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Sumário

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 6

PRIMEIRO CAPÍTULO........................................................................................................... 7

A história da Psicologia do Desenvolvimento.......................................................................................7

SEGUNDO CAPÍTULO............................................................................................................ 8

O conceito de desenvolvimento.......................................................................................................... 8

TERCEIRO CAPÍTULO......................................................................................................... 12

O desenvolvimento cognitivo na concepção de Piaget.......................................................................12

Factores explicativos do desenvolvimento......................................................................................... 13

Os mecanismos de adaptação ao meio.............................................................................................. 14

QUARTO CAPÍTULO............................................................................................................ 16

Os estádios de desenvolvimento segundo Piaget...............................................................................16

 Estádio Sensório-Motor............................................................................................................. 18

 Estádio Pré-Operatório............................................................................................................. 18

 Estádio Operatório Concreto..................................................................................................... 20

 Estádio Operatório Formal........................................................................................................ 20

CONCLUSÕES........................................................................................................................ 22

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................... 23

ANEXOS.................................................................................................................................. 24
Introdução
Falar de desenvolvimento não é uma coisa linear, pois comporta
demasiados conceitos, transformações, influências, estudo e dedicação ao
assunto e certas referências importantes e inesquecíveis. Desenvolvimento é
na sua definição, um conjunto de transformações a vários níveis, sendo a nível
físico, fisiológico e psicológico, e marcam significativamente toda a existência
do indivíduo dependendo das suas experiências, atitudes e características
pessoais.

Como futuros psicólogos, uma das nossas dedicações no estudo do


desenvolvimento será compreender as razões porque as pessoas mudam sob
diversos aspectos ao longo da sua vida e como acontecem estas
transformações.

Este trabalho vai centrar-se num dos grandes nomes da Psicologia do


Desenvolvimento, Jean Piaget, que definiu o desenvolvimento por estádios, os
quais serão apresentados posteriormente neste trabalho.

Serão então apresentadas noções históricas do desenvolvimento,


também a definição do conceito de desenvolvimento, e por fim a Teoria de
Piaget sobre o desenvolvimento.

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Primeiro Capítulo
A história da Psicologia do Desenvolvimento
Durante bastantes anos, o pensamento psicológico sobre o
desenvolvimento cognitivo das crianças era dominado pela perspectiva da
maturação biológica, a qual dava ênfase quase exclusiva à componente
“natureza” no desenvolvimento, isto é, o sujeito quando nasce é uma “tábua
rasa”, todo o conhecimento é adquirido pela experiência. A percepção das
coisas é o resultado da associação ou combinação das sensações elementares
recebidas dos sentidos. Este modelo de desenvolvimento cognitivo inspirava-se
directamente nas teses empiristas.

Mais tarde apareceram outras teses com bases no desenvolvimento


“estrutural”, em que o sujeito nasce já com um conjunto de estruturas inatas
que submetem as mesmas aos estímulos do meio externo. As coisas e as
situações são percepcionadas como totalidades. Estas estruturas influenciam o
modo como percepcionamos e interpretamos os diferentes elementos que as
constituem.

Estas duas perspectivas, teoria empirista ou associacionista e teoria


estruturalista, foram postas em causa por uma nova teoria surgida no século
passado, a teoria Operatória, em que emergiu um pensador, Jean Piaget.

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Segundo Capítulo
O conceito de desenvolvimento
Como se sabe, cada indivíduo tem o seu próprio desenvolvimento, e isso
constitui uma história singular que o acompanha desde a sua concepção até à
sua morte, o que torna o desenvolvimento um processo de transformação
ininterrupto.

Assim sendo, além das transformações físicas implicadas pelos factores


biogenéticos, o conceito de desenvolvimento abarca todas as transformações e
processos internos que permitem que a experiência, o conhecimento e o
comportamento adquiram uma diferenciação e complexificação crescentes,
integrando e englobando todas as funções do indivíduo.

