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"Nopbes de Direito Adiministrativo (Prof Sormany Ribetro) Ea, Criativa NOCOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO SUMARIO Conceito de administragdo piblies sob os aspectos orginicg, formal ¢ material 3. Fontes do Direito Administrativo: doutrina e jurisprudéncta, le formal, regulamen'os insta conn eats e regiments, instaySes, tatados intemaconais, costumes, Prineipios da adminis’: «0 pablice 2 sv 5, Rwluistagto publica diretae indiveta. Orgs © entidades. Centalizagdo e des ceniralizagio da rade atininistrativa do Estado, Empresas pblicas e sociedades de economia mista. Auras fe fundagtes piblicas. se ‘ 4, _-Agentes piblicos. Servidores publicos em sentido amplo ¢ em ‘endo restrit, Servidores pablicos ‘AasRintfo. Servidores pubicosfederasesatuarios, Empregadospblios, Discplina consign'> ‘ual dos agentes piblicos, Legislagdo federal aticdvel os agentes pablicos.. 5, Improbidade administrativa 6. Atos administrativos. Requistios ‘alidade. Ati Licitagbes piblicas e contr inatos. Clacsifieagbes, Convalidagdo. Extin- 2 Soa de Registo de Pregos, Sistema de Cada ceases Unificado de Fornecedors, Pregio presencialeeletGnico¢ demals modalidades ds lic\- 1, ins piblicon, Regime juridien. Classtieagbes. Uso de bens piblices por particulares. so Pr tivo dos bens piblicos.. - so 8 11. Controle da administragdo pitica.. 12, Sistemas administrativos.... SOT [ Nogaes de Direito Adiinisttivo (raf Sormany Ribeiro) i, CONCEITO DE ADMINISTRAGAO PUs BLICA SOB OS ASPECTOS ORGANICO, FOR- MAL E MATERIAL, A administrago piblica pode ser definida objeti- yamente como 2 atividade concreta ¢ imediata que o Es- lp desevefpaa Ea oy MESES” EEE ones cat de alors fe pesos Sea a Lal Sibu 9 cot 1 hunts administrativa do Estado. Sob 0 a operacional, administragto publica é legal e técnico dos pecto ol servigos préprios do Bstado, em beneficio da coletivida- & A administragto piiblica ¢ conceituada com bs dois aspectos: objetivo (também chamado material ow funcional) ¢ subjetivo (também chamado formal ou or- sinico). ‘Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro 0 conceite de administragao piblica divide-se em dois sen “Bm sentido objetivo, material ou funcional, a ad ministracao piblica pode ser definida como « atividadg concreta ¢ imediata que o Estado desenvoive, sob regi me Juridico de direito publico, para a consecugao dos interesses coletives” “Em sentido subjetive, formal ou erganico, pode-se definir Admtnlstragio Puiblica, como sendo 0 conjunto de érgdos e de pessoas jurtdicas aos quais a lei atribui o exerclcto da funedo administaiva do Estado" 8 objetivo € a tividadeadminsratva = (ERS elo Estep ss ae TES be em sat fungdo sdeinisratva. Ea ges dos ines: ses piblicas, por meio do prestacto de servicos piblicos. E a administragao da coisa piblica (res publica). 46 vo bento subjetivolé o conjunto de agentes, 6 sexeoutsr atividades: ‘gtios © entidades designades para administrativas. intese, sto publica em sentido n rial é adminisirar os inferesses da coletividade e em sen i o tidades, ts cutam inistrativa do Est 2. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATI- YO: DOUTRINA E JURISPRUDENCIA, LEI FORMAL, REGULAMENTOS ADMINISTRATI- VOS, ESTATUTOS E REGIMENTOS, INSTRU- GOES, TRATADOS INTERNACIONAIS, COSTU: MES. © Direito Administrativo tem origem nas denomi- nadas “fontes do direito”, que s20 responséveis direta- mente pela criaglo, elaboracto e aperfeigoamento desse importante ramo juridico, Essus fortes so cksificadas am fontes primarias fontes secuidérias, Como fonte priméria tem-se a tei, em seu sentido generico (“latu sensu”), que inclui, além da Constituigao Federal, as les ordindrias, as leis complementares, as leis a. Criava | delegedas, ov medias provisévias, oa los normaives com forga de lei, os estafuos, os regimentos interno, as instrugdes o 0s tatados interaacionais. Essas fonts, ei rega, suo abstrats ¢impessoats As fontes secundérias séo @ doutrina, a jurisprudén- cia © 08 costumes A doutrina ¢ constituida de teorias e teses em maté- ria juridica, materializada em livros, artigos, pareceres, etc. A doutrind se ocupa em analisar a evolugdo de de- terminado institute ou fato Jurfdico ou spontar u tendeue cia de terminada medida estatal em matéria de direito administrative A jurisprudéncia ¢ o resultado do entendimento rei- ‘acerea de determinado assinto em um colegiado judicie! (ribunais), Normaimente a jurisprudéncia é 0 resultado da interpretagio que se faz acerca de determi- ‘nada norma ou inoxisténcia de uma norma, Os costumes sio fontes do Direito Administrativo se eonsubstanciam na reiteragio de determinado compor- tamento, podendo ou nto se transformer em outras fon- tes do direito, de acordo com o quadro evolutive, Em razao do principio da legalidade, os costumes tm pouca influénela no Dirsito Administativo, 2.1. PRINCIPIOS DA ADMINISTRACAO PU- BLICA Para que o estudo fique completo optamos por apre- sentar os pnelpios sob dois aspectos. Assim, hé os prin- cipios da administragio pSblica e os prinefpios que fun- damentam a administragdo piblica federal. 2.1.1. Sto principios da Administragdo Piiblica, se- guado 0 axt, 37, caput, da Constituigao Federal: logali- dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficién- cia, Principio da Legalidade ‘Uma das decorréncias da caracterizagdo de um Bs- tado come Bstado de Direito encontra-s¢ o prineipio da legalidade que informa as atividedes da Administragdo Piiblice. Na sua concepeto originaria esse principio vin- ‘eulou-se & separagao de poderes e ao conjunto de ideas que historicamente signiticaram oposigao as préticas do perlode ubsclutista. No conjunto dos poderes do Estado traduzia @ supremacia do poder legislativo em relago 20 poder executivo; no ambito das atuagbes, exprimia @ su- premacia de iei sobre os aios e medidas administrativas. Mediante a submissdo da Administragdo a lei, 0 poder tomava-se objetivado, Obedecer & Adininistragio era 0 mesmo que obedecer& lei, nfo A vontade instavel da au toridsde, Dai um sentido de garantia, certeza juridica ¢ imitagao do poder contido nessa concepsio do prinefpio da logalidade administrative, ‘Tomaram-se ciéasioca 0s quatros significados arro- lados pelo francés Eisenmann: a) & Administrayéo pode realizar todos 0s atos e medidas que nfo sejam contrérios 4 lei; ) a Administragdo $6 pode editer atos on medidas ‘que uma norma autoriza; c) somente so fixados por 3 Nog6es de Direito_ Administrativo (Prof Sormany Ribeiro) a. Criatva | norma legislative; d) e Adminiswagio w6 pode realizar ‘fos ou medidas que & lei ordena fazer. A donitina costuma usar a seguinte expreosio: “na atividede particular tudo o que nfo esté proibido é permi- tido, na Administragao Pablica tudo 0 que nil esta per- ritido é proibido. O administrador estérigidamente pre- 0 8 lei e sua atuagto deve ser confrontada com a lei. Principio ds Impessoatidade: No entender de Celso Anténio Bandeira de Mello, impessoalidade “tradi: a idéia de que a Administragéo tem que tratar a todos os admintstrados som discrimi. Bes, benéficas ou detrimentosas ... O principio em cau- sa niio é sendo o préprio principio da legalidade ou iso- nomi” Elementos de