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D+ UR Soca 15 Kant depois de Duchamp Thierry De Duve* A légica da prética artistica modernista é 0 tema de "Kant depois de Duchamp”. A partir de uma releitura de Critica do juizo, de Kant, em ‘que 0 “isto é belo” do julgamento estético classico é substituide por “isto é arie", so analisadas as ligagdes ocultas entre 0 experimentalismo radical de Duchamp e dos dadaistas e a corrente hegemdnica da pintura modernista A presente investigagio do | etpula de Bucky Fuller em seu jadi, ‘gor, enguanto faculdade de || provavelmente esata foheando 0 ‘dgamentoestico, no esté Whole Earth Catalog & procua de urna “tendo fetta sob o pom de vista forma de da vaio asus eratividade, da formacdo ou cultura do aca” ea seu [ema Agora, relaxe © (gato, sue repuird sou curso no aproveiteo que Jack Burnham dis futuro, assim como for no raqules tempos: “Obvismente,a80 Dpassado, som a ajuda de tais importa mais quem é bom artista ou ‘nvestigacdes ~ Immanuel Kant, (quem ado €; a inca questo sensata 6 Critica do Juiz, Come jé foi compreendido por alguns jovens ~ por que nem todo mundo €7""1 ‘Aqueles eramt 05 tempos, meu caro, ¢ Aqueles eram os tempos, Jack Burnham sabia 8 cangio de cor. Imagine-se agora na Alemenhs, na mesma época. George Brecht, Nam Jane Pai, George Maciunas, Dick Higgins estavam lé mais ‘reqlentemente do que fora de. Eles abragaram com prazet a “sensaia ‘questo de Burnham de que todo Darticipante daqueles happenings, performaces era um artists Fs, ‘Mas, sea América enviara Fluxus para 4 Alemanha,o contextoalemto produziv um artista Fluxus ndo fxatamente igual aos outros. As smanifestagdesestudants, a dura politizao de exquerde, a oposicto ‘fo-parlamentar, a insatisfagio com a soviedade de consumo © 0 Wirtschaftswunder alemto, e, logo, 0 terrorismo Cngiram a paisgem alema Imagine-se um jovem artista ov um jjovem intelectual, um estadantetlvez, not iltimas anos da déeada de 1960 © inicio dos anos 70. (Se voct & da mesma ‘eraplo que cu, deverd se cil). A {Guerra do Vein alasteavase. Se sindt io tnha queimado seu ceificada de lstamento ou seu sutf, pelo menos pensara isto, Talver v8 nko vivesse rem em Sto Francisco, nem em Paris, tas, mesmo astim, © Power Power e 0 ‘Maio de 68 estavam préximos. Fosse seu heréi MeLuban ou Marcuse, 2 promessa de iberdade da aldeit global © Ga sociedade multidimensional pavecia a9 aleance da mo, Voeé gov Fini Hendrix ¢ Janis Joplin, s nto estivesse ocupado construindo uma do petiodo hippie com tons de pessimismo eansiedade,além de Jnsuportivel complexo de culpa, ausente neste lado do Atlinteo, O que nos Estados Unidos era una suave Feedigo do Sono Americano ‘whitmanesco, apenas subliminarmente tad por wins guetra injustae ainda rio de todo perdia, expressavage na ‘Alemanhs como necesidade, das mais ‘oniradiras, de eurae as fridas de va Sociedade raumatizada por seu monstruoso passado. Tal era 0 contexto no qual Joseph Beuys~ ja nlo propriamentejovern quando fundow a Organizacio pela Demoeracia Dieta, ‘po mesmo ano em que Burabam perguatou: "Porque nem todo raundo & ist?” ~ jd havia respondido sim, por fque nio? Até sua morte, em 1986, cle jamais abandonou suas convizedes."O clemento mais importante, para quem colha meus objeto, é mink tese Tundamental: todo see humano € umn atista. Essa é, na verdade, minha contribuigdo pessoal para a "histéria da arto" Aqueles era 0s tempos, meu taco; Bouys ainda nfo havia pisado 0 solo american nem proclamado com Aesdém "Eu gosto du América, @ ‘América gosta de min”. O artista ‘uropen que a América mais apreciava era Marcel Duchamp, cujo siléncio ‘Beuys julgeva exagsrado: Eu o critco porque, no preciso ‘momento em que poderia ter dleservolvido uma teria com base no trabatho realizado, ele se calou. Sow ev, hoje, quent dlesenvolve a teoria que ele poderia ter desenvalvid’ le fs aquele objet (o wri) entrar nomusewe perce que seu detiocamento de um kagar ‘para outro rensformasa em fre. Falhon, enretanta, por nao chegar d conclsdo clara e simples ‘deque todo homen avast’ Atravessando o Atlintico mais una vez, Clentent Greenberg — um desilodido judeu marxista, que apoiava o énvolvimento americana no Vieins, pessimista defensor do modernismo, geauino amante da arte © talver o melhor erltice de arte que a Amétiea jd produziu ~ constataya entio a decadéncia de sua estrela, que perdiao brio no mesmo ritmo em fue Duchamp despontava junto com a nova geragto de artistas, especialmente artistas conceituais, Era incierente a trabalho de Joseph Beuys e ndo ligava a minina para Fluxus. E, com certeza, no furmava ‘maconia €om Jack Butrtam quando ‘eereveu, na mesma 6poea: "Se ‘qualquer coisa ou todas as coisas podem ser intuidas esteicamente, ‘nto qualquer coisa e todas a coisas podem ser intuidase experimentadas stcticamente..Se assim &, parece, Entdo, que ehegamos 2 algo tal como arte em geral: arte que € ov pode ser falizada em qualquer lugar e por ‘qualquer un” {Seria apenas essa minha injusta colagem das questBes que fsz com ave Greenberg parca partilbara mesma ‘opinide que Jack Burnham ~ @ ecologieamentesensivel entusasta da tecnologia, o utopista da dissolugio da arte em vida ede Joreph Beuys ~ 2 ‘ltima relevante e tdgiea enearagso de tadigho rominties alema? Ov hhaverdalgum terreno deseonkecide para ajustaposigio dessas wes firmagdes,cujos autores no poderiam ser mais opostos? A afirmagio de Greenberg & uma das muitas que 0 colocam frontalmente contre 0 que cexemplifica a afirmagio Zeitgeist de Burnham. Nem por um momento, ‘compartlna da “sensate questo" de Burnham que, para ele, tala € ‘stipida, Uma eultara promta para apagar a diferenga entre arte e vida €0 gue ele mais teme, Nao comparitha Jgualmente da conviegio de Beuys de que um atists deve atuas sob ¢teoria de outro atista, Em ver disso, ele teme 4s conseqténcias dos gestos de Duchamp para a prtica, Come Beuys, contudo,¢ que ele aferece a Duchamp um luero tebrieo. A eitagdo cima for extraida de uma passagem de “Seminar One”, que 0 mostra Intando bravamente antes de suevimbir i conseisncia do ‘quanto ¢ incerta a diferenga entre arte © nio-arte,e, por eonsegUéneia, ene artista e aio-arsta® B, naqueletecho, le agradece a Duchamp, apeser de entre partateses, como re se quisesse livrar de sua influéncialetal. Como se hesitagse entce a pergunta de Burnham “Por que nem todo mundo é artista?” a afirmagdo de Beuys “Todo ser humane & artista,” Greenberg Feconhece que qualquer pessoa poderia ser artista, © que, usando suas Droprias palavras, & 0 grande servigo {ecco prestada pelo tipo de arte que Tua para ser avangada’” (Quelquer um que pertenga ~ come eu — A geragto que vivew suajuventude nos tempos do Flower Power e do maio de 68 deve sentic que se referieAquela fantasticaliberacio como "serviga. tebrico”¢ absoltataigdo aos impetos uiépicos que estavain por tris da cconviegdo de Beays eda questo de Burnham. Qualquer um entretanta, que {nhs eventuahmente permaneeido no campo da arts desde entio deve aimitic ‘que 8 wtopins de libersgao