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Executive Intelligence Review A MAFIA VERDE O AMBIENTALISMO A SERVIGO DO GoverNo MunpiAL EIR Rio de Janeiro 2001 1 AMBIENTALISMO, 500 ANOS DE METODOS OLIGARQUICOS A intensa campanha desfechada contra as celebragdes dos 500 anos lo descobtimento do Brasil, tratando de desvirtuat 0 contevdo ilizat6rio da grande jornada iniciada pot Pedro Alvares Cabral em 1500, io foi obra de legitimos intetesses em prol do esclarecimento de um tocesso histérico, que apesar de suas evidentes contradigGes, levou a cons- iso de uma nag%o de quase 170 milhées de habitantes. Ao contratio, a campanha deflagrada pot uma pletora de organizacées ndio-governa- mentais (ONGs) nacionais ¢ internacionais, com 0 tema “500 anos de genocidio”, nao foi lancada exclusivamente contra o Brasil, tendo sido cuidadosamente planejada desde finais da década de 80, pata atacar também as celebracdes dos 500 anos da chegada de Cristévio Colombo & América, em 1992. Na realidade, trata-se de uma campanha falaciosa, meticulosamente atticulada pelos centros de inteligéncia oligarquicos anglo-americanos, para desttuir deliberadamente a auto-estima das nagoes ibero-americanas, induzit- Ihes um sentimento de culpa e fazer com que seus povos pensem que sio incapazes de lidar com os seus préprios problemas, aceitando o destino de ser recolonizados sob as bandeiras da “globalizacio”, que tais grupos pretendem passar como um fendmeno histético inexoravel. Ao fundo, esté a idéia de que os Estados nacionais devem “compartilhar” a sua sobe- rania em beneficio de uma estrutura de “governo mundial”, apta a controlar 0s problemas de uma presumida “agenda global”, entre os quais os refe- tentes ao meio ambiente e as comunidades indigenas. ‘Aqui, nfo se trata apenas de criticar os erros de um processo civilizatério, que, a despeito deles, logrou um grau de miscigenacio étnica inigualado por qualquer outta iniciativa colonizadora européia. O objetivo maior da campanha é consolidar uma inusitada “mudanga de paradigma cultutal’, especialmente minar o princfpio antropocéntrico, expresso no‘ versiculo 18 do Livro do Génesis, segundo © qual 0 homem foi ctiado a n imagem de Deus, com 0 mancatocxpito de doings a natureza em be- tcftio da expaneio quataiva e qoandatia da epéce humane. Em lagne Gest ordenament judaico-eosto, aseado na reso ineigrel, os “en- fenhetros sociis”oligirquicos ofercern wma idfica “ordem natoral” brseada nam principio “biocentrco", que reduz a espécie homana a pens una mais entt a mitiade de capécis de sresvvos existents. Pegm,o que se busca nto éa apregonéa proveio da natureza, mas a ‘eiorio do homem ao nivel das especies inferiorese a sua manipulagio Tomo se forse gado de corte, tatado por wm processo de mancjo toaldusiano de manera tal que o sea eescimento no comprometa Control cligrieo dos recursos materi © amisnetamo & um subpeodato desea diocia visto do mundo do homem adotada peas oligarquas, a qual podemos qualifcar como Stacguitmo. © olgaguismo se basin ma concepgio do homem como tier egivae hedonisa, inserdo num Unive uj “desenolvimenta” vere regido pelo aso e sobre o qual a nica conseqiéncia dh intervengio humans sea o aumento da entropia (Aesordem interna), Evidentement, talconeeno- do qua também dea oUeralismo e o fascism, expres Ses do Leviatt“hobbesiano” ~ contraria frontalmente as evidencias ‘Seesvels e nfo menos, um dos pices da CiizagHo Ocidena judico- ‘isu aida de que 0 homem, consid & imagem e semelhanga do Ctindor inne De), eepresenta a expressfo mais elevada da Cringho €, Como tl pode set considera tm “conduvan” do Criador ma miso de tarefpres a naatea,aplicando a sua castvidae inata 20 dominio das It natu, conform ext implicit no Livzo do Genesis “hdeapito dos esforgosdosideslogos do clipes, o Universo éordenado ¢ evo de acordo com leis que io