Diteito Administrativo, 1992, p. 60). Tem por intuito essencial impedir que fatores pes- sons esubjctivos sejam os verdadciros méves e fins das atividades administrativas. Principio da Moralidade: O prinepio da moralidad & de difleil tradugaio ver- bal talvez porque é impossivel enquadrar em um ou dois, vocébulos a ampla gama de condutas e priticas desvirtu- adoras das verdadeiras finalidades da Administragio Pit blica. Em geral, # perceprao da imoralidade administra- tiva ocorre no enfoque contextual; ou melhor, 20 se con- siderar 0 contexto em que a decisio foi ou seré tomada. ‘A decisto, de regra, destoa do contexto, e do conjunto de regras de conduta extratdas da disciplina geral nortesdo- ‘a da Administragio. Exemplo: em momento de crise + nanceira, numa €poca de redugdo de mordomias, num periodo de agravamento de problemas sociais, configura Jimoralidade efetuar gastos com aquisigo de automéveis de luxo para "servir” autoridades, mesmo que tal aquisi- so revista-se de legalidade, Mediante a propositura de ago popular qualquer cidadio (no sentido de detentor de direitos politicos) po- de pleitear a anulago de ato lesivo & moralidade admi- nistrativa (art. 5, LXXVD. Hi, sinda, a previsto de sangGcs a govemantes e agentes piilicos por stos ou condutas de improbidade administrativa, A probidade, que hé de caracterizar onduta ¢ 0s atos das autoridades © agentes piiblicos, aparecendo como dever, decorre do principio da morali= dade administrativa. Na linguagem comum, probidade cequivale & honestidade, honradez,integridade de cardter, retiddo. A improbidade administrativa tem um sentido forte de conduta que lese 0 erétio publico, que importe fm enriquecimento jliito ou proveito préprio ou de ou- trem no exercicio de mandato, cargo, fungo, emprego pablico. Bm sintese: 1. Toda atuagto do administrador & inspirada no interesse piblico, 2. Jamais a moralidade admit chocar-se com a lei, ‘3. Por esse principio, 0 administrador no apli- ca apenas a lei, mas vai além, splicendo a sun substincia. 4. A Constituigéo de 1988 enfatizou a morali- dade administrativa, prevendo que “os atos de improbidade importardo a suspensto dos direitos politicos, a perda da fungi piblica, 4 indisponibitidade dos bens © 0 sessarcl: ‘mento ao erério na forma ¢ gradago previs- tas em lei, sem prejuizo da again penal cabi- vel” Principio da Publicidade: Ao discorrer sobre democracia e poder invisivel, Bobbio caracteriza a democracia, sob tal prisma, como o “governo do poder piiblico em piblico”, attibuindo a este Gltimo vocibulo o sentido de "manifesto (,", "visivel" - © futuro da democracia, 1986, p, 84). Por sua vez, Celso Lafer ponder que "muna democracia a visibilidade ea publicidade do poder sdo ingredientes basicos, posto ‘que permitem wm importante mecanismo de controle ‘ex arie populi" da conduta dos governantes... Numa demo- cracia @ publicidade é a regra basica do poder ¢ 0 se- gredo, a excecdo, 0 que significa que & extremamente I ¢mitada 9 espago dos segredos de Estado" (A ruptura to- taltiiao reconstrugto dos direitos, 1988, p. 243-284), ‘A Constituigtio de 1988 alinha-se a essa tendéncia de publicidade ampla a reger as atividades da Adminis- tragao, invertendo a regra do segredo @ do oculto que predominava, O prineipio da publicidade vigora para to- os os setores e todos os ambitos da stividade adminis- trative Principio da Ericitncia: A Emenda Constitucional 19/1998 - Reforma Ad- mministrativa - aerescentou o principio da eficiéncia a0s principios da Administraeao enunciados no caput do ar 3 Na legislngto patria o termo eficigacis jé apareeera relacionado & prestagdo de servigos piiblicos. Assim, a Lei Organica do Municipio de Sdo Paulo, de 04.04.1990, no art. 123, parigrafo Unico, diz que ao “usuério fica ga- rantido servico piiblico compativel com sua dignidade umana, prestado com eficiénete, regularidade, pontua- idade, uniformidade, conforto e segurana, sem distin- 0 de qualquer espécte". Por sua vez, 2 Lei 8.987195 - ‘Concessio e Permissao de Servigos Publicos - no § 1. 