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CHAMO ATENÇÃO QUE CASO NÃO CONSTE NA BIBLIOGRAFIA TUDO O QUE FOI

APRESENTADO NESTE RESUMO, ENFATIZO QUE ESTE RESUMO NÃO É SOMENTE DE


MINHA AUTORIA, MAS CONJUNTAMENTE COM LIVROS DA MATÉRIA, DE SITES DA
INTERNET E DA EXPLICAÇÃO DADA PELO PROFESSOR QUE ME LECIONOU A MATÉRIA
DURANTE O ANO LETIVO E DE MINHAS PRÓPRIAS INTERPRETAÇÕES.
NÃO TENHO INTENÇÃO NENHUMA DE PLAGIAR OU COPIAR NINGUÉM.

AULA DIA 03.02.2010


1 Conceito
As principais mudanças no Código atual:
FAMÍLIA : O novo código estabelece que a "família" abrange as unidades familiares formadas por casamento, união estável ou comunidade de qualquer
genitor e descendente. Segundo o código de 1916, a "família legítima" é aquela formada pelo casamento formal, que é o eixo central do direito de família.

Antecipa-se a plena capacidade civil da pessoa humana, dos 21 anos para 18 anos de idade. Nesse sentido a disposição do artigo 5º do novo Código Civil, trazendo

importantes reflexos para o campo do Direito de Família, como nas situações de autorização paterna para o casamento, sujeição ao pátrio poder, que passa a

denominar-se "poder familiar", cessação da tutela, cessação do direito a alimentos etc.. Sob essa mesma ótica da antecipação da capacidade, reduz-se para 16

anos de idade o limite para emancipação dos filhos por outorga paterna (artigo 5º, parágrafo único, inciso I), e iguala-se também em 16 anos a idade do homem e

da mulher para fins de capacitação nupcial (artigo 1.517 do novo CC).

FIM DO PÁTRIO PODER: O poder do pai sobre os filhos passa a ser chamado de "poder familiar" -a ser exercido igualmente pelo pai e pela mãe.

Da mesma forma, o homem deixa de ser o "chefe da família", que é dirigida pelo casal, com iguais poderes para o homem e para a mulher.Se marido e mulher

divergirem, não havendo mais a prevalência da vontade do pai, a solução será transferida ao Judiciário

PERDA DO PODER FAMILIAR: Seguindo a mesma orientação do Estatuto da Criança e do Adolescente, o novo código dispõe que perderá o

poder familiar o pai ou a mãe que castigar imoderadamente o filho, deixá-lo em abandono ou praticar atos contrários à moral e aos bons costumes.

- Abandona a visão patriarcalista (quando o casamento era a única forma de constituição da família e nesta imperava a figura do marido,

ficando a mulher em situação submissa e inferiorizada).

- Igualdade de tratamento entre marido e mulher, assim como iguais são todos os filhos, hoje
respeitados em sua dignidade de pessoa humana, independente de sua origem familiar.

- Emenda Constitucional nº 9 (junho de 1977) a excluir o caráter indissolúvel do casamento, com a


instituição do divórcio, que teve sua regulamentação na Lei n. 6.515/77.

OBSERVAÇÃO: Com a Constituição Federal de 1988, a família que é considerada a base da sociedade, ganhou quatro vertentes básicas ditadas pelos

artigos 226 e seguintes da Carta constitucional:

a) ampliação das formas de constituição da família, que antes se abrangia ao casamento, acrescendo-se como entidades familiares a união estável e a comunidade

formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

b) facilitação da dissolução do casamento pelo divórcio direto após dois anos de separação de fato, e pela conversão da separação judicial em divórcio após um

ano.

c) igualdade de direitos e deveres do homem e da mulher na sociedade conjugal.

d) igualdade dos filhos, havidos ou não do casamento, ou por adoção, garantindo-se a todos os mesmos direitos e deveres e sendo vedada qualquer discriminação

decorrente de sua origem.