dos anos 60 foram mais do que apenas prejcicadas pelos eventos subsequentes, per dea “eoria ter sobrevivide.Alguns esqueceram sua juventue ¢estdo satisfeitos com 0 univers da arte como tle & negdcis, como de costume, Outros estio imersos em nostlgi, sem se ter tornado mais adbios. Ha quem tenba tentado resolver a contradigto entre ormundo e 0 mond da arte combinando seus ideals politica ¢ suse ‘enfativastebicas em ums “teoria critica”, De minha pate, aeredito que argueoiogta, no sentido de Miche! Foucault, €aquilo de que os tempos esto precsando« que o sistema argueoldgico, que deveria apontar pata ‘uma eeeitra pbe-moderna da ‘modernidae, ests preoeupada com o reconhecimenta do “servga tebrien expresso pela recepede de Duchamp nos a 60 ¢ coloca a uopia “somertodos- tistas” em perspectiva mais, albrangeate. A iltima tages est muito alem das perspectvas deste tivo, mesmo assim, pecebo a necessi¢ade de pelo menos indiearaonde 0 levari o Aesejo dos arqueélogos de reslizicls, Os estudantes de 1968, estando nas rans de Paris ov em volta de Beuys, em Dusseldorf, paithavam a erengs fundamental de emancipagio ~ todo poder &imaginaeao!-, de forma alguna riginada dos anos 60, mas to antiga quanto o romantisno alemdo, ou ja, come 2 moderidade em si, Os estudantes de Paris podiam no ser muito conscientes das raizes romintcas se seu movimento, mas Beuys, certament, era Foi Novalis quem primero concebeu a imaginagao como “a mie de toda realidad” e quem afirmou originalmente “Todo homers Aeveria ser artista” Beuys sempre ttivindicou esse legado, assim como o de Holderlin, de Schelling, de Friedrich, ou de Runge. Desleaquelaépoea, 0 impulso viral de quate toda vanguarda ‘utopia moderne tem sido fat de aque a pritica dos artistas profissonais servia para liberar 0 potencial de realizagio artistes presente em cada individuo, comparhado pela raga humana, poteneal cuja base era estttica, mas eujo objetivo era politico, ‘VersBes espictualistase materilats Adaquel utopia, em retrospect, s¥0 bem ‘menos incompativeis do que parecem ruitas vezes, afimam set. Em cada caso, valores paseados tiveram que se shandonados ou destruides, ea at ve ‘que ser reconsderads sob ponto de visa de alguma faculdade presente em 1795, ou até mesmo a seu poorna Os {odos os homens e mulheres, ainda que | Arastas, escrito em 1788-1789. Em seu independente de heranea cultural ou ‘envalvimento liberi com o Fluxus, privlegios socinis,Anove arte deveria | sew ensino militate na Universidade fundarte no sentimentoimediato e na Livee a fandasdo do Partido do {emtogio, em algo alfabeto visual Fstudante Alemlo, na Academia de flementa, ena sntaxe. Como a Dusseldorf, em 1967, 0 Sensibildade estes ea capacidade de | —estabelecimento de um escrtério para a leituca artistic ria se desenvolve, Orgonizacdo pela Democracia Dizeta na Faculdade de sentir ede ler taduziria | Documenta de 1972, em Kassel, Beuys nade expressare articular, Criatividede | fer da criaivdade humara e 49 4a term modermo para esse encontro Principio "Todos so artistas” as bases de faculdades, o mesmo tomo que nko 48 de sua arte, mas também de seu BBeuys transformou em fundamento de insistente proselitismo, Com ele, as | sus doucina:“Homeny/Mulher€ 0 ser verses espritualistase materalstas da Criativo” ele afitmava muitas vezes"O | vtopia moderaainteagiram com grande ‘imo objetivo da ttopin de vanguasda | poder eacismético e bilhante ideologis i ‘vem da premissa "Todos sio artistas” Sobre isso, ndo hd muita diferenga entre | Duchamp, ao contri, nunca foi um Kandinsky ou Mondrian, que eran “Wopico. Nada pederia estar mais. cpiritualistas, Tatlin ow El Lissitzky, | “fastado de aeu modo de pensar do que ‘que eram materalstas. Se se | _s venga na critividade universal. Seu Consideravatnbatedoresexptituais ou tipo paticular de ate, 0 readymade,. | ‘deolgicos, agiram sobretudo como ‘io Surgin nem da crenga, nem da Dedagogos culturas, om a mesma -esperanca de que todos podem ou fudigneia em mente: homem/mulher em | “deveriam poder ser artistas. Em vez feral," lego.” Sea burguesia tinha 80, reconheceu —c bem {ueser dreads por ua evolugto roivelmente—0alo" de que tados Dolitica antes que a eitvidade de raga | _j& tnham se tornado artistas, Dit d | Tuan pudsste ser benads ou se « in veadynide, nip existe mas polls padeae ser denada de lado1em | ~ qualquer dferengatenicaente fazer favor de ma evolu expirtsl preciar arte, Umi sezapagada.essa— baseada nu “nseesidade intron” ¢ tern, oats abeia mio de fpelando pos um senso comm de aualquer privilegio tenicoem saga. ‘anda presente em todos 08 Ab lego A profssd de arta for homens ealere,sermo nos tsvazada Woda sont, $0. ! “ourgueses", determina diferengas que | “aee590 ela do € imitado por alguma so poiteamente envi, mss 89 barren sj sical, soil policamente. Em rerspestoescoths | "Tnaneeia- deduz-e que qualquer ua Tedavaenre das tipes dc bumanismo e | ||pods ser aista se assim a dessic ‘ives. Amos soy afial,a || Como jé suger de diversas formas em t | Dana olin da esl Freee | aps ano; ehe "at no € : wTiberdae,gvaldade Froternade | [uma conseanie do redymede as] fs eranga flocs do Iluminismo, fs condiqao.O readymade apenas ‘Ambos esurpitam pola lina vex nos | evel Se fost para ser interpreted fnos 60. Ames falharam. Joseph Beuys | “como uma promessautpica ~ como oa tin figura egies dessa Buys queria que Tosse se indisporia tredgfo, que emonta to longe quanto | de imediatoconsgo mere. A pritien Cartas sobre a Educagta Exteticn do da arte depois de Duchatn tenderia amen, de Seiler, pobliedo em Ssmplesmente para permissividade ei ee Revi do Mei em Mata Ae EDA UFR“ Smee 86 absoluta ea pritica artstica nto J passaria de um jogo social eujos bdigos e senhas sinaizariam de forma sintomatiea que algumasregras devem substitur o mérer para a plenitude do jogo profissional do artista. Nesse \simulaero profanade da etigueta aristocrdtia, a madera wopie de que “Todos sio artistas” poder ser teaduzida come "Todas sto dindis” Porém, desde que o universo da at, send formado por faceao da classe sé nfo inci o lego no sentido universal do term, até a parddia de utopia se voltaria conta si, também. A Denisa seis eto, uma c ~roeoditicagi, alterativa, ro universo da arte, Ase permanccet fie! & utopia de vanguarda, seria preciso agora como antes, exci “os bourgueses” dos "ligos.”" Impossivel! [AS utopias tém sido abandonsdas eam Alegria e com arrependiment, e, enquanto todo grafiteito pode velamar para si o stanu de artista, 08 Ambiciosos artists se refugarem em ‘uma casta, existe hoje em dia alguém (que aspire ao status dvchsmpiano de de que, quando uma = etenga afirma que “isto € are”, serve ara produzit um trabalho de arte € ara Julgi-o como arte, come ae ta fimiacho automaticamente “vansformasse quem a pram profesional ou leigo ~em “arist.” Em outras palavras, ¢ 2 mora consequéacia lingUistiea do direito {de qualquer um e de todos ~¢ do ever, mas, a esse respeito, hi mais | no pedximne capitulo ~ de julgar 2 | ant como arte, Jlgar bem no fequer erenga nem