'do ar. 6,, caracterizao servigo adequado como aquele "que satisfaz as condipbes de regularidade, continuidade, eft ciencia, seguranca, arvalidade, generatidade, cortesia ‘na sua prestagao, modicidade das tarifas”. Agora a eficifucia ¢ principio que norteia toda a atuagio da Administrago Publica, O vocabulo liga-se a ideia de ago, para produzir resultado de modo répido ¢ preciso, Associado & Administragao Pablica, o principio da eficigncia determina que a Administraglo deva agir kde snado rapido preciso, para produzir resultados que satisfagam as necessidades da populacdo. Eficigneia con- trapde-se a lentdio, a descaso, a negligéncia, 2 omiss2o, Outros prinetpios podem ser citados, em razio da postancia para o debate: Supremacia do interesse pul- — [Noches de Direito. Administrative (Praf. Sormazy Ribeiro) blico, Indisponibilidade dos interesses pablicos pela | ‘Administragao, Presungao de legitimidade dos atos da “Adminismagao, Propwisinualidade ¢ Rezoabilidede, Pro biidade, Juridicidade e controle Principio da supremacia do interesse piblico: os in- teresses piblicos tm supremacia sobre os interesses in- dividuais Principio da presungo de presungdo de legitimida- de: 05 atos da Administragdo presumem-se legitimos, a8 prova em contrario (presungao relativa ou juris tantum ~ ‘ou scja, admite-se prova em contri). Principio da finalidade: Toda atuagto do adminis- trador se destina a atender o interesse piblico e garantir a observiincin das finalidades institucionais por parte das fentidades da Administragdo Indireta. A finalidade pabli- a objetivada pela lei é a Gniea que deve ser perseguida pelo administrador. A Lei, ao atibuir competéncia a0 ‘Administrador, tem uma finalidade publica espectfica. O administrador, praticando o ato fora dos fins, expressa ou iumemte contidos na norma, pratica desvio de f- Principio da autotutela: a Administragto tem 0 de- ver de zelar pela legalidade e eficiéncia dos seus préprios ats, £ por isso que se teconhece & Administragdo 0 po- der e dever de anular ou declarar a nulidade dos seus préprios atos praticados com infragHo a Lei 1. A Administragdo no precisa ser provocads ‘ou recorrer a0 Judicirio para reconhecer @ nulidade dos seus prépriosatos; 2. A Administragdo pode revogar 08 atos admi- ristrativos que nfo mais atendam 8 finali- dades puiblicas ~ sejam inoportunos, sejam inconvenientes — embora legais. Em suma, & autotutela se justifies pera ge- rantir 8 Administragiio: a detesa da fegallda- de e eficiéncia dos seus atos; nada mals ¢ que um autocontole, Princfpio da continuidade dos servigos piblicos: © servigo piblico destina-se a atender necessidades sociais. £ com fundamento nesse principio que nos contratos administrativos no se permite que sela invocada, pelo particular, a excego do contrato nao cumprido. Principio da razoabilidade: Os poderes concedidos & ‘Administragto devem ser exercides na medida necessé- ria a0 atendimento do interesse coletivo, sem exageros. © Diteito Administrative consagra a supremacia do in- tetesse piblico sobre o particular, mas essa supremacia 6 ¢ legitima na medida em que os interesses publicos so atendidos. Exige proporcionalidade entre os mcios de que Se wilize a Administragdo e vs fins que ela tem ‘que alcangar, Agir com logica, rato e ponderagdo. 