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Zé Limeira nasceu em 1886 no sítio Taua e foi conhecido como o Poeta do Absurdo. Após viajar por várias regiões do nordeste, ele retornou para sua casa no sítio Taua, onde participou de uma peleja poética com outro cantador. Ao recitar o poema "A Pavoa Devoradora", Limeira caiu morto subitamente, encerrando sua vida para entrar para a história como um dos primeiros poetas surrealistas e tropicais.
Zé Limeira nasceu em 1886 no sítio Taua e foi conhecido como o Poeta do Absurdo. Após viajar por várias regiões do nordeste, ele retornou para sua casa no sítio Taua, onde participou de uma peleja poética com outro cantador. Ao recitar o poema "A Pavoa Devoradora", Limeira caiu morto subitamente, encerrando sua vida para entrar para a história como um dos primeiros poetas surrealistas e tropicais.
Zé Limeira nasceu em 1886 no sítio Taua e foi conhecido como o Poeta do Absurdo. Após viajar por várias regiões do nordeste, ele retornou para sua casa no sítio Taua, onde participou de uma peleja poética com outro cantador. Ao recitar o poema "A Pavoa Devoradora", Limeira caiu morto subitamente, encerrando sua vida para entrar para a história como um dos primeiros poetas surrealistas e tropicais.
Z Limeira, conhecido pelo o Poeta do Absurdo, nasceu no sitio Taua no ano de
1886 e faleceu no ano de 1954. A cidade onde nasceu , Teixeira, foi o principal reduto de repentistas no sculo XIX e onde ,segundo Tejo, a viola teria sido usada pela primeira como instrumento de cantoria l pelos idos de 1840. Vivente at o ano de 1954, no h registro de sua voz. Fitas de pesquisadores que gravaram algumas de suas pelejas sumiram ou se deterioraram. Depois de peregrinaes pelas Alagoas, Pernambuco, Cear e Paraba, o velho poeta sentiu vontade de voltar para casa, o corao apertou de saudade do stio Tau, na serra do Teixeira. Saudades de Dona Bela, sua esposa e de suas filhas. Uma bela noitinha chegou no Tau, seu rinco, santurio onde descansava.. Mal chegou em casa, chega o seu compadre Chico Pedro j o chamando para o aniversrio de um fazendeiro. O cantador alagoano Bentevi j estava por l faltando apenas outro para se completar a parelha. Limeira diz que no vai, a noite seria de Dona Bela, mas se a festa for transferida pro terreiro dele, no rejeitaria peleja . Pra dar nesse nego vio tem que ter foigo de 7 gatos, costumava dizer. Mais tarde chegam as pessoas que estavam no outro stio , com bancos e demais apetrechos. A festa ia ser mesmo no ptio dos Limeira. Inicia-se a peleja entre Bentevi e o dono da casa. Aps as saudaes iniciais onde so feitas as dedicatrias e homenagens iniciais, o primeiro intervalo para lubrificar a goela. Na retomada da cantoria uma comadre lhe pede que entoe O Romance da Pavoa Devoradora. Limeira explica que s pode cantar depois da meia-noite sob pena de cantar antes e morrer. A audincia insiste e Limeira, quebrando o preceito diz que vai cantar. As filhas e a esposa tentam demov-lo. intil. Palavra de sertanejo dada, mesmo que morresse, partiria feliz, alimentada sua honra caprichosa. Aps solicitar um silncio total, fere as doze cordas de sua viola e declama as sinistras e pestilentas estrofes do poema. Com as supersties provocadas pela corda de tragdias que assolaram a humanidade, descritas no poema, alguns ouvintes saem do terreiro e Limeira vai desfiando o rosrio lgubre do romance. Assim que termina a cantoria, pe sua viola sobre uma cadeira. O instrumento cai. Sua mulher estranha. Segundo ele, a razo teria sido o fato de no rezar para o padre Ccero antes de recitar A Pavoa. Dona Bela nota a mudana no semblante do vate. Logo em seguida, nimos revigorados, os dois poetas se