esperanga; nio & slusto o fato de que s sensibilidade estética ea leiture atistica podem ser desenvolvides. Nenhum jogo social nem senha eodifieads Festringe & propriedade desse status | t2agi Do final dos anos 60 em (que é, no entanto, a auséncia de status). € assim que deve eet. De volta & América do fin! das anos 60 «inicio dos 70, «para o “grande servigo tebrco”, que Greenberg atimou tt sido a influgneia de Duchamp sobre “2 tipo de arte atal que ae exforga para sr avangad.” Birdnico ter que reconhece, dada a resistencia de Greenberg emt relagio Aquele tipo de arte pecibamente, que ele entendeu melhor fo que qualquer outro que aguile que ele denominou arte em gerale arma Ser na maior pate do tempo “abeorvida inadvertia esolipisticamente" & 08 verdade, a mera conseqinein do ato de ue julgamentaestetico moderno & explizade nfo como “Isto belo” Fei), mas sim como Isto € are” (08 do) A triste vergonba de Greenberg & de lguma forma um caso de exeesso conta o qual, sem divida, ele mesmo diffcilmentealgum de seus artigos ao | conte vslesto sags Duchamp, responsbilizando-o por todas as aMligbes do universo da are. Deus sabe ‘ue ele fo eriticado po eto, O que, entretanto, seus dtrtores em gral ‘omitem & como, porque, quando ¢ ‘onde, com que eserupuloes hhonesidad cle também recoahese Duchamp, emborarlutantemente, No inicio dos anos 0, Greenberg, o critic, ‘eansformou-se em podadogo tdrico da estétia. No esforgo de alguma forma pattico de atrair os jovens para o que ‘onsiderava as neceasidades da grande ate, comesou a ensinar edie e, pela primeira ver em sun longa careers, aventureu-seno campo das quests filosétieas,dedicando-te a elas de forma bastante emplrea,citando ‘ocisionalmente Croce, Susanne Langer ‘ou Kant, mas na maior parte do tempo, se apoiando na propria experiznia. Isso alls, o que wansforma em locumentos extraordindrios esses aus, posteriormentepublicadas como Seminars em vies revistas de arte Porque nie tém 9 mmonStono fom toadmico de um tratado, permitem-n0s nvr seus pensamintos, testemunam seus montento de vidas, ansiedades e penstmentos verbalizados, qe ele toca om seus leitores. Em um desses Seminars, afiema: Demonserouse algo gue de fato valia a pene demonsirar. Arte do tipo da de Duchanp mostrou, ‘entdo, o quo anpliada pode ser tt eategoria da experiéncia txttion formal. Embora sempre livesse sida venta, tina gue ser demonstrada para que ides serreconhecida como verdadeira, A dcciplina de cestticarecebeu nova ls Que “nows lua", exatamente? | Dest enido, [dos readymnades ‘de Duchamp] torrourse ais evidente também qe tudo 0 que ‘pode ser experinentao teticamente pode também ser texperinentado enguanto arte Ene resumo, ate exitica nfo aéiserobrepsen, mas coincidem Arte sem estética versus estética sem arte © grande obsticulo para se entender de form epropriada o insight de Greenbers Eo fata de que, em sua dont, 8 sobreposigdo de art e ettiea se define coma "gett": "Fics entfo claro que ‘quando nenum julgamento de valor tettco, nenhum veredico de gosto esth pretene, enti a arte também est Susente, como qualqur ipo de texperincia estetica. £ simples assim." Come vimos no capitulo anterior, as ‘questes no soto simples asi; no i ‘0 sabreto o momento em que os veadyades de Duchamp so ‘econcidos por terem taza & toma no apenas a sobreposiedo, mas 3 perfetacoincidéncia entre as sxperignclasarsica eesttica. AS ‘questdes slo menos simples ainda na medida'em que Greenberg é mais do que ambiguo em suas afirmagbes sobre 0 tipo de experiéncia que um readymade provoea: "Mas 0 readymade de Duchamp | mostara que a difereng entre ate rio-arte no signifi una expeiéncia fechads, mas uma conveneia™ Levando fem consderagao a pop art ex sun pinto a por deseendéncis dos readymade, ele diz que “resulta em hove epi de histria do gosto, mas to em auténtice nove episodio da ‘valugio da ate contemporines,” também atrmando que a pop ert ferecev &sensiblidade da vanguarda “a ‘oportunidede de escapar nto 56 do gosto propriamente, mas do gosto como tal. * ‘A manera de esapar do “gosto exmo ts” resulta em nada mais do gue un “novo episodio na histra da gosto” permanece, ensetanto, engi, As Questbesndo sao simples, certamente, Talvez devéssemos consular Duchamp ‘em vez de Greenberg para obter algumas pists. © préprio Duchamp desconsiderou repetidas vezes a "categoria" £030 ‘quando aplicads escolha de um ‘eadymade: “Essa escolha era baseads numa reagto de indiferenga visual ‘concomitantemente total austacia do bom ou mau gosto..na verdade uma ‘completa anestesa.”"Isso seria simples fe pudéssemos acteditar nel, que nla Epossive. A indiferenca visual absolut € impraticdvel, e Duchamp alia em Sus eseritos muitaspistas que indieam sua eonsidncia a respite. No entanto, quando # qustéo da impossbilidade € omparada ds bases dal imposebilité du fer, «questo do gosto indiferente ou da “beleza da inditerenea!” (em suas plavess),longe de se tomas mats simples, tomas insondavel." Mesmo aeeitando & prmmeiza vist sua afiemacto de que a escolha de um readymace est alm do gosto, como Interpretar“Retite objeto da terca pata entrar no planeta da estétiea"™ fem contraste com "Quando deseobri os ‘eadymades pensei em detencorajat 2 ‘stetica"?® Continuando, em buses do sclarecimento das questBes: “Os neo- dadafstas pegaram meus readjmades © eles encontrar belezaestéties, Alicei-les 0 Porta-Garrafas eo Urinol como desaio,e, agor, eles 0 admiram por sua belezaestdtic, Desde ques dscilina da estiice ‘existe, 0 sentimento da beleza tem sido 8 verdadeieastbstincia do gosto, que, por sua vez, tom partiipada dos Aomiaios em ques estétin legis (outro seria o rein do sublime), Duchamp parcee eoncordae com GGreenbery quanto ao fto de que os neo- dadaisas (nt & 08 pop arts), dmitando 0s readymades por sus “pelezaestétia”,ndo fizeram mate do que abr um “nove episédio na historia do goste.”Eo acordo parece repatir-se ‘quando, clamando pels iniferengs Visual pea sos escolha de umn readymade, ele aceit responsubilidade de ter oferecida& sensibilidade da vanguacda “a ‘oportnidade de escapa nip sé do gosto ene, mas do gosta come i” assim, o enigins permanecs intact: "Retr! o objeto da terra past entrar no planeta da esta No final dos anos 60, esse enigma era bastante obscure e stil pata muitos artistas impregnados da influénca de Duchamp ¢rebelados contis © formalisina de Greenberg, Aqui como no eaptulo anteia,o texto de Joseph Kosuth “Arte dapois da Filosofie, 1969, €oclnane, Conceita foi Fesposta de Kosuth pare gosto e beleza, a separagio ente etéice «are, sun alterativa para a total rebreposgdo de ate eesti em Greenberg! “Enso, ‘qualquer parted filosofs gue lidasse coma ‘beleza e, contequentemente, cam 0 gosto, sora de frm inevitivel obrigada a dscute tab at, esse “hibito'surgin a nogdo de cexisténeia de ligasdo coneeital ent tee esttia, 0 que nto verdadeiro.""Kosuth e Greenberg, no, interpretaram 0 "servigoterico”™ de Duchamp em termos diametalmente ‘opostos, Parece que, em retraspcto, a interpretagdo de Greonberg Ine pernitia confinar