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As Estratégias do Google Inc.

Visão Geral

Leonardo K. Yajima
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Rua Cajanga, 57, Vila Pirajussara
05786-070 - São Paulo – Brasil
leoyajima@gmail.com

Victor Bachman
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Rua Albuquerque Lins, 993, apto 102, Higienópolis
01230-001 - São Paulo – Brasil
victor.b@bol.com.br

Yang Z. Jie
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Rua Epitácio Pessoa, 32, República
01038-100 - São Paulo – Brasil
yangzj_br@yahoo.com.br

Resumo
Este artigo procura discurtir quais as estratégias criadas pelo Google.Inc e qual foi a sua
visão de negócio empresarial. Tem como objetivo principal responder as perguntas das
quais descrevem às estrategias e os caminhos em que levaram o Google a se tornar uma
empresa de referência mundial tanto para negócios como para internet.

Abstract
The purpose of this study is to analyze the strategies and corporate vision
statement used by Google Inc. The main objective is to find which of the strategies
employed by Google were paramount in achieving its leadership position in e-
Business and general industry.

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Introdução

As empresas realmente bem sucedidas não se limitam apenas a atingir metas, mas também
criam novos modelos de estruturas e novos modelos e técnicas de negócios, cujo
conhecimento é sempre importante.

A internet é uma ferramenta poderosa que a cada dia nos traz novas alternativas de
estratégia e novos conceitos de mercado, sendo essencial que seja considerada no
planejamento estratégico.

O grupo Google Inc. nasceu recentemente, mas já possui um patrimônio


extraordinariamente grande. Seu crescimento ocorreu devido a uma visão de negócios que
implicou no atendimento das necessidades dos usuários de internet, sendo o estudo de sua
história, produtos e estratégias úteis para aqueles que se dedicam a planejar a estratégia
empresarial.

A Era Pré-Google

A internet revolucionou o mundo, quebrou barreiras de comunicação e disseminou


conhecimento como nenhum outro veículo de comunicação conseguiu fazer em toda a
história mundial.

O gráfico seguinte mostra os dados estatísticos da evolução da internet até o presente


momento:

Com o crescimento da internet em todos os sentidos (números de domínios, de usuários e


de acesso a internet), surgiu a necessidade do uso de ferramentas de busca mais
aperfeiçoadas.

A primeira delas foi o WebCrawler em 1994 e em 1995 surgiu o Yahoo, a ferramenta de


busca mais popular no início da explosão da internet.

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Vários outros buscadores apareceram com o intuito de ganhar a popularidade como a que o
Yahoo obteve na época, casos do Lycos, Infoseek, Excite, e dos buscadores nacionais
Metabusca Zaz, Zeek e Aonde, que conseguiram certa popularidade, mas como não
inovaram na busca de resultados melhores, foram logo esquecidos pelos usuários.

Ao redor de 1996 chegava o AltaVista, com uma interface mais bonita e detalhada. Além
de ser buscador, possuía algumas ferramentas online como tradutor de línguas, compras
virtuais, notícias, tradução de páginas, etc.

O AltaVista desbancou o Yahoo rapidamente, e foi apontado como o buscador perfeito por
muitos internautas, pois a quantidade de resultados fornecida era grande e o tempo de
resposta era curto.

Com o passar do tempo, o nível de exigência dos internautas cresceu. Perceberam que
muitas curiosidades, notícias, teses e qualquer coisa que se procurava poderiam estar na
internet, que só precisavam ser achados, o que tornara mais importante a existência de
buscadores.

Tornou-se possível encontrar de tudo na rede mundial, desde diários de adolescentes, a


teses e outros trabalhos acadêmicos. O volume da internet tornou-se maior juntamente com
o interesse de novos usuários que passaram a utilizá-la.

Enquanto todos se contentavam com o AltaVista, que até o momento, era a melhor
ferramenta de busca, no ano de 1998 nasceu o Google.

A Origem do Google

O Google teve origem em janeiro de 1996, época em que Larry Page e Sergey Brin, dois
estudantes de pós-graduação faziam seus doutorados na Universidade de Stanford, nos
Estados Unidos.

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Page, que dedicava a um projeto de bibliotecas digitais, utilizava a ferramenta de busca
AltaVista para obter informações para seu projeto de mineração de dados. Notou que este
além de listar uma quantidade significativa de websites, listava o resultado da busca
ordenado através de número de ligações entre sites. Porém este sistema era ainda muito
primitivo aos olhos de Page.

Hector Garcia Molina, professor de Page, concordou que este sistema de busca era valioso
e incentivou Page a obter mais informações sobre os links e as suas utilizações, mas para
realizar este trabalho, Page necessitaria de um enorme banco de dados para armazenar as
informações.

