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EDIPUCRS ‘= _Jane Rita Caetano da Silveira e Heloisa Pedraso de Moraes Fetes. Pragmaticae Cognicso: A textualidade pela relevancia.1999, 23 edico, 156 p. ‘Os pedidos deverso ser encaminhados &: EDIPUCRS, Av. Ipiranga, 6681 - Prédio 33 Caixa Postal 1429 90619-900 - Porto Alegre — RS/BRASIL. ‘http/ult.puers briedipuers! E-mail edipucrs’@pucrs br FonefFax: (51) 320.3523 LETIASEHOR LEMASDENOIE LETRASDE HONE UrRAS MOE LETRAS FOIE O existencialismo em A Hora da Estrela Elizabeth Robin Zenkner Brose PUCRS Clatice Lispector, autora de A hort da este, cincunsere- ‘ve no cenftio da Literatura brasileira um eapagoinsitado. Sem coincidir cam 0 neotegionalismo de trinta, ner com a experi rmentagio lingistica, a escrtora busca a expressio,atraves de uma linguagem comum, do conflito fundamental da humani- dade, a exsincia a exsténca do ser. Este ensaio, acima de tudo, pretende constatare analisar as caracteristicasexistencia- lites desse romance, ou sea, a expressd lterdria de interog s#o do ser frente &existenca e seu cnos, a partir de O existenci homo ra fg breiera de José Fernandes. Estar no mundo, nas décadas de 60 70, época em que a obra em andlise foi esrita, sigoifleava a procura desespereda de ser, apesar da guctra fia dos sistemas politicos castradores € autoritérios. O ser humano tinka o stars de guase-objeo, suas Ptencialidades foram reprimidas. Nesse perfodo,ohurmano no xis existe seres que evan indidurlidades, sees que queren encontrar 0 significado da exislncia na maltito (FERNANDES, 19865122) 0 romance de Clarice Lispector, finde meses antes de Shia morte em 1977, apresenta a seguintestuagto: a consciéncia do ser humano de ser nada e a morte como 0 estado de igual- dade entre a pessons ‘A questo existencial ¢ evidente em trechos como Hearerea thee Pere tag ceKind pTFOReemiseaeNek 6.) No fa peas Adnan gue nt ose fed Em to prune? (Per ft deg Be rpc de eo pester rapoaie asin pong Cusine endo naa raps Seal [fsa meo, gueseaprcn cg, bens eran (HES ‘A cetrtura do obra em estudo, fundamentalmente lento he guests dost, constr de petsongens emo page ste do rarador SO que nis elemento po romance Sa rele ua valida fngrentada ¢ ur er hu mano desconsiderado por seu universo circundante, £ nesse fnoroma que a ecrira rnvents um mundo, reconstish 2 Tealidade stad eornece allo material de ello. ‘Dependendo da visto eistencil do avo, o persona em 6 desenvoledo suprfical ou prfundemente. Olio pce qe © personagem apretenardcractersicas de un SS degrada, derado' allo de tal mado, que cea fecte sxiologjco, police, utara eHosticosestaro TSpultaneamrte pent no ser cnsrudo ou desu pela parative No Ronaasma, marco pelo aoe do nd ager ¢wentfcada por none e serena Sue inleo- Fado vagamente delim e nin linha comportamertal € ovata dene o comego da cbr, Iso core, porque o ies! scguido & vlna, Dade 0 Modernisro, a personage frlia's desodem ¢ a desiulagto do mund,tntacdo de- ‘Ceperadamenteerganzaro cow A pesonager €impefe, Sereda e musts yess, dacompteree no nlo da narrativ, ‘xeus ncomplnude bare cones de comparsee dcon- porseo decorrede tds cbr. "No Romartismo as ages so ineares,f'n0 Modemismo ce naltratan contemporinea avis de mundo es ges S80 “Xcamintadas em vanes sntdos, provecando desequllbos for sus smulanidade Atala de harmaria 69 reflex dase TMhudade socal Assim, a morte de Macabtae«realiagbo de tus sens sto proc de um ico otro vis 30 a8 fecintvan pas sur estayioe mart. A Incounicablidade, 78 Latres'de Hoje » Etzabeth Robin Zonkner Base 4 dificuldade de entrar em contato com sti essncia, a slidao gerada e denunciaca na presenga de Ollzmpico, os aspects soc ale econdmico, assim como estar erante