crescentementescess- tein ao inttecto hurmano, as quai 6 aplicam também a0 progresso da Gouitmac. © homem, com sua capacidade ciara inata que o qualifca& Star’ 0 Ceador (ax De, esti “naturalmentesinconizado” com 0 | Gatenunento universal condigao eu tadusao na ordem social consi |) erbncia da idea do republcanismo (este particular, poderamos dizer J) qua oan inepex De ce ‘Avago do Universo se caractarea por uma sucesso de estigios || ae ereeenteorganiagio ediverieagio dos seus constines bask os mat, enegin vid e eada vez mas, mente € 0 espiito hamanos. ‘Xvid exceniament anentopica e, por exenso,o mesmo se aplice& an munfestagio mais avangada conhecids,o ser humano, na esalada ‘oluta qucrparulacza entender expéisvvetes Com o homer, tewolugdo se torna um proceso “conscieme”, retatado na sucesso de 3B formas de organizagio sociale civiiznges que configuram o progresso da Homanidade, desde as sociedades primitivas até a moderna civilizacto industrial. Tais avangos se do coerentemente com as leis universas,cuja incorporagio & pritica social deve dar-se por intermédio das priticas politicas, econdmicase cuturise do conhecimento cientfico ¢teenol6gico, | cabendo ao Estado assegarar que tis requisicos se cumpram. i ‘Atéo presente, visas civilizagdes falharam no cumprimento de tais requistos ¢ se extinguiram, como ocorreu com as espécies biologieas que tepresentaram etapas intermediirias na escalada que condaziu aos seres contemporineos ¢ a0 homem. A lieio a se extrair dai é que nenhuma sociedade pode contrariar as leis universais por muito tempo. A predomi- nnincia de uma visio oligérquiea ambientalisea constitui um sintome {nquestionavel, nio apenas da degeneracio da nossa cviizagio, mas também a iminéncia do seu colapso. Por isso, em 1992, o ano em que se celebravam os 500 anos da primeira viagem de Colombo & América, foi realizada no Rio de Janeiro ‘4 Conferéncia das Nagdes Unidas sobre 0 Meio Ambiente e 0 Desen- ‘volvimento, a chamada Rio-92, evento grandioso destinado a anunciar “uma “Nova Ordem Mundial” ut6pica. Nela, trombeteava-se o princi- jo do fim dos Estados nacionais soberanos, surgidos cinco séculos tris sob o impulso das navegactesibéricas e do Renascimento Europeu, fa abrir caminho 2 uma “nova era” malthusiana regida por um “go- no mundial”, que, sob a suas roupagens ambientalistae indigenista, nas oculta uina politiea anti-humana regida por um Olimpo oligie- eo eruel e arbiteisio, ara o Brasil, essa agenda implicou na oferends da delimitacio absusda e gigantesca reserva indigena ianomimi, uma area de 90.000 # situada na fronteira com a Venezuela, habitada por alguns poucos hares de silvicolas errantes que ainda néo ulteapassaram 0 nivel jilizarério do Neolitico. Para o restante do continente, a “nova jem” representou o inicio de um processo de desintegragio politica, insurgéncias de grupos terroristas que se levantavam como vinga- fs contra o colonizador ibérico, especificamente contra a Igreja ¢ as gas Armadas, representadas na “eruz e espada” do processo coloni- jor ibero-americano. Amparados demagogicamente em uma supost sa dos direitos indigenas e étnicos, vimos emergit movimentos 10 0 do Exército Zapatista de Libertagio Nacional (EZLN), enca- ado por personagens como 0 “subcomandante Marcos”, produto - promiscuidade entre a chamada Teologia da Libertacio © 0 istencialismo alemao e francés. 