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D. Pedro I

«Este castigador foi rigoroso

de latrocínios, mortes e adultérios;

fazer nos maus cuezas, fero e iroso,

Eram os seus mais certos refrigérios.»

Camões, Os Lusíadas, III, 137

BIOGRAFIA de D. Pedro I

Filho ilegítimo de D. Afonso IV e de D. Beatriz de Castela, o Infante D. Pedro nasceu a 8 de


Abril de 1320, em Coimbra e foi o 8º Rei de Portugal.

Por morte se seu pai, subiu ao trono em 1357, para iniciar um reinado curto que terminaria
passados dez anos, quando faleceu em Estremoz a 18 de Janeiro de 1367 onde foi sepultado ao lado
de Inês de Castro.

D. Pedro assumiu a governação ainda no tempo de Afonso IV, após a reconciliação de


ambos, após o episódio da morte de Inês de Castro e da revolta contra seu pai.

Quando cingiu a coroa, D. Pedro I, anunciou o seu casamento secreto com Inês de Castro, e
quis que a sua amada fosse lembrada como Rainha de Portugal.

D. Pedro ficou conhecido pelos cognomes de ? ?, ? 


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pois não hesitou em castigar os assassinos de D. Inês e assim fazer justiça.

Foi casado com Branca de Castela, sua primeira mulher, que abandonou em consequência da
sua debilidade física e mental.
O seu segundo casamento foi com Constança Manuel, que, quando veio para Portugal,
trouxe consigo Inês de Castro. Do seu segundo casamento teve três filhos: Luís de Portugal; Maria,
Princesa de Portugal; Fernando, rei de Portugal.
Fruto da sua relação ilegítima com Inês de Castro teve quatro filhos: Afonso, de Portugal;
Diniz, Infante de Portugal; Beatriz, princesa de Portugal; João, príncipe de Portugal.
Após a morte de Inês de Castro, manteve uma relação amorosa com Teresa Lourenço de
quem teve um filho, que mais tarde veio a ser o 10º rei de Portugal com o nome de João I.
BIOGRAFIA de Inês de Castro

Inês de Castro nasceu em 1320 ou 1325 na Galiza. Era filha ilegítima do nobre galego Pedro
Fernandes de Castro, o da Guerra, e de uma dama portuguesa, Aldonça Suárez de Valadares, irmã
de D. Fernando e de D. Álvaro Pires de Castro. Por parte de seu pai era bisneta ilegítima de D.
Sancho de Castela, pai de D. Beatriz de Castela que era mãe de D. Pedro, futuro Rei de Portugal.
Era, portanto, prima em 3º grau de D. Pedro.
Viveu parte da sua infância no castelo de Albuquerque cuja dona, que a criou como filha, era
casada com Afonso Sanchez, filho ilegítimo de D. Diniz, até vir a ser aia de sua prima D. Constança
Manuel, filha de João Manuel de Castela, poderoso nobre descendente da Casa Real Castelhana,
que estava prometida ao príncipe de Portugal, D. Pedro, com quem veio a casar em 1334.
Inês de Castro chega a Évora, integrada no séquito de D. Constança, em 1340. Desde cedo,
foram conhecidos os amores de D. Pedro pela dama galega. D. Afonso IV, temendo esta relação,
exila-a na fronteira espanhola em 1344.
Após a morte de D. Constança volta a Portugal, tendo vivido com D. Pedro, de quem vem a
ter quatro filhos Afonso, João, Dinis e Beatriz, o primeiro, D. Afonso, morreu em criança. Viveram
em vários locais na zona da Lourinhã e, por fim, em Coimbra no Paço da Rainha Santa junto ao
Convento de Santa Clara-a-Velha.
Foi degolada a 7 de Janeiro de 1355 nos Paços de Santa Clara por Pêro Coelho, Álvaro
Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco, por ordem de D. Afonso IV.
Depois de D. Pedro subir ao trono deu a Inês honras de rainha ao mandando construir o mais
belo túmulo para a sepultura e desenterrando Inês para a sentar no trono e obrigar a corte a beijar-
lhe a mão.
Da vida de Inês de Castro pouco se sabe, a sua trágica morte e o amor sem limites de D.
Pedro e a forma como este quis perpetuar esses amores, alimentou desde cedo a poesia e a narrativa
histórica, não deixando morrer o mito Inês de Castro.
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Pedro e Inês