eapitria, si razdes miltiplas para os limites de Macaba. ‘Assim como Macabéa, as oulras personagens na obra Ho multdireconais, que nao se atém 8 uma idéia fxa, 0 apreciada pelos romnlics, Eas sio dindmicas etém conscién. cia de si mesmas, dos seus antagoniamos eincceréncias. O nat~ rador, por exemplo,incie 0 texto com seus problemas, cons truindo © refltindo sobre a narrativa e , assim, es personagens por ele apresentadas vio se fazendo frente ao letor. Este 6 a todo instante confrontado com as digressbes ¢ esclarecimentos sobre i proprio por parte de RodrigoS M. Se exists, 6 encontrar-seincerto entre as posibilidedes de enfrenlar ou de desistt, Clatice caloea seus personagens € narradones exatamente nessa situagSo. Em A oa deste hd tuts tramas imbricadase imersas no tema central: a metanarra- tiva, a identiicaga da historia do nareador e da personagem, e, Por ‘lkimo, 2 vida da personayem Macabéa.Esva @n do, me raves a narration, i ndicadn pela dor de dentes que presse stra dor da condigo de exntir,.SA,1953: 21). (© narrador revela 20 loiter algumas idéias , marcas de uma époce de transi, de incoeréncla e interrogactes, como lum movimento em busca de uma nova estruturagio da obra IMerdriaconsoante dinseguranca , 4 ansiedade e 8 angustia do Ser hurmano frente a um sistema automatizador. A cbra no tematiza mas ofeece oppo as on se nen fase eo © é assim que, por exemplo, 0 narrador apresenta a dif- culdade deserter, - © narredor, masculino esd om primeira pesson,cxpli- Gtandoo olka surpreso bx ednclas de um peronagem Pa Aetico e sua resisténcia om escrever sobre ele, parlelamente,& 9 emiurgo , conscéncia geral da histéda. O papel do nartador Permanece confitante entre os dois polos, ora tinge a metanar- ‘ative, ora sore na terceira pessoa. No altima caso, ele esté PPouco a vontadeeconfdencia ao leitr seu desconforto. CokenmAi EIN 1 A filosofia existencialista procura a esséncia do ser na pita da vida, que é 0 periodo entre o nascimento, sua crags ©a morte, sua destruicdo. A duragio da existéncia acantece de- pois e antes do nada @ ¢ essa consciéncia a geradora de toda 8 angustia, um sentimento provocado pelo vazio. O romance de (Clarice busea a esséncia perdida no nada da existéneia. Em HE, nas piginas 33 e 42, aparece o simbolo do nada: Deus & de quem conseguir pegélo. Na distrapio aparace Devs.) Recaoa mias sem Deus, ela ndo sabia quem era Elee portant Ele no existia. Jé que, como fo! dito no parigrafo anterior, 0 existencia- lismo perscruta a esséncia em conceitas empicicos da existencia, ‘© romance existencial € a construcao e a desconstrugso da nare tativa, homéloga ao fazer e a0 desfazer dos seres humanos no ‘mundo, O narrador explcita essa relagio contraditéria com a eseritura , quando diz. que $6 no inicia o texto com o fim, por- ue preciso registrar os fetes antecedentes HHE:16) Mais adiante , ele avise. que comeyaré do meio, e , dat por diante, mesclaré a |hist6ria de Macabéa com o seu discs, num i e vir de idéias. ( narracior Rodrigo $. M. csté £0, A sua solidao e es- panto diante do vazio © impelem a escrever sabre 0 outro, a ‘ordestina pélida, Ele relata 05 momentos em que a experiéncia, de escrever acontece,criando a ihusio de acontecer no mesmo ‘momento em que ¢ ida. Com que estou eserevendo na horn mesa em que ldo (HE-2) Fle desconstr6l o acontecimento da escritu- rae detalha-o minuciosamente. Nesse processo , portm, ele se identifica com Macabée e preenche a sua vida com a persona gem. A presonca do outro permite o crescimento. Macabéa ins- (aura a possibilidade de autenticidade ao nazrador. (O narrador-personagem faz uma série de consideragdes 2 respeito de sua instabilidade, refugiando-se na personagem para