Anda di halaman 1dari 22
472 ‘A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO icularizada, outra hipétese na qual vem a boa-fé revolucio- jando 0 diteito obrigacional. Esta & posta em casos nos quais a jurisprudéncia do Tribunal de Justiga do Rio Grande do Sul aplicou, de forma corajosa e inovadora, © entendendo-o incidi também na chamada fase pré-contratual. 5.3 A boa-fé e a responsa a iludida lidade pré-negocial: 0 prego da cor 0s casos judiciais que formam o objeto desta secgao complementam a andlise operada nas péginas precedentes acerca da subversio provocad: casos aniecedentemente examinados, uma série de reflexdes acerca do tuto versado — a responsabilidade pré-negocial, também dita responsabilidade pré-contratual, a qual constitui a atuago contempo- ranea da culpa in contrahendo™ A escolha do instituto da responsabilidade pré-negocial ~ verda- deiro “caso” ainda nao perfeitamente solvido no direito brasileiro™— A expressio culpa in conirahendo & ainda a mais ulilizada, 0 que se deve, kertamente, ao peso da sua origem. Modemnamente, contudo, a dot preferido a designagaes "responsabilidade peé-contratual” ou “tes ura nfo se “tesponsabilidade pré-cont ve7, a doutrina mais rigorosa dé preferéncia 8 iltima, uma vez que o problema itrapassa 0 doménio dos cor Scios juridicos erais ¢ 08 aos-fatos (ou “atos existent Imeida Costa, Responsabilidade civil pela trata, Coimbra, Coimbra Ed. egociagdes prepa Nilo infeequente a confusio entre a responsabilidade pré-ci responsabi ignora, no mais fem direito brasileiro Miranda (t. XXXVIED, e as monografias de Aguiar Dias (Da responsabili- dade civil, v. 1) ¢ de Orlando Gomes (Controtos, n. 36) —0 tenham versado, [A OFERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESO OBRIGACIONAL 473, se deve ao fato de que neste terreno, talvez mais do que nas hipéteses anteriormente referidas, resta evidenciado que @ ligagio entre a boa- € a compreensio da telagao obrigacional como um processo dindmico possiilita a reconstrugio dogmitica de institutos juridicos, por forma 2 adequi-los as necessidades sociais. Ja da perspectiva metodolégica, as decisées aqui examinadas demonstram que, sem nenhum apelo ao subjetivismo judicial ou ao direito altemativo, sem qualquer desamor as preocupaydes de ordem técnico-conceitual, € possivel substancializar, enriquecer e fazer progredir o sistema, mesmo quando em sua moldura esté o parimetro codificatério. Constituem, por isso, verdadeiros leading cases, alocados na contracorrente do forma- lismo e que perspectivam, legitimamente, a construgao do. sistema aberto. 5.3. O caso dos tomares civil, Responsabilidade da empresa alimenti tomates, que distribui sementes, no tempo do plantio, ¢ entio manifesta a intengdo de adguirir o produto, mas depois resolve, por sua convenién- cia, no mais industrializd-lo naquele ano, assim causando o prejuizo do agricultor, que sofre a frustragao da expectativa da venda da safra, ut vvez que 0 produto ficou sem possibilidade de colocagao, Provimento, em parte, do apelo, para reduzir a indenizagao & metade da produgéo, pois ‘uma parte da colheita foi absorvida por empresa congénere, as instancias da ré. Voto vencido, julgando improcedente a ago". Os fatos que geraram esta decisio so os seguintes: agricultor do jo de Cangucu, na zona sul do Estado do Rio Grande do Sul, , eujas sementes Ihe eram entregues pela ‘Companhia Industrial de Conservas Alimenticias-Cica, a qual, na época oportuna, adquiria a produgdo, para posterior industrializagao. Na safra de 87/88, a Cica deixou de adquirir 0 produto, razdo pela qual o ‘Ap. Civ, 391028295, Cangucu, TIRGS, 5 * Cam. Civ. rel. Des. Ruy Rosado de Aguiar Je, j. em 06.06.1991, por maior, publi RITIRGS 154/378. i<2o foram opostos 0s Embargos Infringentes 591083357, julgados 1991 pelo 3.° Grupo de Camaras Civeis do TIRGS. Apés acirrada discussio, prevaleceu a ese vencedora na apelagdo, por seus proprios fundamentos, ejetando-se, por maioris, os embergos. “SRO SOFLD oe ‘saropruodsuen soe se -opueSanus ‘saquauias se 1wop 9p oBsto9p tns ¥ noATou anb o opuaranb soxoyjnaue sopnu,, eaxey anb ep ‘seopeuodsui ‘eproqunuio> opis 10) extueduion ‘ggyLg wJeS LE “Pore O (0 tovdemis voyfoadse vjanbeu ‘ooypun! ofafpar op os “wisse “opueen -210U09 ‘sa10UO|UY SOUe So sfoujoo vp voody eu oposd 0 sayjooe1 2 onueyd op woody vu 591 -ualuas se ainqusip ap soprSoxzeaus ‘sauopruodsueat so ‘souprpowaiu ‘2p spacne sosornouze so wos oVFIUOD wa kaENuD FISD :saz0.npoud ‘so wioo vsaudua ep oWuaureuororfas op vaord 9p wIouaysixa v (» ¥ optsios9 ou no Tua 9s IMME v “eLoreqoxd ‘quauiaiutnBasue ‘s}o19080N sommoiDd sup ‘ossaaa1 op 0 “oduieo aeynonued a1saut 2}-voq vp ordsouusd idxo opeatsiSeu 0 9pos0id Wisse oy opvoyfsnt © nosytsadse 2 now: oe (202-108 “p> “p *s20508}190 sop onan) ‘pp a wSupandas mp s101208 sauojDa sop Dsafop ap opSvdirsoatd p “vtouaptas (etoerlso woD "E[RAy wa sounpnarsind sassauain sop opdoiapisio9 plow v vssodo1yn OSIp eIs9P 021 wpa “aysoig3j99 Du jopox)> 2 apupryDa pis p ond 9s opu ‘940 24) 50 ‘9uum$2suoo od ‘2 !3f-boq v opundos saoSDi9030u sv mRNpuo? pimo v anb 1a suepd sop pum vpos ap wuvyfio2 opopunf v arwave -viaarp as-mpains jonp1suoo-zad apopryqnsuodsax vp spavuy ‘oorpsant ‘oie win ap ovdaigojao v seasiA oD seperoiut sases08au se anossond $0509 SOPEMIMLAIP 19 “epure “SaraAEP SIE) op pe o39U Op apepHeAul ep esMrD v aed Enno E sLOIUROD ap © ‘oKdutexa sod ‘ouloa ‘Soaoidsoas salenap sow29 sx0pe!908au sov as-ureuode :o19s0u09 sivur Opow! act “3prPId ‘ep souougo sojod as-reyned anb p13) seqvavzwuos sop OW \9sioap asuy eu 9 cLIgi}ooBan asty tu I2z4p son ~ oVeNuOD op oydesqojao @ SaroUIIUE sasey se awresnp “ond os-9puantg,, ‘anos ou1oo “vISO> EpIoUity 2p orNE oUEPY 9p oLSH wa oueURop osindas nodsnq WIpqUIEL O10 ot LISOdND asm Y ot sty SMa SID wc WPL ara We BWLOPLOD ‘opewusiuos oxpipoe op oF qe PUDAD D LOUMsUOD ap 215189 2 spain v1]08 ‘o12982u o1199 wn ap ovsviqaq29 ap vanims20dx9 BIsnt Y mmo bu sniosns ap sjodap ‘anb ayind vp apupyqusuodsar anuanbasuon » > spayoybu so atuvinp apoppoay ap sacap 019 “A sgn8inzog 2 osr3y!s0g IMI ouag ap sopmsy ‘esfig 2 O10} Op SIx9{3) CwsUREUapIO ‘ossou ojad onja0e “eanafgo 9j-v0q up oldjouuud op auosaq,, sorwja1 op 010 op ors -uowiepuny ep soweoxa 9s-rFaA “sorn soradoud snas sojad ‘sopons9 ajuut -punn Sa) svarorradr2 so anpnoif oon ap oupipuni0>-z1d Dp 496ap op opseunye eu rafqo op ogSaiouo, aqueypow “ogbipsuint ap nei opunas wio ‘eprayos toy oxisanb Vy ‘opSe ep oquoUNAoId Op OAHOUE gc, SEptAfoAUD sored sep e5upijuoa ea onvawenoduioD op apeplemiqey t Yjenai stuade ‘onuioso orenuoo ansixaut ap orty o,, anb epensiseut # ‘OENUA ‘nOsapISUO> ‘ovSnpoid v numbpe ou ‘soIustios se opeFonUuD ossoan oruenbuoD void) B opwenb “og6] ap eyes ep o¥IstDO 40d wIAI1090 euta|qord jop8au op eaneisadxa urcyunucus anb ‘saior[noude a“ © urexeuodsuen enb ‘ovyunues 9p soumoudosd ‘sazopeyreqss) op vio) Buin, ap opseunioy v vsefasud ‘apeprjemiqey > apepLe Sox ens 10d “oquaunpasoad aisg -oimpoud op “exes ep jeuly OU *04 2 ‘oudjonunm op s01aIUt Op SaloynoUsBe sow Sew) ap o: saluaures ap ‘vsaidwia vjad ‘orawioeuze) op vppi2i24 v21 ‘ou vpeaseg ‘owuopasosd onde v noS|nf wiojaid w “nex8 o4fsttid wg eunsnpuy 1d ns vu sogdeaypout op oper wo “soiewio 2p ogbezzeinsnpur 1 apeptahw w 49019x9 vl oLlt anbiod ompord o sLINbpe 2p nox! Joo rp wa0d9 EN “|wOsy EOU 2p jap oB5e0p Joie © exeiuooua 25 ogu sienb so annua — opi3as ep soxomnposd sundye ve sajuowias opvop svuade opuar ‘ovdnpoid & slzinbpe 2p ossturosdaioa luinquou opruinsse 301 opu ‘oxSerssiH09 wo “noSoje waIduiD y nowzjuapus sogde wrpquima uieser wanur anb ‘sazoynouiSe sosino soups woo ‘spire ‘9s-teon9A oFSenMS eaisolu y “ommpasd o s9pudA wonb v 9x0) OEY Inb 794 ain ‘oxSmpoud =p vpiod v wd sopuyos soup sojad opSezuapur noana|d somnouse ‘avania O1HO ON 34-¥OH ¥ vy 476 1A BOACFE NO DIREITO PRIVADO 4) a cireunstincia de, hal Ho existir contrato escrito de