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| APLICADA AO ENGENHARIA CIVIL VOLUME 1 ee 528.4251 644 $395k Cx. d Engenheiro ALBERTO DE CAMPOS BORGES Professor Titular de Topografia e Fotometria da Universidade Mackenzie, Ex-Professor Titular de Construgées Civis da Universidade Mackenzie, Professor Pleno de Topogratfia na Escola de Engenharia Maus, Professor Pleno de Construcic de Edificios na Escola de Engenharia Mau, Professor Titular de Topografia da Faculdade de Engenharia da Fundacéo Armando Alvares Penteado TOPOGRAFIA VOLUME 1 2.* edigfo revista e ampliada Ce EDITORA EDGARD BLUCHER www.blucher.com.br mo CEFETIMA BIBLIOTECA TEBYRECADE OLVERA | Apresentacao Este trabalho se divide em dois volumes. O Vol. 1, que agora é lancado, compée-se da Topografia Basica, ou Elementar. As aplicagdes especificas da Topografia estardio no segundo volume, ainda em preparo. Essa subdivisiio corresponde ao curso de Topografia que o autor vem ministrando aos alunos do Curso Civil de trés escolas de Engenharia da cidade de Sio Paulo: Faculdade de Engenharia da Fundagdo Armando Alvares Penteado (FAAP), Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie ¢ Escola de Engenharia Maua do Instituto Maua de Tecnologia. Assim, 0 primeiro volume corresponde aos assuntos lecionados no primeiro semestre e 0 segundo volume aos temas do segundo semestre. Pela ordem dos capitulos, os assuntos tratados neste primeiro volume sao: 1, Definigdo, objetivos, divisdes e unidades usuais da Topografia 2. Equipamentos auxiliares da Topografia: balizas, fichas, trenas, cader- netas de campo 3. Medidas de distancias horizontais: métodos de medigiio 4, Levantamentos empregando apenas medidas lincares 5. Diregdes norte-sul magnética e norte-sul verdadeira, ou geogrificas 6. Rumos ¢ azimutes, magnéticos ¢ verdadeiros; transformagdes ¢ atua- lizagdes de rumos ¢ azimutes 7. Bissolas 8. Desvios da agulha; corregdes de rumos ¢ azimutes 9. Poligonaso; levantamentos utilizando poligonais como linhas bsicas 10. CAlculo de coordenadas parciais; determinagdo do erro de fechamento linear das poligonais LL Ponto mais a oeste ¢ cAlculo de coordenadas totais 12, CAlculo da 4rea do poligono; métodos das duplas distincias meridianas e das coordenadas totais 13. Ajuste de poligonais secundarias 14, Cilculo das areas extrapoligonais 15. Descrig&io do teodolito; diversos tipos; teoria dos nénios 16. Métodos de medigdo de Angulos horizontais: direto e por deflexdo 17. Retificagdes do “transito” (teodolito) 18. Altimetria; nivelamentos geométricos; niveis ¢ miras 19. Retificagées de niveis 20. Taqucometria; taquedmetros normais e auto-redutores 21, Retificagdes de taquedmetros 22. Medida de distancias horizontais ¢ verticais pelo método das rampas e com a mira de base (subtense bar) 23. Alidade-prancheta auto-redutora Resumindo, vé-se que este primeiro yolume estuda os métodos basicos de Ievantamento: medidas lineares, poligonaco, nivelamento geométrico, taqueo- metria, irradiac&o; e os instrumentos topograficos fundamentais: buissolas, niveis, teodolitos ¢ taqueémetros. Como o segundo volume ainda se encontra em preparo, os capitulos nao estfio numerados, porém faremos um resumo de seus temas: @Curvas de nivel; métodos de obtencto topogrificos e por aerofotogra- metria @Locagio de obras; edificios, pontes, viadutos, tineis, bueiros, galerias @Medicao de distancias por métodos trigonométricos; distancia entre pontos inacessiveis eTerraplenagem em plataformas horizontais e inclinadas Arruamentos e loteamentos; levantamento da rea, projeto e locagio ¢Levantamentos subterrdineos; galeria de minas; equipamentos especiais eTopografia aplicada a hidrometria; medigées de vazo, curvas batimé- tricas; uso do sextante; problema das trés pontos (Pothenot) ‘@ Topografia para estradas; reconhecimento e linha de ensaio (linha basica) @Projeto planimétrico; tragado geométrico Curvas horizontais; circulares, espiral de transigéo, superelevacio e su- perlargura Projeto altimétrico; rampas e curvas verticais de concordancia; parabélicas simétricas ¢ assimétricas Locagao da linha projetada (alinhamento); locagao dos taludes Cilculo dos volumes de terraplenagem: formula prismoidal; corresdo dos volumes nas curvas horizontais ‘eEstudo do transporte de terra: diagrama de massas (Bruckner) @ Divisio de terras; partithas Triangulasao topografica; medidas da linha de base ¢ dos angulos; tri- lateragao eEmprego da eletronica na Topografia; telurémetros e distanciémetros; emprego do raio laser @ Poligonagiio eletrénica; trilateragdo eletrénica; mudangas nos métodos de Jevantamento: ‘© Métodos de determinagao do meridiano local; diregao norte-sul ver- dadeira ‘@Breves nogdes