tentar encontrar sua identidade perdida. Ee ve desconhece € precisa do outro para entrar em contato com a sua esséncia, Essa relagio atinge a estrutura da obra, razdo pela qual, ela ‘mostra sua hesitagio entre historia ¢ discurso em plena tecitura diante do leitor. ‘© caminho corajoso para que o ser do ser humano nao «tia no conformismo, ou sea, voltado para 0 passado, € o da 8 Lebasdeticle + Sashes Rain Parks Base autencidade. Ela se opde & insegurangs e ao receio, construides por culpas alimentadas desde a infincia. Os padtdes de com- portamento jé conhecidos estio no ambito do passado, 6 0 comportamento no covarde , provoca medo do desconhecio, ‘Hle ¢ a pausa entre o estimulo ¢ a resposte, a reflexao nas esco- thas. Assim atua o narrador , recorrendo ao estimulo da perso- nagem e a0 espelhar-se nela, recupera a conexdo consigo mes- ‘mo edesse momento em dante, percorte wim novo caminho. A identidade #6 6 conqulstada, para os existencalistas, ‘mediante anguistiae sofrimento. Nao 4 anguistia sonhada pelos roménticos, imaginatia e por isso mesmo nao-auténtic, mas ‘aquela metatisica, que conscientiza o ser humano de sua situa. silo insolivel: sev no vazio, no nada, no absurdo da existence, sofrimento e 0 tédio revelam a esséncia do ser. Primeiro, 0 tédio, depois, a angustia, advinda das serias ameacas de sobre- vivéncin. Clarice Lispector capta esse universo.e forma a identi- ade dos seres da ficgio a partir de relacées simbidticas entre les ¢ da conscigncia de estarem s6s na dor. Estu absolcemente ‘cansada de literatura; 56a mudez me fae companhia, (HE84) (O nartador persegue em Macabéa a causa de seu sofri- mento, mas a personagem apenas reflete a sua angustia por star no mundo. Fla é seu tormento e sua razio de exist, afinal «@ eudade 6 0 espelho da outridade e necessita dela, Do mesmo modo, quando Macabéa morre, ele se entrega, pois esse era 0 ‘momento do ser revelar-se a si mesmo, na descoberta dos mis- térios:a vida ea morte, Mew Deus , 6 agora me lemibrei que a gente more. tas eu taribém?!(.) Sim. (HTE 108) AA Tinguager ¢ dominada pelo narrador, mas ® persona gem tem dificuldades cle expressdo, Ele: Ah, ndo sei expli- ar (HE'59) E 0 narrador justifica: Maca, em primero lugar jamais disse frases, em primero lugar por ser de parca paleora.(HE'SS) A ‘protagonists nfo consegue expressar um pensamento mais ela- Dorada, ela ests completamente submetida a verbalizagao do narrador. A presenea de Olimpico nio ameniza a solidao de Macabés, a sua falta de dislogo, de palavras. A comunicagio entre ambos ¢ preciria e 6 instaura sofrimento, Falam e nao se entendem, quase mio tém o que dizer. Essa situacio de isola- Cleistenciterioom A How de Eaten 6} mento do ser evidencia a pobreza eo absurdo da desumaniza- 0 © narrador reflete 0 que é dal, a fatckdade,€ o que & possivel, quan cle di: Como é que sei Budo o gue oa x seguire fue ainda 0 desconheo, ji que nur 0 vvi? (Quem vive se, ‘mesmo sem saber.) (HE16) Ble faz. uma paisa antes de tomar ‘uma atitude mecca e apta pelo novo. ‘O narrador nko € tum ser alienedo, no sentido exsten- alista de se para e passado, epetindo modelos aprendidas na Infancia, por iso ele sofre com a desumanizagéo de Macabéa «| sua prépria tendénia em perder as qualidades humanas. Cort sla historia eu cou me sensbilar, © bem sei que cada dia € um di ‘oubado da morte (HE'34) Os romanticos créem em sua liberdade, que os impulsi= ‘ona para a morte irracional e inconsoqQente, pois encontrarar paz junto a pessoa ameca. © livre arbtrio para os modernos nfo est{ na paixto, mas na rsz3o, porque ttm consciéncia da obrigacio de optare, portano, precisim assumirrexponsabi dads por suas escolhas. Nesse aspect, Clarice Lispectr