Como decorrência dos novos mandamentos constitucionais, foram editadas leis especiais garantidoras daqueles direitos, com atualização do texto da

(Lei 6.515/77)  referente à separação judicial e ao divórcio,

(Lei 8.069/90)  referente ao Estatuto da Criança e do Adolescente

(Lei 8.560/92)  referente ao reconhecimento de filhos havidos fora do casamento

(Lei 8.971/94)  referente a união estável

(Lei 9.278/96)  referente a união estável

1. Maioridade Civil:
A pessoa alcança a sua autonomia civil aos 18 anos, e não mais aos 21. Isso significa que,
após os 18 anos, ela pode praticar todos os atos da vida civil -não é necessária a autorização
dos pais para celebrar nenhum tipo de contrato.

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Haverá, por exemplo, perda do vínculo de dependência do filho ao completar 18 anos em
empresas assistenciais e em clubes de lazer. A redução também privará o jovem adulto da
proteção legal dos pais.

EMANCIPAÇÃO
A emancipação do filho é concedida por ambos os pais ou só por um deles na ausência do
outro. No código anterior, a mãe só podia emancipar o filho se o pai deste houvesse morrido.
Com a redução da maioridade para 18 anos, a idade mínima para antecipação por ato dos pais
cai para 16 anos.
(CC) Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,

ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha

economia própria.

(CC) Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não

atingida a maioridade civil.

Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.

OBSERVAÇÃO: Suprimento Judicial de Idade: O Código Civil estabelece, em seu art. 183, XII, não poderem se casar as mulheres menores de 16 e

os homens menores de 18 anos. Em exceção a esta proibição, o art. 214 do mesmo Código afirma poderem os referidos menores casar para evitar a

imposição ou o cumprimento de pena criminal. Este impedimento tem sido objeto de discussões na jurisprudência, com soluções que nem sempre nos afiguram

corretas. Têm sido comuns os pedidos em Juízo de 'suprimento de idade', visando autorizar o casamento de pessoas com idade inferior à estabelecida no

inciso em tela. O nome dado a estes pedidos já evidencia um erro: Como poderia alguém suprir a idade de um dos nubentes? Poderia o Juiz dizer que uma

jovem de 14 anos, por exemplo, passa a ter 16? Obviamente que não. Há, na verdade, impossibilidade fática nestes pedidos de 'suprimento de idade'. A

razão de se pedir 'suprimento de idade' está na possibilidade de o Juiz suprir o consentimento dos pais, nos termos do art. 188 do Código Civil. Confunde-se,

assim, o suprimento da autorização paterna com o 'suprimento de idade'. A permissão do art. 188 é para aqueles nubentes menores de 21 anos, mas com

idade superior à fixada no art. 183, XII, que tiveram sua pretensão de casar injustamente denegada pelos pais. O Juiz, analisando as razões dos pais e

considerando-as injustas, poderá suprir o seu consentimento, para o fim de autorizar o casamento contra a vontade dos pais. Mas se nem os pais poderiam

autorizar o casamento da menor de 16 ou do menor de 18 anos, como ocorre nos casos do art. 183, XII, como poderia o Juiz suprir o consentimento que estes não

poderiam dar? Injustificável, portanto, argumentar-se com a anuência dos pais para se autorizar o casamento. Mas esta impropriedade terminológica, por

si só, não seria impeditivo à concessão da autorização para o casamento. O que realmente pretendem os requerentes, nestes casos, é a autorização para

se casarem, não o 'suprimento da idade'. O erro na nomenclatura do pedido, naturalmente, não impede a sua procedência.

http://www.gontijo-familia.adv.br/2008/artigos_pdf/Inacio_de_Carvalho/Suprimentoidade.pdf
2. Igualdade dos cônjuges:
IGUALDADE ENTRE SEXOS
Enquanto o Código Civil de 1916 faz referência ao "homem", o código que entra em vigor no
próximo dia 11 emprega a palavra "pessoa". A mudança está em conformidade com a
Constituição Federal de 1988, que estabelece que "homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações".
A modificação reflete o objetivo de igualdade entre homem e mulher.