de Astronomia de campo ‘eBreves nogdes de Geodésia Fundamentos e possibilidades da Fotogrametria as Pela quantidade e variedade de assuntos do segundo volume, seu preparo se atrasou. Resolvemcs langar 0 primeiro yolume, antes da conclusio do se- gundo porque fazic ita falta para o acompanhamento dos cursos que minis- tramos. Talvez por scum os temas do primeiro volume elementares, os autores geralmente néio os abordam em seus trabalhos. Introdugao Qual a posigdo da Topografia na Engenharia? A resposta é rélativamente simples: a Topografia existe em todas as atividades da Engenharia que neces- sitam dela, como um “meio” e nfo como um “fim”. Ninguém cursa Topografia apenas por cursar, e sim porque ela serve de meio para outras finalidades. Pode-se afirmar que ela é aplicada em todos os trabalhos de Engenharia Civil, em menor ‘ou maior escala. E utilizada em varias atividades das Engenharias Mecanica, Eletrotécnica, de Minas, e raramente em algumas atividades das Engenharias Quimica, Metalirgica e Eletrénica. Para entendermos 0 porqué dessas afirmagbes € necessirio saber o que a Topografia consegue fazer e as outras Ciéncias nao: medir ou calcular distancias horizontais e verticais, calcular Angulos horizontais e verticais com alta ou altis- sima preciso. Quem mais pode medir distancias horizontais com erro provavel de 1 para 100000? Quem mais pode calcular altitudes (cotas) com precisio de um décimo de milimetro? Quem mais pode medir Angulos horizontais e verticais com precisio de um segundo sexagesimal? Por isso os métodos e equipamentos topogrdficos constituem um recurso para as atividades de Engenharia. Citamos a seguir alguns exemplos, dentro dos trabalhos de Engenharia Civil, que usam da Topografia. a) Edificagdo. A Topografia faz o levantamento plano-altimétrico do ter- reno, como dado fundamental ao projeto; apés o projeto estar pronto, faz sua locagaio e, durante a execugo da obra, controla as prumadas, os niveis e ali- nhamentos. b) Estradas (rodovias ¢ ferrovias). A Topografia participa do “reconhe- cimento”; ajuda no “antiprojeto”; executa a “linha de ensaio” ou “linha basica”; faz 0 projeto do tragado geométrico; loca-o; projeta a terraplenagem; resolve © problema de transporte de terra; controla a execugiio e pavimentagdo (a infra- -estrutura, no caso das ferrovias); colabora na sinalizagao, corrige falhas, tais como curvas maltragadas, etc. ¢) Barragens. A Topografia faz os levantamentos plano-altimétricos para © projeto, loca-o, determina o contorno-da area inundada; controla a execugdo sempre nos problemas de prumadas, niveis e alinhamentos. A Topografia é utilizada também em trabalhos de saneamento, agua, esgoto; construgio de pontes, viadutos, tineis, portos, canais, itrigagdo, arruamentos e loteamentos, porém sempre como um “meio” para atingir uma outra finalidade, Na Engenharia Mecanica ela é indispensAvel na “locagiio de bases de maquinas € nas montagens mecAnicas de alta precisfio”. Na Engenharia Eletrotécnica é utilizada nas hidrelétricas, subestagdes e linhas de transmissio. E comum tam- bém a aplicagio de Coordenadas U.T.M. para arquivo de dados dos sistemas de distribuigdo primario e secundario ‘A Topografia procede aos levantamentos das galerias de mineragdo, ajuda nas partilhas de propriedades e, na Agricultura, nas curvas de niyel ou de desnivel. Por tudo isso, é lamentavel que a Engenharia atualmente praticada em nosso pais coloque a Topografia em posicao secundaria, com tristes conseqiiéncias: vias urbanas expressas com curvas maltragadas que ocasionam muitos acidentes, complexos viarios com espirais de transic&io ao contrario, viadutos e “elevados” com tertiveis sinuosidades, imprevistio nos locais de’ colocagao indispensivel de guard-rail (defensas), colocacao imprépria de sinalizago. Em apoio ao que foi afirmado; podem testemunhar os engenheiros responsaveis pela execugaio de projetos que constatam incoeréncias de medidas entre 0 projeto e a obra, sempre como conseqiiéncia de levantamentos malfeitos. Toda atividade pratica contém erro, e a Topografia ndo pode ser exceco. © que pretendemos, portanto, € que a Topografia seja praticada com erros aceitaveis e, para isso, € necessario que a tomemos como uma atividade impor- tante dentro da Engenharia. E sera, pondo seu estudo em nivel realmente univer- sitario, que se conseguir aplicé-la dentro dos limites de erro aceitaveis. capitulo Hl eIAH AWN Contetdo Topografia: definigao, objetivos, divisbes e unidades usuais 1 Equipamentos auxiliares da Topografia 7 Métodos de medigao de distancias horizontais 13 Levantamento de pequenas propriedades somente com medidas lineares. 