Onde o silncio nasce dos rudos montonos e mansos Essa estranha viso de mulher calma Surgindo do vazio dos meus olhos parados Vem espiar minha imobilidade.
E ela fica horas longas, horas silenciosas
Somente movendo os olhos serenos no meu rosto Atenta, espera do sono que vir e me levar com ele. Nada diz, nada pensa, apenas olha e o seu olhar como a luz De uma estrela velada pela bruma. Nada diz. Olha apenas as minhas plpebras que descem Mas que no vencem o olhar perdido longe. Nada pensa. Vir e agasalhar minhas mos frias Se sentir frias suas mos. Quando a porta ranger e a cabecinha de criana Aparecer curiosa e a voz clara cham-la num reclamo Ela apontar para mim pondo o dedo nos lbios Sorrindo de um sorriso misterioso E se ir num passo leve Aps o beijo leve e roagante... Eu s verei a porta que se vai fechando brandamente... Ela ter ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei.