wa INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUARIA PA AUTAROUIAORIADA PETA LELW" 40.894, DE 07.01.92) INFLUENZA EQUINA Definigdo: A Influenza Equina (IE), popularmente chamada de Gripe Equina, é uma doenca respiratoria viral, altamente contagiosa, e raramente fatal, que acomete cavalos, burros, mulas e outros eqliideos. ‘Até o momento n&o foi detectada a doenga em seres humanos, porém evidéncias soroldgicas de infecgao ja foram descritas. A IE é uma das doengas enumeradas no Codigo Sanitario para Animais Terrestres da OIE (2011), capitulo 1.2, artigo 1.2.3 e os paises sAo obrigados a comunicar a ocorréncia da doenga de acordo com o capitulo 1.1 (notificagao de doengas @ informagdes epidemiolégicas) Etiologia: AE é causada por dois subtipos do virus da Influenza A: H7N7 (equi-1) e 0 H3N8 (equi-2), da familia ortomixoviridae, que sao clasificados de acordo com as caracteristicas antigénicas das glicoproteinas de superficie, a hemaglutinina (HA) e a neuraminidase (NA). O virus da Influenza Eqiiina (VIE) 6 RNA negativo e encapsulado. Uma caracteristica importante dos virus da influenza é a capacidade de sofrer mutagao antigénica, o que reduz o grau e Oo periodo de protecao conferida por infecgao anterior ou pela vacinacao, pois os anticorpos de reagao cruzada sao menos eficazes e duraveis do que os anticorpos homOlogos no virus neutralizante. Isso permite ao virus evitar a neutralizagéo por parte dos anticorpos presentes em determinada populacéo equina, podendo assim continuar a infectar animais soropositivos. Isso é causado pelas mutagées, sobretudo as queINSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUARIA A (AUTARGUIA CRIADAPELA LEI N* 10.894, DE 07.01.02) ocorrem-nos genes com o cddigo da HA e da NA, provocando alteragoes na natureza antigénica das glicoproteinas de superficie. Os virus A/Equi-1 sofrem menos mutagées antigénicas, de forma que so mais antigenicamente estaveis e menos patogénicos do que os virus, AJEqui-2 que sofrem intensa mutacao antigénica. Quando aparece um novo surto de IE, deve-se identificar o virus envolvido, comparando-o ao encontrado em surtos anteriores, de forma a identificar novas mutagdes. A OIE somente recomenda a inclusao de uma nova cepa em vacinas, quando a mesma difere significativamente das anteriores e tenha alta relevancia epidemiologica. Distribuigao: A doenga € endémica na maioria dos paises e recentemente a doenga foi introcuzida na Australia e reintroduzida na Africa do Sul e no Japao. Até a presente data, segundo a OIE, a Nova Zelandia e a Islandia sao paises considerados livres da doenca. Sinais Clinicos, Transmissao e LesGes: Apos um curto periodo de incubacdo (3 a 5 dias), os equideos susceptiveis apresentam hipertermia que pode chegar a 41 °C, acessos de tosse seca e corrimento nasal seroso. Depressdo, perda de apetite, dor muscular e fraqueza, com freqléncia sao observadas também. A expectoracao dissemina 0 virus e a tosse pode propaga-lo num raio de 35 metros, sendo que a principal caracteristica da doenga € a rapidez com que os animais se contaminam num plantel, com até 100% de morbidade em populagdes susceptiveis. Certos vetores como caminhées, utensilios e pessoas podem disseminar o virus.\ ina INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUARIA (AUTARQUIA CRIADA PELA LEI N° 10.594, DE 07.01.92) A excrecao viral pode ocorrer até 2 dias antes do inicio dos sinais clinicos e persistir até 6 dias depois da manifestacao clinica. O virus infecta as células epiteliais que envolvem o trato respiratério inferior e superior. A hemaglutinina 6 um componente-chave do virus, pois permite as particulas virais se fixarem no epitélio e penetrarem na célula. A infecgao do epitélio ciliar provoca perda dos cilios num periodo de 3 a 4 dias de infecc&o, comprometendo o mecanismo de depuragao mucocilier. Tal fato predispde as vias aéreas comprometidas, a infecgao secundaria. Para os fins do Codigo Sanitario para Animais Terrestres da OIE, o maior intervalo de tempo o qual um animal infectado pode funcionar como fonte de infecgao é de 21 dias. Diagnéstico: - Clinico: a presenga de infecgao respiratéria que se espalha rapidamente