promessa de compra e venda, mas tio-s6 “uma intengao da Ciea de ce produto, se Ihe fosse conv nveniéncia essa que ‘do se manifestara na indigitada safra porque, em relago do produto que entraria, constatou-se qi que precisaria ser fei ©) a exis 87/88. Avaliada a prova, co: © € o bastante para caracterizar o reiterado comportamento da 16 em dirego a0 contrato de aquisigfo da produgdo de tomates da safra 87/88, para 0 que fez p. ‘campo, d es ¢, no momento da colheita ~ por ter considerado inconveniente ‘imentagio da sua empresa pela escassez de matéria-prima ~, Iveu ndo mais adquirir 0 produto, conforme até ali para isso do estava preordenado” Na ponderacao dos elémentos probatérios, foram bem sublinhadas certs citcustancias, a saber, 0 fato de tratar-se, 0 autor, como os demais agricultores prejudicados, “homem do campo, simp] imino a avaliagdo da prova do fato con: 6, a efetiva entrega das sementes, bem rocessual da ré: @ propria conduta “Observo, inicialmente, que a ré manteve duplo comportamento fo exercicio de sua defesa. De inicio, centvou as sua alegagies na ss0 for “Essa conduta processual nio é inédi onde € cot ipunidade e a irresp Num sistema juridico dade, tais os desvaos concedidos aqueles que deles se podem beneficiar, a primeira reagio € a negativa da existéncia do principio que imponha o dever de reparar © dano; quando 0 principio da responsabilidade no pode ser afastado, Passa-se A questio probatéria, e entdo sio feitas cada vez maiores ©" Como afirmou, em depoimento, © preposto aquisigbes, ica, encaregado das ‘A OPERATIVIDADE DA BOA-PE NO PROCESSO OBRIGACIONAL 477 exigéncias, de forma a garantir a continuagio da impunidade. (..) No caso dos autos, a imposigi0 de rigorosos requisitos probat 0 as formalida s (prova de que recebeu a semente; prova Prova de que plantow aqucla 30 formal de compra) e demonstragio da do produto colhido (prova do niimero de caixas, peso, data etc.) € maneira fii! de desviar a aplicagao do principio da lade civil, pois tais elementos jamais serio obtidos: os documentar a sua participagio singela de u advogados a contratar se a repetigfio do que acontecera em anos anteriores, certamente nio tendo por que Jembrar-se de requeter a produgio de prova ad p tirar fotografias da plantago e da colheita, chamar o documentar as declaragées do intermedisrio. “Por isso, a exigéncia de prova deve ser adequi cias do negécio e as condigdes pessoais das partes. iada segundo 0 © instituto da ileangou a conclusio de se ter con- fade pré-negocial pela ruptura injus- de que o negécio s Antes de passar aoe) 5.3.2 0 caso do posto de gasolina “Responsabilidade pré-contratual. Cul pré-cont fna preparagio de negécio que nao chegou a se perfect desisténcia de uma das partes. No caso, porém, 0 desistente agiu justificadamente. Cessio da totalidade das ages por quem apenas detinha parte do cai eaganb vjad ‘[esoSau-g1d opepy ‘un tro seyey Bropod 25 10" ap owuauio|e owoo ‘aseq ens eu yaeisg {eIoUesuRIge ENS v 9 doULDTE nas 0 Jong) {seameien sep timdni vod yeIsoBou-gud apepitqesuodsas v ranyuoo 95 owlo ‘oltop!se19 ONDA ou [e19OSau-g4d apepriqesuodsar Up opSemis e a1qos sagyayjar umer0n0x4 joap senp Sessa _apeptvar tipuodsaiios op opryose ‘aquousjeyuawnoop w10j anb o1998au 0 anbiod *,o1993au op orSeaniajo seysqo Bred axRIs qUOUIAUDID;GNS OY}!Dad “esta oyiopy smonb sens st ute 01298 s}ewrap 50 esadsap sea sapuodsat ap snug 0 “oivoweo Bou OP OPSEZNDIDUOI ED IISISAP 2 5} io} sarueyemuaa sop wn 3§ -01m40590 2 0 -tunjaud soye sop soruedionsed of aoduut as anb sanap asso so cowoutaardl joofu-g1d ase y o1uenbuod, “orenuod op rynumm v ses0qeye wand opeonpe ap oeSemnuoo vp saitiauicoap se ‘attowmu9 “es-uon]our staneziuoput sesedsap sv anug (~) “opeiqayao eas orenued o anb ap vpepuny eanysodxo eu ‘sepnunsse tisa 10d sesadsap svjad auedenuoa va: nfur apuadaure as jenb op ~ o1eofou yr ap zedionaed anb ajanbe ‘aquupe ojuaureuapio ossou 0 anb “opuayesi0s ‘9f-e0q vu opepuny 6LY —AWNOIDVDRIIO OssAOWA ON 3I-VOS ¥a TAVAIALLYHIIO ¥ “ope: my ody 1u9 “opuenb ‘onjosqe Ovo) oI} uN 9p eanesd ¥ opepuEWap oF ‘aindwy 9s anbyod opu ‘ojuounuad 2 janrqeo 9 oB5e v anb oyUo., runnavssadxo 93 WISSe 4IpIoap ap soozes sy \de9 op seionb sep apzpy(i0t, ‘olopy v exewuasaide onb oyesuo> ap tinuru eudoxd wy fo1uownoop win urewny Sar sozso8ou sou, ‘anb “epi ¥ Woo weuep102u09 Sor29s ‘win ‘oquapacosd 19 opt ~ vUljose 9p orsod ou wynssod aqUoUEAHDye ‘anb ov souadns stwioos stionb op sown wun Japuan opuarauiord eureyso oagii anb ~ o1sp8au op aysisap exed sopesdiuo> 1 ojed opefaje oanout © anb squaxiozar o nrznpe ‘oESejade ¥ sz0zel eauoo Sop “swapocorduit oprsnl yoy ovse ¥ ‘mess ol ‘opusavy “euljose ap crsod op oupraudesd os1un o ea ‘anb opesiae wo} opti siod ‘019930u op oe vpendur oy ‘oyeanuod op 085294! uuioo wi94n anb sesadsap sep essas 0 Opuapt 1p ‘opeutsojuoauy “o1poau op 2p say “oHeUOD op oyuOLT Se opuinasso1g “OjJOpY ‘squsuINbpe jeyouayed win wos s905 -niooZou nojnqeiua “wy fe exed *9 O|-9ptt9A poop ‘enyoseR ap orsod WRIEZUaTaEIED 9S UHISSE SOI} SO ‘avant OUSUIT ON ga-voR ¥ sub 480 {A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO de deveres derivados da boa-fé? Configurada, qual an responsabilidade © quais os seus efeitos na érbita juridica? de olhos sobre os aspectos gerais do i © conformagdo que recebe no direito comparade 533 0 c Antes de responsabilidade pré-negocial ~ ou pré-contratual - no é 0 mesmo dos chamados pré-contratos, ou contratos preliminares, ¢ isto por uma razio simples: 0 inadimplemento de pré-contrato result de vontade do inadimplente (CPC, art. 639), iquer caso, perdas e danos (CPC, art. 638, pardgrafo juiz, da declai cabendo, em ‘inico), imoroso estudo de Walmor Franke, ,¥-49, p. 49-65, no qual assinala: » visado pelas partes. n0_pré cchamado principal ou no futuro, um negécio juridico determinado, ‘mediante a prestacio de vontade correspondente. A obrigagio assumida pelo de prestar essa declaragio, uma obrigacuo de fazer ou, mais 49, grifos meus) [A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESSO OBRIGACIONAL. 48] Assim sendo, « lidade pré-negoci 0 seu espaco € © do “ainda-nio-coi ainda, de vinculagao contratual, 0 espago do mas pode haver ~ se reunidas certas condigdes al. Para d é neces jurigicas da proposta e da E por todos sabido que a propost jem negécios juridicos unilaterais rece , deve ser fi © espago onde se move a figura da respon. sat ‘0 objeto, o prego, se for 0 caso, es do futuro negécio."” que © contrato, negdcio jt feral, exista, vale dizer, seja formado, & necessirio que ambos os negécios juridicos ur proponente, e, port ‘opera mediante atos do tréfego juridics corre que, em certas ocasides, ‘que puede efectuarse un contrato mediante la simple deck ademas que el proponente quiere admitir ol contrato con esse contenido si ‘su propuesta es aceptada” Pontes de Miranda, Tratado de direito privado, 30 de envio da mercadoria ¢ asa que & excepcionado, (CDC, art. 49 par mente visto, § 278, 4). WOPIGE"WAPL x) ‘wapigt *wop] 12 @popunqusuods>y "S03 BpIUITY Ap OUNE OLB ‘-pgsoutoud 9] 2p xnouys nc “Ua8lomz, > “opezreduoo onsuIp 9p 9ubEx UND 9A “eANO} 0 a3Qo: ep ede ,, seapnSuane auawreanatgo esta ep omtiod wn ap Teajsop owoure ~20duto9 op ospenb o aodinoo onb e ‘eupinigre 9 anb v “ewn}39] ese 9p epiminsap 9 onb vjanbe epesynsnfur eamdna tod 2s-apuoyug ‘wesado apuo wrougtqure ep 2 0185 ap ialouos ep tasta ¥ so-opuayoudadd "esopeztesouco oRSerpaus & ‘axap wanb sopra b opour ap ‘SoSea sowsou09 weroUEI 39 saossaudxa sb SPqUIYY “01219109 19 wHeIDUapIAd 26 98 *— eine yuo ¥ 9 vpooysnfuy exmdns v ~ uo v anb ‘siosspuro aiuouieoniqeue seuade soyuoute|e sop slop ‘onb zan ann ‘sagSeroo8ou Sep eimdru ep epeaap opepiliqesuodsos ep ooussodso ose> ou sjueas}ar awounejnoyued 9 aurexa aise 5¢.