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Geometria Euclidiana Plana Joao Lucas Marques Barbosa Copyright ©, 195 by Jose Lucas Marques Barbosa a ‘Rls Marques Barbosa, deme cio incentivando ‘ia poo mage, Capa: Roda Capeto Heimpressi: Agosto 1997 npressio:Segruc (41-7077) ISBN = ASASHINOR PREFACIO Pata 6 ume edigio revista do livro de mesmo title que ‘escrevi hi cerea de vinte anos e que foi publicado, em sucesivas es, na colegdo Fundamentos de Matemitiea Blementar dt Sociedade Hrasitira de Matematica, A tevisio consist essencfalmente na alteragio do emuncia: do de alguns dos exereicis e problemas propostos, a eorrecio de ‘alguns errs de datilogefiae « possvel incluso de alguns novos ‘Agradego todos aqueles que me indieutam erros e enganos no texto origina efzeramn sugestdes para modiiieagoes do mesmo am mals de uma centena de cartas, algumas apresentando 3 contribuigdo de turmas inteiras de cursos de geometria em que ee foj adotado. Por ser impossvel ai registrar todos 0s se nomes, quero representé-los na pessoa do. mais ilustre destesIetores, 0 Professor Manfredo Perdigio do Carmo, que me enviow exn 1986 uma eépia do livro com suse observagies & sugestdes, a qual ut lizei como repositério de todas as que me foram envindas poster lormente, 0 que simplifcou sobremaneita a preparagio desta nov edigéo, JR Lucas Marques Barbosa, Fortaleza, julho de 1994 Preficio da 4* Edigio Até a publicagio deste livro do Professor Jofo Lucas Barbosa, nfo existia em portugués um texto que pudesse ser indicado para um estudante inicio sau aprondizado da Geometsi axionséticn, método dla geometria axiomitien force uma demonstragio tio ‘convineente da forea do pensamnento puro que os livros de Buelides foram wsndos, através dos séculos, para treinar inteligéncias em formagio, e serviran de modelos de rigor para trabalbos tais como 1 Btica de Spinoza e os Prinepios de Newton. A Geometriacle- teutar € o dominio por exceléncia no qual © métado axiinético pode ser aplicado em situagSes que exbore simples, dio resulta los sltamonte uf-triviais. Tis métodos evens, portanto, fazer parte da forinagio bisiea de tum cidadio, Os livios de Buclides sii, entrtanto, difleis para prineipiantes (além de ser incompleta ‘8 axiomitiea de Eucides) e, em outros paises, vétias tentativas foram fitas para toruar mais accessvel (mals completo) 0 métoda ‘ximatico no ensino da Geometva, [No Brasil, ls aos atrs, hove um relative abaudazo do ensino a Geometsia & maneira de Buclides. Na pritiea, 0 que se passuva cera que © assunto era relegad parn o fim do emso, e quase sempre niio era ensiuado. Isto devie-se em parte is diliewldades prépring do assunto e em parte a uma cera infinéucia da entzo chamada “‘matemsétiea moderna” que, embora wilizaudo & axiométien ex ‘outros tépicos, propugnava a eliminagio da Geomettia de Buclides no ensino bso, Foi neste quadro que aparecen o lio do Professor Lucas Bar~ ot Uliizando uma modificagia da axiomitica de Buclides, de- vida wo matemético russo A.V. Pogoreloy, 0 Professor Lucas pro- lin un texto em portugués apresentand os elementos funda ‘nwitait ds Geometsia Plana de modo accesivel, efiiente © cot ‘eta Que 0 livre foi hem seecbia ¢ comprovada pelo fato que ele eiqupresso diversas vezes e que continua a demande por uovas 0 tivo, como diz © conbecido ehavio, preeneion uma lacuna, le @ wna boa referéneia em portngués para textos elementares ‘que quczam i mals adiante no estudo da Goometsia. Por exem- plo, wexealente "Media Forma ant Gecmetria” do Professor Elon Lins vito live do profesor Lucas como releréacia para Geometsia Haun, Ein verdade, 0 livre do Profesor Blou e um eusso de Ce “unlsin Hiperbélien dado 0 XX Col6quio Brasleizo de Matemétiea pla Profesor Lucas coustituem uma Stina continnagéo para 0s ls ul Enis, Cont isto, comnego a me aastar do meu tema iieale ere conve hionte eoniir aga este Preficio. Antes, porém, ero parabenizar 1s Prosar Lucas pelo 6timo trabalho realizado Manfredo Pardigio do Carmo 19 de abril de 1999, CONTEUDO INTRODUGAO . 1 Capitulo 1 ~ OS AXIOMAS DE INCIDENCIA BORDEM . . . 1 Bxereicios at Problemas |... 7) Comentétio |. |: 10 Capitulo 2 ~ AXIOMAS SOBRE MEDIGKO DESEGMENTOS 12 Exercicios 18 Problemas 20 Comentério 2 Capt 8 ~AxtoMAS Sonne mBDIGKO ANGULOS . .. 28 Exercicios « 29 Problemas so. |. eal Comentario 3 Capitulo 4 - CONGRUBNCIA . . Baar, Exercicios a1 Problemas |. . - eer Comentario. . | a7 Capitulo 5 TEOREMA DO ANGULO BXTERNO E SUAS CONSEQUENCIAS . . 49 Exerciios 2 Probleme 2. 6 Comentério |). - 8 Capitulo Capitulo 9 capitate 10 © AXIOMA DAS PARALELAS. Exercicios Problernas Comentéria SEMELHANGA DE TRIANGULOS xercicios Probletas Comentéria © ciRcuLo Bxereicion Problemas Comentario FUNGOBS TRIGONOMETRICAS Bxereicios Comentario Anca xereicios Problemss | Comentario n 92 102 103 10s, ng 125 129 aaa 142 1a as 154 156 159 INTRODUGAO Eat lvr fo escrito para servi de texto ums dscipina de Geometria pars alinos de cursor de Homcatra em Mateatcn. te contém o material padrdo de um curso de Geometrin Evel diana Plana, cxcotuande se ov tpicosreatvon a movimenton¢ 8 conrtragto de figuras com regia ecompasso. ste material sok inclfdo muna verso fare deste texto Os axiomes aotades s80 aqucesselecionados por AV. Pogoéioy no at lio “Geometria Elemental Exes axiomas tiem a vantagom de lovarem o alin repidamente os teoernas tas importantes da Geometia Plan Em alguns eases els eta ‘unciados de forma tals amp do que seria necserio. Por ex imple um dele afna que, dada umn eta existe ponioseobre flac ponton fora een. Di fat sera mufciote posta apenas & tvstcin de dois pontos sbre-aretae un pont fora dea. Os ‘xiomas sobre medio de regmentosemedigao de angles so tromamente vastajosoe do ponto de vite metodelbgio, Pimeire- mente les evitam o trabalho de estabcleer on coneitos de media dle segmentone de medida de angle, Eaabido que wintrodugho ‘lates concen, quando sofa to de mn axiom cian, ‘onsite mir problems nada dimples «qu equer a wings ‘te mos inaceness ao alin, por mia profunidade. Segundo, scvavés doy xomas de meg, incorporate arimeticn © « fgabraclementat ao atsnal de mois utivels pra a demons tengbes dor toreas da Geom. ‘A introdugdo do quinto postlado,caracteritico da Goo netiia Buel, ¢ retatdad até 0 capo 6. Asim, os tear tne obtidos até capitlo 5 so valdos ox wm gooretria mao lian em que seam vendre oe quatro primes axioms [Neste aspeeto este Livro poderia ser considerado como um texto fara umn curso de Ceomettia nfo Euelidiana ou serie como le referdncin para alunos daciueles cursos. 0 livro esté organizado em 10 capitulos. Cada um de. les contém, além da parte de contetido, uma relagio de excrecios, ‘ina de problemas em texto denominada *Comentério”. A sepa rag das questies propostas os alunos, em problemas ¢ exer vio, fol feta, em principio, considerando-se que os problemas plementam a teoria © tém um cardter mais conceitual, en iinilo que oF exetefcioe destinam-se mais & fxagio do conteddo tprsentad. Os comentétios constituem-se numa selegio de pe- ‘nero tdpieos, que nio fazem parte do contetido do livro, mas ‘iue tim sido de muita utilidade ne formagio dos alunos dos eur- sm de Geometria que tenho lecionado. Incentivado por ees fui Teva a inci alguns destes pequenos tépicos neste lire. ‘Ao fnalizar esta introduc gostaria de agradecer ao pro- For José Enny Morera, que leu eriticamentea versio manuserite ‘minha esposa Cira que me incentivou a escrevé-lo, Joo Lucas Marques Barbosa Fortaleza, maio de 1985 CAPITULO 1 OS AXIOMAS DE INCIDENCTA F ORDEM. As figuras geométricaelementares, no plana, aio os pontos 05 retas. O plano é constituldo de pontos eas retas so subcon- juntos distinguidos de pontos do plano. Pontos ¢ retas do plano fatisfazem a cinco grupos de axiomas que rerdo apresentados 20 longo deste e dos préximos capituos. © primeiro grupo de axiomas 6 constituldo pelos ariomas de incidéncia. Axioma Ty. Qualquer quo seja a rota existom pontos que per- tencem a reta e pontos que nio pertencem a reta. Axioma Ip, Dados dois pontos distintes existe uma dniea reta ‘que contém estes pontos. Quando duas retas tém um ponto em comum diz-se que classe intereeptem ou que elas se cortam naquele ponte. 1.1 Proposigio. Duas rotas distintas ou no se inteceptam ou se interceptam em um tinico ponto. Prova. Sejam m en duas retas dstintas. A intersogio destas uas retes nio pode conter dois (ou mais) pontos, do contro, plo axioma Ip, elas coincidiriam. Logo a interseglo de m en & vvazia ou contém apenas um ponte. Imaginamos um plano como a superficie de wma folha de papel que se estende infinitamente em todas as diregdes. Nela ‘un ponto é representado por uma pequena mares produizida pela Hot de um Idpis, quando pressionada sobre o papel. O desenho ‘ln parte de uma reta é feito com o auxilio de uma régua Av extudarmos geometsia 6 comum faaer-se uso de desen Iwwx Now memos faromos uso extensivo de desenhos ao longo ‘less nas. 0 Teitor, no entanto, deve ser advertido, desde logo, ‘eo disentios dover ser considerados apenas como ust instr ento de ajuda i nossa intuigao e inguagem. iilxtems letras matseulas A, B,C, .. para designar pon- fos, letras minixenlas 4, ,¢,.. para designer retas, Por exemple, na figura acima estio representados tré pontos: A,B eC, © duas retas: me n. O ponto A é6 ponto de intersegéo ‘dae das rotas. A figura soguinte spresenta uma reta e trés pon tos A,B © C desta reta. O ponto C locliza-se entre Ae B ot, ‘equivalentemente, 0s pontos A e I estdo separados pelo ponto C. A nogio de que um ponto localiza-se entre dois outros 6 lume relagio, entre pontos de uma mesma reta, que satisfaz 20s ‘exiomas Ih lz ¢ Hy apresentados a seguir, Roles so referidos ‘como aziomas de ordem. Axioma Ih. Dados trés pontes de uma reta, um e apenas um doles localiza se entre os outros dois 1.2 Definigio. 0 conjunto constituide por dois pontos Ae B «© por todos os pontos que se encontram entre A e B é chamado segmento AB. Os pontos A e B aio denominados extremos ox fextremidades do segimento, “Muites figuras planas sio construidas usando se sogmentos, ‘A mais simples delas 6 0 triéngulo que 6 formado por trés pon tos que no pertencem a uma mesma rota ¢ pelos Urs segmentos Aleterminados por estes trés pontos. Os trés pontos sio channados ‘criors do triinguto e os segmentos, lados do tringulos. Pier 1.8 Definigio. Se A eB sio pontos distintos, 0 conjunto eon: situido pelos pontos do segmento AB e por todos os pontor © {xis que B encontra-se entre A e C, & chamado de semi-reta de ‘origem A contend o ponto B, e érepresentado por Sap. O ponte A 6 entdo denominado origem da semi-rete Observe que dois pontos A e # determinam duas semi-retas Sane Sina as quais contém o segmento AB. 1.4 Proposigio. a) Sap U Spa é 0 reta determinada por A © B, ») San 0 Saa~ AB. Prova. (2) Seja m a rete determinads por A e B. Como San ¢ ‘Sa sto constivuidas de pontos da reta m, entio SayUSwa Cm. Por outro lado, se C & um ponto da rete m entio, de acordo com © axioma Ul, sma das trés possibilidades exclusivas ocorte 1) C esté entre Ae B, 2) A esté entre B eC, 3) B esté entre A eC. No caso (1), © pertenco ao segmento AB; no caso (2), C pertonce 4 Sina; 6 no caso (8), C pertence a Sax. Portanto, em qualquer ces, C pertence a SanU Sa A prova de (b) & deixada como exereeio para 0 liter. Axioma Ip. Daddosdois pontos A e B sempreexistem: wm pont C entre Ae B eum ponto D tal que B ests entre A e D. ‘Uma consetiéneiaimediata deste axioma é que, entre quas quer dois pontos de uma rete, existe uma infinidade de pontos. ‘Também é uma conseqiiéncia dele que ume semi-reta Sag comtéma ‘uma infinidade de pontos além daquetes contidos no segment AB, Considore uma reta m e dois pontos A © B que nio per lencem a esta rota. Diremos que A e B estdo em um mesmo lado ‘la eta m so 0 sogmento AB ni a intoreapte. 