4 8 \gualmente, verificou-se 0 revigoramento das agdes teroristas de tius ¢ Samuel Puffendorf, defendendo a tese de que os ditei- grupos como 0 Sendero Luminoso ¢ 0 Movimento Revolucionétio Tupac Jomem nao provinham do seu Criador, mas eram oie ‘Amaru (MRTA), no Per, e a8 Fores Armas Revolcionsias da Cotdmbia i, Dai surgi a idéia do “selvagem nobre”, que vivia num idilio (PARC), que, apds a queda do Muro de Bertin, subsciuiam os caret ‘hauteza, a qusl ginhou populaidade numa’ Europa influenciada Cali e Medellin como o principal cartel de drogas no pats jOnicas das viagens ao Novo Mundo, que tanto influenciaram Foi sob essa mesma matriz que as redes da Teologia da Libertasio, inismo do século 18. com 0 apo estensivo de funfins elgiruicas europdas expecaiments 2 sede Govt, ender (sey em 3602, ae cata nites oman abe Cn ot ears Rai en Tea (ST), mo ae Movimento Ts atrovent east se A a stn gn Camb : Fe ernie do tbo oan a ere inc cae, qe est semen wando a liberdade de comércio, coincide com a ctiagio da 1 das Indias Ocidentais eas primeiras manifestagdes holandesas, fe pelo Brasil, num momento em que a promogdo da pieataria ‘ficial dos Pafses Baixos e da Inglaterra. Foram precisamente one Jo dio, do teparaismo ¢ da baleanzagio do continente Jepapoliica decragio de grandes reervas indigenas aa Ama- se seen do i i te agent ir ge fe eliberadamente pelss oligacquias financeitas internacionas. das Guianas, idealizado para dominar a chamada “Ilha da (Gegiio delimitada pelo oceano Atlintico € os rios Orenoco, - Negro e Amazonas, cuo centto € o Estado de Rorsima), 0 nevorNo pa “Lecenpa Necrs’ fume retomada daquela velha politica anglo-holandesa da ja das Indias Ocidentais e seus pieatas, hoje ostentando as (© método que tege esse procesto desagregador do continente das ONGs. sbero-americano no € novo. Em verdade, a idéia de que a expeténeia do PP eor”nonei discards recenwt polite dligeycien descobrimeatoe evangezagio do Novo Mundo conduida por Teenie smistério Ocidental. Em especial, os movimentos de indepen- ¢¢ Portugal representou tio-somente um processo de ocupagio, genocidlo ispano-americanos, iniciados por aspiragdes legitimas de desen- Po een agar i ie eri is Se est altima foi a ofensiva deflagsada contra a colonizacio ibévica da iptcn “balcenizar” o continente e dominar, por meio dos seus sree Sone tegnos o movimento anteenascentsalangado no século 16 Bs cxusas c profundamente cndividadas pelas guerrss de plat fas ligirplens européas, no Sntento de retabelecer pate do Neste contexto, toda a politica de iberalismo econémico Pam oti perdido, Recordemes que as naegages bes foram o f= Hs coaiko fol uma imporisio de Inglterre, juntwneate rorahave que esvazion 0 controle econdmico exercido pela olgarquia de vyeio uma série de ataques abertos& evangelizagio promovida ‘Veneaa por intermédio das roma comerciais mediterriness com 0 Oriente, eaislica ‘lemento que eonttibuiu substancialmente para a consolidagio da iia do ‘bisica desse impulso culminou com a grande propaganda Sab ecioed sabes i tese de Max Weber, de atibuir as causas do atraso econémico "A subversio do Renascimento ¢, com este, do ideal do Estado Bai fato des meglio nha ect experinensads a Reform nacional soberano, foi um processo diverso, que incluiu o langamento ittianeceacl submerda so peedomialo ettlon Coezeato- Ba Reforma Religiosa de Lutero, como wma maneia de dividit e con- BE ogdcssce da hisediabcro-amexicara, de grande apclo, frolar 2 Cristandade. Da mesma forma, foram divulgadas novas bases fetores da intelectualidade ocidental, passa ao largo do fato de flosoficas em defesa do “livre comércio” e da pitataria, especialmente tus religjosas foram as causas principais da divisdo da Europa contra 0 monopélio ibérico das rotas maritimas atkinticas. Este foi © I, que se precipitou em lutasfratricides dentro da propria Crs: sero das idcias do dieeito natural ndividualsta de Michel de Montaigne, UMM foie fou 50 Anci, coachala cn 1648: cost cr acondon 16 da Paz de Westfila. Assim, as nagées ibero-americanas sio crticadas por no terem pattcipado do “moderno” e “avangado” processo “liberal” que ‘ensangiientou a Europa no século 17 ‘Para os requentadores mais recentes da “Legenda Negra”, como ‘Max Weber, a industilizagio e 0 progresso sio processos inerentes a0 mundo protestante. E nlo se pense que este assunto é uma mera discussio scadémica. Ao contrisio, ele integra 0 cerne da estrutura de erences da oligarquia anglo-americana atual. Por exemplo, este € um dos fundamentos axiomiticos da Teologia da Liberagio, baseada no velho naturalismo iluminista, ainda mais degenerado pelo existencialismo de Martin Heidegger, Jean-Paul Sartee, Franz Fanon e seus sucessores dentro do chamado descontrutivismo. PPortanto, a perversidade da “Legenda Negra” ¢ suas atualizagdes se manifestam nfo apenas na tentativa de criar entre as nossas populagdes tum sentimento de culpa e inferioridade, apresentando as virtudes crstis € 1s valores mais humanos, como o rechaco a usura, como fontes de atras0 econdmico. Pior ainda, no estabelecimento de um principio de uma suposta supetioridade ético-religiosa anglo-saxa, para justificar as politicas de pilhagem econémica dos paises ibero-americanos, que, na visio oligérquica, ‘nfo passam de nagGes inferiores indignas de respeito. ‘Varios historiadores e outros intelectuas a servigo da oligarquia britinica tém popularizado tais tees. Mais recentemente, as encontramos nas diatribes propagandcadas pelo historiador estadunidense David Landes, autor do celebrado livro Riguegs « pobrega das nagies, que, nama entrevista & revista Vga de 22 de margo de 2000, airmou que “o protes- tantismo era na sua origem pluralista, enquanto o catolicismo sempre foi centealizador”. Landes chega ao ponto de suger a divisio do Basi: "(.) Estou dizendo que se 0 Sul se separasse do Norte teria boas chances de alcangar 05 paises mais avangados, Sei que as pessoas logo vio pensar em coisas do tipo: mas como assim, abrir mio dos infindiveis recursos da ‘Amazénia? Pois eu The digo que se vivesse em Sio Paulo nifo me preoc- paria muito com o destino do Amazonas. Minetais? Madeira? Tudo isso pode ser comprado, Nio é preciso ser dono desses recursos. E mais ficil comprar ¢ vender do que set proptictirio. Em nossa época, niio existe snenkiuma vietude intrinseca, politi ou econdmice, em manter um grande territério e ser uma grande unidade.” Longe de constituir um detitio académico, a sugestio de Landes ‘tem ganho popularidade entre 0s circulos geopoliticos da oligarquia anglo- americana - e, desafortunadamente, conta com simpatizantes até mesmo centre brasleitos desorientados. ” A RevoLucAo AMERICANA BA GEOPOLITICA BRITANICA © processo de independéncia dos paises ibero-americanos foi gran- ontaglado pelos interesses da oligarquia bsitiniea, que, por inte- Bere eke de lojes magtnicas adeodemence evabcleckdas,exeroea ‘nfluéncia sobre a primeira geragio dos lideres independentistas, ‘Além de criar condigdes favoraveis aos seus interesses comer- opilo, ssa iniciativa oligirquica tina como objetivo neutralizar a jet da Revolugio Americana de 1776-83, que, além de guerra de pidénicn, foi uma guerra contra sistema britinico do “livre comércio”, ago era manter os fusuros Estados Unidos da América como, Dptodutores de matérias-primas para a metr6pole industealizada. fo lado, os colonos patriotas americenos haviamn emigrado 40 Novo spenas em decorréncia de persegugdes reliiosa, mas também jentar aqui o projeto de um Estado republicano que consoli- feltos mais clevados do Renascimento europeu’, Por conseguinte, Jomprometidos com o estabelecimento de uma repiiblica ins- ‘contribuiedes universais de Gottfried W. Leibniz, no somente ‘natural cristio, mas também na maneica de organizat o processo com base no desenvolvimento das manafaturas industrais ¢ da cigncia e da tecnologia. Mt das maiores contribuigdes da Revolugo Americana ocess0 civilizat6rio foi a introdugio do chamado Sistema ‘como 0 ministro das Finangas francés Jean-Baptiste Colbert, ‘telnado de Lufs XIV, o Sistema Americano se caracteriza por Gillon Nizace, pine rsa de eabelierto dss pojto bumanita fol encetada por un gro de egidocesportagueses da des