@PuBOId smzsDuNW0D 401) 0 anb pipes ¥ ‘oUdd9p "v#301 9p menuos-p1d asey v anueanp sepeuia seaneisadxa sep sv ‘pSuvyuoo np opsaioud up 2 3f-v0q 10 ‘ONO Cc ,8HAJO EP ORSsIULE Up stodap cuted ‘orenaoo op ovSeuso v 918 eanesoqyfep tiuIouoAE ns & © “2raNdigIUL © wsed sapepinoTP ws 20d 28 oH ower 18g “eywnuos op op501q2/29 » apazojun anb ase} eu o}uot pqesuodsas ep souomnpuy sore \ulyap opt jeyored Sopsooe ap r90s1 EIA was mnb e agd as ye stod ‘wejuaye oqeo anb vaunewiio3 asey vg inf o1o9fFou 9 aonb *,,esodoad soqaoas v vysodoxd, 19484 apog ‘oWws}UoD ‘stod “yy OvU E8P —-TYNOIDvORIHIO Oss4DoN4 ON as-voH Va aavaIALI¥AadO v ‘ePOYD 2p “sa015090 pSeuno} y ‘2830p orsy a" suods2y "eso eprouty 2p oye OURPY WRAUIEL “9g “d os a" nb Bram7, peAUOY 'S9-95 'SL6T 19 p99 rou op 2 ‘\ smzayejiq uio se-opuewuojsue ‘siesoreqiun saoSere|2ep Senp se 3e}09 12a onb 0 aquourasnt p anbuod ‘opSeryjo9p up w1opoya i [eIOuass opuDs so(29Bu sop wroepjos ep saiuy 2 op ovtoy9 eu ayuawweudosd vpuosur 0 ssDa[aqeise wsia anb sowtafes sop apepiane © stpanb ‘oquriod ‘yy “saiuapajauo9 sowwouNn sove ‘9 opeuioy 195 v o199aU op soatiod sopeuluuarapap vox902 steamed sopiose ap ‘seinun ap vo0n jad vpipsoo.d seul “eaugjueysu ef ‘oupiou ov waceieduo> opul ose Ul2 wlezifeivaUnAsul es seoduE[sap seiso onb oUpSsa0au P “foAouny wi9q ap awIEN as opuENg qr BIOs vossag opunUo, Lt ‘sterpo8au s2oSusejo9p sup opssitua v9 opiose op ovsputsoy vsvaut ep O1DINUOD avanid OLIgWIC ON g4-VOU ¥ zp 484 [A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO problema da legitimidade da rapturs indagagio sobre se 0 seu mot ponto de vista da parte que a efectuou, mas, se, independentemente dessa valoragao pessoal, ele pode relevncia obj fe sobre a parte cor se quer expressar a expectativa de que segundo os pardmetros da probidade, da 108. Para que se produza a con! - que as negociagdes existam, que este je comum das partes, destinada a con mnifesto que nenhuma obrigagao de em desenvol- etizagio lemnizagio Como se vé, € somente da an; circunstincias, evista dos particulares elementos, objetivos & vos que o compéem é que se poder determinar se € caso, indrio incl as quais sio detectaveis alcance ou contevido dos actos que 0 integram e, consequentemente, 0 diverso significado de que se revestem na ponderagdo dos interesses ha pouco equacionados”,* o que equivale a dizer que os atos em exame devem ser equiparados a atos dotacos de et de eficdcia obrign |A.OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESO OBRIGACIONAL 485, E evidente que nem todos os atos praticados na fase pré-nego geram a responsabilidade civ ‘comprovado. E também neces © 0to, ou om palavras, nio se afasta, aqui, a reunigo dos chamados elementos objetivos constitutivos da responsabilidade civil. E € preciso, por que este ato tenha tido a forga de gerar, na parte lesada, c legitima ou de que 0 cont ou de que 0 formagoes falsas ou insuficientes, acerca do objeto do contrato," ou derivadas do mau aconselhamento, ou do fato de um dos em razao do A existéncia de negociagdes, qualquer que seja a sua forma, antecedentes a um contrato; a pritica de atos tendentes a despertar, na contraparte, a confianga legitima de que 0 contrato seria conclufdo; a fa confianga, da contraparte; a existéncia de dano decorrente da ‘quebra desta confianga, por terem sido infringidos deveres juridicos que a tutelam; e, no caso da ruptura das negociagdes, que esta tenha sido injusta, ou injustificada — af estdo, sinteticamente postas, as condicaes da responsabilidade pré-negocial. © exame da origem de sua confor magio doutrindria pode melhor explicité-la. 5.34 Origens da doutrina: a descoberta da culpa in contrahendo Sabe-se que a dot pioneiramente por Jhering,* entendendo-se contemporaneamente, 9 Quebra dos deveres de informagia, aviso, esclarecimento, (2 Bsclarece Mario Julio de Almeida Costa: "Consttui para a doutrina actual pponto assente a existéncia de detorminados deveres dos contratantes ‘20 tuo comportamento ao longo das negociagses” (Responsabilidade Perfektion gelangten Vertragen (in Jherings Jahrbitcher, 4 (1861), p. Le s8.,2 in Gesammelie Auf 1881, p. 327 e ss.). Consultei esta obra na tradugdo francesa de O, de Meulenaere, De la culpa in contrahendo ou des um vdjro oq) gedina es wand ‘saa wwjod 3q]2-puodps 2U anaus 1uo9 © opeodiayrade opis op! -urouteaneau uivapuodsas weaesian v anb sax tp ojunsse © AQ -oxIsonb vse E visodsor wap ovU 3) 0.IouEssar OLU NO 9A9p “OVEIIUOD wn 9p opepynu orsanb ruin nou 1u09 oanny ou vpeuiedsop v 4. BP wtawooap anb yy orduare ap ona sazanep ‘vuins Wo ~ 2p ‘opepleo] ap ‘ovSipestuos-ovu ap ‘oust ojnouys op ovsewso} us onb *s atta as 9s anb ‘stediouud (sag5e81q0) “uinjor as anb saiayap so ‘jersoZou-pid_ apm Ly -TwNoIDVDRIAO OSSADOMA ON 34-VOM VO BAVAIALLVAIO ¥ “osuaiog “ouRUey 9p Of nyesBouow © “Zye'p + o1enuoa op apepyeant e Tyznposd sod anwauseso510) werseqrae onb ‘Sblouyisunaila 2eUo!IUaU ap OpuEXTap epuIE No ‘opezttvas 20s ¥ oaxpLaMl ‘o1soSau ov ordeal wo sipioap essod aued eno e onb vied viouyyodun ap sagdounoju1 opunIMio no ‘opmope e132s oWouTpedd 1a onb 2p sored sep tt -psuodsas yy ‘Ses wa “auedenuoa ep sass se opuisay ‘sogSvioo%au se ajuoureansadurayut adutos ‘opeutioy vis0s orenuos 0 anb ap 100 B eNO WU OpetLD optiar‘onb aured f yelodeu-oid apepryiqesuodsai wa suas, anb ‘oeSou je aneipout ‘oavantd aLigaa ON 33-vos ¥ 987 488 [8 BOA-FE NO DIREITO PRIVADO. caso de aplicar os principios da culpa contratual, estando fora de questo recorrer & culpa aquiliana por nio se configurararem os seus pressupostos. Por igual, niio caberia a actio doli, uma vez que nem sempre 0 di iniqiidade e a insuficiéncia prdtica de um tal resultadi Ao interesse te6rico al charutos, do jurista na busca de uma solucio a0 problema, Ihering havia pedido a0 amigo, Bremen, que encomendasse junto a um c de uma caixa de charutas. O amigo se enganou © encomend: ccaixas. Estas Ihe foram enviadas pelo comerciante, ¢ Jhering as recusou, Ao mesmo tempo, questionou: 0 expedidor deveria custear 0 valor de duas expedigSes, ou poderia reclamar 0 reembolso, fosse a0 intermedirio, fossc ao proprio Jhering? A resposta que deu a si mesmo merece ser transcrita ‘Seria. preci (0 romano, ter sufocado toda a impulsio do. se para se ccontentar em dizer que, ausente © consent a quantiddde, da mercadoria, 0 contrato niio alcangara a perfeigio, que portan glo contratual nao seria absolutamente possivel, e que, de outra part, as condigdes da acto leg ae ndo estavam presentes. petcebe que é preciso aqui uma ago de perdas e danos? Ihering voltou-se, entdo, as fontes romanas™ e percebeu a exis- cia de casos nos quais era concedida tutela ao prejudicado em certas , as hipéteses, referidas por La partie qui est en faute victime de Ia faute autre, Si rBellement conduis 9 No original impulsion du sentime de consenternent si at A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESSO OBRIGACIONAL 489. ss ou publicus \gio de um locus sacer ou religios sdor comunicasse a0 comprador que 0 bem era extra ‘commercitan, ou nos casos de vicio na pessoa do vendedor, isto é falta de uma condigio que este deveria garantic apés concluido 0 contrato. Nestes casos, os textos romanes imputavam ao vendedor o ,, garantindo ao prejudicado ma espécie de a sem que ve Detectadas as fontes, ocupou-se do za juridica do dever do vendedor de comunicar a causa da invalidade do contrato ~ ponto de relevantissimo interesse ainda hoje, haja vista que, em panorama de direito comparado, a doutrina nao € sabilidade pré-contratual como respon- liana, sendo freqiente a afirmagio de Sheri fontes romanas. Embora dois textos afirmassem expressat naqueles €4s0s, 0 Pi lo poderia perseguir 0 seu dit intermédio de uma agio contratual, apresentavam-se as questfes de saber por que Ihes era conferida uma agao contratual € como esta se con Estas questées foram solvidas no segundo capitulo do ensaio ~ A justificagdo da teoria da culpa in contrahendo -, once anotou circunstancia de que juridicamente © contrato nao alcangou reno do escolha sendo vinculi-la de dolo ow & a aplicagdo destas duas agGes traz as mais sérias dificuldades. Ambas, 1m efeito, s6 poderiam ser empregadas se se fizesse abstrago, na lactia de dolo, do elemento dolus,e, na actio legis Aguiliae, da espécie de dano. Obter-s m, uma terceira ago que teria 0 meio entre as duas outras, que solicitaria a uma a culpa, a outra a regra segundo a qual a culpa extracontratual engendra de uma maneira absoluta uma obrigagio de pagar perdas e danos".