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JORNALISMO NAS AMERICAS

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Futuro dos meios de comunicação gera debate apaixonado no Brasil

Um debate importante sobre o futuro dos meios de comunicação está se travando no


Brasil. De um lado estão os que defendem sua democratização, por mecanismos que vão
desde o controle social do conteúdo até a proibição do monopólio. De outro, estão as
empresas de comunicação e outras organizações que se dizem preocupadas com os
efeitos das mudanças propostas sobre a liberdade de imprensa no país.
As discussões ganharam novo rumo esta semana, com o anúncio de que o governo
poderá alterar pontos polêmicos do terceiro Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH), segundo O Estado de S. Paulo. Publicado em dezembro por
decreto presidencial, o PNDH sugere uma série de medidas de monitoramento e
controle social do conteúdo divulgado pela mídia.
Uma delas propõe penalidades para as empresas de radiodifusão que desrespeitarem os
direitos humanos – advertência, multa, suspensão da programação e até a cassação da
concessão. Outra sugere a publicação de um ranking dos veículos mais e menos
comprometidos com os direitos humanos. Essas propostas são defendidas
principalmente pelos movimentos sociais e pela esquerda brasileira.
Os principais meios de comunicação do país tacharam as propostas de
"antidemocráticas", e anunciaram, na quinta-feira, que poderão entrar na Justiça
contra o PNDH, informou O Globo.
“A liberdade de expressão é um direito de todos os cidadãos e não deve ser tutelada por
comissões governamentais”, diz uma nota das associações de emissoras de rádio, TV,
editores de revistas e jornais. Sua voz ganhou manchetes durante o “1º Fórum
Democracia e Liberdade de Expressão”, em São Paulo, no dia 1º. de março (veja
matérias sobre o encontro).
Já os proponentes do plano argumentam que controle social é diferente de censura. “É
preciso existir mecanismos que impeçam que a vontade unilateral de um grupo
econômico estabeleça como serão distribuídos os meios de comunicação ou que tipo de
conteúdos serão oferecidos à população”, afirmou Pedro Ekman, do Intervozes, que
defende a democratização dos meios. "Liberdade de expressão com garantia de direitos
é o que estamos pedindo", continuou.
Nesse debate marcado pela polarização, até o governo federal está dividido. Enquanto o
ministro de Direitos Humanos, Paulo Vanucci, defende a regulação da mídia, o
ministro das Comunicações, Hélio Costa, diz que o controle social dos meios “é
inadmissível".
No domingo, 14, a 2ª Conferência Nacional de Cultura terminou com críticas ao
monopólio dos meios de comunicação e propostas de regulamentação da mída
brasileira (veja o texto-base da Conferência).

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