O clericalismo
Existe um grande impedimento viso de que cada crente seja um ministro: o clericalismo.
O clericalismo o sistema que surgiu dentro da igreja depois do quarto sculo e que estabeleceu
que na Igreja h dois tipos de pessoas: os clrigos e os leigos. As especialmente dotadas e
capacitadas so chamadas clrigos (So os sacerdotes, os reverendos, os doutores em divindades
etc.) A outra classe, a dos ignorantes e incapazes, de leigos. O sistema de clrigos e leigos
totalmente maligno e uma grande ameaa, pois ele anula completamente o conceito bsico do
sacerdcio universal dos crentes, ou seja, a verdade de que cada crente um ministro.
Infelizmente, na maioria das igrejas, predomina o clericalismo, os membros no
funcionam, tornaram-se letrgicos. O inimigo tem conseguido anestesiar os membros para que no
funcionem. Em nossos dias, h dois tipos de clericalismo. No primeiro, os prprios clrigos se
colocam acima dos leigos, afirmando que so eles os que sabem, os que conhecem e, portanto, so
incontestveis. Chegam mesmo a proibir os membros de pregar, ensinar ou fazer qualquer outra
coisa. Nesse ambiente, a nica funo dos membros ir igreja e se assentarem nos bancos
olhando para a frente a fim de ouvir o pregador.
Certo artista plstico foi convidado a pintar um quadro que fosse o retrato da Igreja.
Surpreendentemente, ele pintou um monte de ndegas com dois olhos enormes por cima. Aquela
tela, infelizmente, traduziu a realidade de muitas igrejas: um monte de ndegas com dois olhos
Ele no se preocupa em saber o que a igreja pode lhe oferecer; antes, preocupa-se em saber
como ele pode ser til a ela.
Ele no responsabiliza o pastor ou algum lder pelo seu crescimento espiritual, porque
sabe
que pode e deve ter intimidade com Deus sem intermedirio algum.
Ele encara suas prprias guerras e ainda tem disposio para dar apoio e socorro aos novos
convertidos nas guerras deles.
Se tiver que se mudar para outra cidade, ele sabe que a igreja vai junto com ele. Ele
sabe
que mesmo distante do prdio, a igreja acontece onde ele estiver.
Algum conquistado pela viso est consciente de seus dons e de que deve us-los
para a edificao dos outros membros. Esta viso, apesar de ser revolucionria, no
nova. Desde os tempos da Reforma Protestante j se falava em sacerdcio universal dos
crentes. Estamos apenas retornando s origens e procurando viver segundo o padro de
Deus.