24 Diregées norte-sul magnética ¢ norte-sul verdadeira 31 Rumose azimutes 35 Bussolas 44 Corregdo de rumos e azimutes 48 Levantamento utilizando poligonais como linhas bésicas 62 Célculo de coordenadas parciais, de abscissas parciais e de ordenadas parciais 66 0 ponto mais a oeste e célculo de coordenadas totais 77 Caloulo de area de poligono 82 Poligonais secundérias, célculo analitico de lados de poligonais 95 Areas extrapoligonais 102 Teodolito 113 Métodos de medigao de Angulos 118 Retificagdes de transito 126 Altimetria-nivelamento geométrico 136 Retificagao de niveis. 145 Taqueometria 155 Célculo das distancias horizontal e vertical entre dois pontos pelo método das rampas pela mira de base 179 Alidade prancheta 183 Equipamento cletronico 188 capitulo 1 Topografia: definigdo, objetivos, divisées e unidades usuais A Topografia [do grego topos (lugar) ¢ graphein (descrever)] € a ciéncia aplicada cujo objetivo é representar, no papel, a configuragio de uma porgdo de terreno com as benfeitorias que estfio em sua superficie. Ela permite a repre- sentaco, em planta, dos limites de uma propriedade, dos detalhes que estiio em seu interior (cercas, construgSes, campos cultivados ¢ benfeitorias em geral, cérregos, vales, espigdes, etc.). Ea Topografia que, através de plantas com curvas de nivel, representa o relevo do solo com todas as suas elevagdes e depressdes. Também nos permite conhecer a diferenga de nivel entre dois pontos, seja qual for a distancia que os separe; faz-nos conhecer o volume de terra que deverA ser retirado (corte) ou colocado (aterro) para que um terreno, originalmente irregular, torne-se plano, para nele se edificar ou para quaisquer outras finalidades. A Topografia pos- sibilita-nos, ainda, iniciar a perfuragdo de um tinel simultaneamente de ambos os lados da montanha com a certeza de perfurar apenas um ténel e ndo dois, por um erro de direc&o, uma vez que fornece as diregdes exatas a seguir. Quando se deseja represar um curso d’4gua para explorar a energia hidrau- lica para produgdo de energia elétrica, sera a Topografia que, através de estudos prévios da bacia hidrografica, determinara as areas do terreno que serao sub- mersas, procedendo-se & evacuagio e 4 desapropriagdo dessas terras. Podemos afirmar, sem medo de exageros, que a Topografia encaixa-se dentro de qualquer atividade do engenheiro, pois, de uma forma ou de outra, 6 basica para os estudos necessrios quando da construgdo de uma estrada, uma ponte, uma barragem, um ttinel, uma linha de transmissio de forca, uma grande indtstria, uma edificacdo ou, ainda, na perfurac4o de minas, na distri- buic&o de 4gua numa cidade, etc. Seria muito longo, neste capitulo inicial, citar todas as aplicagdes da Topografia; elas irio aparecendo a medida que o assunto estiver sendo exposto. DIVISOES DA TOPOGRAFIA A Topografia comporta duas divisdes principais, a planimetria ea altimetria, Na planimetria so medidas as grandezas sobre um plano horizontal. Essas grandezas so as distincias e os angulos, portanto, as distancias horizontais 2 TOPOGRAFIA os dngulos horizontais. Para representi-las teremos de fazé-lo através de uma vista de cima, ¢ elas aparecerao projetadas sobre um mesmo plano horizontal. Essa representagdo chama-se planta, portanto a planimetria sera representada na planta. Pela altimetria fazemos as medigées das distancias e dos angulos verticais que, na planta, nfio podem ser representados (excegao feita as curvas de nivel, que sero vistas mais adiante), Por essa razo, a altimetria usa como representagdo a vista lateral, ou perfil, ou corte, ou elevacdo; os detalhes da altimetria sio re- presentados sobre um plano vertical. A iinica excegao é constituida pelas curvas de nivel, que, embora sendo um detalhe da altimetria, aparecem nas plantas; porém € cedo para abordar esse assunto e, para ele, existem longos capitulos adiante, ‘As aplicacdes diversas da Topografia fazem com que surjam outras sub- divisées para essa ci€ncia: usos em Hidrografia, Topografia para galeria de minas, Topografia de preciso, Topografia para estradas, etc: porém todas clas se baseiam sempre nas duas divisées principais planimetria e altimetria. Nas plantas, para a planimetria, e nos perfis, para a altimetria, necessitamos usar uma escala para reduzir as medidas reais a valores que caibam no papel para a representagiio. Essa escala é a relagdo entre dois valores, o real e 0 do desenho. Assim, quando usamos a escala 1:100 (fala-se um para cem), cada cem unidades reais serfio representados, no papel, por uma unidade, ou seja, 100m yalerdio, no desenho, apenas 1m. As escalas mais comuns usadas na topografia sfio citadas a seguir. Para a planimetria: a) representago em plantas, de pequenos lotes