sua prdpra extétion no eno da Pinturae esculturs moderniss, enquanto a de Kosuthextabeleceuregras pata muitas das prticas atistest que Susgicam nos anos 60 e que ‘questionavamn as fronterasespetfcas dos mciostradicionais. Para esas pritieas,aalteativa parece ter si 2 Seguin: ou reivindiexmas o terme “arte” para o que fazemos, mas a0 reso da estes; ou reivindicamos a exten, {as so outro name, diferente de “arte” Essa alterativa tem sido demonstada de forma bem-humorads por um esal ‘anadense Tan e Elsie (00 Ingrid) Boxter, que reolveu se denonina, dduchampianamente, ¥-£. Thing Com pony Elessepararai sus pritiea em duns categoria: ACT e ART. ACT signifcando desthedcally Claimed Things (Coisas Consideradas Estlicas), ART, Aestheiteally Rejected Things (Coisas Rejeitdas Esteticaments). (Observe que eles nao eram tio rigorosamente dogmévens quanto Kosuth: ART nko se prod s patie da tejeigh desttica, mas a partir de coisas rejeitadas eseticamente Poéin indicam o problema de form bastante sintométies)* Assim, vamos adota soa ‘nomenclatura para categorizar alguns teabalhos conceituise protoconceitais bem conheidos. Enquanto ART, encontramos tabalhos que provocam = possbilidade de serem categorizados ___.clliiines | cenquanto arte, quando toda e qualquer | ‘qualidade etetien&delesreiada, como Erased de Kooning (1953), de Robert Rauschenberg, Ou Esthetic Mihdrawal (1963), de Robert Mortis, Stavement Word Paintings (1960-1963), de Gene ‘Beery im destes ios repstrando, por exemplo: “Desculpe, esta pinturs sti tempocariamente fora de estilo, | Fechada para moderizagio. Fiquem tentos para reabertra estéties”, ov Burning Snail Fires (1969), de Bruce Navmana, que traz de volta © Erased de Kooning, de Rauschenbees, i que Various Smal Fives, us liveo de Ed Ruscha com fotos que mostram pequenas chamas (um fosforo, uma ela, ef.) era cm sium trabalho de te conceit, a0 qual Naumann decid aesefogo, fotografando a “pequena chara” resultant. Em ends um destes casos, a remocto da (qualidade esttica een parte da questio. © paralelo com a historia da pintara ‘odemista ae tela em branco~ ‘mesmo sua retomada irdnica~ ¢ Obvio. Christine Kosloy, por exemplo, fez pelo cinema o que a tela em branco teva feito pela pintura: em 1967, ela prodzia un trabalbo sem ctlo que ‘onsiatia nom rele de filme 16m Virgem. E enquanto a qualidade sities estava supostamente removid Ge ais objeto, chamé-los de ate era paste da questo. Reivindicando Fegado de Duchamp e seus eadmades, | alguns asta eoneeituais tvidenciaram que aceitvam o fato de. ‘qoalquer coisa (NE. thing) poder ser | fre ge assim Fosse chamada, Ver, pot fexemplo, a declaragto de Don Judd, em 1965: “Se alguém ebsnia ito de act. centio é arte” Tudo gira em toro da Sestdo do nome, O artista concel Tan Wilson, cuja pritiea, considerada ae, era conversir (“eomoaicagio tral") com pessoas sobre art, fexpressava 0 tema muito nitidamente ‘conversa com Robert Barry (amibém artista conceal) IW: O que me chocou fortemente na comunicag0 oral “for que, ao produir algo com ‘qu exteja envolvido equerendo denomind-o arte, yocd tem de thaméclo de arte, para homear qualquer coisa, voce tem hnecescariamente de falar ow tserever name desta coisa, te vocé for surdo-mudo, usar a lingnagem de sna. Bssasséo ‘as ren possibildades. IRB: Ben, voos poderiacoloed- acm determinado lager ¢ ssi, designd-la como arte Como tina galeria de ere, um Inusew de art ou wna revista de IW: Mas esse lugor teria gue ser nomeado..” Enquanto ACT, encontramos tabalhos aque pertencem na maiora das vezes & parte menos erica, potém mais utopiea ta arte conceitual, ov do Fluxus; trabalhos que buscavam produzir ov induc experincia estttica, sem, no ‘entanto,revindicar que devessem ser onsiderados arte ou estar em um ‘ontexto consierado atstice. Eeplaces dessa tendéncia sto as chamades command-pieces 00 instruc- Hlon-pieces, que poderiam set fexecutadas, mas no necessarimente, pelo stista ou por ouira pesson; na Nerdade, por qualquer um, jque, sea Adenominagio “arte” deveria ser retirada do tabalho, x denominagio “artista” ‘deveria também se retrada do autor {esaparecimento da difeenga ence stata enfo-atisiaintegravarse 4 perfeigio no eonteido utbpico dessa fendéneia, popular entre os artistas Fluxus etpieo do peciodo “hippie fumador-de-maconha” (aexperincia avonteee na mente do individuo que xeon a pega; 0 trabalho de “arts” ideal ¢ um tablete de LSD; ete) Desnecessirio dizer, esa utopia estava Aestinada a0 fracasso, pois, a menos que a experidncia em questio seja de Alguie forme registada e comunicads 0 univers do arte, ninguém jamais tonaria conecimento de que "alga tipo de arte que nto quer ser considerada ste" foi produzido, Por 'sso seria aproprado lista exemple de tais command: pieces ¢ instruction de um asta que de fata desaparecew enquanto fale que ndo quis “aconteeer” no tniversa ds arte (mas que Lucy Lippard conseguiu “zesgatar” para seu liveo Sie Years: The Demateriatiation ofthe Art Object from 1966 to 1972). Refio-me & Lee Lozano, cnja Dialogue Piece (1963) aparece, eat sua forma, quase idntca b pti de Tan Wilson (que pestencia de fato 30 univeso da ate). A pera slirecionavarse a ela mesons ‘Ao chamar pessoas, escrever 0x falar para elas, voc8,tlvez, nio hneeessariamenie vise ao objetivo specifi de convidé-las@ aialogarem em seu ate Observe: 0 abjetiva desta pega & conversar, nao produsir uma pera, NBo #30 felis registro, fw anotagses durante as conversas, que exstem Simplesmente enquantosituagées Sociais agradéveis” (Outra pega de Lee Lozano, General Sirike Piece (1965), também utodivecionsda, estende retrada da ddenominagio “arte” ao universo da arte ‘ou, melhor, nto tendo poder para tnt, brientavasse no sentido dese retire fesse contexte Gradual, as determinadamente,evite estar presente as ocasiée in, ofciais ‘undo, relacionadas 20 “aniverso da arte” fim de continuar a investigagao de uma total revolugdo pessoal e piiblica 88 exiba em piblico pecas que reforcen Ideas @ Informagdes relacionadas 3 total revelugdo pessoal epublica Houve muitas dessaspepas: Tape Pieces (1960-1963), de Yoko Ono: (“Ouga som da tera girando/ Absorva som de pedra envethecend”, ete), por txemplo, ov Two Biereiss (1961), de George Brecht Considere un objet. Devomine 2.que do do objeto "our," Some ao objeto, «partir do ‘iro, outro objeto, para formar wn novo objeto e un novo “out.” Repita até gue nd evita mals “outro”: Pegue una parte do objeto esome ao utr," para formar um novo objeto eam nove “ouro.” Repita ‘46 que ndo exinta mais objeto™ (s dois problemas referentes arte onceitaltém sido frequentamente enftizados Visto que, trabalhos de ABT, sio objets, nso podem negar Possui propriedades visusis que os folocam & merce de uma apreiagto estética , 2 08 tabalhos de ACT x80 Ho eoloeados nun eontextoatistico ov comunicados a0 universo da arte, ‘corre o isco, como Greenberg suspeitava, de serem produzidas solipssticamente, senfo inadvertidamente. Sendo assim, contraitoriante depends da inatiuigio a existncia do sempre-repetio esforp0 