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(Os teros aqui unis conthuan rterde dsanrhidas yor omponerts da coi onvbie na pase abe Estos Rapodcies Moscals e Feiss & ‘gone Rorsetativa, cama apoi da Fundaia Ferd edo Pa Clo um ‘estan da ies clu uid dsreraeres do bia do ur, na ‘Sine do Rect; on apiestres retsntades do recat de apa «dos lndosPenarry, ambos resientas do Serb do Sub Méio So Francisca Este ‘taba documunta pated efrg de pasqus do qu ena questes dt ‘de somatade,desrandando tines te gar e grag nn catidana de fame de gos eutua e sciatent frets, nsios en is contests ‘toa, om Penarbce, a Norn do asi. 0 afar a parte dum rato ‘sis amo iid Entaarande traps d Sore: Cnzatnd eAmpado ‘Pesquisas 0 Azies a Soe Repodtiva (001-2007. Duane este perio, 8 ‘axipe vives uma expeiecia cantina de tensa postive: ere o respi paride ada pe cla pesqusde, a bmdaca aur can ‘ees qua sstonatizssem un tabao sagreameaeado ul perso plas tpi complete, Em pena colboafto eon at gopasfes © 38,3 lngeicages, pode at percaber qe ¢tabaho {o|além de eidaosa dsc ttnogrifia con bane em ger, gros side, extnuands a labrato de sutras rindestias' de opi,» pramovndo comatos com executes, adiitrodoreso plangadres de apes governement enfo-qoveamentas ma ‘end sae lespecinnte ra sddereproduti| A coltinea&comparatva © rulcéoiea, Os trabtor interpreta indgam sobre potas, clu ‘parizagiosocaldests drones raps. FAGES PPGA Fundagao Ford ema " Nee Faas Party Scott, Renato Athias e Marion Teod (Organizadors) ‘Parry Sct Renato Athias e Marion Teadéslo de Quadros (Organicadores) Satide, Sexualidade e Familias Urbanas, Rurais e Indigenas PublicapbesEspeciais do Programa de Pés-Greduagio ent ‘AntroploglalFAGES UNIVERSIDADE FEDERAL DEPERNAMBUCO ava ® Ciena ure ecife2007 nlaidde Fler de Pomantcs ‘Pilot Epc de road te adoro em Atop (Wied equ Tn, lero eS EASES) ‘rica ete ‘homes gece de Maen ‘nl Fen och ita ort te tera Caras [path choc tage Nido de eu Fania, GowoeSemaidade ‘sree Rel Party St at habs sage fags repo dog: Amend Sot ete Ds Mere Prepon cape rms rs Mar dn Gur el rata oe Vie ‘a ons nt ing vt ig rma Armd Sst DRT SS) ops schmntr o nme UPPE Teil, seule Vanda was a emai 7 enpiaien ‘tye eae i Nas oa Se “se ‘Uncen cee 7 we atta earn Sivowesias 07 Ry 2 Anon — Fai aaa a 2 Sa senate” Pe eer Pare Coe Rea ‘Sterna fone commepie See Pry Ais Roa (Soden Tena wae ures) ome iu Coons) reo i Ave agriultores do Sub-o ‘Rio So Fanci, aos Pankarars ¢ ‘ans mcadores de bur ii Morais rligi enerualidade em contents wbano, rural ¢ {ndigens: namor,aboro¢responsbllidade. Par Se 2 ‘Attvidade ghneroe relates inlergeraconsis da ‘espetiva de ovens e familias Maina Rss Long 2 ANEXOS ‘A-Dowumento 4 O direttohaivensidade e dlferenca nasadde reprodtiva: ‘onsiainda uma agenda Autores, Introdugio Os textos aqui reunidos constituem reflndes desenvoiviéas por comporentes da equipe envolvida na esquls-ago Estos Reprdutivns Mascon © Feminine ¢ Onganizgses. Representa, desenvolvida xn trés. lacs distintos, com f8 grupos cultural socialmente diferentes Com o apoio da Furdaclo Ford e do CNPq, a eipe intensifies telagbeeestabeleides por difeentes pesqulsdores nos ditints locals. eslorgo fe pace do Empenho mals amplo intulado Enfentando Diftenas de Gone: Cons ¢ Apliondo Pespuaas © Ages om Seite eprodution 2001-2007. © sal do loro revelaineresses temic aide, sexualidade e famdia, diversidades Contextual (urbana, rural inden), preocipace com 2 Impliagdes poles de interpretages e comparagdes ent snipes "Mesmo tendo nescido parti de experincas comurs dos pesquisadores que partcperam na, pesauisi-esto, 0 tspitto da coletines & de prenevnra mlonomts doe ators fas suas escolhes,preerencias e abrangindas temdtias © omparativas. Ou sa, afost-se da iia de ser um relatrio de atividades, 0 mesmo tempo em que