urbanos, escalas 1:100 ou 1:200; b) plantas de arruamentos ¢ loteamentos urbanos, escalas 1:1 000; ©) plantas de propriedades rurais, dependendo de suas dimensdes, escalas 11.000, 1:2000, 1:5.000; d) escalas inferiores a essas so aplicadas em geral nas representagdes de grandes regides, encaixando-se no campo dos mapas geograficos. Para a altimetria: Geralmente as escalas so diferentes para representar os valores horizontais © os valores verticais; para realar as diferengas de nivel, a escala vertical cos- tuma ser maior que a horizontal; por exemplo, escala horizontal 1:1000 e es- cala vertical 1:10. Para sabermos com que valor se representa uma medida no desenho, bas- tara dividi-la pela escala. ; Exemplo 1.1 Reptesentar,no desenho, 0 comprimento de 324m em es- cala 1:500: 324m y d= = 0.648 m, ou seja, 64,8.cm. Para a operac&o contraria, deve-se multiplicar pela escala. Topogrefia: definicéo, objetivos, divisées e unidades usuais 3 Exemplo 1.2. Numa planta em escala 1:250, dois pontos, A e B, estio afastados de 43,2cm. Qual a distancia real entre eles? d = 0,432m x 250 = 108 m. Quando se trata de Areas, os valores obtidos na planta devem ser multi- plicados pelo quadrado da escala, para se obter a grandeza real. Exemplo 1.3 Medindo-se uma figura retangular sobre uma planta em escala 1:200, obtiveram-se lados de 12 e Scm. Qual a superficie do terreno que © retangulo representa? Area na planta =a m? = 0,12 m x 0,05 m = 0,006 m?. Area real = A = 0,006 m? x 200? = 240 m?, Fazendo-se as operagées parceladamente, facilmente se compreende por que se deve multiplicar pela escala ao quadrado: o lado de 0,12m representa, na realidade, 0,12m x 200 = 24m; © lado de 0,05m representa 0,05 x 200 = 10m; portanto, A= 24 x 10m = 240m? ou, ainda, A =0,12m x 200 x 0,05 m x 200 = 0,12m x 0,05m x 200? = 240 m2. Para facilidade de representagdo no desenho ¢, depois, para simplificar sua interpretacao, € habito usar escalas cujos valores sejam de multiplicagao € divisdo faceis, ou seja, 1:5, 1:10, 1:20, 1:50, 1:100, 1:200, 1:500, 1:1 000, etc. Algumas vezes, podem ser empregadas, ainda, escalas 1:250, 1:300 ou 1: Nunca, porém, se emprega 1:372 ou valores semelhantes, pois haveria muita dificuldade em realizar 0 desenho e, depois, em converter as distancias graficas em valores reais. As vezes ocorre que um desenho, ao ser copiado em clichés para impressiio em livros ow revistas, sofre redugdes fraciondrias que tornam suas escalas indeterminadas. Se, no desenho, aparecerem valores marcados (cotados), pode- remos determinar a escala da impressio dividindo a dist4ncia indicada pela distancia obtida graficamente no desenho. Exemplo 1.4 Numa planta, verificamos que os pontos 1 e 2 tém uma dis- tancia indicada de 820m ¢ que aparecem, no desenho, afastados 37cm. Qual a escala? 820m nn oo portanto a escala é 1:2216,2. Dessa forma, qualquer outra distancia, ndo-cotada na planta, poder ser calculada desde que se obtenha a distancia no desenho e se multiplique por 2216,2. 4 TOPOGRAFIA LIMITES DA TOPOGRAFIA ‘Na Topografia, para as representagSes e cAlculos, supde-se a Terra como sendo plana, quando, na realidade, esta é um elipsdide de revolug&o, achatado. Esse elipséide, na maioria dos casos, pode ser interpretado como uma esfera. Pode-se afirmar que, quando as distancias forem muito pequenas, seus valores, medidos sobre a superficie esférica, resultado sensivelmente iguais aqueles medidos sobre um plano. E necessario, porém, que se fixem os limites para que isso acontega. Acima desses limites, 0 erro sera exagerado, e os métodos topo- graficos deverdo ser substituidos pelos geodésicos, pois estes j levam em con- sideragado a curvatura da Terra. Segundo W. Jordan, o limite para se considerar uma superficie terrestre como plana ¢ 55km?, ou seja, $5000000 m?; ou, ainda, numa unidade muito usada no Brasil (alqueire paulista = 24200 m2), cerca de 2272,7 alqueires pau- listas. Ainda assim, trata-se de um limite para um trabalho de grande preciso. Para medigdes aproximadas, de propriedades rurais, os métodos topograficos podem satisfazer até 0 dobro da 4rea citada, ou seja, cerca de 5000 alqueires. Acima desses limites, a curvatura da Terra produzira erros que no poderdio ser evitados nem por cuidados do operador, nem pela perfeigdo dos aparelhos. Num levantamento dos limites, de uma propriedade excessivamente grande, por processo poligonal, mesmo supondo-se a medida de todos os angulos e distancias sem qualquer erro, ainda assim, no calculo, o poligono nao fechara, pois esta suposto sobre um plano, quando, na realidade, esta sobre uma esfera. UNIDADES EMPREGADAS NA TOPOGRAFIA As grandezas mais freqiientes na Topografia so distancias e angulos; além destas aparecem Areas ¢ volumes. Para distancias, a unidade universal- mente empregada € 0 metro com seus submiltiplos: decimetro, centimetro & milimetro. Excepcionalmente pode-se empregar 0 quilémetro, porém, raramente, pois a Topografia no se destina a grandes distdncias, Para a expresso de reas, usa-se © metro quadrado, salvo em propriedades de zonas rurais, onde ainda se fala em alqueire paulista ou mineiro; para volumes usa-se 0 metro ctibico. Adiante daremos uma relago de valores comparativos de unidades lineares, de Area ¢ de volumes. Para ngulos, a Topografia s6 emprega os graus sexage- simais ou grados centésimos; para fins militares existe 0 milésimo. O grau sexagesimal é 1/360 da circunferéncia, sendo cada grau dividido em 60 min e cada minuto em 60s. Portanto, jé que a circunferéncia tem 360 graus eo grau tem 60 min, a circunferéncia tem 360 x 60 = 21600 min; e tem 21.600 x 60 = 1296 000s. grado centesimal € 1/400 da circunferéncia, sendo cada grado dividido em 100 min de grado, e cada minuto dividido em 100s de grado; portanto, a circunferéncia tem 40000 min ou 4000 000s. Esta unidade é bem mais pratica para uso, pois, sendo decimal, no exige os cansativos trabalhos de transfor- mag&io que o grau sexagesimal implica. Os célculos militares empregam o milésimo. O milésimo é a abertura an- gular resultante da paralaxe de 1 a 1000 m de distancia (Fig. 1.1). Topogratia: defini¢éo, objetivos, divisies e unidades usuats 5 ej / i a tlic cw | Figura 1.1 1.000 m Uma circunferéncia com raio 1000m tem como comprimento C = 27R = = 6 283,185308m; um metro representa pois uma fragdo da circunferéncia igual a 1/6 283,185308. Significa que a citcunferéncia tem 6 283,185308 milésimos. Este € 0 valor exato do milésimo. Acontece que 0 grande emprego do milésimo esta no setor militar por razées de rapidez de calculos. Vejamos um exemplo: um binéculo apresenta gravagéio de reticulos de milésimo em milésimo nas duas diregdes, horizontal e vertical. Observando uma torre que sabemos ter 40m de altura, vemos que ela se encaixa em 5 milé- simos. Qual a distancia entre nés ¢ a torre? Solugiio. Se 40m correspondem a 5 milésimos, quantos metros de altura corresponderao a 1 milésimo? Ja que 1 milésimo corresponde a 1m para a distancia de 1000m, 0 mesmo mi- Ksimo corresponderé a 8m a uma distancia de 8 000m. Resposta. Estamos a cerca de 8 000 m da torre. Nota: todo o cdlculo é apenas aproximado. Comparando 0 milésimo com o radiano (unidade mais usada para fins matematicos) vemos que 0 milésimo corresponde a uma milésima parte do radiano, dai o seu nome. A circunferéncia tem 2x x 1000 milésimos enquanto que tem 2xR/R = = 2n x 1 rad, portanto o radiano é mil vezes maior do que o milésimo. Para uso pratico o nimero de milésimos da circunferéncia completa é aumentado ¢ arredondado para 6 400 (0 numero 6 400 foi adotado por ser mal- tiplo de 2, 4, 5, 8, etc.). Assim cada quadrante correspondera a 1600 milésimos; 45° correspondem a 800 milésimos, etc. E natural que esta aproximagao torna os calculos ainda menos corretos, porém facilitam e aceleram. Quanto as medidas de distancias, os poucos paises, como os Estados Unidos ¢ Inglaterra que nao utilizavam 0 metro como unidade, ja oficializaram o seu uso. Logicamente levaré algum tempo para que o uso pelo povo se generalize. Assim os livros técnicos ainda falarao de polegadas, pés, jardas e milhas durante algum tempo mais. 1 polegada = 2,54cm, 1 pé = 12 polegadas = 30,48 cm, 1 jarda = 3 pés = 91,44 cm = 0,9144 m, 1 milha = 1760 jardas = 1 609,34 m. 6 TOPOGRAFIA Para avaliag&o de reas de pequenas e médias propriedades usa-se o metro quadrado. Para grandes Areas pode-se usar 0 quilémetro quadrado, corres- pondente a um milhdo de metros quadrados. No Brasil ainda se emptega o are, correspondente a 100m, e o hectare, valendo 10000m?, O hectare € em- pregado para Areas de propriedades rurais. No ehtanto, o habito faz com que ainda se utilize 0 alqueire como medida. O alqueire paulista corresponde a um retangulo de 110 x 220m = 24200 m?. © alqueire mineiro ou goiano corresponde a umn quadrado de 220 x 220 m = = 48 400 m?, O alqueire paulista é aproximadamente 2,5 vezes 0 hectare, o que facilita as transformagées; uma propriedade com 40 alqueires paulistas cor- responde aproximadamente a 40 x 2,5 = 100 hectares. A medida americana antiga para Areas & o acre que corresponde a 4840 jardas quadradas ou 0,9144? x 4840 = 4 046,86 m?. Para calculos aproximados pode-se considerar o acre valendo 4000 m?. Para volumes usa-se 0 metro ciibico e, excepcionalmente, para pequenos volumes de gua (medidas de vaz4o), 0 litro. Um metro ciibico contém 1 000 litros. capitulo 2 Equipamentos