fe rotirar toda matevialidade visual de tums obra, para comunicer essa retinda so univer da arte em sede considera essa mesma oba,auto- feferencilmente(aitude muito ‘moderist}, como algo que a insttuisao da arte nio pode possuir ou mesmo exibir, Robert Baty, por exemplo, € espciaisa em ter consistentementeeeguido ama cetratdgia quate esguizfitnica, __ i. ividindo sua ate em uma parte mental, | afiema “No que conceme& arte, a8 Piramtentesolpsisa que ado pode em | pinturas de Van Gogh nao valet mais holo sor denominada “ate”, fo que sm pslta™” E, em segunda Confore sus doclaraio de 1969 Jnstncia,podenos nos sen tentados ("Todo gue sei masque nfo estou a consideratoread)made una fade, pensando neste momento = 1:36 da Feeusaroestabelecimente de uma tarde, 15 de junho 1969, Nova logue") | —froneia com Duchatn ou reconbecer uma zelagao com ocontexoarsico | um dima na bases da stra da ite institucional, que busea eta seu €,projetanda retrontivamente nossa poder de eonsiderae "arte" 0 que esth piefeéncia por continue, eter {nibinda, como em sve pega exposto na | tod ent oy, ainda, movimentos ‘Artand Project, de Amsterda, também | antigorto, do dadalsno ein dante Sm 1969; “Ducante a exbighoagaleria | Apenas a“corrente principal tstard fechada” frrscaia una legis rev indcagz0 sees eram os tempos, meu caro Dias | ovoriiio inglés, o produtviana fescnantes, catvanteseiberadores, | rosa, fucionalfooalemio ¢ sas ainda asim, na seqansi, ‘outs, patios da eaten da estéeis. Todos 08 sntomas aponiam ‘miquing, do deonbo industri da para uma nica emesma contadigio, | arquitetra “total”, de fotografia eda ertencente A hatria da ecepeao do) | ftomontage ou ovtas formas de readymade nos anos 60, forlada de | _publiciadee propaganda ~ (périas mancras como 4CT.ou 487; Thovimentos que, apesar de alo se [Fstetco, no sentido de Grenberg, ou | batearm dietamente nai dos fre, node Kosuth; gosto ou conceto. | readyades,formam a corent qe, na ‘Xmencs que essa coneadedo ob ‘ecepeto da historia de ate modern, ‘ntinomia Soja resolvia,extaremos coincide com o qe resulta do Sempre presos vo segvincdilema: 04 | readymade seria igualmente -szreditamos, com Kesut, que os fejeitados. Tal ternative ¢ intlerivel Feadymades de Duchainp "woditearam | nho #8 porque qualguce saludo “araturera da ate de quel Climina metads dos Taos registrados, ‘morfoligica para uma questo de tnas também porque amas tornam 9 funglo" qu “toda are (depo de trabathos de ate indviduats rts de Duchamp) #conecital (em sua uma ieologiae abrem mao do deta sures) porgue area existe do dover de avails pr seus onceitusimente" ou ndo aredtames | priprios méritos. O dilems preci gue a naturera da afte eka sido Clucidado ea antinomia, resolve tnodifieada de algun modo ou que o Nip existe forma de faé-lo~ © jilgameno de gosto, tl como aplicado | nenhuma outa Je avalie a exsténcia, tos trabalos de pinta eseulura to readymade como act integra 2 tmodernistas tanto quanto &arie antiga | Seu pssado asim como a eu futro ~ omo um todo, perdu sevs diet. Seno supond gue "isto arte" ‘endo a principio eatabelecdo Aficmaeio por meio da qul os fronsras em relago a Duchamp, Teadymades form prodszidor, podemos, entetanto iar tentador 2 | expressa um julgament extiic, no Peojtarretoativamente essa nova sentido kantiano, e que santinomia rtureza conceal da arte em seu fem questio én de Kant sobre gosto, passado, a ponto de apagar toda arte reescrta como a antinomia éa arte & anterior Duchamp, o que certamente | “disso que tata titulo deste capitulo, o que Kosuth quer fazer quando {ue € também o deste livro, Reto Men oma Ang EA UFR Spe bt Critica do moderno julgamento estético 1a sua verto do sfeulo 18,8 antnomia do gosto esti no centro da Dialtica do Juizo Eséeo, pega ceatel da Critica Xo Juizo Entice, de Kant, que & por sua veza primeira parte da Criice do Suiza, Assim Kant coloeas a questi Tse. Ojulgemento de gosto nao 4 funda om conceton, pore, se assin fosse,estariaaberto a disputes (decsdes partir de provat). Anitese,O julgamento de gost fundaste en conceitos, porque, de oura forma e apesar te divesidade de julgamentas, fd haveria espaco nem merino ora argumentacio sobre a {questao (rcivindicagao da necessivia aceitacao desse Julgamento por ouros).” Kant define o gosto como "a faculdade e julgar o belo, e sua principal prcocupaeto & com a beleza na natrers {apesar de Kant ter dito cosas Interessantes sobre ate, elas nko sero ‘yatadas aqui) Um jlgamento de goto & ceisencalmente sentimental; m0 cognitive Para distinguir 32 algo & belo ow ‘ao, referimos a representagde ho..29 objeto para cognieao, bras rajeitoe seu sentinento tte prazer ou dor Ojulgamenta de gosto & portant, nao um ulgamenio de cozni ‘consegiténtemente,ndo lagice, ‘nas estiico, segundo o qual fentendemos que seu campo Aeterminante “nada pode ser ald de subjenve™ Tol julgnmento naturalmente se expresss (se explicit 0 que nio , als hecessiri) por meio de alguma irmagio, como “isto & belo”, que ,_sbraprima da arte moder amos denatind jlgnmentesice slissic, Osta formas, ncndo se como “iat 0 mixin asim eee a8 ae perencen ao jeg deat, come “su (pints box podem ser igualmert wade, em deen Ge configs un juigmentaetticn slinico. Comm oreadymade, no entano, STpaogend jolene caticn “isco pes laments ettcn Inderna trea on, como = bse dso tpn & belo” Afinat que ua ensue Sets fe) naa ransom “nae a frase mani se eter de jnlfament este clic de gon, terete 0 design da ple neve A forma paradigmatic pao olga estes modero € fase plo gel fi de neve fr nsdn como un Sabah de ae" Of de “isto Si" sinds gn “iat belo fig similar eleva, dependends fim Gade pve, como ete nose nos opts anteriores, de 9 Jtigantnto se sitar ta convenstes de tiesto ou aaa en queiesA tire do modermi oda ete de ‘angrd pend abana pars Sia, ae extabeloce «gut de significado nos ass samen anileatvor em que apa primer inp jlo opin,» Sessa da abo, De fio ade include desde O Quer padras, de | Coubst, Madame Bora de Fntber. © Fleurs dum, de Banc, at Ofypo, de Matt, Denotes ‘Tihigron de ica, Sopa ds Primer, de Seis Use Foyer, eo eodymades de Dichamp~ fats principe eceide com nigel sto € uel” Em ton eve coon, “ao no € te” exes ec jugar ettieament Cigna ho mares nem mesmo tm jlgnmen!o {spon Ranbes invocades termina teppei ito, dae sentimentos ue Kant considerava incompativeis com o5julgamentos referentes ao belo «a0 sublime, respectivamente. Na teceira Critica, ‘Kant esereveur "Um tipo de flu sorina ¢ineapaz de sor represontada de Seordo com a natura fem destruir todo prazer exten e, consegintemente, & beleza artista, a saber, aquela que causa repugndncia””,B em Observacdes, ele jé havin assinalado: “Nad € tio contaro A beleza como a repugadnee, assim como nada se coloce mais abaixo do sublime do que 0 Fidieulo ® Todos os tabathoseitados ~ teexistom muitos mais ~ fram, poem Subseqentemente consideades obras prima da arte de vanguardae da arte tout cour, e pode-seassumir com eguranga 0 fato de que, mesmo para ns, agora, conservam algo de sua faculdade de despertr