de Erasmo Mier (os “ersse'), eceabegado elo cpitio-mor da capicani de tc Donte Coclo, Dutns sc cas (155355 cm gue Dutt Coho iets da spin, ester caias “cram, ao Novo Mando, una a de in scspctsspsnoelnrdade”, Porat, stn," Brat precede os leo urna a0 soc et acon cm Peramboee. Ver Gilson IO inna fia ke ams toca barge Tete de dota em [glo nt sca de Comamienio da Universidade Fedral do Rio de Jc, fe 1997 a. estabelecer a responsabilidade do Estado na promogio dos elementos fondamentas para o desenvolvimento econdmico e social de uma Nagio. ‘Tal responsabilidade deve satisfazer 0 principio da igualdade do sex bu- mano como image Dei, como expresso na Declaragio de Independéncia Gos BUA, que consagtou os direitos inalendveis do individuo quanto a vided liberdade e & busca da felicidade ‘As ptincipais diretsizes do Sistema Americano sto as seguintes: + controle do crédito por intermédio de um sistema de bancos nacionais (em contraposigio ao sistema de bancos centrais privados “Sindependentes”, promovido pela oligarquia financeira segundo 0 modelo do Banco da Inglaterra e, posteriormente, do Sistema da Reserva Federal dos BUA); + protesio a indstzia nacional por meio de incentivos tarifsios;¢ + desenvolvimento da infra-estrutura bisica - inicialmente, vias de transporte (rodovias, Ferrovias © hidrovias) e, posteriormente, esten- endorse aos recursos hidricos ¢ energéticos, comunicacées, educagio ce satide pablica Desde o Descobrimento da América, a eriagio da Repiblica Ame: ticana representou o revés mais importante para a oligarquia europea que fentrou em pico e se langou a uma grande mobilizagao contra a nascente facto estadunidense. A partir dai, 0 propdsito imediato do eixo oligirquico anglo-holandés, a0 qual se somou intermitentemente a Franga, apés Revolugio Francesa de 1789, passou a set o de conter a expansio da influ fncia mundial das idéins econémicas e potticas da Revolugio Americans. Todos os velhos conflitos e acordos das poténcias européias se reordenaram dentro desta nova geometria. Por exemplo, a Santa Aliangs, Gominada pelo austraco Metternich, estabeleceu como patte do projero restaurador um esforso de reeonguista das antigas colénias do Novo Mundo. Foi a esta intengao que respondeu a Doutrina Montoe, divulgada em 1823 pelo presidente estaduaidense James Monros, estabelecendo explicita- mente o principio anticolonialista de nio-intervengio de qualquer po- téncia européia no Hemisfério Ocidental. [Nio obstante o estabelecimento dos ptincipios de 1823, os esfor- ‘908 de subversio continuatam, provocando repetidas guetrascvis em todo J hemisfésio, sem a isenglo dos préprios Estados Unidos, que sofreram a Guerra de Secessio provocada pelos escravagistas pré-britinicos da Confederasio sulista. Os mesmos interesses oligirquicos provocaram 1s guerras contra o México, que rsultaram na anexacio de quase metade Jo ferritério mexicano aos EUA, sumentando a importincia dos estados tescravagistas, impulso que culminou com a iavasto do México por 1» em 1861, coroada com a entronizagio do austeaco BR cxoirenioensiacs lin do presidente Abraham Lincola na Guerra Civil rtadun- 165) fol motivo de inspite pata os pattctas de todo o mundo ops & Asia, passando por toda a Ibero-Amétia, em seus ons ages moderns sob sas proraores s man- ws e fomentadores do deseavolvimento da ingia-statura esa a scp dpi eusdvcideras, Pando os principios do Sistema Americano, originalmente pelo secretitio do Tesouro Alexandet Hamilton no final do Lincoln nto apenas salvou o pls da secessio pretendda pelos 3 (apolados por Lond), como langou as bases para a tans- yok BUA, nas décadas seguinte, na maior poténca dust, ‘militar do mundo. A ee deve 2, entre outros Feitos notives, Bien fv rao oie 60 st de wn ple ge pers + oop do vnc Guerra Civil a chama da “Revolugfo de Lincoln” foi empu- lm extriordiniso grupo de