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1 SERIE — Decreto Presidencial n.* 48/06 ‘de 30 de Outubro Por conveniéncia de servigo: Usando da faculdade que me € conferida pela alinea g) do artigo 66.° da Lei Constitucional e pelo artigo 74° da mesma Lei; Nomeio Domingos Culolo para o cargo de Embaixador Extraordinério e Plenipotencidrio da Repiblica de Angola, no Reino da Suécia. Publique-se. Luanda, aos 23 de Outubro de 2006. Presidente da Repablica, José Epvaxoo pos SaNtos. Decreto Presidencial n.° 49/06 de 30-de Outubro Por conveniéncia de servigo; Usando da faculdade que me 6 conferida pela alinea 2) do artigo 66.° da Lei Constitucional e pelo artigo 74: da mesma Lei: ‘Nomeio Filipe Felisberto Monimambo, para o cargo de Embaixador Extraordinério e Plenipotencifrio da Repiiblica de Angola, na Repiblica do Zimbabwe. Publique-se. Luanda, aos 23 de Outubro de 2006, © Presidente da Repiiblica, José Enuanoo pos Santos. CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.° 80/06 de 30-de Outubro Convindo regular de forma unitéria 0 regime procedi- ‘mental de realizago das operagSes urbanisticas de lotea- ‘mentos, obras de urbanizagio e obras de construsio; [Nos termos das disposigdes combinadas das alfneas ¢) e @) don 2do artigo 68.° da Lei n.* 3/04, de 25 de Junho, da alinea d) do artigo 112° e do artigo 113° ambos da Lei Constitucional, © Governo decreta o segui 131 — DE 30 DE OUTUBRO DE 2006 2159 Artigo 1" — £ aprovado 0 Regulamento de Licencia- ‘mento das Operagdes de Loteamento, Obras de Urbani- zagio e Obras de Construgdo, anexo ao presente decreto que dele faz parte integrante Art 2° — f revogada toda a legislago que contrarie 0 Aisposto no presente diploma Art. 3° — As diividas e omissdes surgidas da interpre- tagdo e aplicago do presente diploma sfo resolvidas pelo Consetho de Ministros. Art 4° —O presente diploma entra em vigor na data da sua publicagao. Visto € aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 5 de Julho de 2006. Publique-se © Primeiro Ministro, ‘Fernando da Piedade Dias dos Santos. Promulgado aos 19 de Outubro de 2006. Presidente da Repiblica, José Eouarpo pos Saxos. REGULAMENTO DE LICENCIAMENTO DAS OPERACOES DE LOTEAMENTO, OBRAS DE URBANIZACAO E OBRAS DE CONSTRUCAO CAPITULO I Disposigio e Principios Gerais SECCAO 1 Princpios Gerais ARTIGO 1+ (Objecto e Ambivo) 1. © presente diploma estabelece o regime geral de licenciamento das operagbes urbanisticas ¢ em particular das operagGes de loteamento e das obras de construgao de edificios em conjugagao com o regime de execusio das ‘operagées ou obras de urbanizacao nos termos referidos no artigo 3.*, sobre os terrenos situados adentro dos perimetros turbanos e que sejam de iniciativa e obra privada. 2, Para além do disposto no n.° 1, podem ser desen- volvidos regimes regulamentares especiais de licenciamento para cada tipo de operacao urbanistica especial, impostos 2160 pela sua particular natureza e circunsténcias relativas & ttu- laridade pablica ou privada dos terrenos ou dos edificios. objecto de operagdes urbanisticas especificas. 3. A regulamentagio especifica referida nos termos do no 2 e para fins de adaptaco do quadro regulamentar as condigdes locais, pode ser feita por meio de Postura do Governo da Provincia ¢ pelos érgaos autarquicos dentro dos limites conferidos pelos respectivos poderes regula ‘mentares, previstos nas leis aplicaveis. ARTICO 2" (Principio gerals) ‘Sio aplicéveis a0 licenciamento urbanistico as normas € prinefpios gerais do regime de solos urbanos e do planea- mento urbanistico em geral, e em particular os seguintes: 4) natureza pablica da fungio de urbanizagio; +) coexisténcia das iniciativas piiblica e privada de cexecugio da fungio de urbanizago, nos termos da lei; ©) prinefpios de licenciamento e planeamento urba- isticos: 4) diseito & informagaio; ©) principio do trato sucessivo. ARTIGO 3 (Fungo psbtca urbanistca) 1. A urbanizagiio dos terrenos como operas de orde- amento territorial constitui uma fungo publica do Estado crujos encargos sfo por ele suportados, sem prejuizo do dis- posto nos niimeros seguintes em matéria da sua execugio. 