2.1.2. OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRACAO PUBLICA FEDERAL, DELI- NEADOS NO DECRETO-LEI 200/67 SAO OS SE- GUINTES: Planejamento: visa 20 estudo ¢ a0 estabelecimento das diretrizes e metas que deverdo orientar a agH0 gover~ Ed. Criativa amental, por meio de um plano geral de gover, pro- sgramas globais, setoriais ¢ regionais de duraglo pluria- nual, do orgamento-programa anual e da programagio financeira de desembolso;, ‘Coardenagdo: tem por escopo harmonizar todas as atividades da Administragdo submetendo-as a0 que foi planejado e poupando desperdicio. Na Administragko Federal a coordenagdo ¢ da competéncia da Casa Civil da Presidéncia da Repiblica. O objetivo ¢ propiciar solu- ‘bes integradas ¢ em sinoronia com a potitica yetal e se~ torial do Goveno: Descentralizagdo: tem por objetivo descongestio- nara Administragdo Federal por meio de a) Desconcentragio admintstrattva: repart- ‘lo de fungto entre virios érptios (desper- sonalizados) de uma mesma Administragdo sem quebrar a hierarquia; b) Delegaglio de execugto de servigo: pode ser pasticular ou pessoa administrativa, me- diante convénio oa consércio; a Execusio indireta: mediante contratagio de particula- res; precedido de licitaglo, salvo nos casos de dispensa por impossibilidade de compe- tigdo. Delegagie de Competéncia: em que as eutorida- des da Administragdo transferem atribuighes decisérias » seus subordinados, mediante ato proprio que indique « autoridade delegante, a delegada ¢ 0 objeto da delegagio. ‘Tem curdter facultativo ¢ transitério, apoiando-se em ro- ies de oportinidade e couveniéacia e na capacidade do ‘delegado. 56 € delegavel a competéncia para a prativa de atos e decisdes administrativas. Ndo pode ser delegado: '¢ Atos de natureza politica (sangio e veto); © Poder de tributar; ‘© Edigto de atos de carter normativo; © Decistio de recursos administrativos; ‘© Matérias de competéncia exclusiva dos orgies ou © Autoridade Controle: no Ambito da Administragio direta, pre- ‘veem-se: 0 Controle de execusiio ¢ normas especificas: feito pela chefia competente; o Controle do atendimen- to das normas gerais reguladoras do exercicio das atividades auxiliares: organizadas sob a forma de sis- temas (pessoal auditoria)realizada pelos érgios proprios de cada sistema; Controle de apticagte dos dinhelre= piiblicos: é o proprio sisteria de contabilidade ¢ audito- +a realizado, em cada Ministerio, pela respectiva Seare- ‘aria de Controle Interno, 3. ORGANIZACAO ADMINISTRATIVA DI- RETA E INDIRETA Nota-comentirio Por vezes a Administragio Piblica tem sido consi- derada s0b o angulo funcional (ensino piblico, cateta de lixo ete), organizacional (ministérios, secretarias, depar- Nogbes de Direito Administrative (Prof. Sormany Ribeiro) a.Cratva | samentas otal & argrinico-normenive (eomposteao de é- ‘840s em sentido amplo, entidades ¢ agentes ~ cariter multiforme e generalizando, incluindo as estruturas ad- mintsrattias independentes: Tribunals judiciivios, de Contar ¢ Ministério Pitblico ~ permanecem em cada Conjunto orgdnico um micleo de atividades tpicas, que permite caracterizé-lo diferenclélo) A organkeago aamfnisirauva da Unido estd asso- ciada & idéia de estrutura orgadnica, Para melhor atua- $0 da Administragtio reconhece.ce uma divisto vertical omtra horizontal, conforme os seguintes painéis: ‘a Admvinistragao Vartioal: 4 Adininistracdo Direta é formada pelos enies nfo dotados de personalidade juridica, denominados drgaos, aos quais incwnbe fungées de planejamento, coordena- silo e controle. Os drgaos se subdividem em drgdos cen- wrolizados @ drgaos desconcentradus, yue recebem dele. ‘garde daqueles para execucdo de uma determinada fun- ef. ‘Sao exemplos de drgdos centralizados: Presidéncia da Repiiblica, Ministérios e Secretarias. 