Sergey Brin se interessou pela idéia de Page e juntou-se a ele no objetivo de fazer o
download e analisar links da internet, porém esta meta seria difícil de atingir e levaria
tempo para ser alcançada.

No ano de 1996 iniciou-se o trabalho de Page e Brin objetivando coletar todas as


informações da internet, Page acreditava em uma teoria, a significância pela qual na medida
em que os links eram clicados sua popularidade aumentava, mas um link que era muito
acessado não garantia a qualidade de seu conteúdo. Analisando uma maneira de mesclar
tanto a qualidade quanto a popularidade, com o objetivo de determinar a significância,
criou um sistema de classificação denominado PageRank.

Impulsionados pela escassez de resultados obtidos pelas ferramentas de buscas, Brin e Page
estavam certos que encontrariam uma forma de tornar o uso da internet mais amigável a
partir da pesquisa dos links. Tanto que, no ano de 1997, Page desenvolveu uma ferramenta
de busca primitiva a partir da qual, era possível descobrir quais sites citam ou indicam outra
página, denominada BackRub, Como dissemos, ele chegou a afirmar que faria o download
de toda a internet em seu computador, o que era fundamental para sua pesquisa.

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O Google foi disponibilizado somente para uso interno na Universidade de Stanford, no
qual incluía alunos, professores e funcionários. Mostrando qualidade no retorno dos seus
resultados, esta ferramenta de busca foi ganhando popularidade dentro do campus.

Como a demanda de usuários utilizando a ferramenta de busca e a base de dados estavam


crescendo, foi necessário adquirir mais computadores. Seus orientadores, sabendo da
necessidade para a ampliação do banco de dados e também de observarem tanto Brin
quanto Page montando computadores com peças reutilizadas, conseguiram levantar fundos
de 10 mil dólares junto ao projeto de biblioteca digital de Stanford, no qual foi suficiente
para transformar o quarto de Page em um centro de dados, onde estavam instalados os
servidores do que viriam a ser o Google.

Uma novidade estava acoplada ao PageRank, o resultado das buscas eram ordenados de
forma lógica para os usuários, um sistema inovador comparado as ferramentas de buscas
para a época.

Sabemos que toda ferramenta de busca está baseada em um algoritmo e tanto sites e links
são classificadas de forma ordenada e exibidas conforme o algoritmo de cada buscador. O
PageRank mostrou-se um sistema de busca eficiente e inteligente, um algoritmo moderno e
indispensável para o acesso da internet em pouco tempo.

O algoritmo do PageRank funciona de uma forma semelhante à do AltaVista que tinha


conseguido inovar o seu sistema de busca que exibe a sua classificação de acordo com o
Link Popularity (popularidade do link), que consistia em classificar os resultados das
buscas através da popularidade dos links, ou seja, dependendo do número de páginas que
apontavam para outra página, esta outra página subia no ranking da classificação do
resultado de busca. O PageRank é uma versão melhorada e com mais requisitos de
classificação, como por exemplo, a importância dos links relacionados entre páginas, ou
seja, se uma página popular como o portal terra.com.br apontar para algum outro site, este
terá uma relevância maior que links apontados por sites com menor acesso e popularidade.

Outro tipo de classificação do PageRank é a otimização do website. Além de possuir a

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popularidade de links apontados ao site, este deve se enquadrar em padrões solicitados pelo
Google, como tags (linhas de código) em html padronizadas. A união da padronização com
a popularidade do site o leva para níveis mais altos na classificação dos resultados de uma
busca.

O Google vai ao Público

No meio do ano de 1997, Brin e Page queriam definir um novo nome para a ferramenta
BackRub. Juntamente com um colega, Sean Anderson, começaram a pensar em um nome
que desse destaque e que fosse fácil de ser lembrado, e após muita discussão, Anderson
sugeriu o nome Googleplex, por estarem criando uma ferramenta que fizesse a busca e a
classificação de uma quantidade imensa de dados. Page preferiu refinar a palavra para
Google, que era fácil de ser lembrado, assim, Page o registrou no mesmo dia e assim como
o Yahoo e o AltaVista, a ferramenta ganhou um nome de destaque e de fácil memorização.

Brin e Page queriam que a tecnologia empregada na criação do PageRank fosse patenteada
e vendida para o AltaVista, pois assim, eles poderiam voltar a concluir seus estudos de pós-
graduação.

