens de papel fino para as compras, nem cédulas novinhas para 0 troco. Ha apenas o inevitdvel burburinho de um monte de objetos cempilhados e vendidos, nem tao barato assim, para distrair. Enquanto as ondas de passageiros da classe econémica passam a caminho do voo das 7h para Diisseldorf, alguns dao uma olhada nas cameras digitais e nos telefones celulares e um ou outro pega um idaptador de voltagem. De vez em quando um deles saca 0 cartao de crédito e compra alguma coisa, dando nés nos dedos ao digitar a senha, com medo de perder 0 avido. O consumo aqui é, 4 primeira vista, a mais basica das transagées — destitufda de ceriménia ¢ ela- boragio, reduzida ao mais essencial. Mas, mesmo num aeroporto, comprar nao é uma decisdo simples e racional, Como um ator re- presentando sem maquiagem, despojado do arco do proscénio e das luzes da ribalta, o laptop que acabou me persuadindo de que eu ti- nha de té-lo fez tudo sozinho. Foi uma compra baseada num conjunto de sedugdes e manipu- lagées que 86 acontecia na minha cabega, e ndo num espaco fisico. 11 Capitulo Um E entender como o laptop conseguiu fazer com que eu o desejasse a ponto de pagar para levé-lo é entender algo sobre mim mesmo, e talvez também um pouco sobre o papel que o design desempenha no mundo moderno. O fato de que seria a quinta maquina do tipo que eu teria em oito anos com certeza nao era a primeira coisa que passava na minha cabega. Quando cheguei ao baledo, mesmo que nio soubesse, eu ja destinara meu velho computador & feira de eletronicos em Lagos, que é para onde os discos rigidos sem uso seguem para reaprovei- tamento. Mas 0 meu falecido laptop nao era uma peca obsoleta de tecnologia neolitica transistorizada, Em seu melhor momento, nas primeiras semanas de 2004, se apresentara como a mais desejavel € mais inteligente pega de tecnologia que eu algum dia poderia desejar. Era um computador que fora reduzido ao essencial estéti- co. Grande apenas o suficiente para ter um teclado de tamanho natural, tinha uma propor¢do peculiar, enxuta e elegante entre lar- gura e profundidade. A caixa do monitor e o teclado eram total- mente brancos. O fecho que prendia a tampa piscava de vez em quando para mostrar que guardava um cérebro eletrénico formi- davel mesmo quando a gente nao se dedicava a ele. Vocé virava a méquina e via uns lampejos de luz esverdeada na barriga dela, di- zendo-lhe exatamente a quantidade de carga que ainda restava na bateria de litio. Este era s6 mais um detalhe decorativo com um alibi utilitario, mas penetrava diretamente na veia da aquisicao. Os designers da Apple entenderam logo a necessidade de fazer com que 0 ato de inicializar um computador pela primeira vez fos- se tao simples quanto localizar 0 boto on. Eles também se torna- ram craques em obsolescéncia visual. Quando comprei meu primeiro laptop, na loja da Apple em Nova York, em 2003, de fato achei que irfamos envelhecer juntos. Seria um investimento em meu futuro, um bem tao importante para mim que duraria a vida inteira. Eu sabia perfeitamente que era um objeto fabricado as dezenas de milhares. Mas, de alguma forma, também parecia ser uma aquisigdo tdo pessoal e envolvente quanto um terno sob medida. Acabou 12 Linguagem Langado em 1999, a série iBook da Apple chegou ¢ foi embora em sete anos, pasando do alo citrico ao preto sébrio do MacBook. Capitulo Um sendo apenas um episddio na transicéo da Apple da produgao de equipamentos cientificos para a de objetos de consumo nao mui- to duraveis. A Apple acha que o caminho para sua sobrevivéncia nam mun- do dominado pelos programas de Bill Gates ¢ pelos componentes fisicos chineses é usar o design como isca para transformar seus produtos em alternativas almejadas para o que seus concotrentes esto vendendo. Espera vender menos maquinas, mas cobra mais por elas. Isso envolve seduc&o em série. A empresa precisa tornar seus clientes tao sedentos por um novo produto que joguem fora o ultimo a cada dois anos. A ideia de que eu pudesse estar sucateando tio depressa algo

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