2, Aexecugao da fungio de urbanizagao ou das obras de urbanizagio previstas nos planos urban{sticos ou em instru- rmentos supletivos, pode ser de iniciativa pablica ou privada segundo 0s diversos sistemas de execuglo dos planos urbanisticos e respectivas operagdes de urbanizagao, previs- tos ¢ regulados pelo Regulamento dos Planos Terttorizis Urbanisticos e Rurais, designadamente: 4@) sistema administrativo ou de obra publica; +) sistema de concessio urbanistica ou de obra pri- vada; ©) sistema de concertagio urbantstica ou de obra mista, 3. As operagSes urbanisticas de loteamento de terrenos do Estado, das provincias ou das autarquias locais e de cobras de urbanizago por iniciativa piblica, esto, por ‘natureza, dispensadas do licenciamento previsto no presente regulamento, ‘DIARIO DA REPUBLICA 4. Os terrenos do dominio privado do Estado, das provincias ou das autarquias locaisloteados por iniciativa piiblica nos termos don." 2, deste artigo, podem ser vendi- dos a terceiros ou concedidos direitos de dominio itil ov de superficie sobre eles, nos termos da Lei de Terras, para fins de obras de urbanizagio e de construsio de edificios 5. As obras de urbanizagio por iniciativa privada ou ‘mista, seja por concessio urbanistica seja por concertagao, urbanistica, esto sujeitas & licenga, que pode ser auténoma, ‘ou conter-se implicita ou explicitamente nos contratos de ‘concesso ou de concertagdo urbanistica celebrados com as, ‘competentes autoridades publicas urbanisticas e que pode abranger na mesma licenga as operages de loteamento e de construgio de edificios extensivamente compreendidos na cconcessio ou concertagao urbanistica. ARTIGO 4° (Principle do lcenciamento) © licenciamento das operagées de loteamento de ter- renos urbanizaveis de propriedade privada, ou de direitos de dominio til ou de superficie concedidos pessoas de direito privado compreendidos nos perimetros urbanos bem. como as operagies de construgio de edificios nesses mes- ‘mos terrenos ou lotes, rege-se pelo presente regulamento, sem prejutzo das normas aplicdveis do Regulamento Geral dos Planos Territoriais Urbanfsticos e Rurais. ARTIGO 5° (iret d nformagio) 1. Sem prejufzo do disposto na lei de acesso 20s documentos ou processos administrativos © passagem de certidées, no prazo de 40 dias a contar do pedido, qualquer ‘pessoa interessada tem direito a ser informada sobre a situa ‘lo jurfdica e urbanistica de terrenos, bem como sobre 0 Estado € 0 andamento dos processos de licenciamento de operagées urbanisticas, designadamente de loteamento e de obras de urbanizago que se relacionem directamente com 0 seu pedido de licenciamento ou com 0 interesse na compra ou alienago de um terreno loteado ou para lotear. 2. O pedido de informagio deve incidir sobre elementos de facto ou de direito que possam limitar ou condicionar 0 licenciamento de operagSes urbanisticas, devendo o reque- rente detathar os elementos visados e identificar 6 local da situagio do terreno, prédio ou construgo, juntando planta & scala minima de 1:500. SERIE — N° 131 — DE 30 DE OUTUBRO DE 2006 ARTICO 6" (Principio do trate sucesivo) 1. Para o licenciamento de uma dada operago urbants- tica € necessério que se tenham previamente ou simulta- nneamente licenciadas as operagées que Ihe devem antece- der na sequéncia l6gica e técnica do processo de urbaniza- $80. 2. Para além da prioridade das operagées de prévia clas- sificago dos terrenos urbanos, que devem conter-se nos planos urbanisticos ou instrumentos supletivos, as opera- ‘des de loteamento devem preceder As operagées de urbani- zaglo e estas, As obras de construgiio dos edificios. 3. 0 disposto nos mimeros anteriores nio prejudica que ppossam ser feitos simultaneamente pedidos cumulativos de ‘operacdes de loteamento, de urbanizagio e de construcio a realizar sucessivamente. ARTIGO 7° (Operacies urbanisticas¢ obras suetas icengaurbanstica) 1..Nos termos do disposto no artigo 4.