1.5 Definigio. Sejam m uma reta e A um pento que nio per- tence & m. 0 conjunto constituido pelos pontos de m e por todos (0 pontos B tais que Ae B estio em um mesmo lado da rete m Schamada de semi-plano determinado por m cantendo A, e seré representado por Py ‘Axioma Ils. Uma retam determina exatamente dois semi panos Aistinos cua intersogio 6a reta m Exencteios 1. Sobre uma reta marque quatro pontos A, B,C e D, em ordem, ‘da exquerda para a direita, Determine: 2) ABUBC 9) S420 Sue b) aBnBC f) Saw Sap ) acne ®) Sea Suc a) aanep 9 S4BUS50 2. Quantos pontos comuns a pelo menos duas retas pode ter umn ‘onjunto de $ retas do plana? E/um conjunto de retas do plano? 3. Prove o item (b) da proposigéo (1.4). 4. Prove a afirmactio feita, no texto, de que existem infinitos ontos em sim segment, 5. Selam P= {a,Dye}, mi Chame P de plano e mi,ma “geometria” vale 0 axiom Ia {ad}, male} ems = (He) mg de retas, Verifique que nesta Definigéo: Um subconjunto do plano 6 convero se o segment ligando quaixquer dois de sews pontos ets total mente contido nele 6. Os exemplos mais simples de conjuntos convexos sin o proprio plano equslquersemi-plano. Mostre que a intersecio de dos semi panos 6 um eonvexo, 7. Mostre que a intersogio de semi-planos é ainda wn conven. Most, eaibinda umn contea-exemplo, que w unit de convexas len x0 tn cee, 9. Tide pontos no colineares determinam trés retas. Quantas rotas sio'determinadas por quatro pontos sendo que quaisquer tsi deles sito nko colinestes? 10, Repita o exereicio anterior para o caso de 6 pontos Pronuenas 1. Discuta a seguinte questo utilizando apenas os eonhecimen- tos geométricos estabelecidos, até agora, nestas notas: “Hxistem rotas que nio se intereeptam?™ 2. Prove que, se wma reta intereepta um lado de um trfingulo fe no passh por nenhum de seus vérsiees, entio eln intercept também um dos ottor dois Indos. 8. Repita o exerccio 2 pata o caso de 3 ¢ 6 retes. Faca uma ‘onjectura de qual sera a resposta no caso de n retas. 4. Mostre que nio existe um exemplo de uma “geometria” com 6 pontos, em que ream vélidos 68 axioms Ie Ize em que todas os retas tena exatamente 3 pontos, 5. SoC portence a Say oC # A, mostre que: Say Sac, ue HOC Sap eque Ag BC. 6. Demonstre que a interseglo de convexos ainila wm convexo, 7 Mostre que wn tridngulo separa plano em diss repiSes, ume Has quais 6 convexa. S. Generalize os exereicios 11 @ 12 para o caso de pontos 3. Podem existir dois sogmentos distintos tendo dois pontos em ‘mim? B tendo exatamente dois pontos em comm? ‘Commwrénio Para se aprender jogar slgum jogo, tel eomo damas, fro, xadrea, ete., temos que, inieialmente, aprender as suas regras, ‘Um pai tentando ensinar seu fiho a jogar demas dra algo como: “Bate 6 o tabuleiro de damas © estas sfo as pedras com que 80 Joga", "Sio 12 pare cada jogador", "As pedras sio arrumadas no tabuleiro assim", e arrumeré as podvas para o filho. Af jé tera recebido uma enxurrada de perguntas do tipo: “Por que as podras 6 ficam nas casas pretas?”, “Por que 36 sio doze pedras?”, "Eu acho mais bonitas as pedvas brancas nas easas prelas e as protas nas casas brancas, por que néo 6 assim”, etc ‘Todas estes perguntas tém uma inica resposte: Porque esta 6 uma das regras do jogo. So algums delas for alterada, 6 jogo resultante, embore possa ser também muito interessante, no seré mais um jogo de damas. Observe que, ao ensinar um tal jogo, voct diftetimente Aeterseia em descrover o que sio as pedras. O importante sio fas rogras do jogo, isto 6, « mancira de errumar as pedras no ta- Tbulero, m forma de mové-lss, « forma de “comer” uma pedra do adversitio, ete. Qualquor crianca, apés dominar 0 jogo, im ‘roviaraé tabuleitos com riscos no cho © wtilizaré tampinkas de sgarrafa, botées, cartes, ote., como podras. Ao eriar-se um determinado jogo é importante que suas regias sejam sufclentes e consstentes. Por suflciente queremos dizer que as regras dove estabelecer © que é permitide fazer em qualquer situngio que posta vir a ocarrer no desentolar de uma partida do jogo. Por consistente queremos dizer que as regras no dover contradizer-se, ou ma aplieagio levar a situagdes contr itn + anowas a october ® onDeM " Geometris, como qualquer sisters dedutivo, & muito pare ida com um jogo: partimos com un certo eonjunto de elemen- tos (pontos, retas, planos) ¢ & necessério accitar algumas regras Iésieas que dizem respeito bs relagSes que satisfazer ents elemen 108, 8 quais sho chamadas de axioms. O objetivo inal deste jogo 60 de determinar as propriedades das figuras planas dos séiidos no expago. Tais propriedades, chamadas Teoremas on Proposicées, ever ser dediridas somente através do raciocinio légico a partir dos ‘axiomas fixedos ou a partir de outras propriedades 56 estabele- dda. De fato, existem varias geometrias distintas dependendo do conjunto de axiomas fixado. A geometria que iremos essudar: nestes notes & chamada de Geometsia Bucldiana, em homenagem f Buclides que a desereven no sou livre, denominado “Blementor™ caPiruLo 2 AXIOMAS SOBRE MEDIGAO DE SEGMENTOS: © instrumento utiizado para medi comprimento de seg- rmentos & a régua grachiada. Na figura sbaixo 0 segmento AB rede Sem, 0 sexmento AC mede Sem, ©.0 xegmento HC mede Bem, Observe que 20 ponto B, corresponde (na végus) o mimero 9 ¢ x0 onto C, 0 nimero 8. A medida do segmento BC é obtida pela iferenga $~3 = 5, f elaro que « régua poderia ter sido colocada fem muites outras posigées e mimeros diferentes corresponderiam ‘208 pontos B @ C. No entanto, em cada caso, a diferenga entre les seria sempre 5 que &n media do sogmento BC. Estes fatos siointroduzidos em nosea geometria através de Axioma TIT). A todo par de pontos do plano corresponde um tnkmero maior ot igual a zero, Este nvimero & gore so € 85 80 08, ontos sto coincidentes. 0 niimero a que se rferw este axioma 6 chamado de disténcia centre of pontos ou & referido como © comprimenta do segmento dloterminado pelos dois pontos. Hsté implfcto no enunciado do ssxioma, « escolha de ume unidade de medida que seré fixada de agora em diante ao longo destas notas. Axioma IIIz. Os pontos de wma rota podem sor sempre coloca- {dos em correspondincia biunivoca com os niimeros reais, de modo ‘que. diferenga entre estos mimeros mega a distancia entre os pon- tas correspondents. Este axioma bem poderia reesber 0 apelide de axiome da “régua infinita” pois, a0 estabelecer a correspondénecia biunivoca centre o8 mimeros ress eos pontos da rela, a préprie reta torne se ‘como que uma régua infinite que pode ser usada pare medir 0 comprimento de segmentos nela conti. ‘Ao aplicarmos este axioma, © nimero que corresponde tum ponto da reta é denominado coordenada daquele ponto. Do acordo com 0 axioma Il; 0 comprimento do um mento AB 6 sempre maior do que zero. Assim, se a e b aio as oordenadas das extromidades deste segmento,o seu comprimento seri a diferenga entre o maior ¢ 0 menor destes niimeros. Isto & ‘quivalente a tomar-se a diferenga entre @ ¢ bem qualquer ordam «, em soguida, eonsiderar 0 sou valor absoluto. Nés indicaremos 0 comprimento do segmento AI pelo simbolo AZ. Portanto WB =~ Axiom ID |. So.0 ponto C encontra-se entre A ¢ B entio Com # introdueio dos axiomas Ih, Illz € Ills, pedemos relacionar a ordenacio dos pontos de ums rela, introdusida através ‘dos axiomas Il e Hp, com a ordem dos nimeros reais. Os niimeros reais sio ordenados pola relagio “menor do que” (ou pola relagéo “maior do que"), e faz sentido dizer-se que um niimero ¢ esté entre dois outros «eb, quando ocorre ac e 0, 1) Para qusisquer dois pontos A eH do plano, te Além disso, AB =0 se e somente se A= B. 2) Para quaisquer dois pontos A ¢ B terse que AB = BA. ‘Uma outra importante propriedade da distineis é a desigualdade triangular 3) Para quaisquer tes pontos do plano A, 8 eC, tem-se AC < ‘AB + BC. Igualdace ocorre se ¢ somente se C partence 80 intervalo AB, asta desigqualdade ser demonstrada no capitulo 5 (veja 0 veorema (G.10)) como conseqiincia dos 4 primeitos grupos de axioms 2.6 Definicfo. Seja A um ponto do plano e + um nimero real positive. O eiteulo de centro A e raio r & 0 conjunta constivaide por todos os ponter i do pli txis que ATP OO. 18 uma comeaitincia do axioma Ig que podemos tragar vam eeno com qualquer centro e qualquer raio. ‘Todo ponto C que entisiar » desigualdade AC < r 6 dito ‘estar dentro da cireulo, Se, ao invés, AC > r, entio C 6 dito estar fora docireulo, O conjunte dos pontos que estio dentro do efreulo G chamado de disco de raio re centro A. também ema conseqiéneia do axioma Ilp que © seg: tonto de rela ligando «um ponto de dentro do efreulo com wm onto fora do mesmo tem wm ponto em comum com o efreul, Expnefctos 1 tandoos, sabende que AH 1. Faga um desenho represen 3,d0 = 20 BO =, 2. Repita o exercicio anterior, eabendo que © esté entre Ae B equ AB=TeAC=5, 3, Desenhe uma reta © sobre ela marque dois pontos Ae B Suponha que a coordenada do ponto A seja zero e a do ponto B soja um. Marque agora pontos cujas coordenadas sio 3, 5, 5/2, 1/8, 3/2, 2, -1, -2, -5, -1/8, -5/8 4A. Sojam Ai e Ap pontos de coordensdas 1 ¢2. Dé a coordenada, do ponto médio As do segmento yA. Dé a coordenada do ponto médio Ag do segmento Az4s. Dé a coordensda As do ponto médio, do segmento AsAq 5. Prove que, se f = § entio yeah oe f=8 Deaces PEs ogo od 6. Sep € ponto de intrsegio de ereulos de rai re contros em Ae, mosire que PA~ PB: folk 7. Usando régua e compasso, desereve um método para cons- truco de um trngulo com dois lados de mesmo comprimente. (Um tal triingulo 6 chamado de tringulo isdseees). 8. Deserova umm método pars construcio de um tréngule com o2 tid ladow de metmo comprimento. (Um tal tringulo é ehamado dle tid eilatero) 9, Mottre que, sea < bentio @ < (a +8)/2 0b > (a+2)/2. 10, £2 possivel desenharse um trngulo com lados medindo 3, 8 os? 11, 0 freulo de raio ry centrado em A intercopta 0 efrelo de ‘aio r centrado em em exatamente dois pontos, O que se pode firmar sobre AB? 12, Considere um efeulo de raia r e centro A. Sojam B eC pontos deste eireulo. 0 que se pode afirmar sobre o triangulo Apc? 13, Considere um cireulo de raio + e centro O. Seja A um onto deste ciclo eseja B um ponto tal que o triangulo OAB é ‘caiilatero, Qual 8 posi do ponto B relativamente ao eireulo? 4, Dai ereulos de mesmo raio © centros A e B se interceptam, «em dois pontos Ce D. O que pode ser afirmado sobre os tringulos ‘ABC © ACD? e sobre o quatrilétero ACBD? Paowuenas 1, Dado wm segmento AB mostre que existe, e étnieo, um ponto C entre A e B tal que (AC/BC) ~ «, onde a 6 qualquer real positive, 2. Desereva um método para obter uma bow aproximagio do ‘comprimento de um eireulo, 3. Prove a soguinteafirmagio feta no texto: 0 sogmento de reta Tigendo um ponto fora de um cirenlo com wm ponto dentro do mesmo, tem um ponto em comm com 0 eile, 4. Dados dois pontos Ae B e um ni AB, 0 conjunto dos pontos C satisfazendo a chatnado de elipse. Estabeleca of eonccitos de regio interior de regio exterior a uma elipse. 5. Um conjunto Af de pontos do plano 6 Himitado se existe um cireulo C tal que todos os pontos de M entio dentro de C. Prove que qualquer conjunto finite de pontos ®limitado. Prove também ‘ive segments s80 limitados, Conelia o mesmo resultado para trimgulos. 6. Prove que a unio de uma quantidade finite de eonjuntos lim tados 6 ainda um eonjuntolimitado. 7. Mostze que dado um ponto P eum conjunto limitade Mf, enti existe um disco com centro em P que contim M. (Ob- servacio: estamos admitindo n validade da desigualdade tring lar) 8. Prove que as tetas aio conjuntosiimitacts, (Stgestio: se probe 7.) Comex rénto ‘As primeiras noes geométrieas surgiram quando o homer vin-se compelido a efetuar medidas, ito &, x comparar distincias ‘va determina as dimensoes con corpos que 6 zodeavar, Fapeios, [sitios ¢ Babilnis j conheciam as principals figuras geométrieas ‘va nogBes de fngulo que wsavam nas medidas de dea # na As- A maior parte do desenvolvimento da Geometra resultow los esforgas feito, através de muitos séenlos, para construir-se um corpo de douitrinn Idgiea que eortelacionasse os dads peométricos ‘htidos da observagio « medida, Pelo tempo de Buclies (crea tle 300 a.C:) a eiéneia da Goomettis tinha aleangado um estégio, hem avangado, Do material acumulado Huelides compiou os seus lementos", um dos mais novéves livros ja escrito. ‘A Gecmetria, como apresentada por Buelides, foo primeira sistema de idéine desenvovido pelo homem, no qual wmas poneas ‘firmagdes simples sfo admitidas sem demonstrasio # entio uti- lizndas para provar outras mais complexas, Um tal sistema 6 shamado dedutivo, A beleza da Geomelsia, como um sistema de ‘intivo, inspirow homens, das mis diversas droas, a organizarem ‘as idias da mestna forma, Sio exemplar disto 0 "Principia" de Sir Isage Newton, no qual ele tenta apresentar @ Fisiea como um, sistema dedutivo, ¢ « “Eties” do filésofo Spinoza CAPITULO 3 AXIOMAS SOBRE MEDICAO DE ANGULOS. 3.1 Definigio. Chamamos de dngulo a figura formada por duss semi-retas com a mesma origem, Figur [As semi-retas sio chamadas de lados do angulo ¢ a origem, comum, de vértice do angulo. Um angulo formado por duas semi- rotas distintas de uma mesa reta é chamado de éngulo ruse. Existem virias manesras distintas de representa tim Angulo, Por exemplo, oanigulo da figura (8.3) podle ser designado por BAC 08 por CAB. Ao utilizarmos este notacio, a lotra indicative do vértice deve sempre aparecer entre as outras dus, as quais repres ftentam pontos das semi-retas que formam 0 angulo. Quando nenhum outro Angulo exibide tem o mesmo vértiee, pode se usar apenas a letra designativa do vértice para representar Angulo, Por exemplo, © émgulo da figura (8.8) poderia ser re= presentado simplesmente por A. Ex qualquer dos dois easos eon siderados a letra designativa do wértice levars sempre um acento cireunflexo. ‘Também é comum a utilizagio de letras gregas par representagio de ngulos. Neste caso é conveniente escrever a le= txa designativa do Angulo préximo do seu vértice, como indieade na figura Os fngulos sio medidos em grav com 0 anxiio de wm ‘ransferidor. Na figura seguinte, 0 ingulo BAC mede 20° (vine rau), Observe que, de maneira anéloga a0 que acorte to caso da medic de segmentos, o transeridor pode ser colocado de vétias maneiras cliferentes, no entanto, o valor da medida do ingulo BAC sera sempre 20°, Figorsss A manera de introduaie» medlicio Ue angulos na yeometria 6 através dos exiomas apresentados a seguir. Observe que cles ‘ém onunciador semelhantes aos dos axiomse sobre medigio de sogmentos. Axioma I1ly. Tado Angulo tem uma medida maior ou igual a zero, A medida de angulo 6 zero so somente se ele 6 constituide ‘par dias semi-retas coincidentes Para faciitar 0 emuncado do préximo axioma, vamos dar 4 seguinte definigs: 8.2 Definigio. Diremos que wma semiretn dive wm semi-plane se ela estiver cntidla no semi-plano e sua origem forum ponto da eta que o determina Axioma Ty. posse colocar, em correspondéncia biunivoca, (0s niimoros reais entre ero ¢ 180 6 as semi-retas de mesinaorigem ‘que dividem um dado semi-plano, de modo quo a diferenea entre ‘te nimeras soja a medida do dngulo formado pelas sami-rotas connspondentes, ‘Ao fazermos tal correspondéncia chamamos © mimero que corresponde a une dada semireta de coonienada da semi-reta. Na Fiqura (8.6) acima, a semireta Soa tom coordenada 60, a serni- rela Soy tem coordenada 125. De arordo com 0 axioma IIIs a todida do fingulo AOB 6 125.60=65. Este 6 um fato geral. Se ‘40 forem coordenadas dos ladon do angulo AOE, entio Ja ~ 6] a medide deste Angulo. Indiearemos um Angulo e'a sun medida pelo mesimo simbolo, Assim esereveremos de tima mancira geval 468 |a-3) para signifiear que Ja ~b] 6 a medida do fingulo AOB. Observe (que as remi-retas que formam wn aniguo raso serio sempre ni: rmeradas por 0 © 190 sendo « mecida de tais rgulos sempre 180° 8.8 Definigao. Seiam So4, Sop © Soo semivretas de mesma. origem. Se 0 segmento AB inlerceplar Soc diremor que Soc divide © angulo AOB, Axioma Illy. Se uma semiseta s enti ‘oc divide um angnlo ADH, AOB = Adc + COB. 3.4 Definigio. Dois angules sio ditos suplementares so a soma e suas medidas 6 180°, O suplemento de win fingulo 6 0 angle adjacente oo Angulo dado obtide pelo prolongamento de um de seus laos. Few? ‘Belaro que um angulo e seu suplemento sio ingulos suple- rentates, E também evidente que, se dois angulos tem a mesma, medida, ento o mesmo geome com seus supleentos ‘Quatde dus rtasdistints se intereeptam,formam-s qua ‘sp ngulos, como indicado na figura abaixo, Os ingulos AOB « DOC sko opostos pelo értice. Do mesmo mode o si os angulos AD © BOC. 8.6 Proposigio. Angulo opostos pelo vertice tim a mesma me- dida, Prova. De ato, se AOB e DOC sto ingules opostos polo vértica, ‘ntdo eles tim © mesmo suplemento: AOD. Logo AOB + AOD ~ 180° Doc + AbD = 180" Portanto AOB = 180° - AOD = DOC. 8.6 Dofinigdo. Um ingulo cuja medida 6 90° é chamado dnguto B claro que o suplomente de um angulo reto & também wm Angulo reto, Quando das rotas se interceptam, so um dos quatro ngulos formadios por elas for roto, entéo todos 6s outros também, fo sero, Neste caso diremos que as retas sio perpendicuares, 3.7 Teorema. Por qualquer ponto de wma reta pasen uma tniea perpendicular a esta reta Prova. (Bristincia). Dadla uma reta m © um ponto A sobre la, as duos semi-retas determinadas por A formam um angulo ‘ago. Considere um dos semi-planos determinados pela eta m. De acordo com 0 axioma IIIs, entre todas a semi-retas com origem ‘A, que dividem o sera-plano fixado, existe uma euja coordenada ferd.0 nimero 99. Esta semi-rets forma, com as diss semiretas eterminadas pelo ponto A sobre a ets m, Angulos de 90°. Por tanto ela é perpendicular a reta m. (Unicidade). Suponha que existissem duas retas » © n! passando pelo ponto A e perpenciculanes a m. Fixe um dos semi- planos determinados por m. As intersegies das retas m1 com ‘este semi-plano sio semi-retas que formam um angulo a e, como tua figura abaixo, formam outros dois angulos © 7 com as sem retas determinadas pelo ponte A na reta m. Como n n' s30 perpendiculares a mento = ‘outro lado, devemas ter a +--+ = 180°, Logo a ne»! coinccem, 1, Mestre que se um diguloce st suplemanto 1 sla entao o Angulo € ret 2 Um dngulo @ chamado aguéo se mee menos de 90°, © & chomado obtuso se mede mais de 90°. Mostre que o suplemento slo um angulo agudo 6 sempre obinso, 4 Use um transferidor e desenhe angulos de 45°, 00°, 90%, 142°, 15,5° @ 38° 4. Dois ngulas sio ditos complementares so sua soma 6 um ‘ngulo reto. Doie angulos so complementares © o suplemento flo um deles mede tanto quanto 0 suplemento do segundo mais 30%, Quanto medem os dois angulos? 5. Uma poligonal é uma figura formada por wma seqiéncia de pontor A1,Ag,-.. Aye pelos segmentos Avda, A243, Aga, An-i4n- Os ponlos sia 0s vérticrsda poligonal 0 segmentos 80 fs seus lados, Desenbe a poligonal ABCD sabendo que: AB = TE =D = 2m, ARC = 120° ¢ BED = 100". 6. Um potigono 6 uma polizonal em que as seguintes 3 eondigfes so satafetns: a) Ay = Ay, ) 0s lados da. poligonal se intereep ‘am somente em suas extremidades © c) dois Iados com mesma extremidade nio pertencem a uma mesma reta, Das 4 figuras, sequintes, apenas duas so poligonos. Determine quais so elas. ‘Um poligono de vértions Aiy Aay.+s Ayia = Any seré represen tnd por ArAzdAs,.+. Ans Ble tem m lndos,n vértices en angus, T._Dewene um potigono de 4 indos ABCD tal que AB = BO UD = DA ~ tem, com ABC = ADC ~ 100° e com HED nap =a. 8. O segmento ligand vértces no consceutives de um poligono 6 cuamado uma diagonal do poligono. Faga o desenho de um poligono de sts Iados. Em soguida dacenhe todas as suas dingo- nals: Quantas diagonals teré um poligono de 20 lados? B de n lados?| 9. Um poligono 6 convezo xe esté sempre contido em um dos semi-planos determinados pelas retas que contgm os seus laos. [Na figura seguinte o poligono (a) &canvexo e o (b) &no convexo, Voligonos convexos recebem designagiesespeciais. Sto as seuintes ts designagies dndas a estes poligonos de seordo com seu nero se lados, até 10 laos n° de lados | nome do polfgono convexo 10. Descreva um método, em que se faga uso apenas de um compasso ¢ de uma téyus no numerada, de construsao de um, ‘quadilitero com o¢ quatro lados de mesimo compriment. Es tenda seu miétodo para o easo de 5 lados Pronuewas 1. Dado wm ngulo AOB morte que existe uma nica sem rela Soc tal que AOC bnsstrs do ingnto AOR COB. A semi-ela Soc & chamada de 2. Moste qe as bissetriens d izes de um ingulo edo seu suplemento io perpenliclares, . Dado um ingulo AGB eum nimero real postive a,0 e BAD > 6. Vamos iniialmente provar que BAD > i. Para isto eonsidere o ponto médio # do Sogmento AB. Figura Na semi-reta Sop, marque um ponto F tal que CB = BP, Trace AF. Compare os triéngulos CEB © FAE. Como BE = AB G6 que £ 60 ponto médio de AB), CE = EF (por construgéo) © BEC = ABP (por serem opostos pelo vértice), segue-se que BEC = ABP. Consequentomente 5 = BAF. Como a semi eta Sap divide 0 angulo BAD, entéo BAF < BAD. Portanto 4B < BAD. Deixames a cargo do leitor prova de que BAD > €. 8 Proposiglo. A soma das medidas de quaisquer dois angulos internos de um tridagulo & menar do que 180. Prova. Scja ABC um triéngulo. Vamos mostrar que B+ 6 < 180°. Sea 0 0 angulo externo deste triangulo com vértice em C. Pela proposigéo anterior vemos que ooB Como 0 e G sio suplementares, entio 6 4G = 180°, Portanto, Bre core = 10" 4 Corolirio. Todo tridngulo possui pelo menos dois ngulos internos agudos. Prova, De fato, se win tiingulo possuisse dois ingulos no age dos, sva soma serin maior ou igual a 180°, 6 que ndo pode ocorrer do acordo com a proposigio anterior 5.5 Corolério, Se duasretas distintas m en sio perpendiculares, ‘uma terceira,entio me 0 nio se intereeptam. Prova, Se m e n se inter- ceptassem formar-sein um ‘ingle com dois angulos aa retos, 0 que 6 absurde pelo corolétio anterior of : 5.6 Definigdo, Duss reias que nio se intercaptam so ditas pa rela : ‘A proposigo soguintefornece um método de construsio de retas perpendiculares. Como conseqincia da proposigéo acim, ‘ste método pode ser ullizado para construgio de retas paralelas 5.7 Proposigio. Por um ponto fora de uma reta passa uma 6 somente uma reta perpendicular « rete dada. Prova. (Evisténcia). Seja m uma retae A um ponto fora deste reia, ‘Tome sabre m dois pontar i e C distintos. “Trace AB. Se AB jé & perpendicular a m, terminamos a construgao. Caso ‘contrério, considere, no semi-plano que nfo contém A, Uma semi- feta com vértice Hf formando com Sic um éngulo congrucnte 8 onto A’ tal que Ha’ = BA. O ABC. Nesta semi-eta tome 1 seamento AA" & perpendicular a m, De fato, como BA = BAY, 0 tridingulo ABAT éis6scele. Como AKC = CBA’, entiéo BC & bie setriz do angulo AlfA'. Seguo-se, entio, que BC 6 perpendicular sen @ erpendicul (Unicidade) Se existissem duas retas distintas passando pelo ponto A ¢ sendo ambas perpendiculares a eta m, formar se. i sor tnt som dae angln eon equ € sundae oe com 0 corolério (5.4). : : rents (ede igure) cama tees do ponte eke Nite. Oot écuactrado pls sept cco ~\ereonman oo vacuo mean neon coments 48) AA" 6 perpendicular am, 1b) m corte 4A no seu ponto médio, [A fungio Fy que associa a cada ponto do plano, 0 sex reflexo relativamente a tuma reta m fixada, 6 chamada reflerdo © tem as sequintes propriedades: 4) Fn(Em(A)) = A para todo ponto A, fi) F(A} — A se ¢ somente se A & ponto da reta m, Si) Fra(A)Fr(B) ~ AB, ou sla, Fyy preserva a distineta entre pontos do plano, ¢ iy) £04 Cm, B gm @ B! = Foa(B) enti m 6 a bissetriz do fngulo BABY FFien a cargo do letor a demonstragio da validade destas propricdad Dodo um ponto A e uma reta m, a perpendicular a mm passando por A intercepta m em um ponto P chamado: pé da perpendicular baixada do ponte A a retam. SeQ équalquer outro onto dem, 0 segmento AQ é dito ser oblique relativamente a m, Na figura o segmento QP? & chamado de projepdo do sepmento QA sabre a rein m. Bama conseqiéncin dn proposigio seguinte que QA > GP e que GA > AP. O nimero AP & chamedo do Aiténcia do ponto A a eta m Dail tim tringulo ABC diremos que 0 lado BC opde-se 10 dngulo A ou, de mancira equivalente, que o &ngulo A € oposto ‘0 lado BC 5.8 Proposigio. Se dots lados do um trifigulo nla sto eongra: entes ento seus ngulos opastos