a compreensio don S5eus texos lama por ma orlentao sobze quate foram os Droceisosquelevaram prodigho dests Or bjetivos da pesquha-agho, reakgando glnero © agerasto,e drigidos a grupos ineridcr nos més Contextos Alerentes, com suas propries cults, Astras e formas de se Tazerem representa por oganicagbes, form mt Slaramente.expictados, desde o-inkie, no. proto. da Pesquise Estos Reprodtivos Masclinos © Fonnines € Drganinres Reprsettis, datado de 200: timlar 9 claborago, elas orpaniagien reprenentatias, de esalgis relvndleatras conertas gue eforcem c/o esabeagem Senabildade & quastio de’ gina ere ° —— LL” otganiagtes represetativas [e] Promavee Snito estas Organiengdes con tacetores, ‘ximinstdores, places “de ade lgovernameatas © morgoveramonls ns Sea de sae (e especialmente sade reprodtva, na expecative de aumentar 9 aceao ¢2 selbligade a quener do gine nestes servigs Neste esfrgo a equlpe vveu anos de tensio positiva cote o respite & parculardade de cada prupe ede cade Fesqubador, e » obeionia‘a um connie de abe ae Sistematizassem um teabalho” compre amesqalo ps Gisperto, Cada us dos grupos selconaos pars o abst "Toradores do bio do Tbure, nace do. Res, sagtculores reassentadon do reseratirio de Taparien, no Seto do SubrMadloSio Franc, ey indi Pankara, ula reserva sth studenten Seta Grande 0 Sear da Borborema do mesma Serifo = jrhviam sido covtnindes cn diferentes percursos (desc. no” Anex0. 8) pelos, pegulsadors esa coltinen Foi possiel realgar diferentes quesies importantes pra cada grupo, a par da nossa litre das priordades de fda deen. ss quenoes se oprupavamn emt Tomo de Pontos estratigcos speci os su foram considers Eamon acount fx Protest Chicndeqanndo tabalharos Com os grupos. indigo Pankararyareferncn ao ecto 4 tera on Sones fetes produ, quando colaboranos com’ agrcors ¢ trabalhadores crate reassentaos en ltparcs © rte demise eran oportuniates de ree, alter om maracores de pertrarenna ro ato do ou a Regito Mevopotana do Recie. Temos a cog go Gualquer propos que mao cecnhecese. ess porto Sstratgcos nasociedds a repmndugto socal de. fron tspectcs sera ncompeta ern cena Respetando runes © elendétios proprics de cada percuro, elzag do trbalnn em conjnt proportions Iumerosas experigncas em cominn Crupes de dhcusdo seguindo um roteiro comum sobre vida produtiva, reproduclo, socializacio e servigos de saide — foram realizedes com homens adultos, mulheres adultas, homens jovens e mulheres jovens, em cada érea. Material didatico foi compilado a partir destes grupos, e de experiéncias de observagio e entrevistas em cada rea, Sequéncias de oficinas, desenhadas para capacitar pessoas das organizaiies representativas, abordaram direitos humanos ¢ violencia, doengas sexualmente transmisaiveis ¢ relacionadas com 0 ciclo reprodutivo, contracepeio e planejamento familiar, indicadores de sadde, concepgées préprias do compo Jumano, politicas para a juventude, e idéias de diferenca de ag@nero, Pesquisas individuais sobre t6picos diversos foram realizadas por graduandos em cigncias sociais e humanas. Responsiveis por programas de satide foram incorporados rna ‘compilagio e discussio da relevincia dos dados epidemiolégicos e politicas para os grupos. Em varias ccasises, foram realizados semindrios de conta dircto entre representantes dos diferentes grupos para discutir direitos ¢ satide, culminando no seminétio sobre Direitos & Diferenca e 2 Diversidade, que produziu 0 documento apresentado’n0 Anexo A, ‘Ao longo deste period, os pesquisadlores produziram. artigos especificas e serviram para intermediar contatos © assessorar agoes capazes de ajudar a atingir os objetivos. ‘Apis este trabalho, com certera, a constiencia sobre 0 potercial de colaborar na elaboracao de politicas de satide Feprodutiva sensivels para a