Lembrando o caso do “Menino Selvagem”, Victor, pode ver-se a


importância que têm todos os factores envolventes ao indivíduo, pois o
desenvolvimento sofre influência de factores internos, a hereditariedade, e de
factores externos, do meio ambiente. As ideias sobre a contribuição relativa de
cada um destes factores têm efeitos importantíssimos na vida das pessoas,
pois de uma comunidade para outra, o desenvolvimento psicológico é
influenciado pelos valores sociais, pelo que as pessoas pensam sobre a
natureza humana e pelas diferentes opiniões sobre quais os factores que
determinam o desenvolvimento.

Existem psicólogos que concordam que os factores internos e externos têm


efeitos recíprocos, sendo a hereditariedade e o ambiente fontes de igual
importância para o desenvolvimento, pelo que é incorrecto dar mais
importância a um ou a outro.

A investigação em psicologia do desenvolvimento, permitiu estudar os


factores anteriores, e tornou-se rica com conhecimentos de diversas áreas
científicas, quer da psicologia, quer de fora dela, como por exemplo da biologia
genética, estudos etológicos, estudos históricos e antropologia. Assim,
intensificou-se a investigação nesta área e diversificaram-se os métodos e as
técnicas utilizadas. Recorre-se na pesquisa, ao método experimental, à
observação naturalista e ao método clínico, que são usados nos diferentes

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ramos da psicologia. Existem entretanto preocupações e cuidados
deontológicos específicos, pois o objecto de estudo da psicologia do
desenvolvimento são privilegiadamente crianças. Mas além das preocupações
e cuidados, existem também limitações metodológicas, pois as crianças não se
podem auto-observar, as suas respostas a questionários diferentes estão
envoltas em fantasia e não se podem utilizar certas metodologias
experimentais, como retirar crianças da família e privá-las do contacto materno
para se estudar, por exemplo, as consequências do desenvolvimento.

Houve uma evolução nos instrumentos de recolha e tratamento de


dados, sendo que, hoje é comum a utilização de registos de vídeo e áudio,
tratamento informático de dados, etc. Tendo em conta que a psicologia do
desenvolvimento estuda isso mesmo, um ser em desenvolvimento, teve de
recorrer a métodos privilegiados, como por exemplo, o método longitudinal, o
método transversal e o método transverso-longitudinal.

O primeiro método, método longitudinal, baseia-se em estudar de forma


continuada e em intervalos de tempo um mesmo grupo de crianças. Este
intervalo tem de ser constante na mesma experiencia, mas poderá mudar de
grupo de estudo para grupo de estudo. Este método aplica-se a estudos que se
prolongam no tempo – estudos diacrónicos –, frequentemente durante mais de
uma dezena de anos. Facilita a apreensão do processo de transformação de
certas características e da evolução em geral, o que permite o controle de
variáveis, como por exemplo as que se referem a contextos históricos, sociais
ou escolares. Este método é no entanto difícil de aplicar, pois exige uma
grande planificação a longo prazo e acabam por existir perdas de sujeitos da
amostra durante o processo. Existe também outro tipo de estudos longitudinais
muito interessante, que são os estudos de casos biográficos.

O segundo método, o método transversal, baseia-se numa amostra que


é estudada ao mesmo – estudos sincrónicos –, envolvendo sujeitos em
diferentes fases de desenvolvimento, sobre uma ou mais variáveis. Tem uma
aplicação mais fácil e rápida que o método apresentado anteriormente e assim
sendo é o mais utilizado na investigação. Neste tipo de estudo, não é possível
controlar os aspectos educacionais escolares, pois os sujeitos mais velhos da

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amostra não tiveram a mesma educação escolar do que os sujeitos mais
novos, e daí não podemos saber nas características dos sujeitos se deve aos
aspectos educacionais.

O terceiro e último método, o método transverso-longitudinal, como o


nome indica é um estudo misto, que pretende rentabilizar as vantagens dos
dois métodos anteriores. Assim sendo, segue-se uma amostra constituída por
grupos etários diferentes longitudinalmente com intervalos curtos e um período
não muito longo, e ao mesmo tempo que se compara transversalmente a
amostra.