um estano seatimento de epugnincia ou de Fidieuo, que perturba 0 prazer do belo ‘0 do sublime. Diant do registo istérico que diz respeito esses easos ciuciais, devernos abandonar Kant, € isso 6 importante para nos ajudar a ‘entender por que 0 regis histérico | spois decisivament (apesar de no provse) ates de que diz “isso € arte", Aplicada a um readymade — ou aun Courbet, umn Matisge,o8 # qualquer | coisa no género-, € um julgamento | esttico, mesmo que no | necesstiamente um julgamento de fosto, No entanto, meste querendo que 0 gosto repousasse sobre o sentimento de prazer ou deapeazer, Kant jamais texcluiy outros sentimentos, i exceio esses dois; no easo de um tabatho dlespertar espagmincia ot ridicule, “sto jg ere” nto pode signyicar “isto & bel.” [Bi todas as demas stuagbes pode |manter esse significado, mas 0 “importante € quo, também agui, “ate”, sein n sent que fr, substi “belo” Aceleitura de Kant, que ser tentada agora epousa em uma s6 hitese: & de a" A palawa “esti” at que a “Sibson aside lope Soe a eat ale oe | Tose. A afitmagio “isto € art” | do se bassiaem conceitos. [Anctese. A afirmasto "so & ste” hasin-se em conceitos, (0, de maneira mais gel e resumids [tose Arte nio 6 conecto [Antitese, Arte & conceit.” ‘Amu excomuahio do formalismo de Greenberg edo conceitualisino de Kosuth bom exorplifca a antinomia quando ‘olocada nesses termos. Apesar de, como ‘eperangosamente afte, ese aninomia fesumie todo odilema ACT versa ART {que detecminou por completo os an08 60, mas lel desdobeéla em seus textos respectvos, Natualmente0formalissno _sustenta ates, eo eonceitualsmo, ‘gnexe Com disse Greenberg ex umn dos Seninars em que staca o"servigo 1eérico” lego por Duchamp «seus pigonos concitualisas: [Nao penso ter sido apreciado uficientementeo fala de 0 Julgamentoesitico, veredcto de ‘got, nZo poder ser provado da ‘mesma forma que dois mats dois so quairo, que a égua é ormada por oxiginioe Iidrogénio, que a terra & redonda, que uma pessoa ‘chamada George Washington fol ‘nosso primeira presidente e ‘asim por diane, Em outras Dpalavras, julgamentoextico 2st fora do émbito do que seria ordinaviamenteconsiderado uma evidénetaobjetiva, Tanta quanto ‘el, Kant foi primeira @ ‘fra (em Critica do Tuiza Estdtice) que julgamentas de balorescice nde sdo passive ide prova ou demanstracdo.e inguin fo eapas de rfat-to, {fosse na prética una fargumentacéo.™ Por out do, segundo Kosuth, ““Comega-seapereeber que a “condi de are” da arte €um estado conceit ‘Agora, ambos, formalists © conceitualistas, devem ter percebida que sustentar un 6 ado da atinonia nto €sufcientc, Greenberg com certeza tinha conseiéncia de que os julgamentos de gosto clamam umn universlidade de ‘assentimento que transforma {ualidede na are m fato aparentemer ‘objetivo, ele também estava conte de que a hstria do gosto est. inimamenteatelada& do meio e suas convenes. Em um confvso artigo de rmesina Soca des Seminars, “Con Taste ‘Be Objective?”, ela de sbbito rome com seu feeqlentementeafirmado, Kantianimo esustenta uma versio histéviea és anitese: JAobjetividade do gosto é ‘provavelnente demonsirada na Dprosencae por meio de consenso | ue aravessa 0 tempo. Endo hi esplicagéo para esta durabilidade~ a que cria 0 consenso~ excet 0 fato de gue soso é, em iltina insténci, Objetive. O melhor gosta, to & ‘aquele que se az conhocido pela ddurabiidede de seus veredictos; nessa durabildade repouse @ prove de sua objetvidade. (Mew ‘cioeiio aqui nBo € mais Inireto do que a propria experiéncia}” Discuti esse trecho e suas implicagdes em eutra oportunidade.” £ suviciente dizer que hi alguma verdade na reivindicapio de Greenberg de que seu argumento ndo seja “mais indisto do ‘que a experitncia em si", i850 se deve ao fato de que o consento 20 Tongo do tempo s6 pode ser “verificado” pelo julgamento estético que 0 sprova, fazendo dessa “vetitiengao" algo mss reflexivo do {que indiret, mas também supriminds sua real objtividade e deixano apenas a relvindicacdo para e consenso objetivo valide.” Esse seria 2 abordagem kantiana de antinori, ‘que Greenberg ndo contegui cesolver, {Ao contrtio, ee, carajosamente, firma: “Teno conscigneia de que arrsco minha vida quando ouso dizer {que vi algo melhor do que Kant"." ra, ele ndo vin, eno fmm, sw argumento & circular: "E 0 registro, a histériado gosto que confirma sua bjetividade, & essa objetividede ‘que, por sua vez, expica sua historia”. Enquanto a cirelaridade € tum problema para o formalise de Greenberg, €2 solugio para 0 conceitualismo de Kort Un trabatho de arte é uma tautologia na medida em que presenta a intone do artista, Isto le estédizendo gue aguele trabalho de arte em particular & arte, 0 que significa |uma defniggo de arte. Sendo ‘assim, o foto de ger arte éuma \verdade a priori Repetinde, 0 que a arte tom em commun com a ligioa ea Imatemtica 60 fato de ser wma ‘awologia: ass, « "iva de frie” (ou “trabatho”) ea arte 30a mesma coisa e podem ser ‘preciadas como arte sem salt {to contesta da arte para verifeagio.! Caro que & fil desconsiderar una teoris que funda sua revindieagao em tua definigdo tautolépice, ji que no se trata de teoria, mas, em ver disso, de poiitioprincpi. Falando filosofieamente, "Arte depois da Filosofia est, de qualquer form, cheia de pontos obscuros: nem seu hegelitnismo invertido, nen seu swittgensteinianismmo emprestada resist a exame nas detathado Pode-se dizer que a confusio mais artante de Kosuthesth entre género fe dscurso logica, que nfo necesita de tefereneisl para comprovar sou valor ent felagao & proposigh, eo wénero cognitive, que equer a designapio de ‘um vefeencial para sua verifcagio. Em ‘esumo, 0 conceitualisme sitplesmeate ignora tee, em sua versio moder, cde antinomi Kantian, ao fazer com que a afirmagio “isto € arte” ande em ireulos, Tanto o formalism quanto 0 conceitualismo permanecem insatisatéios ‘Como Kant resolve sentinomia de gosto? Na tere queremas dizer que 0 Julgament de gosto nio se bastia em conceitos determinadose, na antiese, que jalgamento de goso ébaseado Indeterminado (ds-se do substrato suprassensivel do {Fensineno). Nao ha, portanto controdigdo.” Micali de planing det sequence, iori99s ‘Antes de nos perguntarmos sobre o que Seria esse conceit indeterminada do “substrate supeu-sensvel do fendareno", vamos recordar como Kant ehega& Selugde de aninomia 0 julgamento de gost deve fers a algum eonceita ox ido podera reivindicar ser necessariamente vile para ‘oos..0 jalgameto de gost, contudo, aplicado a objeios de sentido, nas ndo com o abjetvo ‘te determina seu coneeito para entendimento; por isso ndo se confi we julgamento ngnitivo, que é, portato, mero Jnlganento pessoal eprivado, no ‘qual una representoedo singar Inuutivamentepercebide se rofere ao sentinenio de pracer & estarialinitede, quanto a sua Validate, ao ulgamento inde dual. O objeto para enim sn abjeto de satefagao; outros podlerdo considerar de forma bastante diversa ~ cada un fem s2u proprio gosto. [esse trech, Kant primsio apresenta a amttese, depois a tse. Bm segue, no