°, esto sujeitas a licenciamento a realizacao das seguintes operages urbanis ticas, de iniciativa privada: 4) operagies de loteamento; +) obras de construsio ou edificagdo em geral; ©) obras de alteragao fundisria e as obras de remode- Jago de terrenos em rea nfo abrangida por ‘operagio de loteamento ou plano de pormenor; 4) obras de alterago estrutural, interior e exterior dos edificios; «@) obras de ampliago em edificios classificados ou simados em zona de protecsio do patriménio arquitect6nico e imobilidrio; A) obras de demoligo; 48) operagdes de desocupagio forgada fundada em degradacdo ou risco de ruina do edificio; 1) obras de reEonstrugio ou reabilitago; 1 as obras sujeitas a Ticenciamento, por mencio expressa dos planos urbanisticos municipais; 4) as demais operagbes urbanisticas nio isentas de licenga como tais definidas pelos planos urba- Aisticos © regulamentos provinciais e munici pais urbanisticos, para efeito de controlo pela sujeigao a licengas ou autorizagdes administra tivas. 2. As operagdes de loteamento s6 podem ser licenciadas quando incidam sobre éreas ou terrenos classificados como turbanos ou urbanizéveis ou contidos em perimetros urbanos 2161 ji definidos ou abrangidos por novos centros urbanos pre- vistos nos planos urbanisticos ou seus instrumentos suple- tivos. 3. O licenciamento das operagies de urbanizagio, pre~ vistas no n.° 5 do artigo 3.°, para além dos requisitos gerais de estruturagio fundidria definidos pelo planeamento turbanistico ou seus instrumentos supletivos, esté sujeito aos seguintes requisitos: 4) aprovasio prévia do loteamento relative & érea de implantagdo da obra de urbanizagao; 'b) normas téenicas relativas aos projectos das obras de urbanizagao; ©) compatibilizagio dos custos das ‘obras propostas com as capacidades financeiras da_adminis. tragio municipal em que se situa a érea urbani- zada, ou em alternativa garantia prestada pelo titular dos direitos sobre os terrenos visados, de comparticipagio nos custos, aceite pela autori- dade licenciadora através de correspondente procedimento convencional de concertagio. 4. O licenciamento das obras de construgio de novos edificios esta sujeito aos requisitos gerais da aprovacio © realizagdo prévia de operagBes de loteamento e das obras de urbanizago, bem como aos demais requisitos especiais, constantes dos regulamentos gerais ¢ especiais de edifi- cagio e suas regras técnicas de construgio aplicaveis. 5. 0 licenciamento dos demais tipos de operagdes pre- vistos nas alfneas ¢) aj) do n.° 1 deste artigo é regido pelas disposigdes comuns do presente regulamento e pelas dis- posicées dos regulamentos especiais que forem aprovados ‘nos termos do n.° 2 do artigo 1.° ARTIGO 8+ (Operasées urbuniticasientas de lcensa urbanstia) 1. Néo estio sujeitas a Hoenciamento urbanistco as seguines operaées urbanstcas: 4) todos 0s tipos de operagbes urbanistias de rba- nizaglo, lteamento e constgSo, de iniciativa publica sobre temenos do dominio privado ou Piblico do Estado, das provincias ou das auta- quia locas e cua relizagio se destina 8 pros- secugio de fins de interes pblico; 2) todas a operages urbanistias que incidam sobre terenos dos pariculaes, e que por razSes de interessepabicourbanstico, podem ser impos tas por inicitiva pblica, ou realizadas por pro: cedimentos de concerugio, desde que previstos 2162, ‘nos planos urbanisticos ou em instrumentos supletivos © cumpridas as normas legais apli- céveis. 2. Para efeitos do disposto na alinea b) do n° 1, sio ‘operagées urbanisticas de interesse publico urbanistico designadamente, as seguintes: 4) fixagdo e alargamento dos perimetros urbanos; +) classificagéo dos terrenos urbanos, urbanizaveis e de construgo; ©) concessio de foral; 4d) a criagdo de espacos verdes ¢ ajardinados pabli- ©) fixagao de zonas de defesa e controlo urbano; ‘) loteamentos para instalagio de servigos piblicos; 8) loteamentos para novas habitagGes de realojamento de populagdes de reas sujeitas a operagses de /h) operagies de realojamento de populagses; 1) arborizagio, defesa e requalificagio ambiental urbana; 4) 48 operagies urbanisticas impostas pelos planos urbanisticos. 