Partindo de um conjunto de estruturas anatómicas e organizações


fisiológica que asseguram o funcionamento elementar do sistema do indivíduo
e a sua possibilidade de vida, denotam-se no ser humano, mudanças de
natureza qualitativa e quantitativa. As mudanças qualitativas são aquelas que
se traduzem por alterações de estrutura ou organização do indivíduo, como a
natureza da inteligência ou a forma como o pensamento funciona. Por outro
lado, as mudanças quantitativas são aquelas que se traduzem em quantidade
ou número, por exemplo a altura ou o peso, ou ainda o aumento de palavras ou
frases que a criança é capaz de dizer.

Os psicólogos que concebem o desenvolvimento como uma série de


mudanças suaves, de tipo essencialmente quantitativo, tomam parte de uma
visão continuista do desenvolvimento, ao contrário dos psicólogos que
defendem o desenvolvimento como um conjunto de transformações que
diferem qualitativamente entre si e tomam parte da visão descontinuista. Na
visão continuista do desenvolvimento, defende-se que o indivíduo apenas
aumenta a competência que está a desenvolver em cada área específica do
desenvolvimento. Na visão descontinuista, defende-se que a mudança não
significa apenas um acréscimo de competências, pois cada alteração
significativa provoca uma forma qualitativamente diferente de interpretar a
realidade e de interagir com ela.

Os psicólogos que de forma explícita ou não defendem a perspectiva


descontinuista consideram que o desenvolvimento é uma sucessão de

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estádios, que são transformações qualitativas que ocorrem em determinados
períodos do ciclo vital. Um desses psicólogos é então Jean Piaget.

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Terceiro Capítulo
O desenvolvimento cognitivo na concepção de Piaget
Embora a maioria dos pais saibam das mudanças intelectuais que
acompanham o crescimento físico dos seus filhos, eles teriam sérias
dificuldades para descrever a natureza dessas mudanças.

O modo como os psicólogos contemporâneos descreveram estas


mudanças foi profundamente influenciado pelo psicólogo suíço Jean Piaget
(1896-1980), que é reconhecido como um dos pensadores mais influentes do
século passado.

Neste capítulo vou delinear a teoria de estádios de desenvolvimento de


Piaget.

Devido, em parte, ao resultado das suas observações com os seus


próprios filhos, Piaget interessou-se pelo relacionamento entre as capacidades
de maturação natural da criança e as suas interacções com o ambiente.

Ele via “a criança mais como um participante activo neste processo, do


que como um recipiente passivo do desenvolvimento biológico ou de estímulos
externos” (Piaget, 1997). Ele considerava as crianças como “cientistas
investigadores”, que fazem experiências com objectos e acontecimentos no
seu ambiente para ver o que acontece.

Os resultados destas “experiências” são utilizados para construir


esquemas, teorias como os mundos físico e social funcionam. Ao encontrar
um no objecto ou situação, a criança tenta assimila-lo, ou seja, compreendê-lo
em termos de um esquema preexistente. Se a nova experiência não se encaixa
com um esquema existente, a criança, como qualquer cientista, modifica o
esquema e, deste modo, amplia a sua teoria do mundo. Piaget chamou este
processo de “acomodação”(Piaget e Inhelder, 1969).

O primeiro trabalho de Piaget, enquanto estudante de pós-graduação em


psicologia, foi como um avaliador de inteligência para Alfred Binet, o inventor
do teste de QI. Durante o trabalho ele começou a perguntar a si próprio porque
as crianças cometiam certos tipos de erros. O que diferenciava o raciocínio das

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crianças e o raciocínio dos adultos? Piaget observou atentamente os seus
próprios filhos enquanto brincavam, propondo-lhes problemas científicos e
morais simples sendo-lhes pedido que explicassem como chegaram às suas
respostas.

Factores explicativos do desenvolvimento


Existem 4 factores que segundo Piaget explicam o desenvolvimento
cognitivo:

1. A hereditariedade e a maturação física

2. A experiência

3. A transmissão social

4. A equilibração

O primeiro factor, a hereditariedade e a maturação física, é constituido


pelas mudanças biológicas que ocorrem no indivíduo e que são independentes
da experiência.