6 ‘Sao Grgias desconcenirades!: Departamento de Policia Federal, Departamento de Policia Rodovidria Federal etc, Os drgtos piblices sao partes da Administrasa%o, que é 0 todo. Hé drgdos, com amplas ou pequenas di- menses, conforme a sua importéncia na estratura da " Desconcetrao:tenea que leva & dri de aida no ‘imbio de wna mesma pessoa juridin. Nogaes de Direlto Administrative (Prof: Sormany Ribelro) 4. Crlativa Adninisiragio. Ex. Minisiéries © setor de protecala, espectivamente. Os drgios sao destituldas de persanalnde jurtdt- ea, por isso nao tém legitimidade ad causa, seja ativa ‘ou passiva. Nesse caso, a entidade que os agrupa & que detém a referida legitimidade. No caso, a Unido, por meio da Advocacia-Geral da Unido, Néo obsiante, po- diem celebrar coniratos ¢ conirair obrigagtes diversas, dentro das normas em vigor. Eles siio classificados em: tndependentes, superto- res, autonomos e sublternos, Eles podem ser singulares ‘ou colegiados, segundo o mimero de pessoas gue atuam na tomada de decisbes, © Departamento de Policia Federa, um &rgio a= tinomo, dentro da esirutura do Ministério da Justica (érgdo superior), que por sua ver esté subordinado & Presidéncia da Repiblica (érgdo independents). Ocorre ai wma relativa hierarqula. Na verdade essa subordina- gio decorre da relacdo de supremacta existente entre eles. Dai a poder de dar ordens, de controle, de revisito de atos, de decisao de confltos e de coordenaglo. A Administracto Indireta & constcuida pelos enues dotados de personatidade juridiea, denominados entida ddes, aos quais incumbam as fuiches regulamentadoras. ‘Aiscalizadoras, econémicas, financeiras etc. As enidades se subdivide em entidades de direito piiblico e envida- des de diveito prtvado, Sao exemplos de entidades de direito piblieo: au- tarquias ¢ fundactes piiblicas. ‘Sao exemplos de entidades de dirito privado: en _presas piblicase sociedades de economia mista. As entidades da administragdo indiveta integram-se nna estrutura das Ministérios. Atuam por descentraliza- (Wo. Aqui ndo hé hierarguia, mas mero controle ¢ su- parvisdo ministerial, Uma vee detentores de porsonalidads juridica, po- dem ser demandadas ou podem demandar em juizo. Autarquias e Fundagdes Pablicas 1. Essas entidades tém personolidade juridioa de direito piblico, gozam de privilégios fiscals e processu- ais ¢ seus servidores sdo regidos por leis estatutérias, coma a Lei n° 8112/90. 2. As autargutias sdo eriadas por lei specifica e as _fundagées mediante autoricagdo legislative, mas sempre vind a agen Sree do dinate centralicae 3. As demandas judictais de seus servidores em ge- ral sao propostas perante a Justiga Federal, Empresas Piiblicas ¢ Socledades de Economia Misia 1. Siio entidades de direito privado integrantes da administragao piiblica desceniralizud, 2. Nao gozam de privilégios de nenhuma espécle € seus empregades so regidos pela Consolidagdo das Lels da Trabalho. Sie erladas mediante cutortzacdo legislation « desenpenham atividades de natureza empresarial e normaimente com finalidade de obiensdo de lucros. 