partcularidade dos grupos foi agucada, e 0s interlocutores e atores-chave, identificados com mais clareza, 5 cinco trabalhos desverdam frentes diferentes de temas coligados. A coleténea & comparativa e multi-céntrica, apolando-se em relatos em toro de assuntos que surgiram ra interseegio de todas as ag6es aqui descrites. Os trabalhos interpretam e indagam sobre politics, sobre cultura e sobre 4 organizacio social de grupos diferentes. Examinam a vivencia de satide, sexualidade e moralidades de homens ¢ mulheres de diferentes geractes, inseridos em grupos socials ” {spect em contact contro palo ne priate. ema organlzaclo colstva e reprsentacio pelt, com atengto| ra como os cstemas de sade eas pollens publcts conginers afc as suas vidas Rega. A interalo. com religito « cuftura de cada propo ‘Abordam diretmmente 2 sexulidade © os programs de sale clando ibn con. idan com opments i e- contacepeto, a parir_de uma perspeciva senulvel a dferencas de genera, Enfocam as relagce entre alse fhose a Tormacho de Tago afetves @alianges em diferentes, Descortnam como 0 ervolvimesto 0 fstabelecmerto de poles pata Jovens aga camithos iinportantn para © reconhecimento "deste stor da populace ‘A "coletnen ences com dois anexos que proporcionam aos lltores eas leitoras uma oportandade de Entrar em conlato com dadkbes resultant de dilogos Iantidose com 0 envolvimento dos pesquisadores com os Srupos 'e orgunieagbestepresntativas. paiticpanes da Proquse, 0" primeira atexo. apresents restladas “€ Fcomendagtes que foram eaboradae durante um seminico aque promoveu sim dilogo ampiago e Intenso ene: grupos, nossa equipe de_ pelea, © administrador, Planejadorese rganicacdesenvolvidas ern movimentos das trenas de saie, de genero e de gerago. O segundo anexo fevel os percurss ltntos de inferagao com os grupos focazados ao longo do liv. ‘Agradecemos a Amanda Scot EleteDins Maranhto pelo cuidado e esmero com que relizaram a conslidogto fos arquivos don argose a prime. Tormatasio Son rigs dese Hiro Recife, 2007 Parry Scott Renato Athias Marion Teodéaio de Quadros 2 Morais, religido e sexualidade em contextos urbano, rural e indigena: namoro, aborto e responsabilidade Parry Scott A comparagio de formas diferenciadas de priticas da regulacio da sexualidade reporta & construgto de fronteiras de diferentes grupos socioculturais, relacionando-se a expressées de moralidade. Sexualidade e reigiio sfo dois ‘cunpos Interrelacionados, os quais abordam morais ¢ cuja confluéncia contribui para a construgao destas fronteicas. Neste trabalho, a relagio entre sexualidade e religito, mediada por grupos de familias e das suas orgenizagbes representativas que operam em contextot locas, vista para rmoradores urbanos, para agricultores irrigantes, e para {ndigenas, todos no Estado de Pernambuco. Moralidade, neste trabalho, assume a aceprao simbélica ampla de valores de coletividade que regulam ppertencimento & coletividade, interpretagio tio cara as obras da sociologia francesa (DURKHEIM, 1983, 1989, 1995; ‘MAUSS, 1974). Mesmo que as coletividades discutidas aqui se tornem visveis, através de organizagGes representativas, as identidades correspondentes dos multiplos agentes estio fem constante reconstrugéo e negociagio histrica e espacial (BARTH, 1969; OLIVEIRA, 1998; PINA CABRAL, 1991, 2008). ‘Ao trabalhar com um didlogo sobre como diferentes componentes de familias regulam a sua moralidade através dda sexualidade e da religito, de certa forma, se aceita um desafio comparativo que Matiza Corréa (1988) identificou na precatiedade do didlogo de estudiosos sobre a categoria “familia” em ambientes urbanos, ruraise tribais. Segundo a autora, 0 objeto “fundia” toma matizes tio dispares em a | :meios urbanos, ruras e tribais, que quase se torna impossivel qualquer comparasio do que é “familia” entre os diferentes rmeios. Aqui se estende esta observagko para a2 idéias de “sexualidade” e de "religito”, subordinadas & légica da construgio de reces de relagies sociais locals e histéricas, para efetivar a comparagio. Mas antes, énecessério elaborar algumas das questdes privilegiadas a0 se referir A ‘sexualidade e& religito contextualizadas comparativamente. Hi tempo que a sexualidade é identficada como forga rmotriz para uma reprodugio social atrlada & formagto de redes de reciprocidade, mais amplas ou mais resritas, que permitem uma convivéncia entre grupos (LEVI-STRAUSS et. al, 1980; LEVISTRAUSS, 1982; BERQUO, 2003; LOYOLA, 1998), H14 uma multiplicidacie de manifestagdes referentes & soxualidade, entre as quai se incluem noses de género (CORREA e PETCHEVSKY, 1996; DUARTE ¢ LEAL, 1998) e das variadas relagGes entre sexo e reproducio, escalha de parceizos. conjugal, recorréncia ao. aborto | provocado, frientacSo sexual, etc. As convergéncias e divergéncias de ppadrdes grupais em relacio & sexualidade revelam a propria dlinamicidade dos grupos em identificarem as maneiras pelas quais as redes de reciprocidade entram nas estratégias de formagio da populacio comprometida com a resiliéncia e continuidade de grupos especticos na sua insergao histérica local. E nesta interface entre reprodugio biolégica reprodugio social — passande por malor ou menor dissociagio destas da propria idéia do exerccio da sexualidade (ou, de acordo com a terminologia dos ‘movimentos contempordneos, dos direitos sexuais) ~ que se pode observar a constituicio das redas de reciprocidade configuracdes identitérias em constante construcio local. Da. mesma forma, identificar um segmento de participantes de um grupo social, num ambiente localizado de acordo com a sua adesio religiosa, permite precisar alguns mecanismos pelos quais a prépriaceligio orienta a “ ‘expressio da moralidade © da regulagio da sexualidade (COUTO, 2001, 2002; MACHADO, 1996, 1997; SCOTT e CANTARELLI, 2008), Ressalta-se que a igreja situada num contexto local no é "a" Fgreja (com I maitsculo),¢ sim uma Aadequacio dela ao conjunto de atores e eventos histéricos {que operam no cotidiano dos grupos socials locais que a compéem. A convivéncia no ambiente local faz com que as relagies entre igrejas e expressbes religiosas, mals ou menos: diversas, tomemse uma pista, entre muitas, para a ‘compreensio das fronteiras erguidas entre grupos locas, promovendo, entre alguns, manifestagies de maior Solidariedade em tomo de valores comuns para convivencia cotidiana. A multiplicidade ou unicidade da vocaglo religiosa local, a sua relaga0 com igrejas embasadas em doutrinas e estraturasinstitucionais de dimenstes diferentes, ‘2 distincia entre as pritias © valores prescritos ¢ os ‘fetivamnonte implementados, e a cisio ou unio entre adeptor de denominagdes diferentes, todos slo assuntos| sobre religiosidade que informam sobre as redes de reciprocidade ¢ identidades em construgio. Uma igreja local anticula a sua relagio com a igreja extralocal de uma ‘mania em que confere aos seus figis um acesso a elementos que possam ser acionados para estruturar as relagdes de poder entre os camponentes do grupo social, Jocalmente contextualizado, ‘De acordo com esta leltura da sexualidade © da religiosidade especificas ¢ contextualizadas, a prioridade interpretativa recai sobre a compreensao dos. fatores histéricos associados a eventos que diferenciam um grupo social de outro, e que promovem a consirucio de ambientes que so forjados por uma série de eventos, 0s. quais participam no jogo da formacao de idlentidades socials dos atores neles ervolvidos. Voltando a diferenciagao entre os contextos urbano, rural e tribal, é preciso identificar eventos Fistéricos, alguns