O segundo factor, a experiência, não é o simples registar passivamente


os dados da experiência, mas sobretudo a actividade do indivíduo sobre
objectos, quer física quer mentalmente e que lhe permite orgnizá-los e
distingui-los. Este segundo factor, é importante para a formação de estruturas
ou esquemas, e estes possibilitam a acção e a compreensão da realidade.

O terceiro factor, a transmisão social, refere-se à influência que a


sociedade tem não na nossa actividade, mas na nossa construção de contexto
social através da sua observação e educação.

E por fim, mas não menos importante, o quarto factor, a equilibração,


que é o equilíbrio termo entre a assimilação e a acomodação. Este factor,
assegura formas de equilibração cada vez mais estáveis na adaptação ao
meio, pois em cada novo estádio dá-se o surgimento de novos esquemas e
estruturas ou de esquemas e estruturas mais complexos do que os já

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existentes. Acerca deste quarto factor, de acordo com Rodrigues (2004), “Para
Piaget o desenvolvimento cognitivo implica que a actividade do sujeito na
interacção com o meio responda aos desequilíbrios cognitivos procurando
atingir um estado de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação,
mecanismos de adaptação ao meio.” (p.59)

Os mecanismos de adaptação ao meio


Segundo Piaget, qualquer que seja a aprendizagem só é possível se
uma determinada fase do desenvolvimento tiver sido antes atingida.

Para Piaget, a principal característica do comportamento inteligente


consiste na capacidade inata do sujeito se adaptar ao meio. A inteligência é,
portanto, um caso particular da adaptação do sujeito ao meio, distinta da
adaptação biológica, ligada à sobrevivência.

O ponto de partida para essa adaptação é a actividade reflexa já iniciada


na vida intra-uterina que o bebé desenvolve desde o nascimento. Para Piaget
um reflexo é um esquema primitivo, a unidade básica do funcionamento
psicológico, a partir da qual é possível aprender a agir sobre o mundo. À
medida que aprendem com a experiencia, os bebés desenvolvem estruturas
cognitivas, ou esquemas, mais complexas.

Um esquema designa um padrão organizado de comportamento que o


indivíduo usa para pensar e agir em situações determinadas. Na infância, os
esquemas são conhecidos pelo nome das actividades que envolvem, sugar,
morder, abanar, bater, olhar. Os primeiros esquemas são portanto constituídos
pela actividade reflexa. Os primeiros esquemas são acções motoras.

À medida que as crianças se desenvolvem intelectualmente, novos


esquemas vão surgindo: os esquemas do pensamento, que integram e
organizam os esquemas motores. Os esquemas do pensamento tornam-se
progressivamente mais complexos, indo do pensamento concreto sobre o que
se pode ver e sentir, ao pensamento abstracto, que encontra a sua máxima
expressão no pensamento filosófico e científico.

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É através do processo de adaptação que os esquemas iniciais se vão
consolidando e transformando noutros mais complexos. A adaptação, por sua
vez, é o resultado da acção de dois mecanismos que operam em simultâneo: a
assimilação e a acomodação.

Pela assimilação, as várias experiencias do sujeito são integradas, ou


absorvidas, pelas estruturas ou esquemas existentes. A acomodação, por sua
vez, designa as modificações que as novas experiências impõem aos
esquemas ou estruturas existentes, de modo a que haja adaptação.

Para que haja adaptação é necessário que haja equilíbrio entre a


assimilação e a acomodação. Quando o bebé leva um urso de pelúcia à boca,
há um desequilíbrio entre a assimilação (o exercício do esquema da sucção) e
a acomodação (as transformações necessárias para que se exerça o esquema
da sucção). Este desequilíbrio, ou insatisfação, é, no entanto, provisório e
desencadeia no bebé uma série de comportamentos de procura da sua
resolução, incluindo o recurso ao adulto. É esta procura que conduz a níveis
superiores de adaptação.