PROTEÇÃO DA PESSOA
Na nova legislação, há um capítulo sobre "os direitos da personalidade" -por exemplo, o direito
à integridade do corpo, o direito ao nome, o direito à privacidade etc. Prevê perdas e danos
em caso de ameaças ou lesões a esses direitos, também válidos para pessoas jurídicas.
Proíbe, por exemplo, todos os atos de disposição do corpo mediante pagamentos que reduzam
a integridade física do indivíduo ou que contrariem os bons costumes o moral ou a decência,
tal como a comercialização de órgãos.

3. Casamento civil e casamento religioso:


A nova legislação estabelece que o casamento é a "comunhão plena de vida", com direitos
iguais para os cônjuges, obedecendo à regra constitucional segundo a qual "os direitos e
deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher".
O código de 1916 dispõe que o objetivo do casamento é constituir família.
O novo código considera o casamento apenas como uma das formas de constituição da família.

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CASAMENTO GRATUITO
O novo código estabelece que todas as custas do casamento são gratuitas para as pessoas que
se declararem pobres.

CASAMENTO RELIGIOSO
O código de 1916 não fazia referência ao casamento religioso. O novo código seguiu as
disposições da Lei de Registros Públicos de registro. O casamento religioso, para que tenha
efeito civil, deve ser registrado em até 90 dias (e não mais em 30). A facilitação decorre da
possibilidade de efetuar-se o registro a qualquer tempo, mesmo depois de vencido o prazo de
90 dias de sua realização, bastando que se renove a habilitação matrimonial, providência esta
que visa apurar a inexistência de impedimentos para o casamento.

ADOÇÃO DE NOMES
O marido poderá adotar o sobrenome da mulher -o que era possível só com autorização
judicial. Antes, apenas a mulher pode adotar o sobrenome do homem (ou manter o seu de
solteira).

REGIME DE BENS
Permite que o casal mude o regime de bens durante o casamento, o que é proibido
atualmente. Os três regimes clássicos são mantidos: comunhão universal, comunhão parcial e
separação de bens.
A mudança favorece, por exemplo, quem se casou no regime da comunhão universal de bens
e depois se arrependeu

NOVO REGIME
Cria-se um novo regime de bens, a participação final nos aquestos (bens adquiridos), que se
assemelha ao regime da comunhão parcial de bens. Neste último, os bens adquiridos durante
o casamento são comuns, exceto os recebidos por herança e doação. Os bens anteriores são
de quem os possuía. Na separação, os bens comuns são partilhados. Segundo o novo regime,
os bens comprados durante o casamento pertencem a quem os comprou, mas eles são
divididos na separação.
O novo regime dá autonomia a cada cônjuge, que poderá administrar seu patrimônio
autonomamente.
(CC) Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.

(CC) Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.

Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for

declarada, sob as penas da lei.

(CC) Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro

próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.

(CC) Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.

§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício

competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o

registro dependerá de nova habilitação.

§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo,

no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.

§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.

(CC) Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.

§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.

§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado

qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.

(CC) Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com

exclusividade.

Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.

http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/31998/31241

4. Da invalidade do casamento:
CAPÍTULO III - Dos Impedimentos

(CC) Art. 1.521. Não podem casar:

I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

II - os afins em linha reta;

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III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

(CC) Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.

Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.

CAPÍTULO IV - Das causas suspensivas

(CC) Art. 1.523. Não devem casar:

I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;

II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade

conjugal;

III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;

IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela

ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo,

provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a

nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

(CC) Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos

ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.

CAPÍTULO VIII - Da Invalidade do Casamento

(CC) Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:

I - pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil;

II - por infringência de impedimento.

(CC) Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer

interessado, ou pelo Ministério Público.

(CC) Art. 1.550. É anulável o casamento:

I - de quem não completou a idade mínima para casar;

II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;

III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;

IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;

V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;

VI - por incompetência da autoridade celebrante.

Parágrafo único. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.

(CC) Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.

(CC) Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:

I - pelo próprio cônjuge menor;

II - por seus representantes legais;

III - por seus ascendentes.

(CC) Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais,

se necessária, ou com suprimento judicial.

(CC) Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos

e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil.

(CC) Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em cento

e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários.

§ 1o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, da

morte do incapaz.

§ 2o Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado

sua aprovação.

(CC) Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do

outro.

(CC) Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:

I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge

enganado;

II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;

III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a

saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;

IV - a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.

(CC) Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado

temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.

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(CC) Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício,

valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557.

(CC) Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:

I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;

II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;

III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;

IV - quatro anos, se houver coação.

§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez

essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.

§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento

da celebração.

(CC) Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos

os efeitos até o dia da sentença anulatória.

§ 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.

§ 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.

(CC) Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável,

poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.

(CC) Art. 1.563. A sentença que decretar a nulidade do casamento retroagirá à data da sua celebração, sem prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por

terceiros de boa-fé, nem a resultante de sentença transitada em julgado.

(CC) Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:

I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;

II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.


SEPARAÇÃO
O novo código permite a separação após um ano da realização do casamento. O código de
1916 permitia a separação voluntária do casal (o desquite) apenas depois de dois anos, mas
as disposições a respeito disso foram revogadas pela Lei do Divórcio, em 1977.

DIVÓRCIO
O prazo para o divórcio é de dois anos após a separação de fato ou um ano depois da
separação judicial. Outra norma nova é o fim da proibição do divórcio antes do término da
partilha dos bens. Quem pede o divórcio sem comprovar a culpa do outro não perde o direito à
pensão alimentícia.

5. Adultério:
Pela nova legislação, o adultério continua sendo causa de dissolução do casamento, mas não
acarreta impedimentos ao adúltero, como impossibilitar que este se case com o amante.
O novo código permite que pessoas casadas, mas separadas de fato, estabeleçam união
estável, inclusive com o amante.

HERANÇA
A principal mudança acrescentou o cônjuge sobrevivente no rol dos herdeiros chamados
necessários por definição legal, posição que, em 1916 cabia apenas aos descendentes e aos
ascendentes. O texto de 2002 confirmou nos primeiros lugares da ordem sucessória os
descendentes e os ascendentes do morto, mas também incluiu seu cônjuge sobrevivente como
concorrente à herança. Não havendo descendentes, são chamados para a sucessão os
ascendentes, também em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Não havendo ascendentes
ou descendentes, a herança vai inteiramente para o cônjuge. Não havendo o cônjuge, vai para
os colaterais até o quarto grau (primos irmãos).
Não havendo herdeiros, a herança vai para o município ou para o Distrito Federal.

6. União estável e concubinato:


UNIÃO ESTAVEL
É a convivência entre homem e mulher, alicerçada na vontade dos conviventes, de caráter
notório e estável, visando a constituição de família.
A CF/88 não promoveu uma equiparação entre casamento e união estável; afastou essa figura
do direito das obrigações (onde ainda estão as uniões – sociedades de fato – entre pessoas do mesmo sexo) e a competência
para julgar saiu da Vara Cível – sociedades de fato -para as Varas de Família (art. 9º da lei 9.278/96).
Convém ressaltar que a união a merecer tutela é a que se reveste de solidez e estabilidade. O
casamento continua sendo o instituto básico, uma vez que a CF determina ao legislador

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ordinário que facilite a conversão da união estável em casamento. Posteriormente à
Constituição Federal de 1988, foram editadas as leis 8.971/94, que dispõe a respeito do direito
dos companheiros à alimentos e à sucessão e a Lei 9.278/96, regulando o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal. Uma não revogou a outra, vez que a lei 8.971/94 contempla o direito à
sucessão, matéria estranha à Lei n. 9.278/96; o que autoriza dizer que a lei 8.971/94 continua
em vigor no que tange ao direito sucessório
(CC) Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.

§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em

casamento.

§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

§ 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada

separação de fato por mais de dois anos.

§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao

Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas

relações.
EFEITOS DECORRENTES DA DISSSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
a) Os alimentos
A Lei 8.971/94 introduziu o direito aos alimentos entre os conviventes, direito que não se funda no jus sanguinis, nem decorre de parentesco. Resulta do dever de

assistência material recíproca. Os conviventes devem alimentos recíprocos por força do chamado dever familiar.

O exame da lei permite constatar que os conviventes podem por fim à união estável sem que se discuta culpa, sem cogitar de causa. No que se refere a alimentos,

basta que se instaure a necessidade para que a obrigação se ponha. O dever familiar é incompatível com a idéia de culpa. Uma idéia é defendida pela doutrina: a

de que os alimentos devem ser fixados por um período de tempo razoável para que os credor possa obter os meios para se manter, findo esse tempo, os alimentos

deixarão de ser devidos.