no slo iguais ¢ 0 maior Angulo 6 oposto ao maior lado, Prova. A primeira parte da proposicio 6 wna conseiéncia ime diate das proposigies (1.5) © (6). Para provat « segunda parte consider um trangulo ABC em que BC < AC e vamos montny ave cane cba. Pare to, marque, sobre a semi-reta Sca, um ponto D tal que CD = BC. Como BC < AC entio este porto D pertence a0 ‘OTWOMIA Do ANoWLoENTEMO EWES coNEEQCENCINS 10 AC & como\consegiéncin, a semi-reta Spp divide CBA, Portanto tem-se cha > cho. Agora observe que chp -cbB>cAB A igualdade acima 6 consogiéncia de CBD ser um tridngulo Indscoles, © 8 desigualdade ocorre porque CD é angulo externo do sriangulo BDA. Portanto cha> can como queriamos demonstra 5.9 Proposigio. Se dois angulos de um tringulo no sio con- rentes entio os Indo que se opem a estes dngulos tem medidas distintas ¢ © maior lado opée-se ao maior angulo. Prova, Novamente aqui, a primeira parte da proposigfo 6 uma conseqléncia imediata das propocigdes (4.5) e (1.0), Para provar fs segunda parte, considere wm triangulo ABC em que CAB < CBA c vamos mostrar que BC < AG. Observe que, existem ts possiblidades: BC < AC, BC > AC © BC ~ AC. Se BC > AC entio, pela proposicio anterior, deveriamos ter CAB > CBA, 0 que é contritio « nossa hipétese. Do mesmo modo, se ocorresse BC = AC, otriangulo seria isdscles e CAB CHA, 0 que exté também em desscordo com nossa hipStese io deve ocorrer BC < AC, como queriamos demonstra 5.10 Teoroma. Em todo triéngulo, a some dos comprinmentos de dois Iados & maior do que o comprimento do terceira Indo. Prova. Daslo wm triingulo ABC mostraremos que AH + HC > AC. Para isto, marque um ponto D na semi-reta San, de modo que AD = AB + BC. Seguese que BD = CB e, portanto, 0 {Miingulo BCD 6 isbecees com bute CD. Logo, teremos BCD BDC. Como B eats ene Ae Dy eto BCD < ACD. Segue te que no triingulo ACD tomse BDC < ACD. Logo, pele Proporgio anterior, AC < AD. Mas enti, AC < AB + BG riang Dados tres pon- tos do plano, A,B eC, tem-se que AC < AB + BC. lgnaldade ‘corre ee somente se It pertence ao intervalo AC. rema anterior. Se esto sobre uma mesma reta, sjam a,b @ ¢, respectivamente, as suas coordenadas, Neste caso 6 simples veri- fear que els la-W+b~ el © que igualdade ocorre se © somente se b ests entre a ee. O resultado € agora uma conseqiéncia do teorema (2.2) ‘A dsigualdade triangular 6 a tniea restrigio pare que se possa construir um tridmgulo com comprimento dos lados pré- eterminados. Por exemplo, de acordo com esta desigualdade é Smpossvel const ngulo eujos Indos aejam 5, 2 9. So rnonmita 90 ANoULO EXTERNO B HAE COMERQDENCIAS sr 12 Proposiciio. Ssium a,b 5 ¢ tris mimeros positives. See < “fb entdo podemas construir um tringulo cujos lados medem shee. ova. ‘Trace uta rea esobre ela marque dois pontos A e B tals ‘que AB = c. Com um compasco descreva um efreulo de centro A (¢ ruiob, eum efrenlo de eantro I ¢ raio a g Como e < a +6, os dois cireulos se interceptam. Chame quais- ‘iter dos pontos ds intersegio de C, O tridngulo ABC tem Indos tnedindo a,b € © como desejado. Vamos agora aplicar # desigualdade triangular para re- solver @ seguinte probleme: Sao dados dois pontos A © B fora le wma reta m, Determinar um ponto P sobre a reta m tal que AP + PB seja 0 menor postive Tnicalmente vamos rupor que A eB estejam em semi planos distintoe relaivamente a rota m. Nese caso o segmento TAB intereepta 0 rela m num ponte P_ Afirmo que este ponto é a ‘ole do nosso problema. De fat, se P & qualquer pento dem, ‘entdo, pola desighaldade triangular, taremos: AP" + PB > AB, ‘ocorrend igualiade se e somente se-P — P'. __Nocaso em que A e B estao em wm mesmo semi-plano,seja 2B" o reflexo do ponto B relativamente a rota m. Se P'& qualquer onto de m, entio P'B = P75". Consequentemente, ercinos que AP +P - IP Assim, o problems reduz-se no caso anterior € a solugio 60 ponto P obtido pela intersesio de m com o segmento AB" Pigs 12 C E interessonte observar quo este problema surge em Fisica, ‘quando se tenta determinar um ponto P, sobre um eepetho, ond ‘dove ocorrer a reflexto de um raio de Iu que vai do ponte so eae eee a nncenren TT “orton vo Anouio wxTENNG Havas conmeacinens BD onto B, refletindo-se no espetho. Ou quando tenta-se determinar ‘um ponto onde uma bola de bilhar deve chocar-se cota # Istersl dda mesa, para ir do ponto A, tocar na lateral e atingit uma bola {que se eneontra no porto B. ‘Vamos agora aplicar of resultados jé obtidos para estudar uma elasse especial de triangles. 5.18 Definigio. Um tringulo que possui um ingulo reto cha- ‘mado triéngulo retingula. O lado oposto xo angulo reto échamado Ispotenusa, os ontos dois las sto denominados oatetos. De scordo com (5.4) 0 angulos opostos aos eatetos so sma conseqiineia de (5.9) que @ hipotenusa é maior quer dos eatelos. Par outro lado, pela desigualdade triangular, o comprimento da hipotenusa é menor do que a soma dos comprimentos dos eatetos. Se dois tringulos retangulon congruentes, entao, necessaiamente, of angulos retos dever-se correspond: & ad Ree Fun sas Por causa dsto,além dos tris casos de congrusneia que jé conece- ‘mos, existem outros trés especificos para triéngulos reténgulos, Ester sio apresentados no teorema seguinte 5.14 Teorema (Congruénela de trlingulos retangulos)- Sejam ABC e A'B'C' dois triangulos retingulos cujos sngulos retos sio © @ G'. Se alguina das condigdes abaixo ocorrer, nto ‘0s dois triingulas sio congruent: 0 ‘SeOMETREA BECLDIAN PLAN Bc=Bc ow haat, 2) AB= AB e BO= BIC 3) 4B=a'R og Ama, Os casos acima podem identifieados como igualdade entre 1) (ea) cateto e angulo oposto, 2) (he) hipotenusa ecateto, @ 3) (a) hipotemisa e Angulo agudo Prova. (Caso 1) Nossas hipéteses eo, neste caso, as seguintes (eto), BO= BIC & A= At Observe que, apesar de termos informagiee sobre dots Anglos © uum lado, néo podemos aplicar © *2° eato de congruéncia”. Para Drover que ABC e A’B'C" sio congruentes marque um ponto D sobre 8 semi-reta Sica de sorte que CD — C'A’. Os triingulos CDB ec C'A's! so entao congruentes, pelo primeira caso de con- arvsnca, Pins Como conseaiiéncia, temse que CDE = A’. Desde quo CAB A (por hipétese),eoncluimnos que cbs CAB. i aa -ormonmi no Asoo sere Rava onmncttncas ‘Alo qu om pontos AD esincidm, De fao, sta no ocorrar 4A, D eB foram um tringulo em que on fngulos CDB © CAB io angulo externa intemo no adincene,.Portanto igual dade aca no pode oorrer de acordo cam 9 tooreme de angle txtero. Batio Ae D concieom « logo CAB CDB. Como GDB C'A'D! concise que CAB CO'A'B', come ueriamos demonstra ‘As demonstrat dow outros dois cos tio deizadas a cergo doktor Exercicios 1. Prove que, se um trngulo tom dois éngulos externos iguais, centio ele € isdseees, 2A figure ao lado & for- nada pelos seymentos AC, AB, CP e BB. Determine fos angulos que so: 8) menores do que o angule i 1) maiores do que o angulo bee «} menores do que 0 angulo 4 3. Na figura ao lado of in tulos externas ACE © ABD fatisfazern a desigualdade: oF ¥ ACE < ABD. Mostre que ABD > ABC. 4. Prove que um tsingulo retangulo tem dois ngulos externos obtutos. \ o-rmonmin 90 snouno mere waune consmatitnenas Bo Nafiqura so lado, B, D A sho colineares.” Do mesmo modo D, E eC sto ‘colineates. Mostre que ‘AEC > DBC. 6. Em um cartério de registro de iméveis se a transcrover o registro de um terreno triangular eujos lados, segundo 0 seu proprietéro, mediam 100m, 60m e 20m. Vocé pode ddar um ergumento que justfique a atitude do escrivio? T. Prove as proptiedades da fungi “rellexio", comstantes do 8. Nafigura ao lado os tri- fngulos ABC ¢ EDC sio ccongruentes ¢ 08 pontos A, Ce séo colineares. Mos. tro que AD > AB. 9. _Na Gigurs ao lado tom wei= Bei = 190% Conclun que as retes me slo paralelas. a 10, Na figure no lado B D so ingulos retos e AB DC. Mosire que AD = BO, oer ‘orowerna secu PLAN = \orwonmus vo AxovLo wxaNN9 ws0AS coNsHatOINE LL, Sejam ABC ¢ A'H'C" dois tiangulos em que AB ~ A’B’, A= A’ e6 = 6". Decida se ABC ® A'B'C! sio congruentes 04 néo. (Prove que eles sio congruentes ou dé um exemplo pa ‘mostrar que as hipéteses podem ocorrer sein que os dois trdngulos ‘ejam congruentes). 12, No final da demonstragio do Leorema (5.2), 6 fete a seguinte afiemagio: *.. a semi-reta Sar divide o Angulo BAD,..". Justic Sique com detalhes porque esta afirmagio é verdadeira 1, A figura ao Indo foi €o paca do um livro por uma crianga. As medidas dos an- gor indicadas so ae me- dlidat corretas do desenho original. Com base nesta {nformgio, responda is se- ‘guintes questesrelativas 20 desenho original 5) Os tuidngulos ABC e DOB so cangruentes? ») Qual © lado do triangulo ABC que & mais longo? ©) Qual e Indo do triangulo . DCB que é mais eurto? 2. Se, no problema ante- ‘or, o8 ngulostivesom sido Indieados como na figura 20 Indo, qusisseriam as respos ‘tas bs perguntas a, be Prove que BD > AC. 4. Na figura ao lado Hf foi k excolhido no segmento FG do sorte que Bi — BG. Mostre que i > 2 6. Nafigura ao lado m en do duas retes perpendiu- lares. Qual o caminho mais certo para so ir do ponto A ao ponto B tocando-se nas uas retae? 7. Na figura ao lado 1 = 2. Mostre que ae retas m e Determine spe mais crt igando um pon ponto de uma reta m. - ee osama Bo ANGULO EXTERN H HAS CONSEAOENCHAS No tildngulo ABC da figura so lado tem-se CD perpendicalar 9 AB, BE perpendiciler « AC ©CD ~ BE. Mosire que ABC 6 um tiga i6sceles. 10, Nafigura solado ABC Gum tridngulo egiilétero & AD = BB =CF. Se, ale disso, DAB = BBC, mostre ‘que EFD 6 também ecilé- LEX 11. Vsando a mesma figura e supondo apenas que ABC éeqiilétero que AD = BE —CF, mostre que EFD & também eqiilétero. 12, Ne iqura go lado AD BO, ADC @ BCD sio angu- tos retor, eM @ NY so pon ‘08 médios dos segmentos AB DC respectivamente. Mos: tre que MIN 6 perpendicu- lor a AB ¢aCD. 13. Dernonstre os casos (2) (3) da Proposicio (8.18) 14, Sejam ABC ¢ A'B'C’ dois triingulos no retingulos com “6 AB = AB! © BC ~ BIC’. Dé wn exomplo para mostrar ‘que estas hipéteses io aearretam que og trifngulor devam ser ‘congruentes. a Comnwrkme Quando se deseja demonstrar‘uma proposigio, resolver um ‘cxercicio ou simplestmente entender o enunciade de um teoreme, € muito importante que sejamos eapazes de separar as hipdtesey do que se descja provar (Yose ou eonclutia). Paquematicamente © ‘nunciado de uma proposisio (ou teorema, ou corvléio, ou pro- bloma, ou exerccio ete) pode ser sempre representado por PQ (leia: P izptien Q) onde Pe @ representam aqui dues afirmacies, A afirmagio P é ‘ hip6tese e a afrmagéo Q € a tere. Em mtitos casos, « hipétese ‘vem precedida de um “Se” ou de um “quando”, e a tese de um “entdo", Um exemplo dist é a seguinte proposigie “Se duas retas distintas possuem uma perpendicular co- ‘mum, entéo elas nio se intereeptamn.” Neste enunciado temos Hipstes was ras dstintas possuem uma perpendicular co- ‘Tese: As duas reta nio se interceptam, Evidentemente, nem todos os enundiados de proposigées estio apresentados no formato ‘se... entio.”, Por exemplo, « mesma Proposicdo poderia ter sido enunciada da seguinte mancira: “Rotas perpendiculares » uma teroeira iio se encontrar” Agora, a hipstoreexté is pendicul sreada no pedago de frase “Retas per- es 8 uma terecira.", e.@ tese, no restate. Pelo menos *, o-ruonnus vo ANowLO BeTHRG RACAL CONEDOENOIAE ‘quatro proposes constantes deste capitulo nos dio exemplos de ‘enunciados deste tipo. Quando encontramos dificuldade em re- comhecer a hipStese © a tese de um dado entnciado, & sempre uma, bon politica tentar reescrevélo no formato “se... entéo..". Por cexemplo, a proposigio (18) tem o seguinte enunciado: “fom um teiingulo is6seoles a modiana relativamente & base 6 também bisttrs e altura.” ‘Uma maneira de reoscrevé-la no formato so... ent 0 sequin “Se ABC 6 um triingulo iséscales com base BC © D é 0 onto métio de BC, entao AD é bissetrz do angulo BAC ¢6 perpendicular ao lado BC.” Embora estes dois enunciados sejam extromamente diferentes, clos not dizem exatemente « mesma coisa, O primeira é sem divida, mais clegante, mas o segundo é 0 enunciado com que reslmente trabalhamos quando demonstramos esta proposicio, ‘Consideremos agora as duas proposigoes seguintes: 4) *Se um telingulo éisdacees, entdo ele possui dois angulos iguais 1) *Se dois angulos de um tridngulo so iguais, entdoo tring 1 6 iadscele" Observe que a hipstose da primcra 6a tse da segunda e que a vese dda primeira 6 a ip6tese da sogunda, Em termos esqueméticos, se Pag reprotenta a proposgio (a), entio QuP representa © proposisia (b)- A segunda proposgio 6 dita ser a inversa da primeira. Cada proposicio tem sempre uma inversa a ‘qual pode ser verdadeira ou no. Exerplos aie ciaieeenalimnallll iil 1.4) Se duae retas possuem uma perpendicular comum entio las so retas paralelas. 1.l) Se duas retas so parelels, entio elas possuem uma per- pendicular comurn 24) So um triangulo 6 retingulo, entio cle possui dois éngulos agudos 24) Se um triingulo possu dois ngulos agudos, entio ele 6 urn {riingulo retingulo, {A proposiglo (1.i) foi demonstrada neste capitulo. Sua inversa, & proposieso (1), 6 verdadeira, mas sua demonstracio neste nivel do curso seria muito complieada. proposigao (2i) também foi domonstrada neste capitulo. Sua inversa, # propesigio (2i), & cobviamente flea. Quando ocorre que as proposigies P+ Q © Q — P sio simultaneamente verdadciras, dizemos que P e Q sio afirmagées equivalents, © representames esquematicamente isto por PQ (P 6 cquivalente 2.) No emunciado de teoremas estabelecendo que as duas afirmagies io equivalentes & comm que se use o formato “..2e © somente e..7. Por exemple: ‘Dols lados de um tridngulo sfo congruentes se e somente se dois de seus dngulos so congruentes" Outros formatos comune sio “20 a6 s..", "6 condicio neces- sésia © sufciente para.” ¢ *..€ equivalente &." Contidere agora as duns seguintes proposicies: 1) Se dois lados de um tridngule sio congruent Angulos opostor so tambéms congrventes 1) Se dois inglos dem tingle nao sio congrentes, entio 0 Indes que se opsem a estes angulos também niko so congructes, ‘As proposigdes acima slo relacionadas da seguinte mancira. Se representarmos por Pa negagdo da afrmagéo P, entio esque- ‘maticamente as proposigSes acima podem ser representadas por \e-roonaua uo Anata exTaRNO WAUAE CONEEGUENCTAE pera 1) QP Chamamos a segunda proposi¢ko de negativa da primeira Um fato simples de logien,« extremamente di, que ums proposisio ‘esus negativa sto sempre simultancamente verdadeiras ox sireul tneamente fasas. Por isso 6 equivalente demonstrar-se qualquer ‘uma das duas, Deve-se, no entanto, observar que, o trabalho para idemonstragao de tuma delas pode ser menos complicado do que 0 trabalho part se demonstrar diretamente a outrs. © leitor deve ‘observar que proposigéo Tacima é exatamente a proposicao (4.5) fe que II én primeira parte da proposicio (5.5). CAPITULO € © AXIOMA DAS PARALELAS A existéncia do retas parallas 6 uma conseqiiéncia dos pos tulados j& apresentados. O Coroléio (5.5), além de garantir tal ‘existancia, fomece umn método de, efetivamente, desenhar-se retas paralels. O axioma que apreventamor a seguir diz, essencial- ‘mente, que das retes paralelas a uma terceira e com um ponto fem comuim #80 coincidentes, Axioma V. Por um ponto fora de uma reta m pode-se tragar uma tniea reta parafela a rete 1 Deve-se observar quo este axioma pretereve a untcidade, J que a existineia de rota paralela a m, pasando por um ponte dado, & era garantide por (5.8). Como conseqiléncia imediata deste axioma tem se: 6.1 Proposigao. So a rota m é paralela As retas ny © ng, entio 1m # ng so paralelas ou coincidentes, Prova. Suponha que n; eng nfo coincidem esio paralclas a rete 1m. Se ny € ng no fossem paralcias entre s, elas teriatn um ponto de intersegio, digamos, P. Mas entio my e ng seriam distintas paralelas & retam pastando por P. Isto contradia 0 axiom V. Logo my ¢ na sio peralcas a 6 wenn wae aaa ” 6:2 Coroldrio. So uma reta corta uma de diss paralelas, eto corte também a outra, Prova. Sejam n: ¢ nz tetas patalelas, Se uma eta m cortasse m, nfo cortasse na, tao m ng seriam paralelas. Assim ng seria patalela ame mi. Como m en nfo aio paral entre i nem coincidentes, temos uma eontradigo com a proposigio anterior. Logo m eorta também m2 ‘A nossa definiedo de retas paralelas nfo 6 to simples de usar como aparenta. Desde que retas sio infnitas em compri mento, como poderemos provar que duas relas niko se intereep tam? Por exemplo, as retas m em da figur’ abaixo parecer ser paralelas. Como decidir se elas nfo se encontram em algurn ponto o plano muito dstante de A e B? ‘Uma maneira muito simples de responder a esta pergunta € através de comparagio dos ingulos 1 2, indicados ne figura, ormades poles duas paralelas com a reta que passa por Ae B. 6.8 Proposiglo. Sejamm,n, 1 ¢3 comona figura (6.1) Se1 = 3, ‘entéo as retas m en so paraiein Prova. De fato, se m interceptasse n em algum ponto P, como in licado na pégina seguinte, format-se-ia um triingulo ABP. Neste " ‘ncnerna HUEUDIANA Pane ‘aoa an nanan triangulo 1 6 ingulo externo e 2 6 um Angulo intemo nko nde Ovwerve que i= 7, 2 = 83 =6 6 4 = 6 por secem opostor pelo cente ao angulo I, ou vieo verse. Astim, pelo teorema do éngulo vétice, Como consegiéncn, 6 1 — Sento todos os outros pares tertero terlamos 1 ¢ 30 que contradis nossa hipétese. Portanto to angus correspontente sero jguais. Além dso, teremos que men nao se interceptam. 342 = 180°, Inversamente, se 3+ = 180° entéo 1 = 2. Ee tas observagies permitem rcscrever a proposigao (6.3) de das ‘manciras ditintns 6.3.A Proposigiio, Se, 2 cortarmes duas retas com uma trans- versal, obsivermos 4 +2~ 180° entio as retas sio paralelas 6.3.8 Proposigio. So, ao cortarmos duas retas com wna trans- versal, o dnguloe correspondentes so iguais, entio as retas so aralelas. O axioma V permite-nos mostrar que a inversa desta propo- sigi 6 também verdadeira, Pigwa 2 (Quand de rete sb cortadas por ums (ranwere] forma 6.4 Proposink i versal forma sroposigio. Se duasrtes paras sito cortavas por uma se cio Anglos como indicado naira aba. Quatre delay so, tans entd os nguoncorrespondente so iguais. comeapondenes non oon ate anber Prova, Sejam m em! duas retas parelelas e soja n uma reta que iowa corta m em nos pontos A e B, respectivamente. Considere uma ya reta mm” passando pelo ponto A e formando com a transversal bo 6 ‘quatro dngulos iguais ans &ngulos correspodentes formados pels too etn m' com a mesma transversal. Do acordo com a proposigto Anterior m! © m!” sho paraelas. De acordo oom a proposigao (6.1) mem" sho coincidentes. Portanto m forma angulos com # rete 1h igus aos eorrespondentes formados por m com a reta Pigs Vamos agora spretentar duas conseqiéncias importantes do axioma V. 6.8 Toorema. A sora dos dngulos internos de um triéngulo 6 180°, Prova. Seja BC um triingulo. Pelo vérlice C trace uma rete paralela a0 lado AB. Numere es angulos formados com véstice C, como indieado na figura seguinte ‘Tem-se 1248 = 180°, Como AC é transversal is duss paral 6 uma conseqigncia direta da proporigio anterior que i = A. Como BC 6 tarabém transversal as das paralelas, entio 3 = B, Portanto Abby Am a1 444-2 1000, A proposigio seguinte relacions uma série de corolétios {mediator deste teorema. 6.6 Coreléric. 14) A soma das medidas dos éngulos agudos de um tringulo retangulo 90° ) Cada fingulo de um tringulo eqilévero mede 60°. ©) A medida de um angulo externo de um triingulo & igual 2 soma das medidas dos angulos internos que nizo The so adjacentes. sa “pitou eae PAnaeaeas 4) Asoma dos angulos internos de um quadriétero é 360°, [A prova deste corolério é deixada a cargo do Iitor. © teorema seyuinte nos diz que tetas paralelas so eqlidistantes. 6.7 Teorema. Sem en sto retas paralelas, entio todas os pontos dem esto & mesmna distancia da reta 1. Prova. Sejam m en relas paralelas. Sobre m tome dois pontos AeA’, e dele baixe perpendiculares A retn n. Sejam Be B! respectivamente os pés destas perpendiculares. Devemos provar que AB = A'B". Para isto trace A’B como indieado na figura, seguinte. Observe que AA’B = A'BB © que A'AB = 90°. isto é uma decorténcia de quem ex séo parslelas eda aplicagio da proposicio (64) a0 considerer-se A'B e AB como transversais. Portanto fo ‘ridnguloe AA‘ © BBA’ aio triéngulos retangulos com um ‘ingulo agudo e hipotenusa (comum) iguais. Segue-se do veorema (6:14) que eles séo congruentes. A congruéncia é a que leva A om BY, Al om Be B em A’. Logo AB = A'B", como queriamos ddemonstrar ‘A inveres deste teorema é também verdadeira esa demon Lago 6 proposta como exereicio 6 deste capitulo. 6.8 Definigio. Um paraieiogramo é um quadtilatero cujos lados ‘opostos sio paraelos. n “OtoMRE RIA HOCUIDIANR PLAN Figue67 6.9 Proposigio. Km um paralelogramo lados e angulos epostos so congruentes. Prova. Scja ABCD um paralelogramo, Trace a dingonal AC. Come AB © DC sio paralelos, entio BAC = ACD. Como AD © BC sao paralels, entdo CAD = ACB. Como, além disso, AC 6 eomutm aos tringulos ABC e CDA, entko estes tridngulos 880 congruentes. Logo B = D, AB =CD e BC = DA. B agora facil ver que A =C. 6.10 Proposigao. As diagonais de umn paralclogramo se inter- ‘ceptam ox um ponto que é ponto médio das duas diagonals. [A prova desta proposigio é simples ¢ & deixads a cargo do leitor. As duas proposigdes seguintes dio condigdes suficientes ‘para que um quadsilatero seja um paralelogramo, 6.11 Proposicio. So os lados opostos de um quadrilétero sio congruontes entiéo 0 quadrilétero 6 um paralelogreme. Prova. Seja ABCD um quachlstero em que AB =CD ¢ BC = AD. ‘Trace a diagonal BD do quadtilévero. Os tringulos ABD © CDB sko congruentes de aeardo com 0 teresizo caso de con- arvéncia de triingulos. Logo CBD = BDA e CDB = DBA. A ~e ‘onstoma uns PARAL pritneirnigialdade gerante que BC e AD séo paralelos, x segunda, fgerente que CD ¢ BA também so paralelos. Logo ABCD é um paralelogramo, 6.12 Proposigio. Se dois lados opastos de um quadrilétero so congrientes ¢ paralles, extéo o quadrilétero & um paralelogramo. A prova desta proposigio 6 deixada a cargo do letor. Ou- tras proposigies sobre parslelogeamos sio propostas como exer~ cicios ow problemas 6.18 Teorema. O sqgmento ligando os pontos médios de dots lados de um tringulo 6 paralelo ao terecio lio e tem metade do sou comprimento, Prova. Seja ABC um triingulo. Designe por Do ponte médio, dle AB’e por Bo ponto meio de AC. Devemos prover que DE 6 paralelo a BC ¢ que DE = gBC. Para isto, marque na semi reta Sep um porto F tal que FD = DE. Como AD = DB (é que D & ponte médio de AB) ADE = FDB por serem opostos polo vértice, entso os triangulos ADE e FDB so congruentes ‘Como conseaiiéncin tem-se que Di'B = AED © FB = AB. Logo FB e BC sio paralelor ¢ tém © mesmo comprimento, Segue- ‘se entio da proposigéo (6.12) que 0 quadrilétero FBCE & um. paalelogramo, Portanto FE 6 paralelo BC e (ém 0 mesmo ee eo somprimento.-Como-D & ponto mi ‘como queriamos demorstrar. cortam as tetas m em n o, ‘nto também tem.s0 AB! ~ BC” Prova. Sojem a, bee re tas paralelas © m en retas ‘que intereeptem estas pare lelns nos pontoe A, Be © 4’, BY 6 C’ como indi- «ado na figura ao lado, Se B esti entre Ae C, entéo AC estioem semi planoe listintos relativamentea re- tab. Observe que Ae A” esto em um mesmo seri- plano determinado por b ‘que @ eb sio tetas paralelas © AeA’ pertencem a rete 4. Do mesmo modo C « C Sota gn te spr, msn A naa moptranaie Seo pone eee eee ee © bona aml eine te dio de FB entio DE = 470, = ‘Sanu boson ‘estioem um mesmo seminplano determinado por 6. Podemos portanto concluir que A'e C! estio em semi:planos dstintos rela tivamente a rete b, Logo & intercepta o segmenta ACT em tim. Linico ponto. Como B60 ponto de intervegao da retan com a reta 8, © A’ eC! pertencem a n concluimos que o ponto de intersecko de A’C! com b 6 exatamente o ponto B'. Logo BY pertence ao, seqmento A/C" @ logo B? ostd entro A’.e C’. Isto demonstra a primeira parte da proposigio. Para demonstrara segunda parte, trace pelo ponto B" uma rota paralele & reta m. Esta eorts as retat a e c em pontos De E, respectivamente. Afirmo que os triingulos B’DA’ ¢ B’BC’ sho eongruentes. De fato, como DB'BA © B'ECB sio parale- logramos, entio DB" = AB e B'B = BC. Como AB = BC ‘por hipétese, entio coneluimor que DB' = BYE. Observe que 6s fingulos DIA’ © EB'C' sio iguais por serem opostos pelo vértice e B'DA' e B'EC’ sio também iguais por serem angulos correspondentes determinados por urna transversal cortada pelas paralelas a.ec. Into prova a notsa afirmacio, Da congruéneia doe {riingulos H’DA' © BEC! decorre imediatamente que A’B! = Bier. sta proposigio pode ser generalizads de mancira quase mediate para 0 caso em que a dust tranaversais cortam um rmiimero qualquer (maior ou igual « tés) de retes paralelas 6.15 Corolirio. Suponha que & retas paralelas a1, 42,---. 