antigos e, a maior parte, recentes, que 6 mg ctPO de rele de poder ae ifornam on fem tomo da construgio de nedes de reclprocidade para os diferentes grupos sociais enfocados, tanto em termos das articulagbes com estruturas de poder supre-locals, quanto com a formato de priticns de foclabilldade “cotdiana toms. Nesta “construghe, ‘organizagées mais ou menos coesas se formam ¢ buscan uma legitimidade como mopresentantes de grupos, realgando certos destes aspectos histérices e pallios come ‘merecedores de real na criacfo identitiria da coletividade, Maltiplas redes ¢ religiosidade diversa entificar um contexto local é realizar uma eacotha, rio totalmente arbitraria, de elementos de um cenirio, {guiado pelas indicagées que o lho do observador é levado s Privilegiar na sua interagto com alguns agentes que nesoo fantexto operam. Assim, & possivel realgar’contoiios especiticos das redes de relagies construidas de acordo corn os préticas e conceitos de um conjunto de agentes, que se foroa discemivel através das suas ages cotidianas, sejam guais forem as suas proporgoes reativas na construe de ‘dentidades coletvas e na adesdo diferenciada de pessons que habitam nos espagos escolhides. Os tres contexios equ descritos slo designados como rural indigena e urbano, por estes fatores refletiem diferenciagSes acionadas pelos pessoas e pelas organizagties representatives para se refetir 4 maneiras de sociabilidade entencdlidas conto formadlone dlelas enquanto fazendo parte de grupos. As referéncias sesualidade io apresentadas e depois retomadas nos itens especiticos sobre namoro e aborio/formagdo de unides, enquanto uma descricho das préticasreligiosasintegradas estes contextos locais ja se integra as descrigSes de cada contexto. Abordam-se, sucessivamente, os. agricullores 6 Feassentados de ltaparica, a populagio indigena Pankararu dda Serra de Borborema, e os moradores do Ibura da perifesia urbana do Recife. Os agricultores reassentados No ambiente rural, o residir numa agrovila de agricultores irrigantes reassentados no Sertio do Sub-Médio ‘Sto Francisco pernambucana e balano se caracteriza por uma semelhanga na base econémica, através de uma forte © por uma diversidade de origens comunitirins. Todos sto agricultores atingidos pela construcio da barragem que deu origem ao reservatério de Taparica, 0 qual, em 1988, inundou as terras onde os agricultores dispersos plantavam usando técnicas diferentes de imrigagio e criatério (principalmente caprino) ‘no sequeiro, Ocupando a beira do Rio Sio Francisco antes da construgdo da barragem, estes agricultores entendiam que a sua situagao era privilegiada em relagio aos agricultores de sequeizo, os quais estavam sujeitos 8S intemperies do elima seco € do controle fundirio do sertéo distante do tio. Na @o rio, houve acesso a terre onde se podia cultivar, ‘mesmo diante da diversidade das condigdes de acesso, incluindo tanto agricultores relativamente independentes, como posseitos, pequenas proprietérios, artesdos com agricultura complementar, quanto agricultores mais dependentes de outros, sendo meeizos ou assalariados na terra de terceitos. O tamanho do projeto de desenvolvimento apoiado pelo Banco Mundial impressiona, pois submmeteu mais de 40.000 diversos agricultores e seus familiares a uma experiéneia comum que unificou a sua lita, defininds a bandeira de “terra por terra na margem do lego” como simbolo da necessidade da compensagio por suas perdas com a inundagSo (SCOTT, 1996¢ © ARAUJO et. al, 2000 ” descrevem este processo). Com manifestagdes, ocupacées do canteiro de obras, e constantes negociagies com 0 governo, relvindicavam e asseguraram projetos de moradia ¢ imigacao com tecnologia adaptada as novas condigies ambientais

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