™* srifos meus, No original: “La circonstance que juridiquement inerait nécessairement, & ce uel, et A moins de comme une np apr ape v| ap ewepuodypul yesuodsar eum ‘noi vcd _arqedno9 0 sioddes np aumeu vj sn yuouraaisnjoxe 2ppuop sow 3} a mnaypie2 wuourarnd aw 0 me odes 2] 39 dyno e| ano wot 20, s[euNaLO ON “HUB ‘GT -E “WOPT ase) 13 “P¢ “A “WOPY ys) 1 -S032ULLOP Sop Y lwoneBt}go oun anjosge axgtueu oun, p aspue8us affamoesiu09-e3x9 od) go ug “afeunuop ‘umn opuay opts 201 ap o1ey ou win abe “opuayassuos w odo ap arrnonsed aoadsot op ennby 080) ouo,1 SIep 19 snyop p Wsuyis ‘apov3ou v anb oc] “(24ap2nj wauytan) 1ws9] wipnBuyu v op oDUBUaH s0X9p 2p o1ep 2p on, nb aptorlons lun ap ovtt9 “oo1/fgodsa‘ojasouod sonap win ap baganb ep eynsau onbsod 9 aug wworsmod 2u "aja uo ‘xnap ano} “s98NO196 sid 59 SQHMOP SOL ido] 20 no orop nbipunt syeuoue 50g oPtdINO op feRpLarpUL winpuoD tp aquapuadapul 10s opuopod ypyant oeSeja) ep ezaumieu bu epepuny anb orsod «, epeanatqe,, vdyna be vdyno vp sjuows}UHe)1p“yeMIeIUOD edo B BIQ omp1sH09 $2030} ‘Buyys anb souraso4 ‘epeuip eansadsiad ep zny ¢ orxan asso sounesipeue 2g «sr 208bU UieI92y Saja anb apeuos ap opdounuuerop Dipniaud ‘uauinbpe soja ‘iome ov owenb “2 ep orzes wo “opriuon ens ap wsopreut sa] ‘nai ov oyuenb * -2q2ouI0g sowlapod jenyenuos ovujar v9 wdjn9 an (9 “wronjnsuo> OBL sore $9}S9 “WoANO ap voIPUN! EIOISa yesuodsoz o12ug8 op a1spdso i Ea F opeuare wn oUIOD aMNaUOLeNXe WeASUNUE 9s OBU “BSO}op OBSUATU unos sopep ovSepuoutogay pun “osfey os}ae wn “o4yfasoD neu ‘waosdwos 0 one) Q TemeNUv0d opepy -apewon vjad episouiord ovSeoy euinur 9 yemenuosemxe onder nsse opauip Pwnu sossaaip oBs stenb 50 ‘sieIo0s-oo1punf sagsejar seu weraford J9Su81103 anb soossnasodau seiuoroytp se ovSeja1 tue SoMsaTUI SoMewiofa snas sop 1u0D op vyease eu apEpIL astjpur eum wzijeor Suuayr ‘ojop 2p 0190 w wavyafar anbsod seo1dxs (ouvp opurenposd) a1 9S 219 Ostav osfey 0 ‘OyjasuOD MEW o ‘2190s apeprustxord op {8 oapenuon v ses08 Zan ruin ‘anbsod yenseU09 e-e ‘oJ2q -oFEIH09 op sortefns So aunt {Fv anb sosea so onbiod opeuruinyt 2s ‘osouep ore 0 wstuad anb opewwon ep on3t ‘ua ercuise|d as opesa] op ozgnfard o 2 ‘ore nas ofad vt siueuodw! 9 ‘oeSedepur tsa wv nap anb vanisod eysodsas wu “g “em -enquod ezaameu Jonissod twin ap orSuinbrad @ as-noijox ‘opwayesm0o ur dyna ep yomenuooenxe ezeimeU & “uNSsE “epeULasag ‘aVARid OLTRIIG ON 34-vOB ¥ sr 492 |A BOA-FE. NO DIREITO PRIVADO dever especifico, qual seja o do vendedor de conhecer as condigdes de validade do contrato ¢ informar 0 comprador destas condigdes. Assim, Para que se possa bem aquilatar o valor dessa descoberta dogmitica, imaginar 0 quao teria sido subversiva, na Alemanha pandectista, de urna vinculagdo obrigacional nascida em momento anterior, (9 do encontto de vontades, da se fraturar 0 dogma absoluto da ade, considerada, pela Escola das Pandectas, elemento imprescin- vel para 0 nascimento do vinculo obrigacional fato & que, da construgdo operada por Jhering, resta definitiva- ico, a da configuragdo de ui especitico dever de diligéncia colocado na fase antecedente da execugio do contrato. Em face da proximidade possam se desenvolver com normalidade. suposto ~ ¢ considerado ~ 0 fato de o “contato contratwal {que nao exitosamente conc! nar uma maior possil de aproximagao (e, portanto, de dano) entre os interesses e bens das partes, © que determina, consegiientemente, uma mais acentuada responsabilidade dos que participam do tréfego negocial Esta concepgio acabow entrando nos cédigos modemos,”” mas, como assinala Marina Arietti, ao indicar os mais valiosos estudos I: “Nous verons qu'el ns de la 's de Miranda, Tratado de direito privado, 321: "O que em verdade se passa € que todos os hom stidade ¢ Tealdade, conforme 0s usos do trifico, pois dare relacées juridicas de confianca e nao s6 relagdes morais™ (grifos do autor). t, $5 122, 179, 307 ¢ 309 do Cédigo Civil ale portugues; ants. 197 € 198 do Cédigo Civil grego; ¢ arts 421 e422 do Projeto de Cédigo Civil brasileico. A OPERATIVIDADE DA HOS-FE NO PROCESO OBRIGACIONAL 493 Hoje comprecnde-se que o instituto tem um alargado campo,” idade para além da hipétese do dever de declarar as causas de invalidade do futuro contrato, para abranger também danos decorrentes do processo form infringéncia 205 deveres instrumentais de comunicago ou informagio, de cus- lia, de segredo e 0s de conservagio do negécio,”™ e ainda as ages em que nto se tenha celebrado nenhum negécio por ruptura ada da fase negociatéria ou deciséria, desde que se tenha de modo a criar, na contraparte, a fundada expectativa de que © negécio seria realizado." Este € 0 terreno de mew particular interesse em face das decisdes judiciais que inauguram esta secgho. Convéin examinar como esta posta a questiio em termos de di comparade. Responsabilita precont "A responsabilidad incon demasiado complexa para se compaginar com afirma Motta Pinio, segundo o qual a diversidade dos deveres que decorrem radica na diversidade do comportamento a que as pares & adsttas em cada um dees, na divesidade do nexo de imputagao exigvel 3, na diversidade das sangdes que a lei faz corresponder a essas violas figurando tat responsabilidade “um canceito compésito, uma abstracgio doutrinal, um lizadas pelo seu regime” (A respon mais recente tem conferide particular atengio 30s deveres de ir diversas daqueles relativos & comunicagio sobre as eausas de i contrato (Responsabilita.. 1-6 9 “dyno, v7 “ostaey wletueC 239}91 CULOD ‘ge6I "ZT "U 'O6L SLL “E131A Bh 22UEIdoD00 pu saffo mn} 2500.30 “oe61 ‘sDeaUoD fo mo} ayy ‘worsutns [anus ap souIEGED *opuoyminuos undp, 9 *qeuorSeUaIUE SO “wopiqy "wopt ‘0g °d “119 “apmpmgnsuodsar y ‘mneuog ‘A to} ggituvouaue-anou vuUnnop eu vpesion sso) Buueyy ap ovd -daouoo v o[nogs aisap sepeagp stitounrad se apsap BIOgD OHA, ‘sgl@uy owanp ou eusaut ejad opeiope osinoiad ov orSejar wa eUoUgINE vO} ap opwaryouuoD un vdinD wp ‘tuinnop e nanjoauesap ‘mejnonzed aysou “anb ‘ouvouiote-c10U onloup fou jeIsadse wo 211090 oss] “epuoyruiuos ui dino ep eumnnop vjad sootisy}alo Souroysts Sou sopeSus9qe sor somreyjoutes sopey|nses w wosEe mmf poos 1 se!90RAU ap J9Aap Ou SepEpuny ‘seAB9I SLO — 19 RLpIR Wa JuaWNKado8-fjas Op LINUUD} e ¥5IO} ypEMUDTE woo 2814 9puo — say uounioo ep o¥dIPeN ku OWISOU ‘ap HIDUBISUNDIIO © fonjusee q-[euorobUIDTUL OESEYENYOD LP TG: vu EpemIs onb 1008 ou-pud apepltiqestodsas ep rowen anb wa oyjeqe t steroo8au saodeyo twa none osroustsd 0 wanb woo ‘onno op oxseui09 vu “epepigoxd ‘wu ‘apeprea} eu ourofns umn op vSuEyyoo ep vjaim y epIsLIp eULOU outos ojuatessardya eprsoquosai ranizafqo aj-v0q ap osauod owdoxd ou, = aoe piso ‘Sopeno Sonu Soane|si#a} so}xa) sop opueutod op wipre exed “[eIouasse oIaWIa}2 OWS SUELO Lop e1OUEAD|an Y yy DINO Mu DaNi22{qo vupyfuod sotidd svp Dun Dpno bund no vumn pend a8ans anb wo ojusiuout ow 94-00q wo 28-FEOdLIOD ‘op ovSeSugo up ayloy 95-vuI0} O199Fou UN ap OESM|DvOD opdejar v,, 2nb sesopisvos or “oe aise emuaae vuLNop Y epipny wuryuad v 9 “res0r4a1 wog 2 “ezIEpU 95 OND O gq'.O2 -gud saAap Op aonb epezitesoue8 oxuido,, imnsuos apuo ‘erpy vu x00 WNSsy -arpdiy sep [erotpnf owaustafoauasep onusiuoo © opuenjgyssod ‘sieiaB seynsngjo ap saaenve ‘Seutoysis savuarayIp SoU ‘epessoA Ian vUpreUL ve ‘exon wo ‘onb 9 osst Jog "wiagid eary|siza] ovSezioidn joxsssoduat P OBS SEIDUEISUNAIED SeSs> ‘EIQ, “O]NOUIA © OpIAfOALLasap apUO [B1D08 -onqurguoze eougiqune ‘soured nb e ‘seaneren se sepezijear