2% cortam duas retas me n nos pontos Ay,Aa,...,Ak e nos pon tos A, Ay... Al, respectivamente, Se arly = Ady =... = AnaAn entéo Was = Aba =... AL yA A prove deste corvlitio 6 deixada a cargo do leitor. O teorema que iremos enunciar a soguir constitui-se numa etapa essoncial pare o estabelecimento da tooria das figuras serethantes ‘que serd desenvolvida no préximo eapftulo. Na sua demostragio inemos utilizar, de mancira essencal, 0 fato de que o corpo dos rndmeros rie & completo 6.16 Toorema. Se uma reta, parsiela 4 um dos lados-de'tim {riimgulo, corta os outros dois laos, enti cla os divide na mesiaa Prova, Seja AJC um triangulo. Considere ume reta paratele a0 lado BC que cotta os lados AB © AC, respectivamente, noe Pontos D e 6, como reprecentado na figura (6.11), Deverernoe provar que: (AD/AB) - (AE /A0) Para isto, tome um pequeno segmento AP) na semi-reta San de ‘modo que as razdes AB/AP; © AD/APy nio sejam nimeros in teiros. Consideremos na semi-rota Sag 08 pontos Pp, Ps... Pe, tais que & Pi =7P a, ata todo k > 2. Existem entio dois nimeros inteiros m e n tais ue Deesté entre Pu © Pte Bestéentre Py © Pa Pigme ‘Tem-se portanto: AP, < AD <(m+1)-4P, n AP, < AB < (n41)-7Py Ps “Bento simples concluir destas desigualdades que m WD mt e ati < 2B FeO = @ 6a cor respondéncia que estabelece asemelhanca, entio valem simultanes- monte 0s seguintes igualdades: ae) © quoclente comum entre as medidas dos Indos correspondents 6 ‘ehamodo de razio de proporcionalidade entre ot dos tiangulos. Observe que dois tridngulos congruontes sio semelhantes ‘com ratio de proporcionslidade um: inversamente, dois cringulos temelhantes com razio de proporcionalidade um, sio congruentes (0 teorema reguinte soré referide como “segundo caso de semetnanga de triéngulos” a fim de que os casos de semelianga & ‘os casos de congruéncia se correspondam de ume forma natural: TA Teorema. Dados dois triéngulas ABC @ BFG, se A= Be Bt = F entio 08 trigngulos so semetbantes. Prova. Como a soma dos Angulos de u ‘s iqualdade dos ingulos de triingulo ¢ 180%, entéo fe dos dngulos Be F acarreta nis igualdace dos dngslos @ eG. Resta provar que os lados s80 proporcionais, Para isto tome na semirete Spr 0 ponto I de modo que EH — AB. Pelo ponto H trace uma reta paralela a FG. Wo de JH © GF). Segue-se agorn do teorems (6.16) que (EH/EF) = (BF/BG). Como BH = AB e BJ ~ AC entao, da Jqualdade acima obtémn se: (Byer) ~ (C/A) De maneita andloga demonstra-se que (AC/EG) (CB/GP) Fica assim demonstrade 0 teorem ea, ve Olean (1) rm ec sae a pls dott Sears amis des an fear, orem un deh sens so ‘Single 40 de gu (3), caw ants an gn 11, Todos os triéngulos indicados na figura abaixo so retingulos. Determine eb, ¢, de « 1. Prove o segundo easo de semelhanes de triingulos suponde conhecido o teorema (7.2) e sem fazar uso do teorema (6.16). 2, Prove que arelagio “ésemelhante a” € transitive, isto 6, prove ‘que, se dois triangulos sao semelhantes a um feresro, ent&o so somelhantes entre § 3. Prove que alturas correspondentes om triingils semelharites festdo na mesma rezio que o8 Iadot correspondentes, 4. Prove que a bissetriz de um angulo de um toiinguo divide © lado oposto em segmentos proporeonais os outros dois ladon Isto 6, se ABC é trdngulo © BD 6 bisetrc do éngulo B sendo Dum ponto de lado AC, entio (AD/DC) ~ (AB/BC). (Ajudo: trace plo ponto A uma rete parses lado BD. Esta ntercepta ‘ sembreta Sop num ponte B formand teiguos vemeltantes) 5, Bhuncio © prove e afirmacio inversa do exercicio afterior 6. Prove que, so um triingulo retingulo tem Angulor agudos de 10 © 60°, entao sou menor eateto mode metade do eomprimento dia hipotemusa, (Ajuda: Faga uso do que foi abtida no exerefeio, 2). 7. Prove que, seem um triéngulo retangulo 9 menor cateto mede :metade do comprimento da hipotenusa, enti sens angulos agudos sito de 30° 6 60", 8. Prove que, se dois tridngulos tam lados correspondentes pa ralelos, eto eles so semelhantes. Prove também que as retae lgando os vértices eorrespondentes si0 concorrentes ou parallas (Suponha que os vétices correspondentes sia disjuntos) eS a Conny rdnto Pitégoras, que morreuem 490 a.C, foi eonhecido por seus contempordneos como fandador dein movimento de eunko re litioso que veto a sor eonbecido como Pitagortmo. Os ptexéricos interesavatnse pela eiéncin de tm modo gerl pasticularmente pela Filosofia pela Matemética. No que concern & Matemétien ‘maior contibuigio dos pitagieos fo desenvolvimento da teo- fia dor ner, e a dexcoberta do nimerosirrcionai Foram les que provararn, pela primeira ver, que o nimero vi ira. Sionsl. A prova deste fatospresentada no 10° Tvro de Bucides € a sequite Suponha que V2.6 um mimero racional. Bntio v2 pode ser representado na forms V2 = m/n onde m em so dois nimeros Inteiros primos entre si. Logo 2n? = m?, Como conseqiéncia m# € um nimero par. Mas entio m 6 par e podemos eserever m como m = 2p. Portanto In? = m? = dp Mas entio n= 2p? Seguese que n? 6 um miimero par e, como conseqiiéncia, m & uct rntimero par. Mas se n 6 par em & pat entio o8 dois nko #80 primos entre si. Por outro lado, no infelo, haviamos exeolhido m fn primos entre si. Exta contradigéo provém da hipétese de que E racional. Portanto V3 no & racional sta descoberta foi, sem divide, « grande contribuigio do Pitagorismo & Geometria Grega. Ela influenciou de forma defni- ‘iva 0 desenvolvimento que teve a matematica Grega a partir dai A lenda sobre a origem do teorema de Pitgoras die que ele foi descoberto por Pitagoras 0 qual sactficou 100 bois aos Deuses como prova de sun gratidio por ter conteguido esta dereoberta, [No entanto, a verdad histriea & que o teorema de Pit rs jé era conhecido, em easos particulares, no Egito (3,000 a.C) ‘© em sus total gencralidade pelos Sumsérice © Babilénios (2000 1000 a.C.). E & bem possivel que mun demonstragio tenha obtida na Grécia em época anterior a de Pitgoras Hé um grande mimero de demonstragoer deste too Neste capitulo apresentamos ume delas, © algumas outras sera apresentadas no capitulo relativo a éreas, sob a forma de exerci problemas. eS ‘CAPITULO § 0 circuLo No Capitulo 2 definimos creulo de centro A e raio r como 0 conjunto dos pontos do plano que estio « uma distancia r do ponto ‘A, "Também chamaremos de aia ao segmento que une o centro do ‘irculo » qualquer de seus pontos. O segmento ligando dois pontos de um circulo seré denominado de eorda. ‘Toda corda que passa pelo centro do efrelo © um didmetr. ‘Também chamaremos de metro a distancia 2r. Nao haveré perige de confusto no uso da ‘mesma palavra para significa duas coisaa diferentes. No contexto soré sempre claro & que estaremos nos referindo. 8.1 Proposigio. Um raio é perpendicular a uma conda (que n um difenetro) se e somente se a divide em dois segments con. ruentes. Prova. Scia 0 o centro do cireuloe OC o raio que é perpendicular ‘cords AB. Seja Mf 0 ponto de intersegao da corda com 0 raio. Com OA = OB (alos) entio o trlingulo OAB 6 isésceles com base AB. Logo 4 = B. Se a cord & perpendicular ao rao, enzo os ngulon OWA © O11 séo retos. Como conseqiéncia AOM — BOM Seguese entio, pelo primeiro caso de congruéncia de triangulas, que AOM = BOM. Como eonieqiéncia AM — MB. Tyverse. mente, xe AM = MB, entéo, pelo tereeizo caso de congrutneia de tringulos dedurse que: AOM ~ HOM. Come eonscaienca, OWA = O41B, Mas como a soma destes dois angulos um Angulo rato, concise que cada um deles mede 40". Portanto a corde € perpendicular a vaio peseando por M. Isto complete prove da proposig, Quando uma reise um efrelo tim spenas um ponto em comm, dizermos que a rete tangeneiao eieuloe chamarton a eta de tangente wo ciealo. O ponte comm entre uma tangente eum sfreulo € chamado de ponto de tangéncia ou ponto de contac. 8.2 Proposicdo. So uma rota 6 tangente a um efrculoentao ola ‘ perpendicular ao raio que liga 0 centro ao ponto de tangencia. Frevets Prova. Consideremos um eiveulo de centro O e uma rela m que lhe seja tangente. Soja T 0 ponto de tangéncia. Designemos por P © pé da perpendicular baixada do ponto O &reta m. Gostariamos de coneluir que P © T eoincidem. Vamos entio supor que P T so pontos distintos. Entio OT 6 a hipotenusa do triingulo retingulo OPT; Portanto OP < OT. Como OT é um rai, ‘entdo P 6 um ponto que esté deniro do efreulo, Temenos entio ‘um ponto 1" sebre a reta m, tal que PT = PT’, com" #1 Plo primeiro caso de congruéneia de trangulos conchuimos que OPT ~ OPI". Portanto OT = OT’. Mas entio 7” é outro ponto dda reta m que também pertence 80 cireulo, Logo a reta m nio Gtangente. Contradigéol Assim P e T coincidem e a proposigio fiea demonstrada, ‘A exitemidado de um raio que nio 6 0 contro do cireulo 6 chamada de eztremédade do rain. 8.9 Proposigio. Se ume roia é perpendicular a um raio em sua extremidade, entdo a rete & tangente ao eel. Prova. Consideremos um elreulo de centro O seja m uma reta perpendicular ao raio OT passundo pelo ponto 7. Devemos prover i. eal i 108 (ORonRTIUA LIDAR PLAMA ‘que m 6 tangente ao eeu, ou seja, que m ni tem outro pont de intersegio com 0 eiteulo. Seja P qualquer outro pouto de my entéo 0 triingulo OTP é retingulo ¢ portanto OT TP” = OP. Segue-se que OP > OT e portonto P csté fora do circulo, Logo T 0 tinico ponto comim & reta ¢ ao cireulo, Isto conelui @ demonstrasio. sjam A ¢ B dois pontos do um circulo. Tracemos a rela, ‘que passa por estes dois pontos. Fla separa o plane em dois semi- panos. Cada urn destes semiplanos contén uma parte do ereul, Bras partes so denominadas de arcs determinados pelos pontos Ae B. Quando A e B sio extremidades de um didmetro, estes ‘arcos sko denomainados de semicireulos. Quando a corda AB nko um didmetzo, distinguimor os dois aos determinados por Ae B do seguinte modo: coma o centro do cireulo encontra-se em ur ‘dos semiplanos determinados pela reta que passa por Ae B, 0 arco ‘que fies no mesmo semiplano que o centro do eireulo & charmado de arco maior; 0 outro & chamaco de arco menor. Observe que os ‘jos que ligam o centro do eeulo aoe pontos do arco menor todos ‘ortam a cords AB. J6 08 raios que ligam o eantro do eireulo 208 pontos do arco maior nko intereeptam a corda AB. — Freee Pigott Se0 é0 centro do citeulo entio AOD & chamado de ngulo central A medida em graus do arco menor determinado pelos pontos A one 100 © B-b:por definigao a medida do Angulo central AOB. A medida fom graus do areo maior & definida como sendo 360° ~«°, onde a® Gro medida em graus do area menor. No caso em que AH é um Gdmetro a medida dos dois arcos 6 180°. 