3. Estdo ainda isentas de licenga: 4) as obras de conservasio; >) as obras de alterago no interior de edificios nfo classificados, ou suas fracges que no impli- quem modificagdes da estrutura resistente dos eUificios, das cérceas, das fachadas e da forma dos telhados; )0s destaques de uma parcela de terreno ou prédio ‘com descrigtio predial que se situe em perimetro ‘urbano, quando a parcela destacada confronte ‘com arruamento piiblico, ou a parcela a destacar ccontenha edificio ou vise edificio que disponha de projecto de construgdo aprovado ¢ constitua ‘uma unidade edificada auténoma; 4) as operagoes de Foteamento e de urbanizacio cuja realizagdo, ainda que por iniciativa privada, esteja j4 consagrada em planos de pormenor; @) as operagdes de urbanizagio, cujo licenciamento esteja ja compreendido por licenga do lotea~ ‘mento que no tenha caducado, 4. A isengio de licenga ¢ de consequente emissio de alvaré, prevista no n.°3-ndo dispensa o pedido e obtengio dde mera autorizacao da autoridade licenciadora, que € con- cedida, a pedido do interessado, mediante mera comuni- ceagio do inicio de uma qualquer das operagées previstas nas alineas a) a ¢) do niimero anterior. ‘ DIARIO DA REPUBLICA ARTICO 9° (Loteamento e érea minima edifcive) 1. Para efeitos do presente regulamento, entende-se por loteamento a operagio bisica de estruturagdo dos solos urbanos que consiste na divisio, simulténea ou subse- quente, de um ou mais terrenes situados nos perimetros turbanos, em unidades auténomas ou lotes destinados & coustrugio de edificios e outros aproveitamentos urbanisti- £08 conexos ou distintos, com a correspondente alteragdo 4os direitos que sobre eles incidem, de acordo com as direc- tivas dos planos urbanisticos, ou na sua falta, com as direc tivas emitidas pelos competentes érgios autérquicos. 2. Cada lote deve ter uma érea minima edificével, fixada pelos planos urbanfsticos ou, na sua falta, por Postura do Governo da Provincia, de acordo com a natureza e fins do tipo de lote previsto e com os padrdes técnicos urbanisticos de edificagao prevista para o mesmo, 3. Sio proibidas e nulas e de nenhum efeito as vendas de fracgdes ou lotes de terrenos situados dentro dos perimetros urbanos, cuja autonomizagio nao tenha resultado de uma ‘operagao de loteamento previamente licenciada. 4. As operagées de loteamento irregulares por falta de licenga feitas antes da entrada em vigor do presente regula- ‘mento podem ser regularizadas nos termos das normas tran- sitérias, ARTIGO 10° (Cassieaso dos totes) 1. Os lotes resultantes das operagdes de loteamento, cconsoante 0s fins especificos de construsio a que estio des- tinados, podem classificar-se em: 4) Iotes habitacionais, quando visem a construgio de edificios destinados exclusiva ou predominante- mente & habitagdo, € como tais sujeitos a0 regime especial respectivo; +) lotes comerciais € de servigos, quando visem a construgio de edificios destinados exclusiva ou predominantemente & instalago de estabeleci- ‘mentos comerciais ou de outros servigos priva- {dos ou piblicos e como tais sujeitos ao regime especial respecti ©) lotes industriais, quando visem a construgio de edificios destinados exclusiva ou predominante- ‘mente & instalagdo de estabelecimentos indus- triais © como tais sujeitos @ regime especial respectivo; no 4) lotes turisticos, quando visem a cofstrugio de edificios, espagos e outras estruturas de uso ‘comum destinados exclusiva ou predominante- 1_SERIE — N"131 — DE 30 DE OUTUBRO DE 2006 mente A instalagio de estabelecimentos hote- leiros e turisticos e como tais sujeitos ao regime ‘especial respectivo; 6) lotes-jardim, quando visem a implantagio exclu- siva ou predominante de espagos verdes e estru- turas de lazer, protecgiio ambiental ¢ conexo uso colectivo, como tais sujeitos ao regime especial respectivo; ‘J lotes mistos, quando visem a construgio de edifi: cios destinados a pelo menos dois fins dife- rentes, porém, compativeis segundo as normas do planeamento territorial e do ambiente. 2. Os lotes para construgées com fins habitacionais, turisticos ou outros podem classificar-se, em razio do regime de ocupagio e uso singular ou conjunto, nos seguin- PP testipos: 4) lotes singulares os destinados & construgo de um Uinico prédio, como tal, para os presentes efei- tos, considerado unidade edificada indepen- dente, ainda que com fracgSes auténomas em regime de propriedade horizontal, destinada 20 uso individual, unifamiliar, de uma Gnica enti- dade titular, ou dos titulares das fracgbes; ) lotes condominiais, os destinados & construgao integrada ou agrupada no respective espaco, de dois ou mais prédios de um ou mais fogos, ainda que em regime de propriedade horizontal, mas que ficam, como unidades edificadas auténomas, sujeitas 20 regime condominial integrando vias, espagos, muros, vedagdes & infra-estruturas urbanisticas e outras proprias de acesso, uso comum e administrago conjunta, nos termos da legislagao regulamentar dos con- dominios fundidrios, urbanos e rurais. 