A entrevista do presidente do Conselho Federal de Psicologia, Antnio Marcos Chaves, presente na revista Psicologia: cincia e profisso, essa que uma publicao trimestral dos Conselhos Federal e Regionais, foi realizada na ocasio em que a regulamentao da profisso completou seus trinta anos. Nela o presidente apresentou informaes como o marco da obrigatoriedade da disciplina, que antes era abordada apenas nos cursos de pedagogia, cincias sociais e filosofia, assim como trouxe curiosidades sobre os anos anteriores a viso da Psicologia como profisso perante a lei- que ocorreu no ano de 1962- antes disso, em 1954 foi criada a Associao Brasileira dos Psiclogos, sediada no Rio de Janeiro e apontada por Antnio Marcos como o responsvel pelo movimento que resultou na elaborao da lei. A luta dos profissionais dessa rea apenas comeou com a regulamentao, em seguida a disputa por espao, delimitaes na atuao, atividades caractersticas dos profissionais psiclogos (antes nomeados como psicologistas) e no de mdicos ou profissionais da educao, enfim o perfil do trabalho do psiclogo foi sendo gradativamente elaborado e solidificado nos anos subsequentes. Entretanto, esse perodo no foi apenas de lutas, vrios cursos foram criados aps o mecanismo legal, a primeira turma de psiclogos formou-se no ano de 1960, pela PUC do Rio de Janeiro. Em seguida, com o golpe militar de 1964, houve uma mudana na estrutura curricular do curso, adicionando a Psicologia Comunitria, que no foi aceita pela populao. Nos anos seguintes houve o incentivo da privatizao do ensino, o que gerou um aumento no nmero de cursos de Psicologia, fator apontado como negativo por Antnio Marcos por questes do nvel de qualidade desses cursos. O presidente do Conselho Federal de Psicologia aponta caractersticas comuns quanto ao perfil do psiclogo encontrado atualmente comparado ao da dcada de 70, interesses pela Clnica e Psicologia Organizacional permanecem, mas a tendncia a socializar a cincia apontada como um interesse dos profissionais de hoje.