industenis, pollticos,financistase ces, cujo mentor ¢ lider incelectual era 0 ex-attessor de ny C. Carey. Nas décadas seguintes, até o inicio do séeulo 20, ficou conhecido como “Os Interestes de Filalfa”, envidou jesorsos para industilizar © cransfotmar paises como a si, Jpto, China, Basi, México, Colémbia, Pera e outros Nr asa cnc ipaaine feet Hlnfhuénca do Tmpério Britnico, que vam como a principal for do pros deo Hane? nha, no periodo 1876-80, 0 grupo de Carey, infuen- Bo abectone das poticu de come ado. lous protecionistas e de industsializagio promovida pelo ham sido a preacupagio de Friedrich List, inspiade da ita (Zolbern) eda construcio da rede fertovidsaalema, dle base para a posterior unificagio dos principados sles de Bismarck thin, “The Lincola Revolution”, Fd, Vol. VIL, No.1, Spring 1998 ponte tee 0 progam de Henry Cay pt 0 desenvolvimento hee smrana Voc ero2e 25'S quince deneie Penna 20 Na Rissia, o czar Alexandre Tl, aliado de Lincoln, pedi 4 orgi- nizagio de Carey planos para a industeializagio do pais, que inclufam a construgio de uma ferrovia ligando a costa russa do Baltico a do Pacifico, Em 1881, 0 czar ¢ 0 presidente estadunidense James Garfield, igual- mente seguidor de Lincoln, foram assassinados em circunstincias mis- teriosas, com meses de diferenea. Posteriormente, na década de 1890, remanescentes do grupo de Filadélfia atuaram como assessores na construgio da ferrovia Transiberiana. No Japio, apés a Restauragio Meiji (1870), a influéncia do geupo ¢ das idéins de Carey na modernizaczo do pats foi marcante, tendo sido seu discipulo e agente politico Erasmus Peshine Smith (le proprio autor de im portantes obras sobre os principios da economia politica segunclo o Sistema Americano) nomeado conselheito econémico do impesador japonés. No México ¢ no Peru, as primeiras ferrovias foram construidas sob 2 orientagio de representantes dos “revolucionatios de Lincoln”. Desafortanadamente, a feroz oposi¢io movida pelos interesses britinicos = que chegaram a instigar a Guerra do Pacifico, que colocou Peru e Bolivia contra 0 Chile - obstaculizow a plena concretizacio dos ambiciosos planos de desenvolvimento destes paises. Na Colémbia, durante 0 Governo de Rafael Nufez (1880-88), 0 presidente estadunidense Ulysses S. Grant envion 0 general Stephen Hurlbut, ligado ao grupo de Filadélfia, para negociar a construgio de um canal interocednico através do istmo do Panama, entio teritério colombiano, Instigada pelos britinicos, uma forte oposiglo politica se erguew contra 0 projeto, até que o arquianglofilo Theodore Roosevelt chegasse ao poder ‘nos EUA ¢ instigasse a secessio do Panama e a posterior construgio do Canal do Panama como um projeto imperialist. O espirito do grupo de Carey foi explicitado pelo general Joshua T. Owen, que atuou como embaixador na Russia de Alexandre Ti: “Nos descobrimos que a verdadeira pléria apenas pode ser obtida pelo desempenho de grandes feitos, que tendem a promover a civilizacio e desenvolver a riqueza material dos povos.”* Em nosso Pais, as idéias do Sistema Americano influenciaram decisivamente um grupo de industrialistas que, desde as tltimas déea- das do século 19, lutavam para modernizar o Brasil com o estabeleci- ‘mento de indiistrias modernas, contra a intengio das oligarquias locais seus aliados externos, de manté-lo preso a um modelo agritio-exportador 3 Anton Chaitkin, op. et a Imas, Neste esforco, destacaram-se a AssociagZo Industrial clo dos Santos, a acio de Ruy Barbosa como ministro da Primeito gabinete republicano, abertamente inspirada na obra Ml, € 08 efteulos do Centro Industial do Brasil, especialmente Gorteia, Luiz Rafael Vieira Souto € outros promotores das lamilkon, List ¢ Carey. ‘eontia essa perspectiva progressista que os estrategistas britinicos sn ditettizes da geopolitica. O seu objetivo primério era obsta- senvolvimento