Pressupostos legais: existência da união estável e necessidade do credor.

Critérios de fixação: princípio da proporcionalidade e princípio da razoabilidade.

Reajustamento (majoração por força de índice legal ou avençado) e revisão (alteração quantitativa decorrente da mudança na situação financeira): é possível na

pensão decorrente de união estável.

Modos de cumprimentos: embora o devedor seja o titular do direito de escolher a forma (dinheiro, hospedagem, sustento etc) é a prudência do magistrado que

tem determinado o melhor modo.

Meios de assegurar o pagamento: os previstos no CPC. É possível garantia real ou fidejussória, desconto em folha de pagamento, constituição de usufruto etc.

Alimentos provisórios – são assegurados, apesar da omissão da lei especial, porque constituem forma de proteção aos integrantes da entidade familiar que a Lei

Maior manda proteger. São devidos a partir do despacho que os determina.

Rito da ação de alimentos: ordinário – a lei não assegurou a adoção do rito sumário da Lei 5.478/68. É preciso no pedido solicitar reconhecimento de união estável

c/com alimentos (Ação de reconhecimento de união estável c/c alimentos). Se existe prova pré-constituída de união estável, pode-se pedir, na inicial, os alimentos

provisórios. No mais, volta-se ao rito ordinário.

b) O patrimônio dos conviventes


Podemos apontar algumas soluções consagradas pela jurisprudência, como atribuir à companheira direito a salários em razão dos serviços domésticos prestados;

dar-lhe participação no patrimônio aurido pelo esforço comum em razão de sociedade de fato havida entre os concubinos. Soluções estabelecidas sempre no campo

do direito das obrigações.

O art. 5º da Lei 9.278/96 estatui que "os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou ambos os conviventes, na constância da união estável e a título oneroso, são

considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, passando a pertencer a ambos , em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária em

contrato escrito".

Aqui, reclama a doutrina que o termo "condomínio" deveria ser substituído por "comunhão" e tal como se dá no regime da comunhão parcial, podem conviver três

patrimônios: o comum (móveis e imóveis/havidos na constância da união/ a título oneroso); o pessoal do convivente e o pessoal da convivente (bens que

pertenciam a cada um antes da união).

Foram excluídos do art. 271 do CC (comunhão parcial), os bens adquiridos por fato eventual e os frutos civis do trabalho de cada convivente.

O contrato escrito a que a lei se refere é uma espécie de pacto antenupcial, limitado pelas normas de ordem pública, especialmente relativas a casamento, aos

princípios gerais de direito etc. Existindo contrato escrito válido ele predomina na disciplina das relações patrimoniais.

Noutras palavras, é possível dizer que há um regime legal que guarda identidade com o regime da comunhão parcial.
c) As relações com terceiros e outorga para venda de imóveis
A lei 9.278/96 não dispôs a respeito do assunto nos casos em que o patrimônio comum se encontra no nome de um só dos conviventes. O entendimento

doutrinário é que a venda só deveria ser feita com a presença e permissão de ambos os conviventes, considerando-se, por outro lado, que a boa-fé do terceiro

adquirente merece proteção. A conclusão a que se chega é que compete à justiça a interpretação e decisão de caso concreto.

d) O direito ao nome do companheiro

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Tome-se como base o art. 57,§ 2º da Lei 6.015/73 (Lei dos Registros Públicos)– "A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem solteiro, desquitado

ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo ponderável, poderá recorrer ao juízo competente que, no registro de nascimento, seja averbado o patronímico de

seu companheiro, sem prejuízo dos apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento legal para o casamento, decorrente do estado civil de qualquer das

partes ou de ambas".

Esse dispositivo foi fruto de reiteradas decisões das cortes brasileiras admitindo o uso, pela mulher, do nome de seu concubino.