é uma representante do idesrio moderno, Em A hora da esirea, 0 nar- radoc explana sentimentos ¢ pansmentssclaborados dealhada ‘ezacionalmente (© romance mostra personagens voltados , conslentes ‘0 no, para os seus limites e para o fim de sun existéncia, Se- sgundo Leyla Perrone Motsés a personages de Clarice wom ut bom bocede de verdade. O que las encarar 0 que as encra) cas Inagio ea morte (PERRONE-MOTSES 190 75) ‘Acastzaglo na existncia do nerrador pressupse que ele io concretize seu projeto vital, conseqdentemente fo mai feste sua exséncia. He esté a todo instante no romance sendo ameagado a ndo reli. Os obstéculos s80 muitos , desde a difculdade em escrever uma trama novelesca até o armor que sente pela personage, Sei muita coisa que nto poss dizer (HES4) Eu paderin dei ue rune simplesmente no ceabar a historia. (HE100) ‘A personagem contempordnen dividide-se entre 0 pas- sado eo presente e entre cultuas diferentes. £2 tenléncia para 0 fragmento, A sua busea nfo se encetra no individuo, max 2 Leeandetion + Elebet Rein Zehr Brae abrange a solidariedade ea consciéncia da sua impoténcia em relagio a0 proximo. Macubéa esté perdida, parte de sua vida no nordeste familiar e outra, no Rio de Janeiro urbane, A propésito deste esfacelamento ¢ identificacio dividida, Nédia B. Gotlib aponta para a relago de Macabéa com sua criadora ‘Mes eur ero, enfin meeorcaete In de mater na ua ra fale. Ete otras frangiguvaies, sb fore de grt de rei, dear indo ajonee«bypottca da pravgen, es tai psa como os maces, as gu come, re Sve madesna na cde rnd, asscate por re ‘ston scl desu: Mie, (CTL 198666) ‘As personagens cle Clarice Lispector no se subordinam, ' agfo, mas sio reiratadas como se fossem pessoas, eres. $0 ‘aracterizadas de tal forma que ganham, na esfera da ilusdo, a ddimensio de esséncia verdadeira do ser humano, inseridas no nada, representando pessoas esquecidas na existéncia a cami- inher para a objetividade. No caso de Macabéa, errante ¢ apatr- da, aniquilada pelo sistema tem no romance, tem 2 fungio de apontar a possbilidade de conquista de sua esstnca, ou sea, apesar das circunstincias historicas , ela poderia provocar uma ruptura e optar pelo caminho do enfrentamento.Fasa dimensio de verdade, de procura de si mesma, é evidente na seguinte fala: A verdade & sempre um contato interior eimexplcdvel. A minha ida a mais verdadeira (..) (HE:15) A personagem ,nesse caso, representa um simulacro de cesséncia de ser, pois © humano Ihe teria sido subtraido. Maca ‘béa € 0 ser desarticulaco, esté entre 0 sujeitoe 0 objeto, Ela vela a vontade de religagto e, por esse motivo, persegue o mito do casamento com o prineipe rico ¢ encantado no mundo magi- .0,-onde teré mais cabelos e feliciclade ‘A relagio com o trabalho , que Macabée tem, é , antes, ‘um amor por sua produlo, do que 0 ato automatizado, exigido pelo sistema de exploracao. Ela apropria-e do papel datilogre- fado &s duras penas carinhosamente , por isso Silviano Santiago diz (0 labor) 6a manijestacto de proximidadee dstincia do objeto de uidado, de um misto de viglincia e ajto (1897-8) Esse modo de trabalho de Macs, liga 0 ser mano com sia humanidade 0 completa, digrfcae qualifcs. Ela sai do mbito da explo- Tada quantilavamente, para surpreender 0 palo com ‘um texto mal dailografado, manchado com manteige, mas quedo, Macebéa 6 gentle afatuoea com o que prez ¢ ‘ebm com © seu rapido pst, zepresentante da opresso da humanidade dose (© egoismo €0 obstéculo que impede o homem de restar a fonda, a doenga, A cura para a humanidade est em olher, tnttegar-se 90 relnconamento como outro. A interaga toraed 0 scr humano apo 20 amor, a0 abrago. Gla «amiga de Ma~ Cabés Olpico no se relacinam com