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Apresentação de caso clínico

Dr Rodrigo Masini de Melo


R1 de Pediatria
APRESENTAÇÃO DO CASO
• ID: MCC, 1 ano e 5 meses, sexo masculino, natural e
residente em Boa Vista.

• QP: ”Moleza no corpo”

• HMA: Criança com quadro de IVAS há menos de 48


horas, apresentando tosse seca, febre baixa e coriza
hialina, evolui repentinamente com rebaixamento do
nível de consciência, tremores em membros, hipertonia
de mão E, 1 episódio de vômito e mantendo febre.
Fazendo uso de Abrilar e Dipirona há 1 dia.
APRESENTAÇÃO DO CASO
• HP: criança sem co-morbidades anteriores,
adequado desenvolvimento neuropsicomotor,
sem alergias e cartão de vacinas em dia.

• HF: mãe faz uso de Haldol por transtorno


psiquiátrico, pai depressivo e irmã hígida.

• HSF: criança fica com a maior parte do tempo


com pai e irmã.
APRESENTAÇÃO DO CASO
• Ao exame: hipoativa, chorosa a manipulação,
movimentação ativa de membros, mas com mão E
cerrada o tempo todo, marcha atáxica, porém sem
claudicação, normocorado.

• Segmentar: cardíaco, pulmonar, oroscopia e otoscopia


sem alterações.

• Neurológico: fontanela fechada, nuca livre, demora para


sustentar a cabeça quando suspensa pelos MMSS,
movimento diminuído em membros com hipertonia.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
• Lesão expansiva em SNC?
• Meningoencefalite viral?
• Miosite?
CONDUTA
• ISOLAMENTO

• COLETA DE EXAMES: HMG, TGO, TGP, CPK,


FUNÇÃO RENAL, GLICEMIA, PUNÇÃO LOMBAR
E TC DE CRANIO

• CEFTRIAXONE 100 mg/Kg, hidratação venosa


de manutenção e sintomáticos.
EXAMES

Hemograma completo

HEMOGLOBINA 12g%
HEMATÓCRITO 35%
LEUCÓCITOS TOTAIS 9.800/mm3
BASTONETES 2%
SEGMENTADOS 40%
LINFÓCITOS 56%
EOSINÓFILOS 1%
MONÓCITOS 1%
PLAQUETAS 288.000/mm3
EXAMES
• Ionograma:
1. Sódio = 136 mmol/L
2. Potássio = 4,14 mmol/L
3. Cálcio = 1,081 mmol/L
• Glicemia = 79 mg/dL
• Creatinina = 25 mg/dL
• Uréia = 0,5 mg/dL
• TGO = 36 mg/dL
• TGP = 26 mg/dL
• CPK sem kit
EXAMES
LCR

• Aspecto límpido
• Citometria(não foi realizada citologia diferencial):
1. Hemácias = 0
2. Leucócitos = 1
• Bioquímica:
1. Glicemia = 74 mg/dL
2. Proteínas = 8,5 mg/dL
3. Cloretos = 127 mg/dL
• Gram negativo
• Ausência de BAAR
• Pesquisa de Fungos negativos
• Cultura em andamento
EXAME

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE
CRÂNIO NORMAL!!!!!!
E AGORA?
REVENDO A HMA
Mãe relata que a irmã da criança tem o
costume de dar remédios para o irmão na
tentativa de ajudá-lo.
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR HALOPERIDOL

SUSPENSO CEFTRIAXONE E MANTIDO HIDRATAÇÃO VENOSA ATÉ ELIMINAÇÃO DA DROGA

RECEBEU ALTA EM BEG !


INTOXICAÇÕES AGUDAS
EPIDEMIOLOGIA
• No Brasil os medicamentos continuam sendo os
principais responsáveis;

• Em 2006 foram registrados aproximadamente 10.000


casos de intoxicações em crianças de 0 a 4 anos;

• Alguns estudos nacionais apontam os polivitamínicos


e os anticonvulsivantes como os mais comuns
agentes medicamentosos encolvidos.
O ATENDIMENTO
Etapas básicas de atendimento:
1. Estabilização: atitudes que devem ser tomadas para corrigir
distúrbios que possam representar risco de morte, somente
depois de estabilizado seguir em frente no atendimento;
2. Reconhecimento da toxíndrome e identificação do agente
causal;
3. Descontaminação:conjunto de medidas tomadas com o
objetivo de diminuir a exposição do organismo ao tóxico;
4. Eliminação: medidas para promover a excreção mais
rápida/intensa do tóxico já absorvido pelo organismo;
5. Antídotos: se o agente exige administração imediata deve
ser realizado juntamente com a estabilização.
MÉTODOS DE DESCONTAMINAÇÃO
• Tóxico ingerido: proceder esvaziamento gástrico com carvão
ativado, desde que feita em tempo útil e respeitadas as contra-
indicações. Em casos selecionados, realizar lavagem gástrica;

• Tóxico inalado: remover a criança do ambiente, retirar sua


roupa e se necessário lavagem corporal com água corrente;

• Tóxico em contato com a pele: lavagem corporal com água


abundante;

• Tóxico em contato com os olhos: lavagem em água corrente.


PERSISTENCIA DOS SINTOMAS
Deve-se procurar aumentar a excreção do tóxico
escolhendo a medida mais adequada:
1. Hidratação

2. Diurese forçada com diuréticos

3. Diurese iônica

4. Medidas dialisadoras
A OBSERVAÇÃO

Terminados os procedimentos de descontaminação,


verificar as condições do paciente e as propriedades
farmacocinéticas do agente tóxico, como tempo de
absorção e o aparecimento de efeitos tardios, daí
decidir pela observação, prosseguimento do
tratamento ou alta.
INTOXICAÇÃO POR HALOPERIDOL
• Neuroléptico do grupo das butirofenonas com largo
uso na Psiquiatria;

• Exercem forte antogonismo dopaminérgico central


com pouca ação colinérgica;

• Significativa ligação proteíca plasmática;

• Metabolização hepática e eliminação renal.


INTOXICAÇÃO POR HALOPERIDOL
• Clínica:
1. Rigidez e espasmos musculares;
2. Pseudoparkisonismo
3. Agitação ou depressão
4. Ataxia
5. Taquicardia com hipotensão
6. Hipertermia
7. Cefaléia
8. Náuseas e vômitos
INTOXICAÇÃO POR HALOPERIDOL
• Tratamento:
1. Carvão ativado a cada 2 a 3 horas, ou lavagem gástrica se não há
distonias ou rebaixamento do nível de consciência;

2. Hipotensão: Ringer lactato e drogas vasopressoras (noradrenalina);

3. Arritmias: lidocaína 1mg/kg EV;

4. Convulsão: diazepam e depois fenitoína;

5. Sintomáticos internados por 24 horas, assintomáticos por 4 horas .


OBRIGADO

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