3. Consideram-se aldeamentos turisticos 0s lotes condo- ‘miniais destinados & construgio de vérios edificios turisti- ‘cos, quer de moradias de uso individual, unifamiliar, quer de estabelecimentos hoteleiros e de restaurago, quer de apartamentos turfsticos, com vias, espagos verdes, muros, vedag0es e infra-estruturas urbanisticas e de lazer proprias de acesso, uso ¢ administrago comum ou conjunta, como luis sujeitos ao regime de edificago especial respectivo e & legislasio turistica. 4. O regime de cada tipo de lotes previstos nos nimeros anteriores € objecto de regulamentagio por decteto executivo conjunto das reas que superintendem o urbanismo e ambiente, obras piblicas e da érea de actividades sectoriais implicadas pelos fins visados pelas construgSes. 2163 CAPITULO TI Processo de Licenciamento Urbanfstico SBCGAO 1 Disposigdes Geras ARTIGO 11 mbit) 1. 0 processo de licenciamento compreende: 4@) procedimentos comuns; ) procedimentos especiais. 2. Os procedimentos comuns aplicam-se aos pedidos de licengas de todos 0s tipos de operagdes urbanisticas, desi ‘nadamente, a operagSes de loteamento, as obras de urbani- zagio e as obras de construgo, que sejam realizadas em ‘eas de terrenos urbanos dotades de planos urbanisticos ou de instrumentos supletivos. 3. Aos pedidos de licengas de operagdes urbanisticas a realizar em areas situadas em perimetros urbanos, nio, dotadas ‘de planos urbanistjcos ou sob outras situagdes especificas, aplicam-se os procedimentos comuns quanto as ‘matérias de natureza comum ou ansloga, sendo aplicaveis 6 procedimentos especiais adiante expressamente previstos, para as demais diferentes matérias especificas. ARTIGO 12° (Pedidoe instragio) 1. O licenciamento de qualquer operagdo urbanistica € em particular de operagées de loteamento, de obras de urbanizagio e de obras de construc ¢ requerido consoante © tipo de direito fundidrio que incide sobre o terreno, com- pativel com a natureza da obra objecto da pretensio: 4) pelo proprietério do prédio, terreno ou construgo ‘objecto da operagdo ou obra, nos casos em que se trate de propriedade fundisria plena: +) pelo titular de, designadamente, dominio ti, direito de superficie ou direito de ocupagio precéria sobre 0 terreno objecto de loteamento, de obras de urbanizagio ou de obras de construgiio ¢ de remodelagio. 2. Orequerimento deve ser instrufdo impreterivelment, com os elementos definidos como obrigatrios por Posturas dos Governos Provincias, em fungéo de cada tipo de ope- ragao urbanistica, ¢ facultativamente pelos demais elemen- tos que o requeente achar conveniente 264 3. Nos casos de pedidos exclusives de licenciamento de ‘obras de urbanizaco a autoridade licenciadora deve deter- ‘minar ¢ notificar: 4) 0s requisitos e caracteristicas técnicas de execugao. {das obras de urbanizagio e de construgdo: +) 0 montante da caugio a prestar para garantir de boa e regular execucdo, que poderé ser prestada por fianga bancéria; 6) as condigdes que devem constar do contrato de concessio urbanistica. ARTIGO 13 (Teemo de responsabilidade) 1, O requerimento inicial ¢ sempre instruido com decla- ragGes dos autores dos projectos e dos directores técnicos das obras, das quais conste que foram observadas na elabo- ragdo dos mesmos as normas legais ¢ regulamentares apli- céveis designadamente as normas técnicas de construgdo vvigentes, bem como a garantia da conformidade dos mes- ‘mos projectos com as normas dos planos municipsis ou {nstrumentos supletivos equivalentes. 2. $6 podem subscrever os projectos os técnicos habili- tados ¢ inseritos em associago de natureza profissional legalmente constitufda e reconhecida, e que facam prova da validade da sua inscrigo ao tempo da declaracio. 