auxiliares da Topografia Entre os equipamentos auxiliares para se efetuar os levantamentos topo- graficos incluem-se: balizas, fichas, trenas de ago, de lona, de fibra sintética e correntes de agrimensor. Sao esses equipamentos que estardo presentes em todos os trabalhos topograficos. BALIZAS. Sto peas, geralmente de madeira, com 2m de altura, de seo octogonal, pintadas, a cada 50 cm, em duas cores contrastantes (vermelho e branco) e tendo na extremidade inferior um ponteiro de ferro, para facilitar sua fixagdo no ter- reno (Fig, 2.1). Podera também ser de ferro e, nesse caso, de canos galvanizados ou condutos elétricos; terdo maior peso, o que representa uma inconveniéncia; no entanto poderao ser compostas de duas metades, de um metro cada, conec- tadas por uma luva com rosca, o que facilita seu transporte em veiculos pequenos. A baliza é um auxiliar indispensavel para quaisquer trabalhos topograficos, pois possibilita 2 medida de distdncias, os alinhamentos de pontos e serve ainda para destacar um ponto sobre o terreno, tornando-o visivel de locais muito afastados. As balizas séo chamadas também bandeirolas, porém essa deno- minago € quase desconhecida em nosso pais, sendo usada apenas em Portugal. FICHAS Sao pecas de ferro, de segGo circular, com um diametro de 1/4” ou 3/16”, com cerca de 40.cm de altura; so ponteagudas na extremidade inferior, para cravacao no solo ¢, na extremidade superior, poderemos ter uma cabega cir- cular ou triangular (Fig. 2.2); deve-se dar preferéncia as formas triangulares, pois estas dao, ao serem cravadas no solo, maior apoio para as mfios. Devem ser pintadas em cor viva para maior visibilidade, o que evita também perdas no meio da vegetagdo. As fichas destinam-se 4 marcacdo de um ponto sobre o solo, por curto perfodo, porque sua forma permite facil e répida cravagio e retirada do solo. As fichas compéem grupos de 5 ou 10, em argola de ferro, onde so enfiadas pela extremidade superior. Suas diversas aplicacdes iro apare- cendo durante os capitulos seguintes. 250m 050m TOPOGRAFIA 0,50m 2.50m ——BRANco |— FERRO 1/4" § —— veRMELHO 2 A | pov pronase ere chi |——aranco — (oitavada) Figura 2.2 -—vERMELHo Figura 2.1 <— PONTEIRO DE FERRO CORRENTE DE AGRIMENSOR Trata-se de uma pega, para medida de distancias, que, conforme seu nome, assemelha-se a uma corrente, Tem grande facilidade de articulagao e rusticidade, qualidades que a fazem muito pratica para ser usada no campo. E composta de barras de ferro ligadas por elos, dois em cada extremidade, para facilitar a articulagao (Fig. 2.3); cada barra, com um elo de cada lado, mede 20 cm; cinco Figura 2.3 \ 020m i re CL ere 1 U l | BARRA V \ 2ELOS 2ELOS BARRA Equipamentos auxiliares da Topogratia 9 barras com os respectivos elos completam um metro; de metro em metro, en- contra-se presa uma medalha onde se acha gravado o ntimero de metros desde © inicio da corrente. A primeira ¢ a ultima barras sao diferentes, pois contém as manoplas (Fig. 2.4), as quais permitem a extenso com a forca suficiente para climinar a curvatura que o peso da propria corrente ocasiona (esta curva é cha- mada catenaria). A manopla fixa-se num pedago da barra, munida de rosca com porca € contraporca que permitem pequenas corregdes no comprimento total da corrente, As correntes ttm 20m de comprimento. Seu emprego atual é limitado, com o aparecimento das fitas (trenas) de fibra sintética, muito mais praticas e precisas. PEDACOS DE BARRA BARRA coMUM MANOPLA Figura 2.4 1 1 1 1 PORCA E CONTRA-PORCA ! 1 1 20m I ATE A FACE EXTERNA DA MANOPLA I TRENA DE PANO OU LONA E uma fita de lona graduada em centimetros enrolada no interior de uma caixa circular através de uma manivela; scus comprimentos variam de 10, 15, 20, 25, 30 até 50m. Algumas, para maior precisio, possuem um fio metalico flexivel no interior da fita de lona, fio este que tem a fungao de reduzir a elon- gagdio daquelas, quando solicitadas por um esforgo muito grande ou de diminuir sua contragio quando do encolhimento da lona; ainda assim, a trena de pano no oferece condigdes de confianca para ser usada em medidas de responsa- bilidade. A grande facilidade de manuseio a torna, porém, muito aconselhavel para medidas secundarias de pouca responsabilidade, principalmente na medida de detalhes. E indispensdvel que se esteja prevenido sobre a grande facilidade que a trena de pano tem em aumentar o seu comprimento quando puxada com forga superior 4 que se destina; aumentos de 5 a 10 cm sao comuns em trenas de 20 m, apés algum tempo de uso. Como material basico na construgdo das trenas de pano, a lona vem sendo substituida por produto sintético (fibra de vidro), com sensiveis melhoras na durabilidade e na