dos hinrrlandi continentais, peincipalmente por fetrovidriastranscontinentais. Em particuler, interessava-lhes nliquer ligagdes terrestres entre a Europa ¢ a Asia. Para tanto, a fudos do século 19, passaram a fomentat distrbios e confltos spor uestdes éenicas ou religiosas entre os povos que habitavam para a passagem de ligacdes terrestres entre os dois conti leis, Céucaso e Afeganistio - este itimo, a porta de acesso nite indiano. Por esta razio, eles tanto se sobressaltaram € se strugio das ferrovias Transiberiana e Betlim-Bagd iniciadas 1890 (Sendo a tiltima conciuida apenas em 1940). Segundo a lea, a fancio das ferrovias deveria ser apenas a de ligar os lores dle matérias-primas 20s portos para o transporte mariimo, ue 8 supremacia britinica era entio absoluta, rien do Sul, a geopolitica britinica encontrou um campo sun aplicagio, em fungio da influéncia politica e econdmitca f su oligarquia financeira mantinham sobte os pases da regio, ie o Brasil, Argentina, Uruguai ¢ Chile. As maquinagdes dos feus lindos regionais foram grandemente responsiveis pela dois conflitos, a Guerra do Paraguai (1864-70), quase Guerra Civil dos EUA, ¢ a Guerra do Pacifico (que opés 0 © Bolivia entee 1879 e 1883), cujas seqiielas muito contri- stnculizar as perspectivas de integrasao e desenvolvimento jonais. Os resultados de tais manobras ainda hoje so éncia de ferrovias transcontinentais; sete bitolas ferrovie {gerngio elétrica com ciclagens diferentes; e 0 acirramento ais que tém, vietualmente, mantido os paises sul-ameri- W uns para os outros. 0 Baza ¢ Geraldo Luis Lino, A tifa do Sistema Americana de it Bra Apéncive « Aesander Hamilton, Kalin sar as mantra: Mle Solidaiedade Ibero-ameriana, Rio de Janeiro, 1995 A RECOLONIZAGAO BRITANICA A InERO-AMERICA Atualmente, as maquinagées geopoliticas do eixo anglo-americano se mostram, por exemplo, na virulenta campanha encetada por ONGs ligadas ao Establishment oligitquico, encabegadas pelo WWF da Casa de Windsor, contra os projetos de hidrovias brasileira, na tentativa de obs: taculizar a implementacio de tais artérias cruciais para o desenvolvi- mento do interior do subcontinente. Outro exemplo é a iniciativa do Grupo de Trabalho Europeu para a Amazénia (European Working Group on the Amazon - EWGA) na cootdenagio da chamada Iniciativa do Escudo das Guianas (Guyana Shield Initiative). Seu objetivo € utilizar cesta vasta unidade geolbgica como base para o estabelecimento de um grande programa internacional de “proteco ambiental” em toda a re- pido abarcada por ela, que inclui os estados brasileiros do Amapé Roraima e parte do Amazonas, a Guiana Francesa, o Suriname, a Guiana e parte da Venezuela. © projeto retoma a velha intengio da oligarquia anglo-holandesa de controlar a chamada “IIha da Guiana”, delimitada pelos tios Orenoco, Negro, Amazonas € 0 canal de Cassiquiare, regio de grande impostancia geoestratégica ¢ dotada de vvastos recursos minerais e biolégicos. ‘A estratégia geopolitica também pode ser vista nas articulagdes, anglo-americanas para transformar a Organizacio do Tratado do Athin- tico Norte (OTAN) numa espécie de “forga policial global” automobi- lizada e desvinculada de eventusis deliberagdes até mesmo do Conselho de Seguranga das Nacdes Unidas. A campanha do Kosovo, contra 4 Tugoslavia, em 1999, e os recorrentes ataques a0 Iraque constituem as pprimeiras mobilizacGes de tal aparato, cujo aleance seus idealizadores pretendem expandir para o Leste, para abranger os pafses da antiga Unio Soviética, no Caucaso e na Asia Central. O objetivo declatado desta iniciativa é o controle das ricas resetvas de matérias-primas € ‘cursos eniergéticos da regiao, dentro da estratégia geral do Establishment oligérquico de assegurar 0 controle desses recursos em escala global, pata manté-los como “reservas de valor” num cenatio de iminente