A estes desequilíbrios Piaget chamou conflitos cognitivos. Ao


processo de passagem de patamares de equilíbrio para outros patamares de
equilíbrio de nível superior Piaget chamou processos de equilibração. O
processo de equilibração é o nosso próprio desenvolvimento, a história da
resolução dos nossos conflitos cognitivos durante a adaptação ao meio e a
organização do nosso pensamento. Em cada nível de adaptação, o indivíduo
cria sistemas de pensamento que dão coerência ao seu conhecimento sobre o
que o rodeia, isto é, organiza as suas estruturas cognitivas.

Piaget concebeu a sua teoria como um modelo construtivista do


desenvolvimento, visto que ao sujeito é atribuído o papel principal na
construção do seu desenvolvimento: ao tentar activamente dominar o
ambiente, o sujeito constrói estruturas e níveis superiores de conhecimentos, a
partir dos elementos fornecidos pela maturação e pelo meio.

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Quarto Capítulo
Os estádios de desenvolvimento segundo Piaget
Se, por um lado, há uma continuidade funcional no processo de
desenvolvimento cognitivo, a adaptação é um processo contínuo, por outro
lado verificam-se mudanças qualitativas importantes que marcam a sua
descontinuidade estrutural. Quando a criança domina a linguagem, ou o
adolescente o pensamento hipotético-dedutivo, a sua forma de compreender o
mundo e os seus padrões de comportamento modificam-se completamente. A
estes novos padrões de comportamento correspondem igualmente novas
estruturas cognitivas ou esquemas, que caracterizam os diferentes estádios
de desenvolvimento.

As observações de Piaget convenceram-no de que a capacidade das


crianças de pensar e raciocinar progride através de uma série de estádios
qualitativamente distintos.

Estes, caracterizam-se por:

 Uma estrutura com características próprias;


 Uma ordem de sucessão constante;
 Uma evolução integrativa, isto é, as novas aquisições são integrativas,
isto é, as novas aquisições são integradas na estrutura anterior,
organizando-se agora uma nova estrutura hierarquicamente superior.

Segundo Piaget, o desenvolvimento ocorre segundo quatro estádios:

 Estádio Sensório-Motor (0-18/24 meses):


o Dos reflexos inatos à construção da imagem mental, anterior à
linguagem
o Coordenação dos meios e fins
o Permanência do objecto
o Invenção de novos meios, imagem mental e formação de
símbolos
 Estádio Pré-Operatório (2-7 anos):

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o Inteligência representativa
o Egocentrismo – centração
o Pensamento mágico / animismo, realismo, finalismo

 Operações Concretas (7-11/12 anos):


o Reversibilidade mental
o Pensamento lógico, acção sobre o
real
o Operações mentais:
contar/medir/classificar/seriar
o Conservação da matéria
sólida/líquida/peso/volume
o Conceitos de tempo, espaço,
velocidade

 Operações Formais (11/12


– 15/16 anos):
o Pensamento
abstracto
o Operar sobre
operações, acção sobre o possível
o Raciocínios
hipotético-dedutivos
o Definição de
conceitos e valores
o Egocentrismo
cognitivo

Piaget distinguiu duas grandes etapas no desenvolvimento, que dizem


respeito a dois tipos de inteligência:

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o A inteligência prática ou sensório-motora, que é o anterior à linguagem,
até cerca dos dois anos de idade, a que chamou o período da
inteligência sensório-motora;

o E a inteligência interiorizada, verbal ou reflectida, a partir da linguagem e


que se desenvolve durante toda a vida, ao longo de três estádios:
estádio pré-operatório, estádio das operações concretas e estádio
das operações formais.

 Estádio Sensório-Motor

Até aos dois anos de idade, período em que os bebés estão ocupados
em descobrir os relacionamentos entre as suas acções e as consequências
destas acções. Deste modo, eles começam a desenvolver uma ideia de si
mesmos como separados do mundo externo.