CONCUBINATO:

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=545
7. Filhos:
GUARDA DOS FILHOS
Na separação consensual, a Lei do Divórcio, de 1977, permitiu que os cônjuges determinassem
livremente o modo pelo qual a guarda dos filhos seria exercida, em solução confirmada pelo
novo código. Na separação judicial, a Lei do Divórcio atribuiu a guarda ao cônjuge que não
tenha causado a separação e, sendo ambos responsáveis, determinou que os filhos menores,
não havendo acordo entre os pais, ficariam em poder da mãe. O novo código determina que,
na falta de acordo entre os cônjuges, na separação ou no divórcio, a guarda "será atribuída a
quem revelar melhores condições para exercê-la".
O juiz pode também atribuir a guarda dos filhos a outra pessoa. As melhores condições não
são apenas econômicas _o juiz levará em conta os interesses do menor.

PENSÃO ALIMENTAR
Pelo novo código, parentes, cônjuges ou conviventes podem pedir pensão alimentícia quando
dela necessitarem. No código de 1916, ocorrida a separação, somente a mulher podia pedir
alimentos, direito negado ao marido (apesar de admitido pela jurisprudência com base na
Constituição).
O novo código estabelece a possibilidade de que alimentos sejam fornecidos mesmo ao
cônjuge culpado da dissolução do casamento.

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS

O novo Código reduz os impedimentos matrimoniais a sete situações, conforme enumeração


do artigo 1.521. Correspondem aos impedimentos absolutos do Código de 1916, descritos em
seu artigo 183, incisos I a VIII, com exceção do inciso VII, que proíbe o casamento do cônjuge
adúltero com o seu co-réu por tal condenado. Bem agiu o legislador em afastar o impedimento
decorrente de adultério, seja por cuidar-se de figura que se acha esmaecida e em fase de
extinção como ilícito penal, como também por contrapor-se, aquele impedimento, à solução
naturalmente romântica de uma nova união com a pessoa amada, desde que dissolvido o
casamento por divórcio ou viuvez.

Cingem-se, os impedimentos absolutos, às hipóteses tradicionais de vedação do casamento


entre parentes próximos, ascendentes e descendentes, colaterais até o terceiro grau, adotante
e adotado, afins em linha reta, pessoas casadas e união do cônjuge sobrevivente com o
condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

Nas primeiras hipóteses, objetiva-se evitar uniões de caráter incestuoso, que são igualmente
ofensivas à moral e aos bons costumes. Note-se que a vedação relativa aos afins em linha reta
passa a abranger também as pessoas em união estável, em vista da ampliação daquele
conceito de parentesco legal, nos termos dos artigo 1.595 do novo Código Civil, antes limitado
ao cônjuge, e agora extensivo ao companheiro.

Quanto aos impedimentos entre colaterais, observa-se que o novo Código não contempla a
ressalva de autorização judicial para o casamento entre os colaterais de terceiro grau (tio e
sobrinha), que no atual sistema jurídico tem lugar por força de disposição do Decreto-Lei
3.200/41. Resta questionável se estaria revogada essa norma excepcional, diante da norma
genérica do novo ordenamento civil, ou se mantida como regra especial prevalecente.

O exame dos impedimentos matrimoniais faz-se em procedimento administrativo da


habilitação, perante o Oficial do Registro Civil do domicílio dos nubentes. A esse respeito,

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enseja reparo a disposição do art. 1.526 do novo Código, a exigir que a habilitação seja
"homologada pelo juiz". Mas que juiz será esse? O juiz de casamentos ou Juiz de Direito
Corregedor do Cartório? Nenhum dos dois deve ter essa incumbência, mas sim o oficial do
registro civil, que é quem prepara a habilitação. Esse é o sistema atual, em que o juiz somente
decide quando há impugnação de terceiro ou do Ministério Público, sem atendimento pelas
partes.

CAUSAS SUSPENSIVAS

Fora do rol dos impedimentos matrimoniais, mas com eles relacionados, situam-se as "causas
suspensivas", dispondo a respeito o novo Código, no artigo 1.523, que não devem contrair
casamento certas pessoas, em hipóteses em que Código revogado, no artigo 183, incisos XIII
a XVI, classificava como impedimentos meramente proibitivos, embora com algumas
alterações no texto. As disposições referem-se ao viúvo ou viúva que tiver filho do cônjuge
falecido, enquanto não proceder ao inventário e partilha dos bens; ao divorciado, enquanto
não tiver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; à viúva ou mulher com
casamento anulado, até 10 meses depois da viuvez ou da dissolução do casamento; e,
finalmente, ao tutor ou curador e seus parentes, com a pessoa tutelada ou curatelada.