a personagem prin pal no sentido de sua, mas, pelo contro, peritem gue Shsliculen mulipiquenrse na vida da protagonist, Eles © encontram ¢ a excluem, Macabée bem vo que aconlce com Oiinpice Clio lode ass avin bdo (HET) 6 ae live, quando hi escola enfentar,volas > air, morzer, et O nara excolhews narzar, mas Macabée {riagto do naradar, ustirui da mesma liberdade de escolha? ls segue 0 desing precio pela cartomante, vivew a linhas dominades pelo narrador parece se apenas fruto da educasto dad pelt, da pobreza do norte edo Rio de Janeco. Esa Personagem indo quis exolher eencontrou a more sem tr Wi- ido plenamentee atudo conscientementescbre os rumos de sun vida O egotism ilimitado © asfxiante na vor do nareador sponta para o homer voitado unieamente para si propio, 0 Qual anise © mundo de uma perspective Tutada © est per- ido em seu proprio se. f assim que ele relatafeagments do vida de Macabéa,contempla a sua existincla, peceberdo que viver € softer por estarnormundo, A dilerengn ene 0 narador {0 pertonagem é 4 cxpactdade, que o ultimo tem, de recone er Sun existencia © tentarexplcire, preenché-lae recostit- i ‘Todos os esforgos do narrador e da personagem so indteis,no que diz respeito & completude de cada um: Ambos ‘80 incompletos e impotentes. O vazio na vida dos dois, por 4 Lames se e+ Etabem Room zener Bose mals explcadaeusiiads que sj existe inevortvel. Um & neesso ao out, um a evs em fungi do out, mas an tes, lose completa toamente O rarater vas 3 pon nage, mas et, apsar dower sua ciao sande tom epagon Iisterocs em sua tj Edu gnse pr que. hay tind pare Ri) (HES Deve dr que na noo ot ii de min (rate eta loans de (ESD) ‘A situgao de Macabén estar mere no ebro da dae seri htt conta iss, Practise la eninge Is informagds da Rado Kl c se emocona Com ae canta por Caruso. Oimpcoperguna se rs samba la dirt Que achava que era, prlagoina scl e vive de epi & due ouvi, ms, oper Ga nus de reflec, hs ensments sto elas os resgatndores da humanidede O parndow pm & ser pace more ¢ tr consis Gia dio, extetant, Macabén nia cone ese mist. la (tin een deg com ser dro, pis men mor rerQHE: 37) O naretdor io por im late el lbs. gu tami mare all que se expla sun orlenci de Sa para-amerte, ‘opto pela vida tambn tem sun posto, « opie pela more pode sgiicar a vngenga Ge se plo ete, Ere alrontsooprensar et human dade, quando demote set uma pooealo e ume potinde, A media em su ota a0 Auer para le se ala, Tamblen no eas da morte nat IS represenia a consi david, porque escape 40 ho. tne. A morte € umn eo nada vem ops a Ve seguro © exiktencalisme. Macabés more, Heratciose do abode, Fot a slug para a mini inca pla falta de cobels, pel omtel demi pla regio de ramcraco e undnels de Fear, ar roména, xt vida st intimamente igs do a sues no amor. Quand ht malogr de seus intent, aparece osorimeno,angtstae ulds6 © elscuro amoros dbs romeo € 0 do desespero dee surge a lo sue das. Pra omer impose nacht Gmorte Para Mace, Aesa de no pertencer ao romance vod hd ume ie de cuniananbnaisisiais a Shationos asics © ecu aochio de selacl-mamento @8 Fedde Socal em que vive. A medida em que a protagonista solve de todo 0 po de auséncin c excisto, seu ideal €inacentvel © selugo, coma jd visto, €o fim da vida, Apesar de tudo » cove mito, ese sonho perseguido, & 0 clo de ligagio ente 0 ew. bldgio « 0 euepessol Macabéa fr conoerada a repre sentaeio de ua! eténcia de ser humans. O imaginrio ela consti uma Fogo orentador, através da qual elas recone. ve afirma suas bases mrais, ‘A nilzago do ser humano o precita para-uma vida sem projeos, cei dens disslvern se pelascontngéncins. Me ‘abs iia eno er rn mageacradoe som propio la repete © que aprendeu com a tata meninando pergulav por