de sintegragio do sistema financeiro internacional. Outro objetivo, mais, velado, €, como no século 19, estabelecer um bloqueio (ou, pelo menos, ‘um controle local) da Ponte Terrestre Eurasiética, o grande programa inieiado pelo Governo da China para a construgio de uma infia-estt tura moderna de transportes e telecomunicagies entre a Asia e a Europ. {A Ponte Terrestre Eurasiitica, ou Nova Rota da Seda, como € conhecidla ta hoje 0 maior programa do género do mundo ¢, ‘© melhor vetor para proporcionar a reconstrugio da ial, ameagada pela perspectiva do maior colapso finan- intra, 10 Hemisfério Ocidental,o que os esteategistas oigisquicos pre- mado “Plano Einaudi”, elaborado pelo diplomata estadh Wilnaudi, que prevé o estabelecimento de uma forga militar shemisférica vinculada & Organizagio dos Estados Americanos io precipua desta forga seria a de intervir em qusisquer palses mn “ameacas & democreca”, violagdes de direitos humanos, blontais de grande impacto e outros pretextos afins neveapavel é que tal esteatégia multfacetada visa assegarar a ipitquica num cenario de desintegragio do atual sistema lerhacional, inapelavelmente eorroido por décadas de cres- inincia de atvidades financeiras especulativas sobre as ativi- ‘que configuram a economia real, apés @ desestruturacio Jestabelecido pelos Acordos de Bretton Woods, 20 final da IL ial, Esta inversio de valores econémicos, somada & ampla threulasio dos capitas especulativos pot quase todo o mundo, nincia da denominada “globalizacio”. ‘uflenry Kissinger, num discurso proferido no Real Instituto iteenacionais (RILA), berco das politieas britinieas, em 10 de fem pleno andamento da Guerra das Malvinas, a admissio ‘0 seu periodo no Departamento de Estado e no Conselho Nacional dos EUA, ele havia atuado decisivamente para politica exterior estadunidense os principios de dominio ala oligirquica anglo-americano-canadense (agora transfor 1 Reino Unido-EUA-Comunidade Britinica de Nagdes). pelo para provi-lo do que a propria Guerra das Malvinas, ieedente 20 assalto britanico ao continente, ao logear, com dos Estados Unidos, romper os acordos de seguranga spocialmente o Tratado Interamericano de Assisténcia Reci- ‘que se tinham exguido no espitito da Doutrina Monroe, do Rio de Janciro, de 1944, idade de reverter a politica de nlo-intervengio no Hemis- surgin em paralelo com a ruptura dos acordo de Bretton to de 1971, pela Obvia necessidade de gerar campos de ‘eeonbmico capazes de sustentar uma politica monctaria © astro. Foi s6 depois da Guerra das Malvinas, com a destrui- ‘que abriu-se a possbilidade de uma reorganizacio hemisférica Py ‘que se distancia da antiga tradicio anticolonialista baseada no império da soberania dos Estados nacionais e 0 principio da nio-intervencio, € abrisse as portas 4s poltcas clgequicas de livre comércio do “governo, mundial". Esta foi a tarefa central conferida ao Didlogo Interamericano, desde a sua eriagio em 1982, Do lado da inteligéncia britinica, foi clara a intengio de que a Gueria ‘da Malvinas acarretariatensdes crescentes nas relagbes hemisfésicas, eomo se constata em colocagées posteriores do RITA e seu Grupo de Estudos ‘da América Latina, que advertiram que a Gri-Bretanha deveria aproveitarse ‘as crescents tensdes entre 0s Estados Unidos ¢ a Tbero-Amétiea para reconstruie a sua presenga na regio Mais recentemente, em janciro de 1997, 0 entio ministeo da Fazenda briténico Kenneth Clarke, em uma visita que realizava ao México, declarou «que “os britanicos, historicamente, tiveram fortes vinculos eom Ibero- América, mas nos tempos modernos, cometemos 0 ero de consider parte do mundo dominado pelos Estados Unidos”. Mais tarde, em fevereito do mesmo ano, o Foreign Office auspicion 4 pomposa reuniio “Vinculos com a Amética Latina”. A reunito foi patro~

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