Note-se o emprego da expressão "não devem", em lugar de "não podem", para excluir o
caráter impeditivo daquelas causas que, na verdade, desaparecem desde que haja autorização
judicial. De qualquer forma, mesmo que tais causas sejam violadas, não acarretam a
invalidade do casamento, limitando-se à sanção de obrigatoriedade do regime da separação de
bens (artigo 1.641 do novo CC).

CAUSAS DE NULIDADE E DE ANULAÇÃO DO CASAMENTO

No capítulo da invalidade do casamento, o novo Código distingue os casos de casamento nulo


e de casamento anulável.

Nulo será o casamento contraído: (a) por enfermo mental sem discernimento para os atos da
vida civil, e (b) por infringência de impedimento (artigo 1.548). Na hipótese primeira,
classificam-se os portadores de doença mental que torne a pessoa absolutamente incapaz,
distinguindo-se de outras situações de incapacidade relativa, que ocasionam apenas a
anulabilidade do ato. Na segunda hipótese, lembre-se que o novo Código apenas considera
como impedimentos as situações mais graves, enumeradas no artigo 1.521. São os chamados
impedimentos absolutos do Código de 1916, uma vez que os impedimentos relativos passam a
ser considerados, pelo novo ordenamento, como meras causas de anulação do casamento.

Com efeito, no rol de causas de anulação do casamento, o novo Código Civil trata de situações
relacionadas à falta da idade mínima para casar (16 anos), à falta de autorização do
representante legal para os menores de 18 anos, ao vício de vontade, à incapacidade relativa,
à atuação de mandatário com procuração revogada e à incompetência da autoridade
celebrante (artigo 1.550). A questão do mandato revogado constitui inovação em relação ao
ordenamento anterior, mas com interessante ressalva de que não tenha havido coabitação
entre os cônjuges, vez que esse tipo de comportamento estaria convalidando a celebração do
casamento ainda que por mandatário excluído.

Enquadram-se como causas de anulação do casamento por vício de vontade aquelas relativas
ao erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge (artigo 1.556). A enumeração dos casos de
"erro essencial", conforme artigo 1.557 do novo Código, repete os mesmos requisitos fáticos
enunciados no artigo 219 do anterior, com exceção do referente ao "defloramento da mulher",
que a jurisprudência já considerava revogado pelas superiores regras de igualdade e de
vedação de atos ofensivos à dignidade da pessoa humana. Em acréscimo, o novo Código prevê
que se anule o casamento também na hipótese de doença mental grave de um dos cônjuges,
anterior ao casamento, que torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.

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DIREITOS E DEVERES CONJUGAIS

Em capítulo sobre a eficácia do casamento, o novo Código Civil dispõe que homem e mulher
assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos
da família (artigo 1.565).

Nota-se a preocupação em extirpar o tratamento jurídico diferenciado que o Código de 1916


estabeleceu entre os cônjuges, bastando lembrar que seu artigo 233 ainda se refere ao marido
como o "chefe" da sociedade conjugal, e o artigo 240, originalmente, classificava a mulher
como "auxiliar", e com a reforma da Lei 4.121/61 deu-lhe promoção para "assistente", mas
conservando a submissão feminina, uma vez que sua incumbência restringe-se a velar pela
direção material e moral da casa.

O princípio igualitário não se compadece com essa visão discriminatória dos membros da
entidade familiar. Por isso é que se enfatiza, no artigo 1.567 do novo Código, que a direção da
sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no
interesse do casal e dos filhos.

