Profundos!
Cavernas
E t e r nas!
Extensos,
Imensos
Espaos
A z u i s!
Altares e tronos,
Humildes e sbios, soberbos e grandes!
Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!
S ela nos mostra da glria o caminho,
S ela nos fala das leis de - Jesus!
Cntico do Calvrio - memria de meu Filho morto a 11 de
dezembro de 1863
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angstias conduzia
O ramo da esperana. Eras a estrela
Que entre as nvoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idlio de um amor sublime.
Eras a glria, a inspirao, a ptria,
O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,
Pomba, - varou-te a flecha do destino!
Astro, - engoliu-te o temporal do norte!
Teto, - caste!- Crena, j no vives!
Correi, correi, oh! lgrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que morto!
Obras: Poesia: Noturnas (1851); O estandarte auriverde (1863);
Vozes da Amrica (1864); Cantos e fantasias (1865); Cantos
meridionais (1869); Cantos do ermo e da cidade (1869); Cantos
religiosos (1878), Anchieta ou Evangelho na selva (1875), O dirio de
Lzaro (1880).
Cntico do Calvrio
MEMORIA DE MEU FILHO
MORTO A 11 DE DEZEMBRO DE 1863.
Eras na vida a pomba predilecta