3. Os técnicos cuja actividade ndo esteja inscrita em associagao profissional reconhecida, podem subscrever os projectos para os quais estejam adequadamente habilitados ‘nos termos que forem regulamentados, em fungdo do tipo e grandeza de obras, ARTIGO 14 (ublicidade do requerimento) 1. O requerente, no dia seguinte a entrega do requeri- ‘mento, publicita 0 seu pedido através da afixacdo, no edifi- cio ou terreno objecto da operagio em causa, de um aviso contendo a identificaga da natureza e do tipo da operagéo urbanistica requerida, e no caso de loteamento, a espécie de Toteamento visado, a menglo expressa de que o loteamento rio se acha aprovado, bem como o niimero do processo de licenciamento. 2. O aviso deve manter-se no local, de forma bem visf- vel do exterior do prédio ou terreno, até & emissio da licenga urbanfstica, sendo imediatamente substituido pela forma de publicidade de licenga prevista no presente regu- lamento. 3, © modelo do aviso é aprovado e publicado por Postura do Governo da Provincia. DIARIO DA REPUBLICA 4, No prazo de 30 dias a comtar da data de afixagio do aviso previsto no n. 1, qualquer interessado pode apresen- tar reclamagées ou solicitar informagées a autoridade licen- ciadora, ARTIGO 15° (Pedido comulatvo de icengs de lteamento, ‘urbanlzago€ construct) 1.0 interessados podem formular pedidos cumulativos. de licenciamento de operagées de loteamento, de obras de urbanizaglo e de obras de construgio desde que satisfagam (5 requisitos gerais, especiais e técnicos requeridos para cada um dos respectivos projectos, nos termos das dis- posigdes do presente regulamento e dos regulamentos, locais, 2. Nos pedidos cumulativos deve ter-se em conta, com as devidas adaptagbes, a diferente apreciagio de cada pedido em raziio da natureza de cada tipo de operacao requerida, sem prejuizo da apreciagio simultinea das trés, ‘operagaes requeridas. 3. Os pedidos cumulativos de licenciamento so parti- ccularmente aplicdveis aos casos em que as partes interes- sadas se propéem exccutar a8 operagées de urbanizacio, por contrato de concessio urbanistica ou de concertagao urbanistica. ARTIGO 16° (Atordade Hienciadora) 1, Para efeitos do presente regulamento, considera-se autoridade licenciadora urbanjstica 0 Govemnador da Provincia em cujo terrt6rio se situa 0 terreno ou prédio, objecto de um processo de licenciamento urbanistico. 2. © Governador da Provincia pode delegar os seus poderes de licenciamento urbanfstico no Vice-Governador ‘ou no responsdvel pela érea de urbanismo, com a faculdade de ser subdelegada na autoridade municipal territorialmente ccompetente para administrar © municipio da localizagao do terreno ou prédio em causa. 3. A autoridade licenciadora deve fixar prazos razoaveis, de acordo com o equilfbrio de interesses das partes publica c privada, para a realizagio das diversas diligéncias previs- tas ao longo da tramitag3o processual, sempre que 0 pre sente regulamento no os fixar expressamente. vel com as 4,0 disposto nos niimeros anteriores € aph devidas adaptagées a legislago que venha a definir as com- peténcias das autarquias locais em matéria fundiéria e de planeamento urbanistico. v 2 1 SERIE — N° 131 — DE 30 DE OUTUBRO DE 2006 2165 ARTIGO 17° (Aprecagio lana ¢ saneamento processual) 1. A autoridade licenciadora competente aprecia e decide sobre as questdes formais ou outras prévias que pos- sam obstar ao conhecimento do mérito do pedido, quanto & legitimidade do requerente ea regularidade formal do requerimento, indeferindo liminarmente 0 pedido se 0 Fequerente for parte ilegitima e nfo tenha apresentado prova dos seus direitos fundisrios, ou apresente deficiéncias insupriveis, Nee ‘ou sandveis, ou quandd forem necesséirias c6pias adicionais, o rues € ated pure 0 pele apeeta eee geet on reece flan sob yn ites Boe ARTIGO 18° (rocedimento de informagéo prévia © consults) 1. No caso de o pedido nfo ter sido liminarmente inde- ferido, é aberta uma fase de andlise do processo e de con- sultas as diversas entidades que participam do processo do planeamento territorial e da protecsio do ambiente, para que prestem informagées ¢ se promunciem em termos da existéncia de eventuais servidses administrativas ou restrigdes de utilidade publica ou de defesa da paisagem, de valores do patriménio histérico e arquitecténico, de conser- vagio da natureza, que 0 tipo ¢ localizagio da operagio urbanistica possa lesar, 2. A