em um grupo de eqlideos, caracterizada por aparecimento rapido, febre alta, depressdo, tosse seca e corrimento nasal seroso, sugere tratar-se de caso provavel de influenza eqiina. - Laboratorial: 0 diagndstico laboratorial de IE é baseado no isolamento do virus de cavalos com doenga respiratoria aguda, ou baseada na demonstracgao de resposta soroldgica a infecgao. O ideal é utilizar os dois métodos de diagnéstico. A infecg&o pode ser demonstrada também pela detecgao do antigeno viral presente nas secrecées respiratorias, usando a técnica de ELISA ‘ou do. genoma viral usando a técnica de PCR. E importante que as amostras sejam obtidas o mais rapido possivel apés 0 aparecimento dos sinais clinicos, preferencialmente dentro de 3 aINSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUARIA PLA fA (AUTARQUIA CRIADA PELA LEI N® 10.594, DE 07.01.92) 5 dias apds. As amostras incluem suabe nasofaringeo, lavado nasal ou traqueal, sendo osso ultimo através de endoscopia O soro dos animais sintoméaticos, apds a identificagao individual de cada frasco, devera ser enviado sob refrigeragao ao laboratorio sob refrigeracao. O diagnéstico sorologico é feito através da observacdo do aumento de 4 vezes ou mais do titulo de anticorpos em amostras de soro pareadas, coletadas com um intervalo de 14 dias, pela técnica de Inibig&o da Hemoaglutinagao. O swab estéril deve ser introduzido através do meato ventral em diregao a nasofaringe, onde devera permanecer por, aproximadamente, 10 segundos para absorver quantidade suficiente de secregao respiratoria. Apés a coleta, transferir imediatamente o material para o frasco, contendo solugdo de transporte (2,5 ml de meio MEM) e manté-lo refrigerado a temperatura de aproximadamente 4 graus centigrados, em caixa de isopor com gelo, em quantidade suficiente considerando o tempo de transporte previsto até o laboratorio. Identificar cada swab individualmente. - Diferencial: a manifestagao clinica do herpesvirus equino 1 (EHV-1) e 0 EHV-4 assemelha-se a da IE, mas a rinopeneumonite viral € menos. contagiosa: do que a influenza e os animais afetados geralmente nao apresentam tosse. A infecgao respiratoria pelo herpesvirus eqilino tipo 1 e 4 acomete principalmente animais jovens, enquanto que a influenza pode acometer eqilinos de quaisquer idades indiferentemente. No caso da Arterite Viral Equina (EVA), enfermidade infecciosa causada por um:virus do género Arterivirus, membro da familia Arteriviridae, podem ser observados sinais oculares (por x. conjuntivite, edema na cornea) e outros relacionados a vasculite (por ex. edema no preptcio, escrotos, membros, palpebras e mediana ventral).WA 4 INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUARIA (AUTARQUIA CRIADA PELA LEI N° 10.594, DE 07.01.92) Em relacdo & Adenite Equina (Garrotilho), causada pelo Streptococcus equi , a manifestagao clinica caracteriza-se por aumento do volume © supuracéo dos linfonodos retrofaringeos e submandibulares e corrimento nasal purulento. De qualquer forma, é prudente que se faga 0 diagndstico diferencial * baseado em analises laboratoriais. Tratamento / Profilaxia: © tratamento € apenas sintomatico e os animais devem ser isolados para dirrinuir ou evitar 0 risco de contagio para outros animais. Drogas antiinflamatorias nao esterdides podem ser indicadas para diminuir a febre, eliminar a mialgia e melhorar o apetite. A escolha do antibidtico para tratamento de infecgao bacteriana secundaria deve, sempre que possivel, se basear nos resultados de cultura de lavado traqueal. Todo equideo acometido por IE, mesmo que apresente sinais brandos da doenga, deve permanecer em repouso, por no minimo 4 semanas, de forma a permitir a recuperagaéo do aparelho mucociliar, uma vez que durante esse periodo, os animais estéo susceptiveis a infecgdes bacterianas secundarias, levando a pneumonia, pleuropneumonia e bronquites crénicas. Uma vez que os animais deverao permanecer em repouso, recomenda- se a reducdo a metade da quantidade habitual do concentrado, de forma a reduzir 0 risco de célica. O alimento oferecido aos animais devera ser palatavel, de facil ingestao e digestao. O volumoso deve ser fresco e tenro.