Uma descoberta importante durante este estágio é o conceito de


permanência do objecto, a consciência que um objecto continua a existir,
mesmo quando não está visível. No entanto com 10 meses de idade a procura
é limitada. Se o bebé conseguiu, diversas vezes encontrar um brinquedo várias
vezes escondido num determinado sítio, ele irá continuar a procurar nesse sítio
mesmo depois de ver um adulto esconder o brinquedo noutro local. Somente
com um ano de idade, uma criança irá invariavelmente procurar um objecto
onde ele foi visto pela última vez.

 Estádio Pré-Operatório

Este estádio divide-se em outros dois: o pré-conceptual e o


perceptivo/intuitivo, e no seu todo, compreende idades dos 2 aos 7 anos.

As impressões visuais dominam o pensamento pré-operatório, isto é uma


das crenças de Piaget.

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O 1º estádio, o pré-conceptual (desde os 2 anos aos 4/5 anos)
caracteriza-se por ser a fase em que a criança começa o “jogo simbólico”, ou
seja, o de procurar fazer “como se…”, isto significa que a criança é capaz de
representar a realidade tanto através do jogo como desenho, da linguagem ou
dos sonhos.

Durante este estádio do desenvolvimento cognitivo, a criança ainda não


compreende certas regras ou operações. Uma operação é uma rotina mental
para separar, combinar e transformar as informações de uma maneira lógica.
No estádio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo, a compreensão da
criança da reversibilidade e outras operações mentais está ausente ou é fraca.
Consequentemente, segundo Piaget, as crianças pré-operatórias ainda não
entenderam a conservação, a compreensão de que a quantidade de uma
substância permanece a mesma quando a sua forma for alterada.

Fazerem-se representações da realidade, quer dizer que se é capaz de


ter presente na imaginação algo que está fora do campo da percepção
imediata ou, dito de modo diferente, que o que foi experimentado no passado
pode ser imaginado no futuro. A criança, ainda com um traço rudimentar,
desenha-se a si mesma, ou desenha o sítio onde foi com os seus pais, ou a
visita a um parque de diversões. Nesta idade começam a aparecer os medos,
precisamente pela capacidade de imaginar a realidade, embora esta realidade
seja muitas vezes angustiante. A criança pode recordar imagens de terror e de
violência, recordar uma luta com os colegas da escola ou uma zanga entre os
pais. Este período também se caracteriza por ser o inicio das primeiras
conceptualizações: a criança começa a ser capaz de registar conceitos como
as cores ou os tamanhos das coisas. No início o conceito está sempre ligado
ao objecto com que aprendeu. Se aprendeu a cor amarela como desenho de
uma flor amarela, pensará que todas as flores devem ser da mesma cor; ao
aumentar as suas experiências ficará surpreendida ao ver que nem só existem
flores de cor amarela mas que também existem flores de cor branca ou
vermelha.

No estádio perceptivo ou intuitivo (dos 4 aos 5/7 anos) aparece o


raciocínio pré-lógico. É a fase em que a criança dá argumentos onde não se

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têm em conta os aspectos fundamentais, nem todos os atributos do conceito;
por exemplo, pode pensar que a tarde ainda não chegou porque ainda não
dormiu a sesta. Neste caso está a valorizar um aspecto que não é o que define
a tarde, mas que é sim o que está mais próximo das suas experiências, ou
seja, a sesta. Por este motivo, a criança pode não reconhecer o seu pai se este
cortou a barba ou o bigode.

Outra característica central das crianças pré-operatórias, segundo


Piaget, é o egocentrismo. As crianças pré-operatórias não têm consciência de
perspectivas que não as suas, elas acreditam que todas as pessoas percebem
o ambiente do mesmo modo que elas.

Piaget acreditava que o egocentrismo explica a rigidez do pensamento


pré-operatório. Por não serem capazes de apreciar outros pontos de vista que
não os seus, as crianças pequenas não são capazes de revisar os seus
esquemas a fim de levar em conta as mudanças no ambiente. Daí a sua
incapacidade de reverter operações ou conservar quantidade.

