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Resumo Crary (p.

30-38)
Crary destaca que o indivduo somente pode ser compreendido em relao ao
que est fora dele, a uma alteridade que o enfrenta (p. 30). No entanto, na sociedade
das operaes e do regime 24/7, as formas coletivas que representavam alguma
proteo exposio e vulnerabilidade que mantm as relaes como esto dadas
nessa sociedade foram desarticuladas.
O autor convoca, ento, as ideias de Hannah Arendt, que acredita ser
necessrio um equilbrio, entre a exposio da vida pblica e o espao da vida privada
necessrio manifestao das singularidades do sujeito. Sem esse momento privado,
no se pode alimentar a singularidade do eu, um eu capaz de fazer uma contribuio
substancial para os debates a respeito do bem comum (p. 31). Em outras palavras, o
equilbrio a caminhada entre o espao de exausto, que a esfera pblica da vida, o
mundo do trabalho, e um espao de regenerao, que seria o espao domstico
acolhedor sombreado.
Crary aponta tambm a ideia de sonambulismo na sociedade de hoje e os
riscos de discursos que compreendem os indivduos como massa de manobra,
desprovidos de iniciativa, autmatos passivos. Ao mesmo tempo, o autor receoso
com as noes de despertar que implicam um processo de converso repentino e
irracional (p. 33). A caracterstica redentora que teriam os discursos do despertar no
mais condiriam com um sistema global que jamais dorme, garantia de que nunca
mais algum despertar potencialmente perturbador seja necessrio ou relevante (p.
33).
Para o autor, em detrimento dos procedimentos 24/7 das redes de
processamento de informao, o sono seria uma imagem sobre a qual o poder opera
com a menor resistncia poltica possvel e uma condio que no passvel de ser
instrumentalizada ou externamente controlada (p. 34). Todavia, o sono, enquanto
estado mais privado e vulnervel de todos, dependeria da social para se sustentar,
sendo responsabilidade do Estado oferecer segurana para aqueles que dormem, no
somente contra perigos reais, mas tambm contra a ansiedade que geram. Crary
termina, ento, o captulo reafirmando suas reflexes iniciais sobre a coeso das
relaes sociais que acompanham o sono (na reciprocidade entre vulnerabilidade e
confiana, entre exposio e proteo), apontando ainda que a guarda de outros

crucial para a despreocupao revigorante do sono [...] e para um temporrio


esquecimento do mal (p. 38).

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