84 Proposigio. Em um memo cireulo, ov em efreulos de mesmo raio, condas congruentes determinaa fngulos centrais congnientes ce reeiprocamente, [A prova desta proposicio 6 simples e &deixada cargo do, Ieitor, Une conseqincin dela é que cordas congruentes determi rnam ateos menores de mesta medida e portanto, também arcos maiores de mesma medida, (0 leitor deve observar que, a maneira de somar angulos que 1m o meamo vértice permite introdusir umo maneira de somar farcot que se justapem, Esta soma & associative ¢ comutativa ‘como 0 é a soma de éngulos. ‘Uim Angulo se denomina inscrito em um circulo se seu vértice A'é um ponte do eirculo e seus lados cortam o elrculo tm pontos B eC distintos do ponto A. Os pontos B © C iter hina dois arcos. O arco que nia contiver 0 ponto A é charado ‘de arco correspondente ao Angulo inscrito dado. Diremos também ‘que o dngulo subiende o aro, a ieee it 8.5 Proposigo. Todo énguloinsrito om um cireulo tom a.m ddo da medida do arco correspondent. Prove Consideremos primeito o caso em que um dos lados Angulo inserito é um didmetro. Seja A 0 véetice do angulo insrito (0.8 eC os pontos em que seus lados cortam o cireulo, Supon! ‘que 0 centro O do cireulo pertence ao lado AC. Neste enso, a medida do arco correspondente ko angulo inserito é a medida do, ngslo BOC. Como BO = AO entio 0 txiingulo OA B & issecles © portanto OAB = OBA. Mas entio BOC = OAB + OBA = 2.CAB. Portanto, neste caso particular a proposigio é verdadeira Suponhamos agora que nenhum dos lado do angulo insrito & um didmetro, ‘Tracemos entio odidmetro que passa pelo vértice A do {anguloinscrito. Seia D a outra extremidade deste didmetro, Pelo primero caso eonchiremos que BOD = 2. BAD e que DOC = 2- pac. Neste ponto temos de distingur dois cason: (a) 0 diémetro AD divideo angulo BAC. (b) O diimetro AD nko divideo fngulo ‘BAC. (Veja figura cima). No caso (a), temos que BAD-+DAC = BAC. A demonstragio é entio completada somando-s a8 igual- dades 38 encontradas BOD + DOC =2.(BAD + DAC) =2. BAC ~ octncute am Odserve que BOD + DOG & exetamente a medide do arco cor reapondente 20 dngulo BAC. No caso (b), podem sinda advir thus situagdesdistintss:() AC divide o ingulo BAD ¢ (8) AB divide o angulo CAD. A prova nos dois casos 6 cxsencialmente a tnesma, Faremos 0 caso (). Naste caso BAG = BAD ~ CAD Tiniao, utilizando-se ar da igualdades obiias iniciamente,tem- BOD ~ COD =2. (BAD ~ CAD) =2- BAC Agora observe que BOD ~ CO é exatamente & medida do arco ‘orrespondente a0 Angulo BAC. Isto completa a demonstragio. 8.6 Corolirio. Tadas os fingulos inscrtos que subtendem wm Imesino arco tm a mesma medida. Em particular, todas os ngulos ‘que subtendem wm somicireulo so rtos. A sogint propos 6 também de certo modo um coolio a proposigo (53) 8.1 Proposici. Sciam AB eC condas dstintas de nm mesmo cireulo que 90 interceptarn num ponto P. Entio AP PB ~ CP PD: Prova, Observe gue ns trngulos CPB e DAP tom ae; CPB ADB jopostos peo vértice) © CBP = ADP (por seem anulos inscritos que subtendem o mesmo arco). Logo, os dois triéngulos so semelhantes ea semethanca é que leva @ em A, P em Pe Bem. Lose BB, Mos eatio, AP-PB 8.8 Proposicio. Se os dai Indos de win Angulo de vértice P so (angentes a um cireulo nos pontos A # B, en 44) a medida do angulo P 6 igual « 180° menos a medida do ‘arco menor determinado por Ae B PB. 0 o centro do cielo, No quedilétero OAPE temos que A = B = 90%. Logo P + 6.= 180°, Como O 6 exstamente ‘© medida do arco menor determinade por Ae By flea provade ‘8 parte (a). Para provar a parte (b), trace PO © compare 5 luiingulos PAO © PBO. Como 4 = B = 90° os dois triéngul so retingulos. Como AO = BO (rsios) ¢ PO & comum, entéo 08 dois triingulos sio congruentes (conforme o teorema (5-14) Logo PA PB. Assim o resultado fea demonstrado, Fin 89 Diremos que um poligone esta inserito num efrculo ae seus véstices pertencem ao circle. 8.9 Proposigio. Todo tridngulo est inserito em win circu, Prova. Seja ABC sim tridngulo. Pare mostrar que ele est ins ADB © HEC > BDC (angulos extemos) Logo: abe ABC = AB BBC > ADB + BBC ue ‘ovouerw wOkinana oan sta contradigio mostra que D no pode estar fora do circulo, O: resto da prova mostrando que D também nio pode estar dentro lo circulo 6 deixada como exerci, Um cielo esté inscrito em um poligono se todos o8 lados do poligono so tangentes ao eiteulo. Quando tal ocome die-se ‘que 0 poligono eireunscreve o eirewo, 18 Proposicdo. Todo triangulo possul un cireulo inserito, Prova. Seja ABC um triéngulo, Trace as bssettizes dos Engulos Ac B, Bstas se encontram em um ponto P. Deste penta, baixe Derpendiculares sos lados do triingulo. Sejam &, Fe Gos pes estas perpendiculares nos lados AB, BC e CA, respectivamente Vamos provar que PB = PF = PG. Assim o ponto P 0 centro do um eireulo que passa pelos pontos H, F e G; além disto, como 8 Iados do tringulo ABC sio perpendiculares eos raios Pi, PF © PG cles sao também tangentes ao eircule. Logo o eiteulo esté inserito no triangulo, = omen 1 Para provar que PE = PF = PG vamos comparar os trllingulos PGA ¢ PEA, ¢ 08 triingulos PEB © PFB. Todos les sio triangulos retingulos. Nos dois primeiros temos PAG PAB (PA 6 bissetri) e PA comum. Nos dois times temos PBE = PAP (PB 6 bissetriz) e PB comum. Portanto os dois pares de triingulos sio congruentes. Da congruéncia dos dois primeiros eonchuimos que PG = PE. Da congruéncia dos dois ‘itimos obtemos PE — PF. Isto completa a demonst 8.14 Corolirio, As bissetrizes de um tringulo encontram-se em uum pont. Prova. Na demonttragio anterior provamos que o ponto de en. contro de duas bissotrzes do triingulo ABC 6 0 centro de um reulo inserito naquele triéngulo, Para obter © Coroltio ¢ sull- ciente provar que o sogmento unindo o contro deste circu i crito com o tereeiro vétice,é também uma bissetriz do triingulo ‘ABC. 0 leitor no teré dffeldade em fazer esta domonstragio ‘que 6 deixada como exereci, Um poigono regular 6 um poligono que 6 eqiléteroo eqiian- gular. Com isto quecemos dizer que todos 0 seus laos so congru~ fetes (qltero) e também todos os seus ngulos sio congruentes (ecjiianglar) 8.15 Proposigio. Todo poligono regular esta inserito em um crete, Prova, Seja AyAz,-.-,4q um poligono regular. Tracemos o freulo que passa pelos pontos Az, Az © Aa. Seja O 0 centro deste eireulo. Como OAz = OAs entéo o tringulo OAaAs & in6sceles © logo OAzAy = OAgAz. Como 0 poligono é regular todos os seus angulos internes tém a mesma medida, Portanto Adzda= AadaAs > | Mas entio, A:4,0 = 0344. Como além disso ArAz = Asa (dos de um poligono regular sio congruentes) e Oz = OAs, entao os tringulos O4yA2 © OAeAs sBo congruentes. Dai obtem- se 04 = OA:. Portanto As também é um ponto do eireulo. O ‘mesmo raciocinio pode agora ser repetide para prover que As também pertence 2 circulo, e assim sucessivamente. Como reeul- {aul final obtem-se que todos 0s pontos do polfgono perteneem a0 cireulo. 8.16 Corolério. Todo poligono regular possul um eireulo ins- ‘Trace o circulo no qual © poligono regular AyAg... Ay inserito, Seja Oo seu centro, "Todo os triingulos ixéaceles ‘A102, A203, A304, .. sho congruentes. Como consegiiéncia, suas alturas relativamente as bates $50 também congruentes. 0 cireulo de centro 0 e com rao igual ao comprimento destasalturas csté insert no poligono. Bxeacictos i ciroulos de mesmo 1. Prove que, em um mesmo eirculo ox em raio, cordas congrientes sho eqidistantes do centr, 2, Prove que, em um mesmo efrculo ou em cfrculos de mesmo Taio, cordas eqiidistantes do contro sho congrentes, 3. Prove que, em um mesmo efreulo ou en circulos de mesmo Taio, se has cordas tém comprimentos diferentes, a mais corte & ‘amis nfastada do centro. 4. Mostre que a mediatriz de uma corda passa pelo centro do real 5. Explique porque o reflexo de um efrulo relativamente & uma, feta que passa pelo ten centro é ainda o mesmo efreulo: (vide capitulo 5 para definigio de reflexo). 6. Na Bigure ao lado exis tom tras retas que so tan= _gentessimulteneamente 208 fois cireulos. Estas retes sho denominadas de tangen: tes comuns aos circus. De senke dois eireulos que te- ahem: {8) quatro Langentes comuns? ») exatamente duas tangen- ‘es comms? ¢) somente uma tangente co- 4) nenhurma tangente comm? ©) mais de quatro tangentes comuns? 7. Na figura wo lado AB & tangente comurm e JS liga 08 centros dos dois crculos, Os pontos fe A sko pontos do tangéncia e M & 0 ponte >) de intersesio dos segmen- Angulo J 6 igual ao angulo 8, Na figura sepuinte A esquerda, M é 0 centro dos dois efrculos © AK é tangente ao cfreulo menor no ponte R. Mostre que AR — RK. Oo @ 9. Na figura acima & dreita, UX 6 tangente ao eirculo no ponto U eUB= LU. Mostze que LE = EX. 10, Ne figura seguinte & esquerda, MO ox. ois pontos em um efteulo determinam dois arcos. Se os dois ppontos so A e B nés iremos representar por AB o arco menor eterminado por estes dois pontos. Se P também pertence ao freulo nés usaremos a nolagio APB para representar 0 areo de terminado por A e B que contém 0 ponte P. 11, Na figura anterior & direita, #1 & 0 centro do circulo ¢ OL8 um didmeteo. Se CA e HIN sio paralelos, mostre que AN e IN tem a mesma medida 12. Na figura absixo a eaquerda, © & 0 centro do elteulo e TA 6 um didmetro. Se PA = AZ, mostre que os tringules PAT @ 13. Na figura acima a dirita, sabese que ¥ &0 centro do eirculo fe que BL = BR, Mostre que BB € paralelo a LR, 1 ‘ono METHIA moOLIDIANA PLAN 14. Na figura seguinte & exquerda, o quadtilétero DIAN & paralelogramo ef, Ae M sao colineares, Mostre que DI = DM, ‘Uma reta intercepta um cfrculo em no méximo dois pon- tos (vaja problema 1). As quo o interceptam om exatamente dois ontos rio chamadas de secantes, Umm dngulo secante@ um fngulo ‘cos laos esto contidos em chins secantes do ciculo e que cada lado intercepta o circulo em pelo menos um ponto excluido o vértiee, Vamos chamar de regido angular associada a um ingulo ABC « intersecio dos seguintes dois semiplanos: o que contém 0 ponto C e é determinado por AB, © 0 que contém 9 ponto A eé eterminado por BC. Dados um angulo e um ereulo, a parte do circu contida na regido angular aasociads 0 angule dado & de- sgnada arco (ou areos) determinado (dezerminados) pelo angula, Nos exercicis segnintes indicaremos por “medi?” 9 medida em. sraus do arco AB, 10. Mostre que um ingulo secante culo vértioeexté dentro do {Srcalo tom medida igvala mete de soma do oro que determina Som o arco que 6 determinade pelo dngulo que se Ihe opée pelo Wéstice, (Na figura anterior A exquerda: APB = }(med ABE mod CD) 17. Ne figure anterior & irita APB 6 um angle socate eno vértice cath fra do creo mostre que APB = i(med AB med GD) 18, Sucesivos arcs sio marcados em um cieulo de modo que Chai arco enna tina eorda de meamo comprimento qve 0 Fai: Prove que 0 sexto arco termina no ponto onde © primeito arco comes 19, Prove que todo peralelogramo inscrito em um eireulo 6 rete ule 20, Prove que tod trapézioinserito em um circu ¢ i6eceles.| 21, Prove que © segmento ligendo um vértice de um poligono, regular ao centro do eirculo em que cle est inscrto é bissetsiz do, Angulo daquele véstice, 22, Desenhe dois exemplos de poligonos eqiiangulares inseritos fm um cireulo, mas que nao so requlares 23, Desenhe dois exemplos de poligonos eaiiléteros que cireunse crevem um cireulo, mas que nio aio regulars. 24, Dado um quadrado de lado Sem, qual o raio do efreulo ao) ‘qual ele ests inscrito? Qual o raio do cfreulo que ele eireunscreve? 25. Dado um tringulo eqilétero de Indo 4em, qual o rao do ieulo no qual ele ests inserito? E qual o aio do eireulo que ele Pronueas 1. Prove que uma reta pode cortar um efreulo em no méximo dois pontos, 2. Na figura sbaixo & esquerda APC € um dngulo secante cujo Vértice encontra-se fora do eeu e que o interespte em quatro pantos como indicado. Prove que AP PH = CP. PD. Compare este resultado com & Proposicio (8.7). rast 3, Na figura acima a diteita W'S © 1 sio cordas que se inter ‘eptam no ponto G,e RI é bissetrie do dngulo WI. Prove que WR-TS AT Ti 4. Soja ABC um tridngulo © D um ponto de BC tal que AD S bissetriz do Angulo A. Prove que (4D)? AB AC - BD +g DE. (Ajuda: considere o efrculo no qual o triagulo esta inserito, prolongue AD até o ponto F do circuo, como indicado na fgur soguinte & esquerda, Mostre que os tringulos ABE © ADC sq semelhantes @ use (8.7) : 6 ‘OPOMDTHEA BHOLDLANA Puan 5. Na figura anterior direite o efrculo ext inserito no quadrilite- ro, Prove que a soma dos comprimentos de um per de lados opos- tos 6 igual a some dos comprimeatos do outro pat. 6. Soja ABCDEF um hexsgono que eireunserove um eftculo Prove que AB + CD + EF ~ BC+ DE + FA. 7. Enuncie © prove uma proposicio semelhante a do exerecio anterior para um poligono de 8 lados. Seré que uma proposicio semelhante vale para um poligono de 10 lados? E para um de 11 lados? Enuncie suas conclusses na forma mais geral possvel, Ums rete que contém os eentros de dois eireulos & chamada de sete dos centros dos dois eirulos 8, Prove que se dois eireulos tém dois pontos om comum, a reta ‘dos centros 6 mediatriz do segmento ligando estes dois pontos. 