engalfinharam em inspirada peleja. L pelas trs horas da manh, era festa de
Natal, os dois cavalgando no lombo da poesia em galope a beira-mar, Limeira fulminado. Vai ao cho com viola e tudo e assim sai da vida para entrar na histria o proto-tropicalista e surreal poeta.* A Seguir Alguns Trechos dos Versos de Z Limeira "Eu me chamo Z Limeira Da Paraba falada, Cantando nas Escritura, Saudando o pai da coalhada, A lua branca alumia, Jesus, Jos e Maria, Trs anjos na farinhada." "Uma via gurizada Pra mim j fim de rama, Um vio Reis da Bahia Casou-se em riba da cama, Eu s digo pru diz, Traga o Padre pra benz O suvaco da madama." "Jesus foi home de fama Dentro de Cafarnaum, Feliz da mesa que tem Costela de gaiamum, No serto do cariri Vi um casal de siri Sem comprimisso nenhum." "Napoleo era um Bom capito de navio, Sofria de tosse braba No tempo que era sadio, Foi poeta e demagogo, Numa coivara de fogo Morreu tremendo de frio." "Meu verso merece um rio Todo enfeitado de coco, Boa semente de gado, Bom criatoro de porco, Dizia Pedro Segundo Que a coisa melhor do mundo
cheiro de arroto choco."
" difcil um home moco Aprend pirnografia, Um professor de francs Honestamente dizia: Tempo bom era o moderno, Judas s foi pro inferno Promode a virgem Maria." "So Pedro, na sacristia, Batizou Agamenon, Jesus entrou em Belm Proibindo o califom, Montado na sua idia, Nas ruas da Galilia Tocou viola e pistom". "Quando Jesus veio ao mundo Foi s pra faz justia: Com treze ano de idade Discutiu com a doutoria, Com trinta ano depois, Sentou praa na pulia." "Saram l de Belm Cristo e Maria Jos, Passaram por Nazar, Foram Betelelm, Chup cana num engem, Pediu arrancho num brejo, De noite armuou um tejo L perto de Pianc, Na sexta-feira malh Foi que Judas vendeu Jsus!" "Jesus saiu de Belm, Viajando pra o Egito, No seu jumento bonito, Com uma carga de xerm, Mais tarde pegou um trem, Nossa Senhora castia, De noite Ele rezou Missa Na casa dum fogueteiro, Gritava um pai-de-chiqueiro: Viva o Chefe de Pulia!"
"Eu me chamo Limeirinha,
Nascido l no Tau, Entre casca de angico, Miolo de Jatob, Bico de pato vadio, Ipicilone, z-a e z." "Aonde Limeira canta O povo no aborrece, Marr de ona donzela Suspira que bucho cresce, Velha de setenta ano Cochila que a baba desce!" "Onde eu canto de viola O povo chama So Braz, A otomosfera agita, Fica catingando a gs, Polda de jumenta nova Rincha de cair pra traz." "Carmelita e Carmeluta tudo uma coisa s; Carmeluta pro chambrego, Carmelita pro xod, prato de piro verde Com xerm de mocot," "Um General de Brigada, Com quarenta grau de febre, matou um casal de lebre Pr com uma buchada... Quando fez a panelada Morreu e no logrou dela, Porco que come em gamela Prova que ano tem fastio, Peixe s presta de rio, Piau de tromba amarela." "Cantador pra cantar com Limeirinha preciso ser muito envernizado, Ter um taco de chifre de veado E saber decorado a ladainha, Ter guardado uma pena de andorinha, Condenar pra sempre o carnaval, Guardar terra de fundo de quintal E preciso engrossar o pau da venta,
Beber leite de peito de jumenta,
Ediceta, pei-bufo, coisa e tal!" ** *Pesquisa feita no site www.facom.ufba.br onde por minha opinio tem a melhor biografia **Trechos dos livros de Orlando Tejo (Grande pesquisador da obra de Z limeira), nos seus livros vocs iro saber porque o Z Limeira e conhecido como o poeta do absurdo.