Ninguém manda no coração. Só uma agradável e espantosa consciência pode fazer surgir
amor entre duas pessoas que se casaram por contrato.
D. Pedro recebeu D. Constança como sua mulher e logo por azar apaixonou-se por uma das
aias que a acompanhavam.
Não é fácil esconder sentimentos fortes. Toda a gente percebeu, comentou, cochichou. Há
quem diga que D. Constança também sabia do caso e tentou resolvê-lo de uma maneira subtil.
Naquele tempo os padrinhos de uma criança passavam a ser como irmãos dos pais da criança. Um
acto de amor entre eles seria crime de incesto.
Para impedir que o marido se aproximasse da aia, convidou-a para madrinha do primeiro
rapaz.
O menino, do nome Luís, faleceu uma semana depois de baptizado, e então é que estalou o
falatório! A corte em peso comentava pelos corredores que a culpa era de Inês. Com certeza não
tinha pronunciado com fé as palavras sagradas junto da pia baptismal
A hostilidade cresceu à volta de Inês de Castro, reforçada com este excelente pretexto. Mas
a verdade é que ela há muito despertava invejas. Entre as mulheres, por ser linda. Entre os homens,
por não lhes prestar atenção.
O romance continuou, embora discreto. E o príncipe não descurou as obrigações
matrimoniais, já que no ano seguinte Constança deu à luz outro rapaz, Fernando.
Nesta altura o destino encarregou-se do assunto. D. Pedro ficou viúvo e livre. Curiosamente,
em vez de fazer uma cerimónia solene para casar com a sua amada, juntou-se, o que provocou
grande escândalo. Por que motivo insistia o príncipe em viver à margem da lei e da religião? Nunca
ninguém obteve uma resposta clara para esta pergunta. Mais tarde o príncipe declarou que casara
secretamente e chamou as testemunhas que tinham assistido ao enlace para confirmarem o que
dizia. O são, no entanto, ficou por esclarecer.
A verdade é que Pedro e Inês andaram pelo Norte durante alguns anos e tiveram quatro
filhos. Ao primeiro chamaram Afonso, talvez na intenção de apaziguar a fúria do avô. Mas esse
morreu pequenino. Depois nasceram João, Dinis e Beatriz. A família acabou por se instalar em
Coimbra, segundo a tradição na Quinta das Lágrimas, o que reforçou os ódios. As pessoas
barafustavam. Como é que D. Pedro se atrevia a viver com a amante em Coimbra? Isso era um
insulto à memória da Rainha Santa Isabel, que escolhera aquela cidade para ser sepultada. Como é
que o príncipe podia esquecer os seus deveres de Estado e só se dedicar aos amores e à caça? Como
é que o rei D. Afonso IV não percebia o perigo que pairava sobre a cabeça do neto Fernando, tão
bonito e inocente? Os Castros podiam muito bem lembrar-se de mandar matar Fernando para que
mais tarde um dos filhos de Inês se sentasse no trono.
Bom, talvez no fundo ninguém acreditasse muito no que dizia e o verdadeiro motivo fosse
outro, secreto, inconfessável. Talvez as pessoas não aceitassem de bom grado que o par vivesse tão
feliz. De qualquer forma, a intriga foi-se avolumando até tomar a forma de um projecto cruel.
Diogo Lopes Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pero Coelho lograram convencer o rei de que era
necessário e urgente matar Inês de Castro.
Na   ?  ?  a cena é descrita com dramatismo. O próprio rei e os
assassinos, aproveitando a ausência do príncipe, dirigiram-se a Coimbra dispostos a executar o
plano. De nada serviram as lágrimas e os rogos da pobre mulher indefesa. O rei vacilou, mas acabou
por se retirar deixando aos três malvados a liberdade para procederem como entendessem. E eles
deram largas à lealdade apunhalando a infeliz.
A partir desse instante a opinião pública virou-se do avesso. Onde antes havia inveja, raiva,
escândalo, havia agora compaixão, desgosto, uma ternura imensa por aquele caso de amor tão lindo,
tão trágico. Durante séculos os poetas não se cansaram de versejar sobre o assunto. Os dramaturgos
fizeram belas peças de teatro. Os pintores representaram o momento crucial utilizando todas as
cores do arco-íris. E os que não tinham talento e arte, contaram e recontaram a história. Enfeitaram-
na, inventando que o sofrimento do príncipe o conduziu a actos tresloucados.
É verdade que ele se levantou em armas contra o pai. É verdade que depois de subir ao trono
perseguiu os assassinos e condenou à morte os dois que consegui prender. Também é verdade que
deu a Inês honras de rainha ao mandar construir o mais belo túmulo para a sepultura, exigindo outro
igualmente belo para si próprio. Queria repousar junto dela quando chegar a sua hora.
O povo não se contentou porém com a verdade. Inventou que D. Pedro saciou a sede de
vingança mandando arrancar o coração aos assassinos, a um pelo peito e a outro pelas costas. E que
se atreveu a desenterrar Inês para a sentar no trono e obrigar a corte a beijar-lhe a mão.
Fantasias sim, mas bem sugestivas. Nem Luís de Camões escapou ao sortilégio deste amor
desvairado e deu-lhe forma de verso no Canto III de  .
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fuito
[ ]
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.

Tu, só tu, puro amor, com força crua,


Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
[ ]
O caso triste e digno de memória
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha,
Que depois de ser morta foi rainha.

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