9. Prove que dois circulos distintos no podem ter mais do que dois pontos em comum. Se dois circulos so tangentes a uma mesma reta em umm mesmo onto enti eles aio chamedas de cfreulos tangentes, « 0 ponto de ponta de contacto, 10. Prove que se doin ciculon sio tangentes, = ota dos centros ‘passa pelo ponto de contacto, ne 11, Ne figura seguinte as retes so tangentes comuns aot dois, cdeculos. Prove que m1 e m2 se intereeptamn na linha dos eentros. Prove que se os raios dos dois cireulos sio diferentes, a8 retas mi terceptam na reta dos centros. feng também 12. Sejam A e B pontos de intersegio de dois eirculos. Sejem © asextremidades dos diimetros dos dois efrculos que se inieiam ho ponto A. Prove que # seta que liga © a D contém ponto B. 13. Prove que a medida de um anguloformado por uma tangente ce uma corda de um cireulo é igual » metade da medida do arco tae ele determina. 1A. Prove que a medida de wm éngulo formado por uma tangente feums secante € igual a metade da diferenga entre as medidas dos arcos que ele determina. 15. Seria porsvel reunir em uma Sinica proposiglo as informagos parciais fomecidas pelos exerciios 16 ¢ 17 e pelos problemss 13 € at 16, Prove que tim poligono eqtilétero inscrito em um circu ‘um poligono regular 1% Prove que um poligono eqtiangular que circunsereve umn cirenlo 6 um poligono regular, 18. Prove quo, se um cireulo for dividido em um mimero qualquer eo arcos iguais,entéo as cordas destes arcosformam um poligend regular inserito no cireulo, eas tangentes tracades pelos pontos de aera oxen aca em plgnn regu oe creamer 19. Desereva um método de tragar um efreulo de raio dado que feje tangente aos lados de um angul. 20. Desereva um método para tragar um cireulo de raio dado ‘ue seja tangente a dois circles fxados. Quantas solugdes pode ter este problema? 21. Determine o lugar geométrieo deserito pelos (determine o ‘onjunto de todos o# pontos que tém a propriedade de serem) pés das perpendiculares baixadas de um ponto As retas que passam por um ponto 2. 22, Determine gar geométrico deserito polos vérticcs dos tin tru de base: AB e com C= 30°. A modida fixada do angulo C faz alguma diferenca na sua resposta? 23. Dols efreulos se cortam noe pontos Ae B. Polo ponto B tracamos uma reta que corta.o primero eireulo num ponto X e ‘segundo cfrculo num ponto Y. Mostre que e medida do angulo XY nio depende da reta tragada. 24, Mostre que um efteulo 6 o lugar geométrico desert pelos Pontos C para os quais a razlo de suas distancias ao ponto A é Constante « diferente de um, (Sugestio: no triangulo ABC as bisetrizes dos angulos interno e extern de vértce C sio perpen- dicutares ¢cortam a reta que passa por A e B sempre nos mesmos onto) CommwrAnto fires ; a "A partir dat pudemos definir © comprimento de uma poli: ete es rte heen cece ceo rs i eee ne mmm Ce ean pame scoot ee ye Sa ane i aim perso fem co ce Se snc eee pte snare an ens ‘Vamos determinar gy om termos de ay do rao do eftetlo, ‘Na figure ncima & direits, temos um cirulo de centro O e raio Ry © neste, ume corda CE perpendicular a um diametto AB. 0: {lipgulo ABC 6 retingulo e CD 6 a altura do vértice A. Logo ac! = 3B AB. Também OCD 6 retingulo e portanto DO" Ayn Ae aes 90°C” Se CB = sn, entéo AG = s3y das férmulas cima, obtem-s6 d 1) (s2n)? = 2m 2) (Rm)? R2— (Hp)? onde m =D. Eliminando-se m destas equagiies resulta ems an? — Ri 5 cil werifear que 0 lado sg de wm quadrado inserte no efreulo 6 RV2e que seu perimetro 6 4RV2. Utilizande-se agora suces, sivamente # férmula acima podemos encontrar os perimettos py dos poligonos regularesinseritos no eirculo com 8, 16, 82, 04, lados. 0 Ieitor nto terd dfienldade em verifiear que n= Ryo VE n= ny2— yo4vi ea = RY2-y2+Va4 v3 E poderd facilmente estabel clecer uma expressio geral para 2m, (» 2 8). Com base nas férmulas acima, caleulamos, em termes aproximados, corretos até 4 quarta casa decimal, os velores da seguinte tabela 1.41421 0, 70537. 0, 30018, 0, 19603 0.09814 0, 04908 0, 02454 0.01227 RSSRRRES SSSS5555 Assim, segundo nossa intuiglo, 0 comprimento de um efreulo de alo K deve ser aproximadamente 6,2831 - R. Infelizmente no Alispomos inde de uma definicko de comprimento do efreulo que nos permita verficar a validade desta aflrmagio. Antes de tontar estabelocer a definicfo de comprimento de lum efeulo vamos fazer alguinas absorvagies. Seja P um polfgono ‘convexo interito num eirulo, e seam A eB dois de sous vérticos consecutivos. Tomemos um ponte C do arco Ai © indiquemos or Py 0 polfgono exjos vértioe so os vértios do poligono P, mais 6 ponto C. A passagem do poligono P pare o poligono Py constitui-se na substituigio ao lado AB pelos lados AC © CB Desde que AB < AC + CB, concluimos que o perimetro do Py 6 maior do que @ perfmetro de P. Assim, adicionando-se a um poligono convexo inserito no circulo novos vértices, aumentamos © seu perimetro. Sem divide este procedimento néo resulta em tum crescimento iimitado, De fato, se tomarmos im poligono cunserito ao cielo, seu perfmetro sera maior do que o perimetro de qualquer poligono corivexoinserto CCharaa-se de comprimento do citeulo 20 menor dos nimeros maiores do que o perimetro de qualquer poligono convexo nee ins- ‘2poMArHIA MOLINA PLAN Bums conseqiiincia imediats desta definigéo que, dado. niimero ¢ > 0, pode-se sempre inscrever um poligono ‘convexo no circulo tal que a diferenga do seu perimotro para 0 ‘comprimento do cfreulo (em valor absolito) seja menor do que ©, 0 comprimento da circunforénein é tradicionalmente representado ‘mn forma 2s onde r 60 comprimento de uma seiuieireunfertncia doraio 1. O valor aproximado de ©, correto até u 5° casa decimal é& PUNGOES TRIGONOMETRICAS CConsidere um circula de centro O e nele um didmetro AB. Fixemos nossa atencio em um dos semicireulos determinados por AB. Tome um ponte qualquer C deste semieireulo e indique por 0 ingulo COB. ‘Trace, a partir de C, uma perpendicular & reta AB. Seja D 0 pé desta perpendicular 141503 © que nos dé um petimetto de aproximadamente 6, 283186 Rt. Finrst Chama-te de seno do dngulo a so quociente D/OC. 0 sno do fngulo a & representado por: sen. Observe que, de ‘acordo com esta definigio tem-se que: (0.1) © went40° = 0 sen0?= 0, sen 90" Definese 0 cosseno do dngula a como 0 quociente OD/OC ‘quando @ fngulo a & agude, Se 0 angulo a 6 obtuso, 0 cosseno definida come valor negativo deste quociente, isto ¢ ~OD/OT. Representa-se 0 cosseno do angulo a por: cosa. Com este defnigao temse que: (0.2) cos0®=1, c0s907= 0 © con 180" = ‘Chama se de tangents do énguto a ao quociente (93) te iio sendo esta fungi definida se a = 90° 9.4 Proposigio. Os valores do sono e do casseno de um dngulo Indapendem do semicireulo wilizado para defini-fos. Prova, Consideremos um outro erento de centro OF e neste um diametro A'B", Consideremos tum ponto C’ sobre o cireulo de nodo gue 0 Angulo C'O"B! see igual ao angulo a ¢ portanto igual ‘8 COB. Considere os triangulos COD e C’0'D! onde De D’ so ‘os pés das perpendiculares baixedas ie vetas ALS © A’L", cespec- tivamente, a partir dot pontos C ¢ C’. Como CBO e C'D‘0" sio fngulos reo ejé sabemos que COB ~ C1O"B',entio concluimos {ques triangulos considerados so semelhantes. Portanto teremos wo oo oD to To co oD Isto prova a nossa afirmacio. 9.5 Teorema, Qualquer que sofa 0 Angulo a tenn-se: sent teosta = 1 Prova. Para a igual a 0%, 90° ou 180°, » afirmacio aeima é com: provada pela substituigdo diveta dos valores do seno ¢ do cosseno corvespondentes. Nos outros casos, considereo triangulo OCB da figura (9.1). Tem-se ent DD)", (ED)? _Ob'+eD" der _, oc) *\oe) ae cos? atsen® a = = = ( oo Bet ‘onde fea-se uso do teorema de Pitégoras ne peniltime igualdade. 9.6 Teorema (Pérmulas de reducio). Sea éum angulo agudo entio 4) sen(90° ~ a) = coser 2) eax(90° — a) — seer ©) tg (00° — a) = Tiga Prova. (Veja figura9.2). Sejam eC’ pontos de um semietroulo de extremidades A ¢ Blais que COB =a e C'OB = 90° a Scjam D © D’ 0s pés das perpendiculares baixadas a rota AB a partir de C @ C’, respectivamente. Observe que, como C/O 90° — a, entio OF sho congruentes (OC OG'DT = a) e porianto Soguese que sen(90" cos(a? AA prova de (c) & deixada a cargo do lito, 9.7 Toorema. Qualgner que sea. tem-e: 4) se0(1802 — a) 3) cos( 80° — a) Prova. Quando a é igual a 0°, 90° ou 180°, a afirmagio acima 6 ‘comprovada por substituigdo dirota dos valores do sano e eosseno correspondentes, Nos outros easos, eonsidere pontor © @ ©! no somieireulo de sorte que COB = a ¢ COB = 180° a. Seam D e Df os pés das perpendiculares baixadas dos pontos C eC" & rota AB. Figua9.s r A congruéncia dos triingulos OCD ¢ OC'D! nos fornece cp=c'p! © po=p'o ‘Como consoqiéneia imediata tomes que sen( 180° — a © [eos(180° ~ a)| Como a ¥ 90° entio a ou 180° — « é obtuso © o outro é agudo, Por isto, cone 0 e08(180° — a) tim sinais opostos. Logo ena( 180° — [As definigdes de seno, cosseno ¢ tangente dadas no infeio do capitulo permitem conclnir imestintamente as seguintes fermulas relacionando os lados de um teiéngulo retigulo ¢ os seus angulos, agudos. 9.8 Proposigio. Hm um triingulo retingulo ABC, de Angulo FO=ABand, TC-ABewd « BO-ACig A ‘Uma conseqiiéncia desta proposicio & que, se conhecermos ‘um fingulo e um lado de um triéngulo revingulo & possvel eal- coularmos a medidas de reus outros dois Iados, supondo-se que conhegamos como caleular as fungBes Seno, eosseno,¢ tangente de ‘um Angulo, Atualmente, uma méquina de caleular razoavelmente simples, possui circuitos que caleulam estas funsoes com aproxi> rmagdo correta até a quarta ou quinta casa decimal, o que é mais ddo que suficiente para a grande maioria dos eéleulos. Pode- no entanto, fazer iso de ma tabela de Fanghes trigonométrieas obtida facilmente em qualquer compendia sobre trigonometria 9.9 Proposigio. a) sen45°~ 1/2, con45° = 1/V2 e ty 45° = 1 1b) sen 30° = 1/2,c0830° = Y5/2 o tg 30° = 1/5 Prova, (a) Construs um tringuloretingulo ABC tendo éngulo reto G, e tendo AC AaB BC. ‘Tenvse entio que A = 8 = 45° e, utilzando-se o teorema de Pitégoras, AC = BC = AB/V2. Logo sens? = FBLA yy 78 stm forma cbt o aorta con®, O valor de tangue abtio pea simples dviao dor valores do sono w conten. (0) Consirua sm tringulo eater ABC. Todor om seus ag modem 60" todos 0 seu Indo tm © memo com primento Pigs Considere » altura baixada do vértice i ao Indo AC e seia Do pé desta altura. Os dois triangulos formados so congruentes © ‘DA ~ DC ~ a/2 Aplicando 0 toorema de Pitégoras ao triingulo ABD conchuimos que BD = aV3/2. Observe que o ingulo ABD rede 30°, Logo Com esta proposigio © os resultados (9.6) e (9.7) podemos ‘agora facilmente determina os valores do seno, cosseno e tangente os dngulos de 60°, 120°, 135° e 150°. 9.10 Teorema (Lei dos cossenos). Em um triingulo ABC team ‘AB? = 20") BO" -2-AC- BC - cone Prova. Se oingula for reo enti a afrmagio acim &exata- mente treme de Piégoras, Podemee portanto mpor que © ‘no é um Angulo reto. ‘Tracemos a altura do vértice A. Como © ‘io € um dngulo elo nlzo op daria altre, que designaremes or D, i exincide com 0 ponto C. Se D coincide com 0 poo Bi entioo tikngulo ABC € rténguio tendo B come ingulo ei. Neste uo, 3C-eos 6 — BC eo reeltads acim 6 urna decoreéncia imediate do teorema de Pitgoras. Ari podemornopor qe By Ge D so pontosditnton. Como ADB © AIIC sto ‘riingulos retinguls tems a8" - AD? + BD? ies ‘Logo, ubtenindo-se estas dias equagdes ablém-se ages AB - 70? = BD* De" nee Agora iremos substitur @ termos BD? desta equagio. Para teremos de considerar txés possibilidades. (Veja figura9.5) a) C esté entre Be D Neste caso tem-se DG + BC = BD. Substituindo-se BD por DT | BC, desenvolvendo-se 0 quadrado e simpificando-se 08 {ermor, a equsgio acima torne-se: Observe que BO = AC OG > OA - ZC, verse que JAB OA-ZO) < hrea(OAB) < 14B- OR Observando que BA = Re AC < £(P)

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