 Estádio Operatório Concreto

Entre as idades de sete e doze anos, as crianças aprendem os diversos


conceitos de conservação e começam a realizar outras manipulações lógicas.
Elas são capazes de colocar objectos em ordem, com base em uma dimensão
como altura ou peso. Elas podem também formar uma representação de uma
série de acções. Crianças de cinco anos sabem ir até casa de um amigo, mas
não conseguem “guiar” alguém até lá ou traçar o percurso com lápis e papel,
ou seja não têm uma ideia global do trajecto. Em contraste, crianças de oito
anos sabem desenhar rapidamente um mapa do percurso.

Piaget chama a este período de estádio operatório-concreto: Embora as


crianças usem termos abstractos, elas só os utilizam em relação a objectos
concretos, ou seja, objectos aos quais elas têm acesso directo.

 Estádio Operatório Formal

O que distingue o estádio operatório formal dos outros estádios é a


capacidade para o pensamento abstracto. Assim, o pensamento do

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adolescente, entre os 12 e os 16 anos, é um pensamento proporcional,
baseado em proposições não obrigatoriamente reais, sendo que “o que é
possível” assume um estatuto superior ao que é real, ao contrário do que
sucede no período operatório concreto, onde só se argumentava e
racionalizava sobre dados reais. Uma das implicações deste novo tipo de
operações é a possibilidade de pensar na base de hipóteses. Nesta etapa há
também diferenciação entre a forma e o conteúdo.

Se o pensamento pré-operatório assentava em percepções e o período


operatório concreto no real observável, a adolescência, isto é, o período formal,
incide sobre um pequeno pensamento hipotético, sobre o virtual e
simplesmente possível e isto permite que o adolescente lide com um conjunto
mais vasto de dados quando tem de tomar decisões e resolver problemas.
Aproximadamente aos onze ou doze anos, as crianças atingem os modos
adultos de pensamento. Neste estádio, o adolescente já consegue, por
exemplo, construir teorias acerca de pessoas, acontecimentos, relações,
porque não está limitado a um conjunto restrito de dados, sendo o seu
pensamento mais aprofundado e amplo. Neste estádio a pessoa já é capaz de
raciocinar em termos puramente simbólicos.

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Conclusões
Apesar de várias teorias de desenvolvimento defendidas por vários
psicólogos, Piaget conseguiu formular até agora a que melhor explica o
desenvolvimento das crianças. Esta teoria, foi comprovada pelo mesmo,
observando os seus próprios filhos e fazendo experiências com outras
crianças. Qualquer indivíduo consegue fazer um pouco da análise que fez
Piaget, basta observar as crianças que o rodeiam.

Numa perspectiva dinâmica e abrangente, o ser humano terá que ser


encarado como um sistema aberto, em que todos os aspectos interagem: o
meio natural e a família, os amigos, o grupo de vizinhança, a escola, a
comunidade.
Existem contextos que influenciam activamente os percursos da nossa
vida: a mudança de terra/casa, doença, morte, divórcio…
Uma questão que se pode levantar é o problema da existência ou não
de períodos críticos, isto é, de etapas limitadas de tempo durante as quais o
organismo é sensível à estimulação do meio.
Com este trabalho concluí que, existem vários níveis de
desenvolvimento separados por estádios e divididos em idades. A cada estádio
corresponde um nível de desenvolvimento das crianças. Estes estádios são
constantes de geração em geração.

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Bibliografia
Piaget, J. (1997). A Psicologia da Criança. Porto: Asa

Rocha, A., & Fidalgo, Z. (1998). Psicologia 12º ano. Lisboa: Texto Editora

Pires, C., Azevedo, L., Brandão, S. (2006). Psicologia B 12º ano Parte 2 – A
procura da mente. Porto: Areal Editores

Rodrigues, L. (2004). Psicologia 12º Ano – O Essencial para os Exames.


Lisboa: Plátano Editora

Monteiro, M. & Santos, M. R. (1998). Psicologia: Nova Edição. Porto: Porto


Editora

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Anexos

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