nio recepgio do parecer das entidades consultadas dentro do prazo de 30 dias a contar da recepgio do pro- ‘eess0 equivaleré a ticito parecer favordvel. ARTIGO 19° (Apreciagio de pees de loteamento« obras de urbanizagdo) A apreciagio dos pedidos de loteamento ¢ de obras de urbanizago deve incidir sobre a sua insergao e conformi- dade com os planos urbanisticos, medidas preventivas, érea de desenvolvimento urbano prioritério, érea de construgzo prioritéria, serviddes administrativas, restrigées de utiidade piblica e quaisquer outras normas legais ¢ regulamentares plicaveis & integragio urbana e paisagistica, bem como aos tipos de lotes propostos em fungdo do respectivo destino de edificagao. ARTIGO 20° (Apreciagio de obras de construgio, instragdo terms slteriores) 1. A apreciago dos projectos de obras, construgdo de Cdificios novos incide sobre a sua insergio em conformi- dade com os planos urbanisticos, medidas preventivas, érea de desenvolvimento urbano priortério, rea de construgio, prioritéria, servid6es administrativas, estrigdes de utilidade ppiblica e quaisquer outras normas legais e regulamentares aplicdveis & fachada exterior e & insergdo urbana e paisagfs- tia das edificagdes, bem como sobre o uso proposto, 2. Para a apreciagio da insergo urbana e paisagtstica deve ter-se em conta a preexisténcia de loteamento apro- vado e executado, e de terrenos jé urbanizados ou no, a ddimensio formal funcional do ja edificado e do espago. pablico envolvente bem como as infra-estruturas existentes, e previstas, 3. A autoridade licenciadora deve deliberar previamente sobre o projecto de arquitectura, no prazo de 30 dias conta- dos da recepgio do pedido, ou do ultimo dos pareceres solicitados nos termos do regime de consultas e informagio prévia. 4.0 interessado deve requerer a aprovagio dos projec- tos das especialidades necessérios & execuglo da obra de construgio no prazo de seis meses, protrogével por uma 56 ver, a contar da notificacio do acto de aprovagao do pro- Jeeto de arquitectura, caso.néo tenha apresentado tais pro- Jectos em simultneo com o requerimento, 5. A falta de apresentaco dos projectos das especiali- dades no prazo previsto no niimero anterior implica a caducidade do acto que aprovou 0 projecto de arquitectura ‘© o arquivamento oficioso do proceso de licenciamento, 6. As consultas As entidades impostas pelas demais dis- posigdes legais devem ser promovidas no prazo de 10 dias, 8 contar da apresentagio dos mesmos projectos, ou da data, da aprovagio do projecto de arquitectura, no caso de o inte- ressado os ter apresentado em simultineo com 0 pedido inicial, 7. As declaragdes de responsabilidade dos autores dos projectos das especialidades que estejam inscritos em asso- ciaglo pibica constitem garantia bastante do cumprimento ddas normas legais e regulamentares aplicdveis aos projec- tos, salvo declaragdo expressa em contratio, ARTIGO 21 (Apreiagi de pedidos de outras operagées urbanites) A apreciaggo dos peidos de licenciamento de owas, operagées urbanisticas aplicam-se, com as devidas adap- Lapses, a dsposigdesprevstas nos atigos 19.° 20° 2166 AgriGo 22° (Suspenso do process) [Nas dreas a abranger por novas regras urbanisticas cons- tantes de planos municipal ou especial de ordenamento ter- ritorial ow @ sua revisio, os processos de licenciamento ficam suspensos a partir da data fixada para o inicio do perfodo de discussao publica ¢ até & entrada em vigor do plano territorial em causa, ARTIGO 23° (Decisio final) 1. Cabe, nos termos do artigo 16°, 8 autoridade licen- ciadora competente em razio do territério da situagio da operacio urbanistica, proferir a decistio de deferimento do pedido que consubstancia a licenga urbanistica requerida. 2. © acto de deferimento da licenga deve fixar as con- digdes em que 08 direitos por ele constituidos se devem exercer. 