uneioy stenb sep sgatate se}sugisunasio se ‘opnawoud wioy anb ‘oyenuoo ap odin 0 outoa sie ‘ow ap somuawiaja Soua> seoyrpenb lag 2 soodunsip ztiodo osioaid yios ogSunis epeo ura ‘anb aquopraa 9 ‘epey -ninioy wisse 295 assopnd e198 esas, ap aysadso wwn eioquig ‘opinjou0s r2s oyentoo 0 anb op ‘ouMSa ‘anevada & ‘enno y ‘opeias 4a) sored sup euin 9p O15 Op Set “opINjouOD 95-10) BM CJENIUOD O 9 pidurou opis 29) eaneyen wap ovey op oFU au2000p ovdenoudas :opeMLa taiag 198 oFpyur ap aAap ‘SoudUt ojad “ood WH ‘euuo} ap ‘Seanuicn sep ossavar ap asaipdiy e.sturmexa os Oy opvandoa onasp op vumsowd ‘svanvinu sop vamdns vjod joivo8au-pad apupyrgusuodsar y ¢E'S ‘OgvAR OLIGO 34-VO8 ¥ ver 496 ‘A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO matam accsos, aparecendo nd contrahendo aos deveres decorrentes da boa-fé. Como relata Daniel Caruso, nesta época, dando seguimento aos trabalhos de consolidagio de alguns ramos do diteito comercial, a Conferéncia Nacional para a Unificagio das Leis Estaduais assumiu a missao de redigit 0 Uniform Commercial Code, obra que, d uniformidade de aplicagio a todos os tes de uma operagdo comercial, seja na Sec. © dever vem previsto para a fase de execucdo do ido (performance of enforcer , Seja em diversas ina da compra e venda. i norte-americana a di tamentos negociais corresponderem a cdnones objetivos de corresio, prevalentemente concretizadveis segundo os efetivos usos comerciais. J4 a boa-fé subjetiva vinha vinculada a0 critério da honesty in fact. ial Code, de 1952, que abragou tdo-somente a versio subje- tiva da boa-fé. A interpretagio doutrindria e jurispradencial, contudo, evitou que o retrocesso fosse absoluto, ao insistir nas regras re compra ¢ venda, que mantiveram, mesmo naquele texto definitivo, © reenvio a0 standard da razoabilidade.*” Em 1964, com a publicagio ‘derich Kessler e Edith Fine na Harvard Law que 0 UCC, na versio texto: “Good by a person of the reasonable commercial standards of any business or trade in which he is engaged 2" Daniela Caruso, La “culpa. cit p. 18, 2%" Culpa in contrahendo, bargaining in good faith and freedom of contract — A comparative study, Harvard Law Review, 1977, p. 401 € 88 ©" Daniela Caruso, La “culpa... cit, p. 20. [A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESSO OURIGACIONAL 497 jodavia, a0 apreciat as nogdes de fair deat ravés direito norte-americano, os autor boa-fé e de usos do tréfego dem americano per suprir, funcionalmente, a caréncia de normagao specifica & responsabilidade pré-negocial Mais recentemente, outros e: mente da questio da prec € rediscutido as suas bases, seje para as si \ se ocupado especifica- 1 direito norte-americano far nas teorias do injust |, erro na representagio 4 (specific promise), seja dever ou de uma obrigagao geral de conduta (general fundada na boa-fé.”! ido, neste ponto, do que o direito norte-amet wesmo aceitado, por forga da confluéncia de regras dos statutes, ainda que em cardter excepcional, a configuragdo da respon -contratual,®® muito embora a forte desconfianga, do juiz. ing! © da boa icos que a doutrina melhor 0 inexiste norma similar & do a equaco proposta relagio pré-contratual = relagio de *"Centas regras de direito obrigacional dio suporte 20 yento de um amplo quadro de responsabilidade pré deduzindo 2 jurisprudéncia a existéncia de ama rel se desenvolveu. No Cédigo Ci ibourg, 1990, p. 656, em especi ton... cit, p. 96. responsabilidade... cit, p. 30, grifos meus. 1 Assim 0s §§ 122, 123 e 307 do BGB, tepretados em consondncia & ‘ladsula geral da boa-fé do § 242, permitem aos jufzes o controle sobre 0 ‘comportamento observado no cusso das trataivas. ado ‘ayesoua8 vjosnejo sun ved paucu e] ayo ozzaid 1 apuasdwioa ("*} onsanb v oiueng), Zondos 01109 feutSU0 ON ZzB "WP “208 “d "39 “2UO!ZSIOME IP SMLON “SHEED 4x) 4unjouod 9p sogiseoo senno ap vpsod vjad ‘iozip fea {aouny9 aumn,p ouad) 2: 2p npiad wjpd “aaisnyput ‘opezusisese9 198 wep p apepiniqrsuodsar ep euLioy v qos eAzzIUepUt {WISSe EpUTE ‘eUoIseao sogSeIoosoU sep UpLdy! op Lee BP [!AID OBipo- 0 awuare> “eS og STUUOLSIPEN SvSNeD SeAp sep atapuadeput 1uoly sep epeqRurAp & oYUIUNLD axqe 9s OSSt two: ‘vjain ap vi8au wp opSerjduie "yerouapndsuinf 9 vuyunop ovS -nnsuo9 vp via sod ‘opwaye oxtaaip 0 omwupe "sogdeIo08au sep ougared op s0aty wa opSaj0ud 9p souaxap anauepuny S| 100 sagbej24 ap ‘ogSemngeius wou v anb op opnuas ou vjdure rorpiinf opStsodosd vusn 0d 0 a1usuNnO1|dx9 eSoyuooas opU BIOGuID ‘soKUUIED S219 104 recall epad epeus ppyreazymps) ovSovoud ap opSojes viupanen wun wH2 2S-opuepuny ‘ouSaiaxd ap Sazanap so sopos apuaarduros,, ‘Sueur wuye ‘jeab nuoa-sud opepyyiqrsuodsax tp 9 oenI4OD op valisod opSejorA 66 —TWNOIDvOINHO Oss3D0H4 ON Js-¥OR Va TavaIALLY AAO ¥ 2 8Z£ § ou ‘,cxaniay v oxSeysead ap essowoxd, w gO O sHIN2as OF USsY SUptUULoiop seossod sonp aN Sef OU Jou bp Kufiavg ap orSdsouo> ¥ sopore epuie “G:DK Op sazeTEpar sojad opeyuos opis sa) 1anbas eurapod ou anb oe FI eamionais9 ns u9 wuoTesi19o Uupioeja4 vf @P uptoonuysep Pau|MuNts ey o1erpow,, nyznpoud 25 sHeBay wo 1 Suqo sanbefat sep oysianuoD. oMeAUONEH OpUnIG "eH jwUO!eTIGO coptejaa up orsuedxo vp axpenb ou ‘jemenvos epepygusuodsos © owo ‘i9su 28 wipquiey ,sostoosa a1uesed ¥ID¥DY WoD CIEIUED, op oFISaMb y 08 4 "pw ‘epuoses axed "yo *~ouoyzayo1d yp aUMON “SIBUT D1I0}UO es eos @ “eR61 “(ound oped) auorzaroud ip u2nop wad ED ig’, SOHDDIO seim3iy se “gq op ‘] “CZs § op ¥:801 eu sIMJouF apod as anbiod joc] ‘stemesjuoa soidsound sop sapjow: sou apepyiqesuodsar wun euruszotop IA ens B anb WIS yIsa ovSa}axd 9p saxD49p,, Sop ad Y gg"attedeniuos ep suag siuap sop onSaio1d & 30 9 ‘ovdvisaud v assaaia op ovSowosd 2 oeSeziqeas vjed sopuduna vs sousuuid s¢ -,ovsaioad 9p sounrop, ‘9 org YoHUID_{ 10d 2am) VSIA ISON, “52 ‘sonoit sore sod opSeztuapur v aigos w1Ba1 vjad so S0 ‘OiUIS9 opnuss wo steuoUTNEd soup sop eusajqoxd ov vpeiedo eouigat ovstaai ep oupenb out, op suy sop ouexs,, 0 Joazpurosazduat ‘anb 95-1apisto> anbsod oss} wud op5v8nugo was jouosv811g0 opdojas ny B5umfuoo sod 9pep yiqesuodsas ewin 2p ‘701905 o;2vsuo9 op woprsstuioxduico wos, ep ‘au1029p anb “om19s9 onouIp ov aeuoMa|du109 ‘ewOUgINE [eUEIOSIZq0 ‘OuEp 2p OIMP op cupyeUL OawARI OLIRWIG ON g4-¥O" ¥ 86b 00 A BOA-FE NO DI avaDo. n esclarecer, informar e aconselhar 0 futuro co- contratante acerca dos pontos que se para a formacao consentimento, “de tal so condigies rement tenha nascido, por icios do da mesma faute précontractuel P46 e55, (8 Assim decisio da Cour de Cassation, 3tme Chambre Ci wement que I'acquerSurd n'a pas obtenu le permis de construire ms 66 autorisée par arreté vi par des réseaux de viabilté, de Ia vente, décide ‘que la divison ‘que le terrain 1 pour fai justemem que la societS venderesse et son géran transactions inmobifiers, avaicnt, envers ‘omis de préciser oe poi Jurisprudence, p. 457, grifos mous). Assim esclarece Jacques Ghesti idem, . 