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‘Arememoragao do passado no rastro da Prudéncia nava como uma espécie de livro de base de toda e qualquer odendo ser chamada de “ steca”, ou seja, era norma Um livro que, entretanto, nao podia abdicar do poder da ois tinha ensinado um dos is influentes escritores do Cris- /0, Sao Paulo, que a salvagao vinha dos ouvidos e a teolo- ‘endida como uma «teologia da Palavra», nao é uma teologia cerita, mas sim da palavra falada.’ Nesse , dados os i um instrumento/recurso de meméria e uma refe- fundadora de um universo comum a ser partithado. Na célebre frase dos grandes mentores da expansao crista no século VI, o papa Grego- (ca. 540-604), a Sagrada Escritura ¢ definida como o livro que: [.-] se oferece aos olhos da nossa alma, como um espelho, onde podemos contemplar nossa face interior. E lé que vemos nossa deformidade e nossa beleza. El que tomamos consciéncia do nosso avango e do quanto ainda estamos longe da perfeigio.® cial esclarecedor que, mais tarde, Hugo de Sao Victor (1096- a reafirmar nos seguintes termos: E assim, de modo admirdvel, toda a Sagrada Escrtura foi adequada e dis- posta em todas as suas partes pela Sapiéncia de Deus, para que tudo quanto é contido nelafagaecoar, i maneira das coras, a suavidade do entendimento espivitual. A Escritua, tendo os ensinamentos dos mistério colocados de :maneiraesparsa sob os eventos histéicos e soba espessura das letras, conec- ‘a, por assim dizer, tas ensinamentos numa coisa s6 e os mantém unidos.? A meméria medieval foi, assim, alimentada e construida com textos que jogavam, tendo em vista tal referéncia fundadora, com dois universos: 0 universo das coisas e dos acontecimentos concretos, construido a partir do mundo visivel, e o universo do simbolismo, da alegoria, da figuragéo. O potencial extensivel desta linguagem biblica, sempre aberta a incorporar novas referéncias histéricas — como sugere Hugo de Sao Victor -, estava em “Cf, LECLERO, Jean. Diamow set le dsr de Diu, Initiation aux auteurs monastiques du A€scrita da Histéria na Idade Média hilo poder ser lido como um manual informativo, pois, para interpretar as Sagradas Escrituras, dado o seu cardter literdrio e teolégico, e especialmen- le seu fundamento histérico — isto é, sua fundacdo em eventos como a Cria- glo, a Queda e a Encarnacao —, eram necessérios processos interpretativos ‘eapazes de desvendar a “mensagem” oculta que se escondia sob os eventos ‘que remetia para um plano nao-histérico, porém, condutor des- 1ano do eterno). Santo Ambrésio (340-397) foi um dos primeiros texto sagrado sempre comportava um sentido aceitavel e profundo, dado que, sob a letra, subsumia um sentido oculto, que remetia a sabedoria divi- fa, Santo Agostinho (354-430), a0 tomar contato com Ambrésio e o neo- ‘ida de qualquer interpretagdo e sobre a se baseia, em derradeira andlise, na cren- , segundo julgo, Vés quisestes que eu fosse a0 1es de meditar as Vossas Escrituras, p ria o sentimento que nelas experim , condi¢ao para a interpretagao, por isso ele completa que, -se sobre as Escrituras, comegou a contemplar sua unidade ea nao ‘hos da Lei e dos Profetas”. Compreendeu seu “aspecto dni ‘jun abrangéncia e o en: STINHO, Confisdes, Trad. do original latino por J. Oliveira Santos ¢ A. Ambro- No dr Pies Frélogo dla Crue de Sv, Lisbon: Lira Aposlad de Imprens,

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