O rol de deveres de ambos os cônjuges, previsto no artigo 1.566 do novo ordenamento, repete
os quatro incisos do artigo 231 do Código velho - fidelidade, vida em comum, assistência,
criação dos filhos -, e acrescenta mais um: respeito e consideração mútuos. Trata-se de
expressão que o legislador também utiliza na definição dos deveres dos companheiros em
união estável (Lei 9.278/96, artigo 2o). Não se cuida de mera extensão pleonástica do dever
de assistência moral. A ênfase se justifica em razão da "comunhão de vida" imanente ao
casamento, de sorte que o distanciamento por falta de diálogo, a frieza no trato pessoal e
outras falhas de comunicação podem afetar aquela convivência, motivando, com isso, novas
figuras de quebra de dever conjugal.

ANTES (Código de 1916) DEPOIS (Código de 2002)


- Matrimonialista: a família decorria unicamente do - Pluralizada: a família não advêm
matrimonio, sua principal função era a procriação. apenas do casamento (união
estável, monoparental).
- Heteropariental: Homem e Mulher.
- Heteropariental (Homem e Mulher)
- Biológica: só filhos de sangue. e Monoparental (qualquer dos pais e
seus descendentes).
- Unidade de produção e reprodução.
- Sócio-afetiva ou Biológica: filho
- Instituição: que protegia o ente família. adotado ou de laços de sangue.

- Patriarcal: o pai era o líder, imperando a figura do - (Poder Familiar)


homem, marido (PATRIO PODER). Ficando a mulher
em situação submissa e inferiorizada. - Igualdade entre homem e mulher e
filhos.

http://www.pailegal.net/fatiss.asp?rvTextoId=-1627972773
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=520

2 Ramos

AULA DO DIA 08.02.2010


3 Objetivos

4 Natureza jurídica das normas de Direito de Família

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4.1 Prova Ilícita
Contraria as normas de direito material.
É aquela trazida ao processo de forma ilegal.
Toda e qualquer forma de prova trazida aos autos deve levar em consideração a dignidade da
pessoa humana.
OBSERVAÇÃO: PORVA ILEGÍTIMA: contraria as normas de direito processual.

4.2 Privacidade familiar


(Lei 11.340/06)  referente à Lei Maria da Penha
(Lei 11.440/07)  referente a separação e divorcio
(CF/88) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;


5 Fontes
CAPÍTULO VII - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO

(CF/88) Art. 226. A família (qualquer forma de afetividade), base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (clausula geral
de inclusão)
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.

§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em

casamento.

§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

§ 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada

separação de fato por mais de dois anos.

§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao

Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas

relações.
AULA DO DIA 22.02.2010
6 Princípios do Direito de família
Por outro lado, a família foi reconhecida como base da sociedade e recebe proteção do Estado,
nos termos dos artigos 226 e seguintes. A família como formação social, na visão de Pietro
Perlingieri, é garantida pela Constituição não por ser portadora de um direito superior ou
superindividual, mas por ser o local ou instituição onde se forma a pessoa humana.

"A família é valor constitucionalmente garantido nos limites de sua conformação e de não
contraditoriedade aos valores que caracterizam as relações civis, especialmente a dignidade
humana: ainda que diversas possam ser as suas modalidades de organização, ela é finalizada
à educação e à promoção daqueles que a ela pertencem.

O merecimento de tutela da família não diz respeito exclusivamente às relações de sangue,


mas, sobretudo, àquelas afetivas, que se traduzem em uma comunhão espiritual e de vida."

A família teve o reconhecimento do legislador constituinte como base da sociedade, e a sua


importância na formação das pessoas mereceu todo o aparato jurídico estatal, formado por
normas e princípios, isto para aqueles que não os consideram norma jurídica.

Ultrapassada esta breve introdução, passaremos a nos ocupar do tema central deste trabalho,
navegando pelos Princípios Constitucionais do Direito de Família.

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9093

AULA DIA 10.03.2010


1 Impedimentos Matrimoniais
CAPÍTULO III - Dos Impedimentos

(CC) Art. 1.521. Não podem casar:

I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

II - os afins em linha reta;

III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;

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IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

(CC) Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.

Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.

2 Causas Suspensivas Matrimoniais


CAPÍTULO IV - Das causas suspensivas

(CC) Art. 1.523. Não devem casar:

I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;

II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade

conjugal;

III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;

IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela

ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo,

provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a

nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

(CC) Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos

ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.

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