458, no orig de sens que si consentement de! Vieios do consentimento, [A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESSO OBRIGACIONAL SOL em matéria obrigaci * POUCO a pouco a dé cia francesas, mediante 0 recurso & nocio de “reticéncia dolosa”, vem se inclinando a objetivagio © consagrando a obrigagio de contratar segundo a boa-fé. Para tanto, enquadram-na entre os “deveres de cooperagio” insitos ao trifego negocial.” “Ea pr conclusio dos contratos de uma obrigacdo de informar lealmente”, rma Patrick Jourdain, “que perm tratos. Nesse sentido, foi da mais ragado em acérdao da Cour de Cassa segurido ‘0 qual “a boa-fé exige um minimo de revelag3o quanto As prestagbes oferecidas, sobretudo se existe a desigualdade das partes proveniente da superioridade econdmica ou competéncia profissional de uma delas”, referindo a fundamentagao deste julgado que, disposigdes legais, a boa-fé contratual acresce um dever de honestidade clementar de esclarecer 0 co-contratante sobre todos os elementos habeis a 0 interessar”."”” Esta deci restou isolada. Yves Picod refere aresto da Cour d’Appel, de 1980, que fundar informar aos seus clientes no dever de agir com lealdade, pelo motivo de que “o siléncio desteal (..) cons lagdo das disposigoes le cocontractant qui a permis Ia sanction "article 1116 du Code Ci ‘manoeuvre positive et indépendamment de 1 érreur bém referido por ¥, Picod, Le devoir... apopingesuodsoy ia sjejooBeu _seapeyen sup ase} Pu3}-v04 9 2pep|zo] ap Jonap ov woUaUNFU opuEdDyE “CUM -e7quopu ode v ui09 soupraudoId SO weIess213uy '~ OFs509 ¥ s9ze) 2s aed reapstradsiput o1wauunzst —ozuputtoojoqeis9 op epuaa 2 exdutoo op waniu9s9 & se#z0mo'e waresn2o1 2s 10d ‘opnnuo “2 SeoquoJap SagSepESU! Se OpueZIN “sauopaoausoy so woo opueyoewos ‘sepefaxdure se suopio opuep ‘o|-Uod v ‘owo9 oquaw22jaqeisa 0 sedno0 # os opu soupUOISSD9 Sostai21d SO “opsooe assop o¥221 wg “oquauui2a|9qe1S9 op 35-opuEsnas ‘sa1opozeUH0y Sojed songanuo ureaeiso ovu upure seus Seay Ops WEY sepuatuoaua sep nisisep eupwoissa> aued e enb o woo ep smonb 2p ogss39 B uawyegIoA seproge e saUied se “soproa1 2p otnyew0> ov oper!pop e1ed oyenuos ep anue1i029p ot 4121 ap 40x79p toypod opu sajanbo anb muof oun op “userapavo.d “wes 39 BS SmuaLIODAN BIOBE SO SOPIODa wOTE SO WO saoSeIDoFOU seu anb auapiae g,, :o1en1U0D 0 sInfouoD B uraHA ap ancioodxe tu ‘operjuos waxar soptsa] So ap ovej 0 “Teungin op opSoip bu ‘2s-nounle J-¥0q ¥ opunilos ove11U09 0 s0I90Bou ap J9K9p op eigen Y aac w¥oipnfaid v eyUDA “eissUoW| OFM eINPUOD Ns E WoD ‘wand seziuavopil ap s0x9p ou sudun9 o ap axlep no oVwsUOD win a1—90SoN no aqUDWERSUOY CFU wFON aIMNsuoD 9p v ZeIoUgNbasuOD eUIsOU “2yuouworHo “161 anap o1djounrd ‘oonugpr ‘owsaut ‘opuny ou ‘assep ProUBAIOsqo ap kaye] Ea OVE:IUOD o (ertOWTEMUOd No) WAWEIssUOY, suduina axap as anb 2p “081p95 ouisouw op ,'90y “ME OP | “YoU OpeLE -roues © Woo vlougpuodsos109 PoNnEUNIS wo Ise “eUjasedusa ‘OrERIUOD ‘un aquatueisouoy 2e120%u aAap 28 anb ap ‘y"LZz "HE ou opEssLsUo oidyound Q,, opuewsye “277 “we ov epHaguos Jase opSmasdz=nut vv wson3nyod 9109 wpe seu E MOXY ‘= WISOD EplaMY ap ONE OLE HY {2p olvsua OsooueIsqns wa eprIUaWOI — ,,,08SIIeP epIpHIe EN vpurpsoued 2359 sB3ai[e “wigu0d “O19A “1861 9p O11010A25 2p s op “ednsng ap jeunqul owardng op ovsto9p eUiN)“TeoUOpradstaNf oLSoIp jad sepiyauoard ayuourepraap ogs Ogu ‘opnuas aisou ‘2p wyey e “opuenb syria seynsngy> sep vuszqgoxd o tag €0s BEE “d WOPL ye ; cated 12 FeospFiugo sop onauey "s0~) BpIAUNY ap oMINE eUryY aUITO;L 359 €¢ °d “wo ‘sotenue> sop ofou-pud YY outa Eno} ep oveqiy 1 apopinqosuodsoy 2s 2 Dyed “a sa03e8t1q0 ‘opsngouoa 01 sopeD “epure« sp ouetig "8 2 UNE OUEA, 29 °L9-99 “8 “xD “99-40q ep o¥dud ¢ "vals 90105 ep sn9T9 ap s05easq0 58 ousodoxd Fon 211 uot aren 27 pootd SoA 0g 3p sopmopxe 2A19 aAIOp suoRUDAUOD sap anb rueSUOL “ewuaito sous so aie ‘anaise yeso8 winsnejo epipnye ,OdIpLNE o1>IpA0> Op apepIDR) ep 9 sTeID0s sazopen sop tsajap ap oxSednavaid v “vlouaprad yetnadsa wo3 “eIinAe, owuenbaod ‘wo sangjnonsed sassazayut sop opSexapisuod eau 1OSIp BISap OoIBoJo—ja aor—Dq7 o,, anb sesopisuod ap Fou sv vanpuod eno v anb u1a -uowepuny 0 anb assviounue euLnnop v wsoqug ,c" aed ‘auoutesodins onb soup sojod 19puodsas ap wuod gos sv opuns2s s2p22010 “jap opSeuno3 eu outoa sozeuN ; > un ap OFSAYuOD ww Jenb © opundas “;¢¢ "we op ¥ vfas yen 809 9p e108 aud sou owuey 208au wlonb,, id ouatia; ou *3} ofpyjauag wa ‘Sostoaud S01 SISSOIOIU ap OHNO OU LF ze PAONEZIUSpUL 9 op ovdeynue renpiod 2pod 49xap op IN) 20D OP eWUDIIS OU 9 “SOStA S>sSON “oFEAUCD 21 Sose Sou ttIoquITs SoxaYat Jea0K%d 40d eqeoe suatiog © emuaoe “OpSsHIa! eA 0G ap supesnoox9 10 wanap saoSuanuoa sv anb elounu 1) O81P9D OP PELL HEP avant QUSHA ON a-YON Y 20s 504 A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO. ficado convencidos de que estes queriam ficar com o estabelecimen- to” ™Expectativa legitima, portanto, que os lesantes, ao interromperem fas negociagées preliminarcs, fraudaram, revelando “uma reprovavel falta de consideragio pelos legitimos interesses dos (...) recortidos”. Reprovago juridica, eis que sancionada com a imposigio de perdas © danos. auténtico precedente judicial, uma vez que retirou o pi f€ do “mero plano abstracto das proposigées ideais da ainda, para cortar 0 enten« dizer, “quando se iniciavam ou prosseguiam as negociagdes com 0 determinado propésito de ruptura, a que, todavia, se equiparavam ‘outras hipdteses em que se verificava a consciéncia de causar prejuizo @ outra parte”. Hoje em dia, superado o apelo a figura do abuso do direito - anterior recurso da doutrina portuguesa, ainda centrado ma tendéncia subjetivista -, recorre-se & boa-fé objetiva, meio habil, para atender “as exigGncias pragindticas do trafego juridico u aspiragdo a um dircito objetivamente justo”, os quais postulam atenda apenas & intencio ou vontade do declarante, mas também & sua conduta ¢ 0 confianga do destinatario” Nio € diverso 0 entendimento no direito argentino. A redagio do art, 1.198 do Cédigo Civil permite coneluir pelo ac: to expresso do principio da boa- f, de imediatos reflexos na respon- sabilidade pré-negocial, como demonstra decisio de 1986 da Camara Nacional de lo Civel, de Buenos Aires, que sustentava que “a boafé, Principio superior ¢ geral de todo 0 ordenamento social ¢ jurfdico onganizado, deve alocat-se como valor fundamental na hierarquia dos valores juridicos, [de modo que] essa diretiva impde aos sujeitos 0 dever de proceder, santo no desenvolvimento das relagoes juridicas © Idem, ibidem, grifos meus. 29 Idem, p. 18. © Responsabilidade civil... cit, p. 24. 9 Idem, p. 42. > Idem, p. 48, grifei [A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESSO OBRIGACIONAL S05 como na celebragiio, interpretagio e execugio dos negécios juridicos, com retidio € honradez”.”* Porém, mesmo antes do expresso acolhimento da boa-fé no a jurisprudéncia reconhecia a figura. Anota Roberto issico monografista da responsabilidade pré-contra (0 argentino, julgados que assim se pronunciam desde a década de 40, fundando-a, contudo, na doutrina do abuso de direito.™* A conexio com a boa-fé s6 operou, efetivamente, apés a reforima geral, de poder vinculante, podendo, em principio, ser retratadas, & necessiria a observacio ao dever geral de diligéncia, previsto no att. 109 do Cédigo Civil, 20 qual se relaciona « regra da boa-fé2"" Nesse particular, assinala Carlos Alberto Ghersi que 0 art. com o art, 902 do mesmno Cédigo, caracterizam normas que permitem ‘20 intérprete analisar a conduta das partes antes, durante ¢ depois do acontecimento dos atos ow fatos juridicos e das relagdes emanadas, assim como as citcunstincias fiticas que os rodearam.™ Daf a sua importincia na construgao, naquele pas, da responsabilidade pré- negocial Por i se percebe que uma das conseqiéncias da incidéncia do na relagao obrigacional perspectivada como um processo — mente naquele sistema ju co” — est, justamente, em que, “na retirada intempestiva dos tratos © Decisto de 25.12.1986, Sala G, in Jurisprudencia axgenti Sinteses, grifos meus. nsabilidad precontractual. 