precisio. TRENA DE ACO A trena de ago € uma pega idéntica a trena de pano, porém tem a fita em ago. Geralmente 0 inicio (primeiro decimetro) € milimetrado para medidas de 10 TOPOGRAFIA maior preciso. Nesta pega, os erros ocasionados por uma extensio, através de um esforgo superior ao indicado, so muito reduzidos, e isto sé é levado em consideragéo cm operagées especiais; pode sofrer influéncia da variagdo de temperatura (dilatago e contrago do aco), existindo formulas para a sua cor- rego, © que ocorre também s6 em casos especiais, quando ainda se corrigem ‘os erros resultantes da catendria. Adiante, essas corregées serdo tratadas. As trenas de ago aparecem em comprimentos varidveis de 10, 15, 20, 25, 30, 40 até 50m. As mais comuns so de 20 ou 30m. Os esforgos que devem ser aplicados nas trenas de ago sao de 8 kg para as trenas de 20m, de 10kg para as de 30m e de 15 kg para as de 50 m; as forgas poderiio ser medidas por um dinamémetro colocado numa das extremidades, porém tal providéncia ser tomada apenas nas medidas de precisio. Apesar de ser a peca de maior exatidio na medida de distancias, nio é sempre usada porque exige uma série de cuidados que a tornam pouco pratica nos trabalhos corriqueiros. Pelo fato de ser guardada sempre enrolada nas caixas circulares, a fita de ago tem a tendéncia de formar voltas que escondidas na vegetacao ficam invi- siveis; ao se esticar a trena, a volta se aperta (Fig. 2.5) e acaba por partir-se. 3 (ACIDENTE MUITO COMUM COM TRENAS DE AGO) Figura 2.5 Outro inconveniente é que ela pode enferrujar-se rapidamente; ao final de cada dia de trabalho, ha necessidade de limpa-la com querosene ¢, a seguir, besunta-la com vaselina; guarda-la sem esses cuidados na caixa, é certo que ser& atacada pela ferrugem. Nao pode ser arrastada pelo solo, pois gastara a gravagdo dos niimeros ¢ dos tragos que constituem sua marcagdo. Todos estes fatores tornam a trena de aco muito pouco pratica no uso comum, ficando reservada para as medidas de grande responsabilidade. FITAS DE AGO Sao também trenas de ago, porém no lugar de estarem em caixas circulares fechadas, so enroladas em circulos descobertos munidos de im cabo de madeira. Outra diferenga esté no fato de nao serem gravadas de ponta a ponta, apenas 0 primeiro ¢ o iltimo decimetro € que sfo milimetrados; a parte intermedidria é marcada apenas de 50 a 50cm,os metros inteiros com chapinhas rebitadas na fita e com 0 namero em baixo-relevo, ¢ os meio-metros com pequeninos orificios na fita, sem qualquer outra indicagéo; é uma forma de tornd-la mais Equipamentos auxiliares da Topoarefia 1 riistica, permitindo mesmo que seja arrastada pelo solo sem ser prejudicada (Fig. 2.6). Nas duas extremidades, pequenas argolas permitem a passagem de uma correia de couro para permitir o seu esticamento em condigdes praticas (Fig. 2.7). cIRCULO METALICO ONDE SE ENROLA A FITA | Figura 2.6 Dispositivo para guardar a fita, quando nao estiver em uso CABO DE MADEIRA MANIVELA CORREIA DE COURO PARA FITA DE aco SER PUXADA PELO PULSO 7 Figura 2.7 Extremidade da fita de ago FITAS PLASTICAS Sao extremamente praticas « mais precisas do que as trenas de pano e as correntes de agrimensor. Naturalmente sdo menos durdveis, porém com uso cuidadoso duram muitos anos. Vém sendo encontradas, nas lojas especiali- zadas, fitas com comprimentos de 20, 25 ou 30 m, sem envoltdrio e com correias, também plasticas, nas pontas.Vém graduadas de 5 em Scm, com fundo em branco ¢ as graduagdes em preto e vermelho, o que dé boa visibilidade. Ao experimentar-se sua resisténcia a tragdo, verifica-se que uma fita de 20 m neces- sita de uma forga de 5 a 7k para ficar razoavelmente bem estendida. Aumen- 12 TOPOGRAFIA tando-se para cerca de 12k constata-se uma extensdo de 1cm em 20m; resulta, portanto, muito melhor do que as trenas de lona onde esses erros chegam a cerca de Scm. CADERNETAS DE CAMPO. As anotagées de campo devem ser feitas em cadernetas apropriadas, As condigées de trabalho so ruisticas e Arduas obrigando o emprego de uma cader- neta com encadernagao especial, de capa dura, impermeabilizada e com papel resistente nas folhas internas. Algumas sdo vendidas j4 prontas com titulos impressos para as tabelas de anotagio,0 que no nos parece bom por restringir © seu emprego. E verdade que economiza tempo, no campo; por isso as firmas que usam métodos padronizados podem mandar edita-las especialmente para © seu uso. A caderneta de campo, em certos trabalhos, principalmente oficiais, ¢ uma peca de extrema importéncia ¢ deve set mantida inalterada. Nao podemos es- quecer que, ao calcular, sempre podem ser cometidos enganos, Ora, se alte- rarmos os dados originais, fica impossivel nova