parigrafoabaito ele retora dantvese 2; na kia fase, reapeesent a tse: Nao obstaete, etd sem dvida ‘presente no jedgamento de gosto ‘reeréncir mais ample da representa do objeto (asin como do sueto), sobre o gual baseamos uma série de Julgamentos dese tipo como iecessrias a todas. Na base disso deve haves ecessariament, un conecto,enbora do tipo que nfo potsa ser dererminado por Inui. Por meio de um concelto «assim, enbezanto, nada épasvel ‘aber 6, conteqiéntement, ele to pode ofereerprovas para 0 Julgamenia de gosta? ‘diane, ele aprosenta sua solngto No entano,« contradigdo desaparecefotalnente se offrmo fue ojulgamento de gostoé ‘oscado em um conecita, segundo 0 gual, entetanio, nada pode serconhecido av provade fem relagdo a0 objeto, pore ele & eon sh, indetermindvel init para o conkecinento.dinde que, 29 mesmo tenpo e pelo mesmo Imorivo, 0 julgamento seja veld pora todos... porque sva base dleterninante reponse talves no conceito que poe ser cansiderado 0 substrato supra sensivel da humanidade,*" ‘Asoluglo para a antinomia enconta-se ro coneeitoindeterminad de supra sensivel, recémctado ness du colocagées sobre a tolugdo camo “o substatosupra-sensivel do feadimeno”, ro aspecto dos objeto jlgados,e coma “substatosupre-sensivel da hhumanidade”, quanto as suetos gue julgnn. E bem conhecido dos leitotes da primeitae segunda Crteas a fato de {ue osupra-sensivel nlo € vin conseto deentendimento, mss uma Iasi de ‘azo, Esté alm do senvel, uma vez ue nada pode ser demonstrado ov apresentade de outa forma e comunicado por meio da experigncia Seasivel, epirica, que possa ser Inluido em sua ida. Endo & passivel, de prova ou demonstragio, como #80 as ‘equagdes matemdciess, que tambérn ‘sti além da percepgiainuitiva, mas jque dependem das eategoras e do ‘esquema da pura eompreensB0.O sup Sensivel & dominio ox metho, & terreno ‘limitado, mas tambén ingcessve! alm do sensvel,euja realidad no [pode ser afirmads nem aceite come verdadeia, mas eva necrsidads deve ser postlada, ¢“devemos de fato procncher essa necesidades com iadias"” E, consequentemene, uma As ia transcendental, o que significa ser ~conhecidee econhesida pelo simples fato de ser uma ida, mas una dia necessiria.” B um reqisito da rao, ‘sem o gual se tora impossivel pensat (que anatueza se inttighvel (prime Critica) on que lberdace ica exsta (Gegund Crtica), ou que ao julgamento fe gosto tenha sido permitida reivingiear ~Yalidade tinivera, ainda que seja 0 ‘estado de sentimento meramente hjtivo, pessoal O que o suprax feet ov to do pon ews vorével da tereeira Crtiea, & um Principio que, apesr de subjtiv, nto & Sheramente pessoal, mas compartinado ‘om todos os sereshumanos. Esse “principio subjetivo, que determina o que agrada ou desograds “apenas por meio do sentimento eno por conceit, mas ainda assim com walidade universal" &o que Kant {fdenominou sensus communis, Esse senso ot, melhor, sentimento comum | lo € uma certeza, mas deve ser pressuposto, quer dizer postulado como [te tivéssemos certeza de que & umn [substrate a hu “aro deter constitutive ou simpleamente regulativo nfo pode ser Aeterminado, ass, aseivindieacdo de jolgamentosestticos universais apenas {omprova 0 necessério pressuposto de hum fensus commas: 0 que, por sca ez, nada mais & do que a psépeia. faeuldade de julgamento: \ Bisa norm indeterminade de lum senso comumn é de fato ressuposia por més, como & ‘demonstrada por nossa [protensio de cmitirjalgamentos le goat. Sede fato existe tal [reno comum, como principio [constitutive da possibilidade da lexperiéncia ow te wm principio {upertor de razdo 0 tranaforma fom principio regulador a fim de Drodusir en nds un senso comum com propositos mais ‘levados; 3¢, portanto,o gosto é tina faculdade original Iotural ow a mera idate de uma Jacaldade artificial ainda a ser ‘tdguirida, de maneira que um Jnlgomento de gosto com seu ‘cardter de artentimento tniversal soja de fato apenas tim reguisita da vaza0 pora obter tal harmonia de sentinento; se a necessidade, digo-re, a necersidade objetive da confluéneta do sentinento de (qualquer pestoa com ode todas tr ontras 96 significa a possbiliade dee chegar @ fesse acordo, e 0 julgamento de ‘gosto estabelece apenas um cexemplo da aplicacao desse principio sdo quesides que nto ‘queremos nem podemos Investigar ainda.” (© extraorinitio movimento aseendente do pensamento desse (echo 9 nos leva a nenhum pariso platBnieo de onde poderiamos descer terrae, dogimaticamente airmar a tnisténeia de uma faculdade univers de gosto em conformidade com sua gia. Ao coniriio, este movimento & ctico como um todo quando fnalmente volta terra © Kant asvume a tarfa de investiga as questes anteriormente adiadss, sua dedugdo dos julgamentes de gosto ndo € do mesmo tipo que, digamos, a dedusdo transcen- dental das eategoras na primeira (Critica; & em sium uso reflexive € regulador da faculdade de julgtmento, «que & 0 motivo por que Kant, fprrentemente para sua propria. surpresa,o consider fil Essa dedugdo é,portanto, fc ‘porque nao apresenta heeessidade dejustifiear realidade objetva de qualquer Cconceito, i que a belexe nda é tum concelio do objet eo ‘communis, isto 6, um sentimento Julgancento de gosto ndo & hnecessariamenteassumido como sendo ‘cogiiiva. $8 reafira gue ‘comui atodos of homens e mulheres estamos jusficadae 20 ‘Agora, como sugerido, e se lestemos ressuporuniversalnente emt “arte” onde Kent exereven “0 belo", © {odo homen exsar cnigdes simplesmenterepstdssemos as | nubjerivas do julgomento, que conseqltncias dessa substiuicdo, lencomtramos em ads mesmes. fepriminda toda e qualquer inerpretagio? O suposto sensus Para Kant, entéo, ume ea mesma communis se transfera na facudade de visa denominaressascondigbes Julgar a arte por forga do sentimento subjetivas substrate supra-sensivel da ‘comm s todos o8 homens e muleres, Fhumanidade, um sensus communis ou, O rendymade, ste lev 8 esa letra, sais simplsmente, a faculdade de também spaga toda diferenga entre goto (0 qual mosta, aids que mesmo fazer jlgat arte, de forma gue ‘sem eubtituir gosto por “are, gosto, devemos supor, da mesmo jaito, ue ‘ho sentido kantano, fem abrangéncin ‘isa Faculdade também se torna wins ‘maior do que merament preferéncias © | faculdade de fazer arte por forca do hbitos cultura). Goste, no este ou entimento, O artista eacolhe um objeto aquele gost, mas «Faculdade de gosto, | eo chama deare ou, o que se {que deve set suposta ou postlada ‘quivale, 0 coloea em um contexto gue fenguanto dom natural de todo ser etermina o ato de 0 objeto ser humano, &0 que justifcando a prépria | considerado ate (o que de fato iiversidade (meu “gosto” mio sendo | significa que, mesmo de forma piivada ‘nals universal do queo sev), mas 2 « solipsisa, 0 artista jo denominow ‘evindicagio da universalidade de cada te), Oexpectador apenas repete 0 jalgamento estétice, Ea sluyio de {olgsmento do arbata Quslqver um antinomia deve ser recolocada pode fazer isso; a capacidade eo onhecimento requerides so nulos O principio subjtivo, ow sea, @ acosslveis ao igo, Kant, obviamente, Lbiaindstorminade do eupre ‘nto podera preva esse perfeita sensivel em nds, 36 pode ser coincidéncia entre arte e estétice. Em indicado como a nica chave seu tempo, a produeio artsiea ‘para o enigma dessa faculdade, ‘envalvi de fato aprendizado € fla mesma escondida de nds ent das origens; ndo hd melas de immplieava obediéneisa todo tipo de tomnécla mate insligivel. regras econvengSes, em que havia ‘antinamia aqui apreseniada © ‘expaco pars o julgamento de belezs resolvida hasela-se no conceita Kant, contudo, também estava ‘propriado de gosto enquanta conscente de que seo talento do Jalgamentoeseico meramente arcstaconsistisse meramente em reflexive, eos dois prinepias rmaestia da especialidadee aplicasio tparentemente conftantes se ide regrs estabelecidas,o julgamento reconeliam no ponto em gue | ea beleze (dele, como do expectadon) podem ser ambos verdadeiros,€ no seria live (putehritudo vage) mas frso suficiene dependente (pulehritudo adhaerens) dessas mesma regrase convencdes, [A faculdade de gosto €afaculdade de | | sto €, um conecito determinando a Ujlgaro belo aja na natureza ou na | configuraedo do trabalho de are, A fim arto, Essa faculdade € um seneus | de permit jalgamento livre de gost no fazer antistico, o talento teria que envalver algo mais, algo inconsciente sé mesmo para artista un dom da hatureza, em ver de aquisiggo de clea, por miei do qual o atista Poderiatranscendar ou evtar a8 regres ¢ convenes de seu caminko. Essa “disposigao mental inata (genau) pela qual a natuteza estabelece as Fegeas para ate” era genina.® Para consderarobjetos belo, enquanto tas, requerst o gosto; mas as belas- artes into 6, a produgio desses objetos = demandain genius." i que, com 0 readymade,avalia € produair arte sto agdes condensadas levados a supor que “gosto” e “genio” também se fundeas em ma mestna © tieaTaculdade, (Coloqueiexset terms entre aspas para enfatize, mis uma vez, que estames lidando aqui com as conseqiéncias formals da mera substitugdo de palaveas, alo com seus contetides.) B, uma ver que Kant define génio como “a faculdade das Teles estticas™”, somos levadas a projetar essa definigdo na de gosto, ito 4 faculdade de “julgamentos estéticos ‘meramentereflexivos”. Mas 0 que & final, uma "Idea esttien?™ és, no sentido mais compreensivel da palavra, 0 representagdes referentes a um objeto de acordo com certo rincipio(subjetivo ow objetivo), ‘tal ponto que clas ndo possam {fe tomnar 0 conhecinenta deste Ultima, Referen-se tanto a uma Intuigdo ~ de acordo com 0 principio mreramentesubjetvo dla harmonta das faculdades cognitivas (imaginacdo e eviendinento), sendo atime Mlenominadasesttica ~ quanto a tum conceito = de acordo com wn principio objetivo e seu poder i Jamas forrecer uot Cconhecimento do objeto, sendo enido denominadasldkias racionais.. Uma Tia estetica Indo pode se srenaformar em conhecimenta, porque é wna Intnigdo a imaginaedo) para a qual jamats pode ser encontrado lim concetto odequado. Una dba racional nao pase se transformar em copnict, porque envoive um conceito (40 Suprassensive), 20 ual uma Intuigd0 nao se adequa. A Idsia ‘esidtica deve ser considerada, ‘rcio, uma inapeesentivel representagdo da imaginecdo} 4 Hdéia racionat, por outro lado, un indemonstrvel, conceito de ravto,"* Sendo assim, reler Kant depois de Duchamp, substituind o jul stética quanto a uma “indemonstrvel” [dei racional. (No vorabilicio Kantian apresentével signifies “o que pode ser estabelecid teeicamente", demonsiravel,“o que pode ser mosttado 0s setidos"* B iwi significa peteepeto, uma apresentagao oferecide precisamente aps sentidos no eontexto Deroeptivo,) Basa relitura, por sua vez, lana luz sobre as sporias Ao formalisino ¢ do conceitualismo, Quando Greenberg reconhece a coineidencia de estetia eexperiéncia atstica enquanto grande servigo teérico do tipe de arte recente que Ita | Paeaseravancada, ele acreita na Lda |estetca cujo nome & arte |apresentvel”, mesmo sendo apenas jum incerteza concetual na distingso [entre arte endo-arte.E quando Kosuth FMentfia a obra de ate com sua “idéia fle arte” e essa, por sua vez com arte sm geal, ele acredita na Ida eacional cujo nome é ate “demonstevel” ‘sino sendo apenas vna lospossibilidede de escapar da apresentag formal do trabalho. Ambos sucumbem A mosmajlusto tanscenden- fal, que € aeceditar, como dia Kant, na possibildade de ma ineigdo intelectual. Quanto a Beuys, &© hetdeita dre da tradigao que, comesando com Fichte, avez, ¢ com Holdelin eo jovem Schelling onvidad a decid no apenas seas Dinturasreeusiiseram bela, mas s@ las eram are. A partir desse momento, [era aarte que estava em questo, em vex, ‘de bolezana arte, O iltimo elo daquela ‘otrents, que, no captulo anterior, eu ddenominet hietrin do julgament ethic instiucionalzado, foi o “Rich- ard Mutt Case”, de Duchamp, qu lve simbslio concede 30 Jsigo dieto de produsir are esteticamente, jsto 4 porfoea de um sentimentocuja | corigem 0 que deve ser eonsiderdo com alguna resrigS0, com ceteza~ alo oatinka apenas “gosto” mas também “glnio", no sentido provocativ de gosto repuignantementeplebeu e génio ridiclamente doentio. i Natralmente, esa conjungdo de gosto ‘genio nso sconteceu de repente © ‘nones foteoriznda na forma aqui gorda, enquantorequisito de um Inétodo arqucolegico que procura dar sentido destten kantiana soba luz da histéria da arte subseatente. Iso fi de fata teorizado por polo menos um esteta rmaderno, 2 saber Croce, como corolirio de seu “teorema’"— julgar um trabalho ide are esteticamente 6 “reproduzi-lo em ‘simesma”-,conseqdéncia de sua ‘conviegdo de que a intuigdo © 2 txprestio so uma es mesma cose: A partir deste teorema, fica hiidamenteestabelecido que a atividade de julgemento que fritica e reconkece 9 helo & fdéntea dguilo que a produ. A nica dferenca repousa na ‘versidade das circunstanctos, {Ji que num caso se rata de uma ‘questdo de produedo estétiea © hho outro, de reproducdo. 4 ttividade que juga & denowinada gosto, a atividade odutiva, genius, génio e gosto so, por contegiincta, ~ oD BH “ubstancialmente idénticos.® io me surpreende muito o to de ter Ben’ So Croce, avez ofilésofo de sua geragto mais bem informade sobee a histiia du exttica, quem chegou a esa sologo. No vejo, no entanto, sua feovia tities apicdvel aos readymade de Dochamp. Ela € muite mais interessante enquant indicador de como a eoajuncio dd gosto genio foi ingredient latent ds cultura romantic ede fata compan pasagem do romantismno pra 6 modernism, O que ¬ivel pare olharretrospectivo dos “arqueéloges” 0 fato de quase todos os caminhos Tevarem a Freud, como sea picandise tives estabelecido nada mais do ques teoris do en romintca, of “eomponentes” do que era, desde 0 info, oincanscente eo Wits, ambos ‘aragBes sobre otzma do génio éenguanto algo de que, definitivamente, todos sio doados.A partir do momento ‘em que Schelling sstomatizov a nogto de ginio de Kan, dom da natureza, como nogio de inconsciente poder criti,

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