1986, 1, p. 230-235. “conducta de las partes’ antes, durante y después delacaecimiento de los actos © hechos juridicos y las relaciones emanadas, asf como tas circunstancias facticas que los rodearan, obteniendo una visi6n més completa deella, tantoen su estructura como.en sus consecuencias”.Tambsm comentan- ‘do a importincia do principio, Luis Andormo e Roque Garrido, in Reformas al Codigo Civil, 2. ed. Bueaos Aires, 1971, em especial p. 310. ss 10 Veja-se ainda Ernesto Wayar, in Derecho civil ~ Obligaciones, especial p. 27 € ss. ‘Gomme op soyu8) ,Sumpoysssumamryeg 1 ‘omMouroavvjos9 ap sesap 0% “oIRAUOD © apsnfouoD 428 OF JOQUS ‘ueIAAp Mo uHeIGeS anb o seo,uNUIe ap ORY “SosspHInf SoIopBoU sou ‘Sop ‘apops9s op s942p 0 wig Soper anb we Se owaWEpUNy O,, :Oze “d “UwAp] lee W'ene'y 2 ZT HE GO ‘opbeuuojut ap soA9p 0 “ga 28 vuoo ‘opeasosqo opis opuat ‘oaisy odu mas ov op oréeadepe ssod up vpusdap onde 1 anb “oauos 0 2922} oF a0 nue we copesosd “eimadns ¥ eed ‘orsnf opein8uyuos 98-391 nos2pISUOD OFSIIN Y “opasua © 3H ‘ureoyrpour zie ep 024 if owSeyar ep aru0y v eas anb > nsuos as-aqes foy anb op seen ov ‘eisua8uer v ‘opmuo3 ‘95-804 © squaUIEyaNIp 239J9 oLU sauog onb epeplan weq a nod op opsnjauos y 9 soreurmyard soren 1d oF agdxa no ‘sasaraj0 v iit NO “uLONIMO Y AFLP a5 waNd EP Wer anb © no 1oqases fea 95 onb 0 BSayuos aque yy Epes anb oodns eursow oBsnjou09 v2 'Snj9U09 v aHOduE 9s anb OpOUL ap ‘SerIqNS e tLOqETD 2s OFU OyeNHOD 0 ‘sivow saosvjeu 9s ovW a ‘vSuDsfuod ap sooipynt soosnyo4 cxeyNsaL sep stod ‘oFajen op sosn so sutioj409 ‘apepyea] a apepnsauoy wos as “aeuiod 9p wi9i Suatuoy So Sopor anb 9 wssed 9s apeproA wo 2nb ©, ‘exaiose ‘opmayid onaap ap oporoyy, yrwuo8 nas ou ‘onb ‘epuenyy ap saitiog 10} “omipyinf ofafpu op 80s epenfuase awawmarsuod 49s & “D: -pid salanap sop avo} & seas v ont ‘onpe|si8ay ontaurepany nnop oseduie onnaye Wie) a8 no ‘reaauEMLad ‘oPU_no “wraNMNSYOD as sages poo] op ovo} v wasinbpe wa ‘owsou sie ‘2 oUt uusse & sopeunsop ‘soprjost sopesjn! op @ 9 J9a]0s B WOSe oLIsoNb y “sas ‘opSoas iso wreangineut anb swermipat s -00q ap o1199u09 0 ‘Sou asjud “opesoUs aquoun “oonod py giv “opuds :eisaylupur 9 s9paooud 9s uuisse 9p ovzea y utarsis ovdnpuonas uns 1oa-g1d apepiyiqesuodsa: v sezedo opeaZoy wejaty og epure ~ yem LOS —WNoIByDIuWo OssaD0us OW a4-voR Va SavalALLYHAAO ¥ ‘asus 0 spav nny ep soyanp op o1uaus!2ayu0> 08 noBay> os anb ows ‘xed ‘ov watidepe as opu zine ep ony can 0 anbuod Opynjaue9 398 ¥ exe32y9 oFy ‘xenon 0 anb snpx so wrese8aye “sopap Uy “RUIY OPsPAIE Op sediomed =p oodX9 Up WISI ¥“SorEAUOD SONNO ap ¥SHDA! E MiO9 JEUWER 9p opexlap 21 nb ojad ojuenb ~ antauos op vista ¥ opunbpe opis wuo1 onb — ourpmasan ‘woo sesedsop svjod one? ovSeziuoput opuipad 2 {1813 OB1P9D Op E661 a {65 ‘Sue 50 ‘opipad op s2uodns owo> ‘opuesoxut“zuH@ wind & OpEUIISOP 30} 23qUs ob ‘SudBUH Sep O}U1 op s>}U" UIP soanod “eprpudosdans 1 epeprauoo ‘onb eAeR9[e wiome y “oreAuOD (9p ovSe192499 ep soque oItauOD op epesuadsIp 10} “SUNY WN 9p 3 © epepiauod ‘enb zie ewin 2p opsuaraid v auqos ‘Eg/6gz Jy Ut opeaygnd dod soyen Soy 9p OUD OUBALY SOME gy [o ug, ‘anos owes ‘gg “6 “19°90 8 opuvtooide owsaur ~ onb ,,,steiotpnf sagstoap 9 souputnnop sopms ysodosd nby walos 9p woupisunasio e as-voynsnt ou pf auexa op oduies o opmiujep opty 44 (ou jopso8au-p1d apopyigvsuodsos v oluowmpunf owes 9 ‘eUsHeW ep oprpinou e (oss s0q “vatia{qo 9}-¥09 vp odious oP ovdnpuooas uns v epeiado 195 2 rossed enb 9 aquawanuaaes 9s “|eiouapnudsunt 2 ‘oalgo ‘sour so8uo] ry ‘elas euros o eioquia wun ap aued ovxoyal esq ‘outal|stsq onaup ou (eooSou-gid apeply ~1qestodsay v seurtuexo ‘wo8e ‘euodunt ‘vuresoued 2180 opefaoesy, sog5e19082u seu seu!a1 ox0p anb 9j-eo9 & opunias epeiadsa 10s ap pISUOD & 9 eoUABITIP ¥ wos as-sznpuoo weaap (oreNuOD op soxeuusjard) soped se no (en2y0) ued ‘oorpunt ove sonbrenb ap ceSruui0g vu no souoreiedasd ‘OgVARiA QLIBUIG ON 33-Vo8 Y 90s 508 [A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO recimento™ atencdo (aos interesses alheios) de comunicagdo, de explicagdo © de conservagdo, os quais, por sua vez, “nascem da necessidade de confianga, no trifico".* Daf o conceito que atribui & culpa in contrahendo: “Culpa in contrahendo € toda a infragio do dever de atengo que se hi de esperar de quem vai concluir contrato, ou de quem fevou alguém a concluf-lo. O uso do tréfego cria tal dever, que pode ser 0 de verdade, 0 dever de diligéncia no exame do objeto ou dos elementos para 0 supotte féctico (..), exatido no modo de exprimir- se, quer em punctagées, anGncios, minutas ow informes".s lagdo entre a responsabilidade pré-contratual ¢ a boa-f6 objetiva foi objeto da investigagio de Clévis do Couto e S iva processual da relagdo obrigacional, fulero de investigagio no direito civil. Assim é que, poste riormente, voltou vérias vezes 20 tema, Em parecer exarado a respeito de litigio judicial em que foi parte ‘a Companhia Sidertrgica Mannesmann, enfrenta-o de forma espectfica, anotando: “Na culpa in contrahendo os deveres que se V (os deveres principais, mas, sim, os deveres secundarios, resultantes do perativo de agir com boa-fé ¢ lealdade”.* Na mesma Tinha de entendimento, embora fulerado em campo especifico ~ 0 da responsabilidade do Estado frente aos particulares em razio da pratica de atos de planejamento econdmico -,Almiro do Couto Iva, nos anos 80, alude & expansio, na Alemania, da construgio, ria e jurisprudencial da responsabilidade pré-negocial, tanto no Piiblico como no privado, em razdo da ckéusula geral do § 242, io supremo que informa todo o Direito das Obrigagées, sendo Fonte de deveres, quet na fase posterior a0 contrato, quer na fase das ‘tia-se entre 0s figurantes relacio juridica, que impSe a quem negocia proceder como as pessoas honestas procedem” (erifos do autor). idem, p. 322 obrigacao. In A Compa idenirgia Mannesmann, cit, p, 207, ‘A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESO OBRIGACIONAL 509) 0 fato de a Administragao Pablica induzir os particulares 1 ou qual medida seria adotada, incentivanda-os a dirigir jo gera, evidentemente, 0 so de dano , com base no dever tratativa a crer que seus negécios em d: dever do Poder Pi cendo as dificuldades que, no primeito, se erigem, a fi cléusula geral de boa-fé no direito das obrigagGes. A: particular: “A boa-fé ol no campo contratwal — sempre tomando-se 0 contrato como proceso, ou procedimento ~, norma que deve ser seguida nas varias fases das relagdes entre as partes; 0 pensamento, infelizmente ainda muito difundido, de que vontade das partes conduz 0 processo contratual deve ser d afastado. E preciso que, na fase pré-contratual, os candidatos a contratantes ajam, nas negociagées preliminares ¢ na declaragzo da jevelacio de dados obtidos em confianga, nfo realizando rupturas abruptas € inesperadas das conversagies ete”. mente. 5.3.6.1 As peculiaridades da oferta no direito brasileiro Ao tratar o tema da responsabilidade pré-contratual, Antonio Jungueira de Azevedo observa que. entre nés ~ diversamente do que ‘ocorre em outros ordenamentos ~, existe regra expressa segundo a qual 9 A boa-fé na formagao dos co . p. 78:81, contratual no Cédigo de Defesa do Consumido © Responsabilidade pré-contratual., cit, p. 4 ti od “6197 § TIXX 3" “-opoio4y “puesn 2p SaWOd BUME;LO £9 "ys ‘pe6r “opnunsUeD op ona visnay ‘ounsuos ered srerso%eu segsese;20p seu opSEWO}UI {9p SODsLE 9 S219K9p Sop oo!pHnf swiBar o 2 wiovaredsuEN ap OANelAO O UT we or 8p d 961'y § THANX 1°29 *6PEIEUL foe squeydyo o ‘wsodord © eprueW og as “eaugHbasuos ow: “091t931 no ‘orINSa opNuas Ua OESeBAGO PY ORL SUT “JaayBORauH TOF FIs 95 “ouafo p sarin ap s299p 0 yyy joossed voypnt ovsvje4 owD 9s anbsod ‘vompuant opSonous “ants osst ‘by SEIN “a1uatayo op aud 30d ovdeysaid vin @ opsuayaid — euaJo ® vpisimp 105 won w ajonbe — oyejqo op aured aod “py ovu ‘{JA9 08:p95 op sous; sou ‘omouwour assop soy e219 o2:p13nf o1998ou 0 ins ye 9s onbiod ‘oxdenaoe @ 2 exsayo & « jun sooipuinl soro9Rau Slop so anua ,.wafpjoo,, ® Wiod aoseU 9s ais -21290f woU O 9 a1290F 0 ‘buvp 0 — soisaud ap s9n9p 0 “orsei{a08 Up SoiuD “aiueHa}O O wind yy vu epure onb wo epipaur eu ‘oeSe8liqo 2e2 oyu pure seu ‘oRSeynoUA, {30'L "Ue Op soway sou ‘eUa}O e anb 9 oss} 10g wopai9 aued ep opsuajaud v woo ‘aquowusgjod “euorsefa1 2s Seu “([an}81x9 OFU pute (3) eprayp & to wd ‘ovSefar t Wo> Wat epunyuo> 2s ‘opSdaoe wisou ‘anh Of gg"oSoisoud ‘sopaso un e atiooap anb ap 80°1-080'1 “SHE ‘90) epiqooar esodord ep ® (01¥|GO NO) opeLa}O ov onBay anb op saya epute a1U912}0 sap oped ov 18049 epipadxa no ‘sayuasaid anus Joy eaxeyo & a5 vpersayiueur aquaunere:pawtt = ogSeijaoe v ap stodap (rexa]01 ‘1azej ou ‘Y9ze4 ‘rep) amuapuodsex109 oxSersaid © semajo v olNspe FISe