4. AS demandax crnira us einpresas publica fede- ‘ais so propostas perante a Justion Federal e as contra as sociedades de economia mista junto a Justiga Co- mrt. ‘5S. As demandas trabaihistas de seus empregados, porém, sdo propostas perante a Justiga do Trabalho, 4. SERVIDORES PUBLICOS Nota-comentario Servidores piblicos (civil) sto, em sentido amplo, todas as pessoas fisicas que prestam servigos & Adminis- ‘tagto Direta e as entidades da Administragdo Indireta. Em sentido menos amplo, exclul-se de seu campo os que pprestam servigos és entidades com personatidade juridica de direito privado. Hé, porém, pessoas que exercem atividade publica sem vinculo empregaticio com o Estado, dal, a necess!- dade de se adotar vocdbulo apropriado para designar, de modo amplo, as pessoas fsicas que exercem funcdes na Administragdo Piiblica, com ou sem vinculo empre- garicto, Criow-se « figura do Agente Piiblico Agente piblico & a pessoa a quem se confia, defint- iva ow transitoriamenie, alguma dilvidade do Estado, Geralmeme os agentes exercem fungoes dos orgaos dis- tribuidas entre os cargos de que sdo ttulares. Hd, entre- tanto, casos em que 0 agente exerce uma funcdo sem cargo. Resunindo, agente pitblico & qualquer titular de um cargo ow funcéio pitbiea, porém, 0 corgo ow a fumsio pertence ao Estado ¢ nfo a0 agente que 0 exerce. Esta rnogdo engloba desde os membros dos Poderes (em qual- quer das esferas) até 08 ocupantes de cargos e empregas pibltcos da Administragdo direta dos tres Poderes, os servidores das autarqulas, das fundagdes des empresas ppliblicas e sociedade de economia misia nas distintas Grbitas de governo, 08 concessionirios ¢ permissiond- ros de servigas piblicas, os delegados de fangio ou oft cio piblico, os requistiados, 08 contratados sob locagdo civil eos gestores de negdcios piiblions. A classificagto dos agentes piilices alnda é ponto tormentoso no meio douirindrio, porém, de acordo com 1 tetto anual da Constituigdo Federal, dado pela BC n° 19198 ~ Reforma Administrativa, hem como da BC n° 20/98, os agentes piblicos classficant-se em cinco espé- cles bem distintas: agentes politicos, agentes administra- tives, agentes delegados, agentes honorificos ¢ agentes ceredenciados. 4) Agentes Politicos - ocupam cargos de direedo do Estado nos seus primeiros escalSes, investidos nos cargos, fungdes, mandatas ow comissBes, por nomeacdo, tlaigdo, designacdo ou delegagda para o exereteto de atribuigées constitucionais, dotedos de plena liberdade funcional com prerrogativas e responsabitidade pré- Dprlas. Esses agentes exercem fungBes governamentais, judiclais e quase-judiciats, E rito sto servidores pribli- 7 Nogoes de Direito_ Administrativo (Prof: Sormany Ribeiro) Ed. Criativa | ‘sas, mas sin membros de Estado, com worms expect as para sua escolha, investidura, conduta e processas or crimes furcionals e de responsabilidade, que thes Sto privativos, Ex.: Magistrudus, Membros do Ministo- ‘to Pidblico, Parlamentares e Chefes do Executivo. 4) Agentes Administrativas ~ Sao todos aqueles que Se encontram na estrutura, na base da admintstra- $0, piblica, & disposigdo dos Agentes Politicos para execugdo das determinagées destes. Clasificam-se em: + Servidores Piibllcos em sentido estrito ow Servi- dores Estatutértos ~ 380 0s tewlares de cargo piblico efetivo ou em comissto, sob regime juridico estatuadrio ‘geral ou peculiar, ¢ integrante da Adminisiragao directa, das. awarquias ¢ das fundagdes com personalidade de Direito Piblico. Sendo de cargo efetivo, podem adguirir estabilidade e estarto sujeitos a Pegime peculiar de pre- vidéncia social. Aqul se incluem os servidores civis « 0s militares, + Empregados Pablices ~ sao os titulares de em- rego piblico (nao confundir com cargo piiblico) da Administracdo direta € indireta, sob regime ndo- estatutirio, isto &, regem-se pela Consolidagdo das Leis do Trabalho ~ CLT, por isso sito chamados de “celetis- tas", razdo porgue niio sito aleancados pelo direito & es- tabilidade no servico piiblico e integram obrigatoria. ‘mente o regime gerat da previdéncia social. O modo de aeess0 a0 servico priblico ¢ por concurso om processo seletivo pitblice simplificado, de modo a permitir que to- dos possam partcipar do processa de select, +Contratados ‘por Tenspo Determinaito ~ sto ‘aueles recrutados mediante processo seletvo simpli cado para atender a necessidade tempordria de excepel- ‘onal interesse piblica. As contratacdes serdo feitas por tempo determinado e inprorrogdvel. Sdo submetides a regie espectal instuido na lel que estabelecer os casos da contratagdo tempordria (atualmente encontra-se dis- eiplinada pela Lei n° 8.745, de 09/12/93) e se enqua- diam no regime geral da previdéncta social Os prestadores de servicos piiblicos ¢ ob terceiriza- dos néo se enquadram nesta categoria porque so con- ‘tratados mediante licitagdo. ¢) Agentes. Delegados ~ Sao aqueles que recebem delegacio de servigos ndo essenciais ao Estado, mas de uilidade piblica, assumindo 0 risca financeiro da sua atividade. Ex. Tabelides, Ofciais de Cartério, Leiloeiros Qficiais, Thadutores e Incérpretes juramentados. @ Agentes Honorificos — Sto aqueles agentes que se encontram em situagdo social destacada, recebem in- cumbéncia do Estado para, tempordria ¢ normaimente sem remuneragdo, desempenhar uma atividade piblica, em face da condigdio de honorabitidade do agente. E um murus piiblico (encargo piblico). Bx. Jurados, Mesé- ‘ios, Eserutinados e Tradutores Juramentados. ©) Credenchales ~ Para Hely Lopes Metres, os agentes credenciados “sdo os que recebem a incumbén- ia da Administragdo para representa-ta em determina: do ato ou praticar certa atividade espectfica (paltica cultural, econémica e cientifica), mediante remuneragdo | do Poder Pablico credenciante™ Bx. Embaixadores Ple~ nipotenciérios. Essas trés titimas espécies Wl agenres piiblicos so reconhecidas por muitos dowerinddores como sendo a categoria dos Particulares em colaboracdo com o Esta~ 40, por ser compasta por pessoas que, sem detxarem de Ser particulares. exercem fimcito priblica, ainda que ds vezes apenas em cardter esporédico. Essos doutrinadores classificam-na coma: +Os requisitados ~ sio aqueles que atendem a wm chamado do estado para prestagao de alividade piiblica or prazo determinado. Enquadram-se aqui os jurados, ‘08 membros de mesa receptora ov apuradora de votos, 08 prestadores do servico militar obrigatério, etc. Estes ‘agentes exercem wm munnus piblico; 70s gestores de negécios piiblicos — sto aquotes que assumem a gestto da coisa pitblica perante situa. 60es andmalas, para acudir a necessidades piblicas rementes. Estes agentes exercem um sponte préprio. 0s contratados por locacdo civil de servigos — do agueles que, devido a sua notoriedade e reputagio, Brestam un servico especifico por tempo certo @ deter ‘minado. Por exemplo, wn arquiteto itustre contratado Para constrwir um monument 20s concesstondrios ¢ permissiondrios de servt- +408 piiblicas e 05 delegados de fungho ou oficio piiblico ~ sto aqueles que praticam certas atos dotados de forga furidica oficial, como os servigas notariais e de registro sfort.:236;-CHI88) xdertwacasde srm-ato.administrativn ats Tortzatvo, PODERES, DEVERES E PRERROGATIVAS Aqui, 0 agente piblico, na fangto de Admintstrador Piiblico, deve ser tomado em sentida instrumental, de Conjunto de atribuicdes e prerrogativas, como agente Glico ow administrative, ocupante de cargo eletivo,

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