verificagao. Em alguns con- tratos de servico, as cadernetas de campo devem ser entregues, juntamente com as planilhas de calculo, desenhos e demais documentos. capitulo 3 Métodos de medig&o de distancias horizontais percorrendo alinha: uso de diastimetros [trena de ago, tre- na de pano, corrente de agrimensor, fi- tas de plistico (PVC), fio de invar] taqueometria mira de base (subtense bar) método das rampas telemetria equipamentos eletrnicos indireto: _ emprego de trigonometria direto Métodos com aparelhos especiais Dizemos que se emprega 0 método direto quando, para se conhecer a dis- tancia AB, mede-se a prépria distancia AB. E método indireto quando, para determinar AB, medem-se qualquer outra reta e determinados angulos que permitem o clculo por trigonometria. O método direto pode ser utilizado percorrendo-se a linha com qualquer tipo de diastimetro, aplicando-o suces- sivamente até o final; por exemplo, se a0 medirmos uma distancia com uma trena de 20 m, conseguirmos aplica-la quatro vezes e, no final, restar a distancia fra- cionaria de 12,73 m, a distancia total sera 4 x 20m + 12,73 m = 92,73 m. Neste mesmo capitulo fazemos uma descri¢ao detalhada para aplicarmos este método com o minimo de erro possivel. Quanto a aplicagdo de aparelhos especiais, os assuntos serdio tratados em capitulos posteriores, porém ja damos uma nogio neste capitulo. TAQUEOMETRIA E 0 emprego do taquedmetro, ou seja, um teodolito que possui linhas de vista divergentes (Fig. 3.1). As linhas de vista FA ¢ FB (divergentes) atingem uma régua graduada (mira), permitindo a leitura da distancia I; conhecida a cons- tante do aparelho (ffi); pode-se assim calcular Sees i sendo S a distancia entre o aparelho no ponto F ea mira no ponto M. 14 TOPOGRAFIA Figura 3.1. Principio da taqueometria; REGUA GRADUADA = MIRA © desenho € vista lateral MIRA DE BASE (subtense bar) Esse equipamento emprega o mesmo principio da taqueometria, porém com uma inversao: aqui o valor J torna-se constante, e a yaridvel é a abertura angular das duas linhas de vista. Uma barra de 2 m (de invar) é assentada, sobre um tripé, no ponto B, de modo a ficar horizontal, e perpendicular a linha de yista que vem de A. O teodolito de alta preciso, colocado em A, mede 0 Angulo visando para a esquerda e depois para a dircita; a distincia AB é a co-tangente de /2, ja que EB = BD = 1m (Fig. 3.2). Figura 3.2 (em planta) METODO DAS RAMPAS O teodolito colocado em A visa para uma régua graduada (mira), colqcada em B com duas inclinagdes da luneta, 2, e «.; estes Angulos so medidos, jun- tamente com as leituras /, ¢ [,, na mira (Fig. 3.3). Figura 3.3 Método das rampas, vista lateral Métodos de medigio de disténcias horizontais 15 A distancia horizontal (H) & obtida pela seguinte formula: “tea,—tea, TELEMETRIA Os telémetros mecAnicos ou 6pticos so aparelhos que aplicam o principio da mira de base ao contrario, isto é, o telémetro que constitui a base esté no ponto A ¢ 0 ponto B é apenas um ponto visado; em fungio da regulagem para se visar B com as objetivas E ¢ D do telémetro, mede-se a distancia AB (Fig. 3.4). & Figura 3.4 atl 8 oO Nas maquinas fotograficas existe também num telémetro éptico, portanto, ao se localizar a imagem para a foto, pode-se saber a distncia em que cla se encontra da maquina, lendo-se na escala das distancias, porém com baixa pre- ciso, pois, além dos 15m, normalmente as méquinas consideram como infinito. Qualquer tipo de telémetro é sempre de preciso muito baixa, mas tem impor- tncia para fins militares porque € 0 processo que nao necesita enviar ninguém ao ponto B. EQUIPAMENTOS ELETRONICOS A aplicacao de raios infravermelhos ou do laser, ou ainda, 0 emprego de aparelhos de emissio de ondas de radio de alta-freqiiéncia (microondas) per- mitem 0 calculo de distancias que vao desde 10 m até cerca de 120 km com rapidez € preciso. A importancia desses equipamentos na Topografia e Geodésia mo- dernas merecera capitulo especial, posteriormente. DIASTIMETROS Supdem-se dois pontos A e¢ B, fixados no terreno por meio de estacas, que s&éio pegas de madeira, geralmente de tamanho reduzido de segio 3 x 3cm e comprimento de 15cm, com a fungéo de marcar, no solo, um determinado ponto; para marcago por periodos mais longos, podem-se empregar estacas maiores, chegando-se até o emprego de marcos de concreto, quando a demar- cago for de grande importancia e responsabilidade. Quer-se conhecer a distancia horizontal entre A e B, usando-se para isso a corrente, As pegas auxiliares serdo quatro balizas e um mago de fichas, Sio ainda indispensAveis dois operadores; um terceiro poderd ser util, porém niio indispensayel.

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