qu ere empresa mas nom tu se prea saber (IES) Se aa a rmachucava, quando pequena, € nao expunha 9s motives, Ma cad in fx dren on inc To egies 1230 do desgosto do patric, nem do desconforto do namoredo, nem da tnigo da Cla, la teria dignidede bulkdene pare teceberexplcarbes 1D fname Curd pet wneeuras agian dlesenvolvimento do ser human. He 6 marea de negativde. de, €0 registro dos panos abortados do ser. O teatro do absure dbo evidencia eae pressuposto exitencal, A irnia€o caminho para queo ser degredad ri de nun prdpia stung ese bert dal, mesmo que por breves instants. © home ciao eu po. aliv, para nega o que realmente vive, mesmo no tendo outa cinténcia a nao ser 0 se vazio. Macabéa e Olimpico si a ne- ngho que o sistema nilzou, mas despertam o seu pesiive em trechosirnicos, absurdor,« , por isso mesmo, bem humors dos, Olimpico tents ser gent na hore do ade pra sempre (2) - oct, Mai, um eb wasopa. (HE) Em outro moment Macabéa di: - Na Réio Rligindiseram sm plaora que ace ri exquisite: mimetsno. O namorado responde: Iso € casa par mor igen flr (1E87) 7 lrrda #0 modo co 0 a shugo dos personagens pode trnscender se. Ene recurso relativiz tseredade dom hanle no fexioe presenta absurd de modo duple, © name Lane dee + Ete tin Zr Bros lor mastra'o conjunto do didlogo de desencontros , ao mesmo tempo, em que ofervce 20 letor a possibillade de distenciar se do texto, A dentificagto de Macsbéa com a tia nondestina con- funde-se com a identificegao entre personagem e autora, narra. dor e autora € narrador e personagem, sendo que ® ultina 6 mais explicita. Obsecva-se que o personagem unidirecional ro- ‘mantico nao ests presente nesse romance. O que hé, ao contra to, € diluigto dos limites entre os seresficcionais ea ilusdo de ue 0 sujeito historico Clarice Lispector 6 a narradora © em a {guns momentos a personagem. © amor, enquanto tema mociemo, diferencia-se do Ro- ‘mantismo, quando se desprencie dla pureza de intengio ¢ intro dduz a admiragio por mulheres adulteras ou vitimas de dest Bualdades socais. Em A hora da estrela a mulher amada pelo rarrador e por mais ninguém, segundo Rodrigo SM. ¢ ase. xunda © nfo despertainteresse em ninguém. Ela ¢ também pro. duto de uma diferenge social ¢ nao € carne de primeira crane ‘sua amiga Gléria € descrta por Olimpico, Além de tudo, a protagonista moderna é nordestina e sofre preconceitos. Maca ‘bea €evidentemente uma heroina contemporanea, ‘A descontinuidacle narrativa ¢ 0 reflexo dla descontinu- dade do mundo modemo, por isso a obra literéria tomotse ildgica e imprevisivel. A idéia de descontinuidade temporal, posta ds ideins positivistas de inearidade entre passado, pe: sente e futuro influenciam essa obra. A propria idéia de tempo declarada pelo narrador, nd ¢ linear. O tempo da escrta, como, ‘ fosse o tempo da leitura € na verdade, a nogio fenomenls. Bica de tempo, cujo idedrio influenciow 0 existencalismo. © tempo enquanto estado é © pensamento que subjaz a fala do narrador, presenga dos diferentes agoras no agora da letra, 4 historia da protagonista, Macabéa, contsda tiuma Sucessio de instantes. Ela ndo ¢ uma narrativalineat, que esta belece um principio eranolégico , os fragmentos da vida da hes rofna #0 desvineulados de uma ordem romantica. Ao leitor ‘lo é dado conhocer mais do que algumas partes da historia, eschew Ho ats 97 © amor € duragio, continuldade e nto fragmentos. Max abéa no tem tempo suficiente para desenvolver este senti- ‘mento, porque seu convivio com os pais ¢infimo em sua hist6- Fae a ta nao Ihe ofereceu estimulos para reforgar a autocanfic ange. Quando surge a figura de Olimpico, ela nao esta prepara da para um relacionamento, pois ainda é uma estranhe » si ‘mesma Sua ineapacidade para a entrega registra 0 olhar dest- ‘mano que langa sobre si ea desorienta na ammizade e no amor Macabéa ,confia em instituigies como a do casamento € consome uma producdo cultural popular, Ela eré na produan de um sistema , que a aniguila. Deste conflito, surge a néusca, ‘Alem de nio digerir o problema ,estd impoasbilitada de teé-lo de suas entranhas, pois esse né é tudo o que ela tem, 6a sua companhis, se rejeiti-lo, ficard s6. Vomitar ow chorar? ~ Ate hoje, coma grag de Deus, nunca vomit, (HE:65) (ela encheu de agiear |quase & ponte de wortar mas comrolou-s\.) (HE) Para as personagens humanas , destsmanizar-se € nil. zarse,j& para os animais, ao contritio,nilizar-se é personific car-se. O narrador nesse romance inferioriza-se, quando cits sua preferéncia por animais no lugar de seres humanos. A compa zagio entre ambos mostra que cle empresta aos cavalos quali. dads , que js nao reconhece em si 01 Seja, os valores dos quais se destituiu A dosorientagio metaffsca do narrador transfere sua desarticulagéo na estrutura da obra, Palavras, lado a lado, gera. doras de uma polifonia seméntica: de um lado, seu actimulo cextravasa em significagio, aumentando 0 horizonte do campo linguistico, de outro , toca 0 nada, o sem-sentido da vida. Esse recurso denota a procura de novos significados para preencher ‘© vazio, como esta passagem: Se antes de pré-pri-histora jé hacia ‘monsiros apocalipticos?Se esta histéria nao existe passa exiatr Pensar ¢ 1m ato. Sentir€ wm fto (..) Deus £0 munto(HE-15) Coneluindo, © fundamento da existéncia & « temporalic dade, 0 qual, como jé foi dito, quaifica o crescimento ou a de- sgradacio do ser. Quando o tempo esté desestruturady na obra de ficgto literéria, a personagem se desarticula, O esfscela- ‘mento torne-se visivel em ambos. Bese romance é marcado pela 50 Laas de ye + Staab bn Ze Brose meméra do narrador,o qual abe epasoe no agora da obra Par sei a histor et, comeanco Pela mend, ase Conmtriindo¢reconatrundo aces io ndres ds cae oy Peronagem principal. A inlénc, por exemplis ¢ tein quando Macabén adult, superpondofatoeolenpe henna ‘Ac mesmo tempo a proocipasio com o tno de he mem modemo,reletese a aside do narader f) coon Cama ene do epee expr go» inl) eos oo ca passa pao de acrd com sm paz datas por ha Sr dt impaled om rae a maga HED) hee Preecupacio emete imitate do tempo do region oa Sve pla iudo de ieardade no romance nathan, nologin para marietar ima raturadade steal des dos sontecimenton, (sere tempo em A hort de extra eto em sini, dais tim em sua tsdnla«descontinidade, omnanineets Dinamisowo impress na abundance agnscedes sec temporis ena plridmaclonaldade dat persanapons Oe ap da bra exotencial € onde o tempo so fend, Soo sce erdenadas, tempo eexpaso, a prover: rupert hlngectnse O esp de Rodrigo & Mi jitopoese 0 Fors doen sae Protagonist o meméria no cago alagoan, eat ingen ‘pags arevelaremseedeseparceeat final da nanativ sponta para presen 0 vazio ine tordvel, butte do paso edo futur! Nac poo fy desvincula-se da meméria, que chegou ao nada com a morte de Macabéa, ¢ retora 20 se tempo © ao seu ser, que pretend ser ‘mesmo da existéncia do leitor, tempo dos moranges, © narrador emerge no inicio da narrative © sucumbe com a morte da personagem. Ele sempre esteve peran-morie, assim como todo o universo do romance. Antes, poréan de de, Saparecer, ele acona para a exiténciaalém da feseo.£ por este motivo que ele marca 0 texto com a imagem avermelhada da fruts, impregnando a obra com um tempo ontelgico, ou se, lum presente existenclal prenchido pela excita a indica 0 fae ror vida transcende o romance. ‘Ciedeteaninnanionattik mes

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