aiuewos visodaid no eHa}o & ze} anb openibe “ se opunas, ‘ OWISOU ON ee 9 ‘op owsout od op wysex apepyqejnouraus ¥ as no ‘Se0Smnsas naDay -aquyso vs2jo wu 2s 0120x9 “Boy OpE|NaULA Seu ‘oPEBGO 9 OLU ypuLE 19 081p95 op ojapou! op seoUgUOE syeUr sey uomsof 0 ‘anap ovu vpue aquaiazoo, “ye ‘anb 22a vuln‘, eIMaWIA, OWOD 2 104 ,aBTUgo,, ogiaN o “epuEsIIY ap soIuog op opiuido UN, TIS TWNorVvonao ossan0Ud ON 3J-VOR Va 3aVUIAUYEIO 8 208 V wo “L9 “d WORE ie 6-9 e1 opquas 1uo> onb op oSunsizaae ¥ “onmeuod ‘9 “ggg"1 9 “,kBLIgo,, opssaidxa ep auTeXd o waa} epuNsOs 9 50 9 F189 aNIUD a aiuatos9p oF 9°: fopnuas wo w2Jo up opSeInSyuoo up opisonb ¥ ouedsay zip exaun \y ‘sgSeaprstios ap urapio eydnp eum e znpuod ovdeatasgo vs suey nbe ou “9 ors) vonb,, “e suorDeBugo apup anbasu0o owes weu9;0 0 anb oiwaure>tu% saz 2s-apad requaioeses vied apepynoyip eung|e ‘auapisa ou ‘efey eioqaia, ‘anb some o opuawe ‘opSisodsip wisep iste y -,0Se> op seIsupIsuNastD sep no olog8ou ‘op ezaumyeu ep ‘vjap sowuay sop 2eyInsax opu OUIPNUOD 0 as ‘uauodord © w3uqo oenuo> ap visodoud &,, rend 0 opunas “jal 0810; op (080°F 32 op opueui09 0 3 .,«"a1aUOdaud 0 PBtzgo orE:1U09 op TaI9}o B A eUay 3 ooo ‘erosd ap 0 (OAVAnIA QLIBMIA ON g¥-voR V ors 512 ‘A BOA-FE NO DIREITO PRIVADO fis perdas e danos ~ mas nfo a execucdo espe Poderia ocorrer se, accita, tivesse ocorrido a bilateralizagio, A jurisprudéncia, contudo, passou a estender 0 conc: obrigago em sentido técnico, ampliando-o para tu wk resullam do trifego de massa e, em especi de mensagens publicitérias, ov “propagandas”, 3s quais se seguem contratos concluidos por adesio, Nesse sentido, é paradigmtica a decisto do Supremo Tribunal Federal, assim ementada: da oferta ‘Seguro de vida, Contrato de adesdo. Seguro de vida sem exame médico. Propaganda. Os compromissos dos antincios incorporam-se & convengio. Interpretagao do contrato. Alegagio de negativa de vigéncia dos arts. 1.443 € 1.444 do CCB. Stimula 279. Disstdio retoriano no comprovado, nos termos da Siimula 291. Agravo regimental desprovido".** © caso nem precisaria ser descrito, situagdes como a que dew origem ao caso. anunciou, por comuns so, na pritica, in sintese, a seguradora impressa em volantes, e “em linguage como observou o ministro relator, que o seguro, “o mais bem bolade que vocé jé viu", dispensava o exame médico: “Preenchendo © modelo de Declaragio Pessoal de Satide, vocé evita todas as formalidades, andangas ¢ burocracias que 05 exames médicos strado conviccao da desimportincia do im diversamente, impondo ao segurado o dever de informar as suas condigdes de saide, se nao realizado o exame médico, Para o efeito de elidir o pagamento do prémio aqueles atingidos por moléstia & época da conclusio do contrato. Ora, 0 segurado veio a falecerem virtude de moléstia pré-existente 20 tempo da conclusio do contrato, com o que a seguradora recusou-se @ pagar o prémio as beneficidrias, o que motivou, a final, a decisio da Suprema Corte, na qual vém postas as seguintes razdes de decidir: 59 Assim aobservagio de Antonio Junqueita de Azevedo, A boa-fé... cit, p. 83. 0% AL 88.416-RJ, 17, rel. Min. Néci da Silveica, undnime, agravante Sul ‘América Companhia Nacional de Seguros, agravados Matilda Barbosa Gongalves ¢ outra, j. enn 03.05.1988, publicado in R7Y 107/1.013. © Conforme o relatério © voto, no aecilao citado, p. 1.015, [A OPERATIVIDADE DA BOA-FE NO PROCESO OBRIGACIONAL 513, ““Cumpre neste caso 20 juiz no estimular comportamentos anti- sociais empregados na coleta da economia popular pelas grandes empre- sas, nestes tempos de fora arrebatadora da publicidade. E preciso arar os incautos. Assim, nos contratos de seguro de contratos de adesio, em rumentoe em que aatrayio do cliente se faz pela propaganda, os compromissos dos antincios devem se incorporar as convengaes ¢ prevalecer sobre a parte impressa que for conflitante, ey nesta, ainterpretagio, na divida, se deve fazer a favor do segurado. Ea ligo da doutrina ¢ da jurisprudéncia do mundo inteiro” 2 Se bem atentarmos para este acérdio, perceberemos que, em Silkima andlise, 0 que decidiu a mais alta corte do pais & que, consideradas as regras da oferta do Cédigo Civil (pois a mencionada Gecisio & anterior & vigéncia do Cédigo de Defesa do Consumidor), aquilo que fora ofertado através de andncios publicitirios, na fase anterior & formagio do contrato, ¢ que ndo integrara a declatagio que se bilateralizara, ito é, 0 contrato, possuia, mesmo assim, a eficdcia tipica de oferta aceita, vale dizer, eficécia contratual. A questio nio se resolveu, pois, em meras perdas ¢ danos, mas com a imposigao do dever de prestar, assumido pela seguradora no antincio veiculado na fase pré-contratual. Esta decisio antecipa, além do mais, a solugdo que veio a ser adotada no Cédigo de Defesa do Consumidor. Ali, por forga dos arts 30 e 35, a oferta, por si s6, ainda que veiculada mediante mensagens publicitrias, vincula e obriga o fornecedor a executé-a, nos termos propostos, podendo o consumidor exigir 0 seu cumprimento forgado, e nit s6 perdas e danos.* No Cédigo de Defesa do Consumidor o tema 6 reenviado, de forma explicita,& boa-f, que 0 informa como prinetpio estruturante do microssistema das relagdes de consumo Esses dados permitem concluir ser a boa-fé relevante no 36 na fase das tratativas, mas, por igual, na fase da oferta — entendida em Idem, p. 1.017. ‘dem, ibidem. Por gual, Alcides Tomaseti Jr, O objetivo de transparéncia. Cit. Escrevi sobre o tema em "A incidencia da boo-f6 no perfodo pré-negocial: reflexdes em tomo de uma noticia jomnalistica”. Revista de Direito do Consumidor, vol. 4, RT, 1992, p. 140. Art. 42, ine. IV, in fine 661-4 WPT 4 ‘omminsur op oitiewiafonuasap omunuoD o8 2 oxsusaiuIOD ¥ sejauel pug Sopejos! ops sop sn 0 7s0d ‘eipesno vues ogu ‘seurarstssoro 19 opdejaz-30n01 ‘oumnsto9 ap s¥oipsinf sadn nop orSedioowue twa “9s-nootjton 24 o1waurested 0 wa} Joyjaus ap anb o ‘oruido ib s0 ~ Sopeyowo> soisaie sojad owso9 waq nop sogSssodya sejad aqoaiod 2§ owtos) pepraniio> ep eoxppint ppnadstin{ ap wuseyo vlougtostos ep opSeanoalgo eaIsio9p,, SIS TWNolovoraao ossaooud ON gu-¥oR ¥a JOVaIALLVAGO ¥ 882 1L1 4 “7861 “cUD Ep BBeIg “D 9 HAWN OINME ‘py saIoInOg, ‘Sauossajorg Soe waBeUeUIOY We sopmisg :I99d89 MNOS “ONCE ‘109 o8018:p) opnuas nas o 2 eusa|qoud nas 0 :ooyppnf eurersts Op py S89 961 d9 58.9 79 2661 TR ‘oinea OFS ‘woprunsuog op nsafoc 9p oB1p92 ou saxotmueg “sonbsoyy ELIF ‘xpnylp 25-tFaa ‘oprunsito3 op ws9j9C1 ap OF OU 3-008 ¥P BUIEXE OBE ese) SToajusaasipul,, elaEpor ~ op: sowautout s1op so BBas#e anb ossaooad osapepsan iso Y “eUa} sojepow 9 seunoU sep vonpuiBop-oo7 jod sojapour sarsap 089 tp ned v eumrsts jeax anbuod ‘anuodyoosuo nun “opey wn ap i290) vIdap I> taqopsop op oxseztfear e ayuetod Jaded jeiousuodxe Juin 9qeD gq'S9AIN, WHTOYULSED OIWOIUY Naqaasad “vuINOP y ‘aiusioynsur no ‘epenbepeus eperapisues 40} sassazoyur Sop tupiunjon oSenia e opuenb ‘pomrs3409 opramos 0 «vi9qK0U09 ap ondje 0 tut ‘opbeinourn epuajas v “xf apsap 2 ‘9 15 sod “2ooqaqns> jemuana uzdas tied 99-009 v zejade s0pe3jnf o any So onuD oPSeINOUTA ap vroUaISTYO v LUTLUIEIIp “aatiaurerensqe ‘onb 19] eudoad e 9 “eu2y0 vp asey ep oz1s820 40d wp “souvp 9 sepiod sep owed 0 preunusaiop 2 sopudwnosap unesoy anb sarasap so pre “zon ons sod We 95-809 as-iepog “sound sv a4iue voippnt opsup x9 D ADiD}22p v JOpesTaL O seKd] 9p OV1a}O O OLD} *W2sIpIOU! ‘opuenb 9 ‘wanprour ag “ase op seroug. 3]-¥0q ep uraui099p enb souSKop so “sea jd sagSpr9080u sap sey Bu “3 035] ‘oseo ontautd ON sopeBinf 0 vied opie) anb aoueoqe 2 opeayiusts 0 9 ovSenie wns 2p opout 0 ty Ost 10d “OStaaIp opuas ‘a1Ua!9)1p BOs “PLIOJO up ‘opisv00 sod vfas ‘staneyen sep asey eu fas ‘osad nas o ‘opmuog eansnt 2p oarzesadut owlo2 sope3{nf ov wsciuasaide as emerUoD opSejax ep voeay aquouetouersgns oyred @ epaim anb ito S201 o81p99 ov OavAnia OLIRUIG ON 93-YOR ¥ vis

Anda mungkin juga menyukai