3. O indeferimento do pedido s6 pode ter lugar com fundamento em: 4) violagdo de disposigdes do plano provincial ou inter-provincial de ordenamento territorial, plano municipal de ordenamento territorial © demais normas regulamentares urbanisticas ¢ de edificagao e supletivas de ordenamento terito- ») declaracio de utilidade piibica dos terenos objecto da operaglo urbanistica requerida, para ef de expropriagio, salvo se essa declaragao tiver fem vista a realizado da operagdo de estrutu- ragio fundisri ©) lesio ou afectagio do patriménio arqueotégico, arquitecténico, histérico, cultura, paisagistico, natural ou edificado; 4) parecer desfavorivel ou rejeigo de autorizagdes legalmente exigiveis por parte de qualquer das cntidades consultadas; ©) incapacidade ou limitagées financeiras graves da parte das autoridades municipais para suportar © custo das despesas com as obras de urbani- zagio, tos ARTIGO 24° (Cicenclamento condcionade) 1, No caso da ocorréncia do fundamento da alinea e) do ‘2 2 do artigo anterior, o licenciamento pode ser deferido, desde que o fequerente privado da operacio urbanistica que implique loteamento e obras de urbanizagao preste, por pro- s DIARIO DA REPUBLICA cedimento convencional, a celebrar com a autoridade licen- ciadora, garantia de financiamento ou comparticipago nas despesas correspondentes, 0 deferimento ser expressamente concedido sob a condigo do cumprimento da garantia acordada. 2, Nas casos de pedidos exclusivos de licenciamento de obras de urbanizagio a autoridade licenciadora deveré determinar e notificar: 4) 05 requisitos e caracteristicas técnicas de execugo das obras de urbanizagZo e de construgo; '6) 0 montante da caugio a prestar para garantia de — ‘que poderd ser prestada 6) as condigdes que devem constar do contrato de concessio urbanistica. ARTIGO 25° (Notineagio da decisto) [As decisdes devem ser notificadas aos requerentes, que (Demotgio de obra reposigo de terreno) I. Nos casos em que os trabalhos de correcgdo ou altera~ ‘¢80 niio forem adequados a alcangar a reposigdo da con- formidade da obra com o projecto ou da legalidade urbanis- tica, a autoridade urbanistica pode, sob audiéncia prévia do interessado, ordenar, por despacho, a demoligo no todo ou ‘em parte da obra ou a reposigdo do terreno nas condigdes, semelhantes as que se achava antes do inicio da obra, deter- ‘minando para tal um prazo. 2. Decorrido 0 prazo marcado nos termos do n.* | sem que a demolico ou a reposicéo do terreno tenha sido efec- tuada, 2 autoridade urbanfstica pode ordenar que a sua exe- ccugo sejafeita as custas do dono da obra. ARTIGO 82° (Ponte sdministrativae exeeugio coerciva) 1. No caso de nio terem sido cumpridas as ordens de embargo ou demoligdo ou reposigo de terreno previstas nas disposigdes anteriores, a autoridade urbanistica pode deter- ‘minar a posse administrativa do edificio relative & obra em. causa, de molde a pemmitir a execusio coerciva daquelas ‘medidas, conforme for 0 caso. 2. O despacho que determinar a posse administrativa deve ser notificado ao dono da obra e aos demais titulares, de direitos fundisrios ou reais sobre o terreno ou edificio, ‘nos termos gerais. 3. A duragéo da posse administrativa deve ser restrin- gida apenas a0 necessério e suficiente para a execugdo coerciva da medida tomada, 1 SERIE — N° 131 — DE 30 DE OUTUBRO DE 2006 ARTIGO 83" (Despesas com a exceugiocoerciva) 1. As despesas feitas com a execucio coerciva prevista ‘no artigo anterior sio de conta do infractor, a quem devem Ser notificadas para o respective pagamento 2. Nio ocorrendo 0 pagamento voluntirio das despesas, no prazo de 30 dias contados da notificacio, as mesmas devemn ser cobradas judicialmente sob processo de exe- cugdo fiscal, servindo de titulo executivo a certido passada pelos servigos da autoridade urbanistica, que ateste as despesas, sem prejuizo de concertacio entre as partes com vista ao pagamento por dago em cumprimento, nos termos gerais do Cédigo Civil. ARTIGO 84° (Cessagio da wtilzago indevida de edificio) 1. A autoridade urbanfstica pode determinar a cessa¢o dda uilizagao de um edificio ou de suas fracgées auténomas cujo uso seja contririo ou simplesmente nao corresponda 408 fins fixados no respectivo alvaré de utilizaao, 2. A ordem de cessagdo da utilizagio indevida prevista 1 deve fixar 0 prazo para o seu cumprimento por parte dos respectivos destinatirios 3. Findo o prazo para o cumprimento da ordem prevista ‘no n.” 2, 0s ocupantes que persistam na utilizagio indevida do edificio ou fracgio do mesmo podem ser objecto de

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