Após diversas tentativas frustradas, Page e Brin decidiram continuar com seus esforços
voltados para os usuários de Stanford. A partir daí Larry Page e Sergey Brin com muito
esforço decidiram tentar levar o Google adiante como um buscador mais independente,
porém ainda precisavam de investimento. Foi então que apareceu Andy Bechtolsheim, um
investidor em capital de risco que acreditou na idéia do Google e visualizou o sucesso que
esta ferramenta poderia trazer, gerando bons negócios. Bechtolsheim fora co-fundador da
Sun Microsystems e já havia feito negócios movimentando centenas de milhões de dólares.

Como a proposta de Page e Brin era diferente do que já existia no mercado, Bechtolsheim
percebeu que a ferramenta de busca assemelhava à imagem de um diretório eletrônico e
possível de se pesquisar como, por exemplo, as páginas amarelas, em que anúncios
apareciam nas mesmas páginas que os números de telefones dos assinantes.

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Andy Bechtolsheim investiu a quantia de cem mil dólares, com um cheque nominal à
Google Inc. e assim nasceu formalmente a empresa Google em 7 de setembro de 1998.

No início de 1999, a empresa ficou grande demais para a garagem e mudou-se para
escritórios na University Avenue, no centro de Palo Alto, o que serviu para marcar o
crescimento da empresa.

Os esforços de Brin e Page para que sua ferramenta se tornasse essencial para os usuários
de internet produziu frutos rapidamente e o Google tornou-se sinônimo de serviço eficiente
gratuito na internet, tornando-se a única ferramenta de busca que trazia os resultados de
forma rápida e objetiva.

Em 1965, foi criado o conceito de e-mail, com o propósito de permitir a troca de


informações dentro de um grupo. O serviço de webmail gratuito chegou ao público pelo
Hotmail, da Microsoft.

O Google lançou seu serviço de e-mail em abril de 2004, o Gmail, que ofereceu grande
espaço de armazenamento e um serviço de um buscador de mensagens incorporado ao e-
mail, tudo gratuitamente.

O Gmail foi um novo conceito de e-mail e seu crescimento foi rápido, já que estava
associado à marca Google que já era considerado um sinônimo de qualidade. Entrou no
mercado para competir com à Microsoft , Yahoo e AOL, os principais provedores da
época.

A estratégia do Google foi utilizar a técnica de marketing viral do tipo Social Viral
Marketing, quando um grupo restrito de pessoas possui o poder de passar um serviço ou
produto a outros tornando um privilégio para quem a possui; as pessoas precisavam receber
um convite para criar uma conta no Gmail.

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Colhendo Frutos

Quando o buscador começou a tornar-se popular fora da Universidade de Stanford em 1999


e com o visível crescimento da empresa, foi necessário investir mais. Page e Brin não
tinham mais condições de investir sozinhos no seu negócio. Foi quando surgiu a idéia de
contatar empresas de capital de risco com grande nome no Vale do Silício, como a Sequoia
Capital e a Kleiner Perkins.

Após diversas reuniões e apresentações, essas duas empresas enxergaram o potencial do


Google e decidiram investir. O acordo final chegou pela ajuda de alguns contatos de Sergey
e Brin, e o valor levantado chegou a 25 milhões de dólares, sendo 12,5 milhões de cada
empresa de capital de risco, e se decidindo que a única exigência das empresas seria a
contratação de um executivo para garantir que a empresa passe de apenas de um serviço
para um negócio rentável; esse executivo seria o Chief Executive Officer (CEO) ou
Presidente.

Doerr e outro investidor do Google, Michael Moritz, da Sequoia Capital, estavam há 16


meses à procura de um CEO para a empresa. Brin e Page resistiam à idéia de que outra
pessoa dirigisse a empresa que eles haviam criado, apesar do comprometimento que tinham
em contratar uma pessoa para ser o CEO da empresa.

As exigências da dupla para a contratação de uma pessoa para esse cargo eram grandes;
Sergey e Brin haviam rejeitado vários candidatos, com a idéia de que eles próprios
deveriam ter o controle do Google.

Após reuniões com Eric Schmidt, que era CEO da empresa que fabricava softwares da
Novell, com Sergey e Brin, os criadores do Google notaram que Schmidt não possuía
experiência apenas como CEO, mas também como cientista da computação, pois possuía
um doutorado em ciência da computação e mestrado em engenharia elétrica, além de ter
sido pesquisador da Xerox e nos laboratórios da Dell. Isso os convenceu a aceitá-lo.

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O acordo de sua contratação foi assinado em março de 2001, e Schmidt foi
simultaneamente presidente de conselho do Google e CEO da Novell, e em julho, quando a
venda da Novell foi confirmado, ele tornou-se o Chief Executive Officer da Google Inc.

Como os co-fundadores queriam que a imagem da empresa fosse positiva e referência em


serviços de qualidade gratuitos na internet, optaram por um caminho diferente do tomado
pelos outros buscadores, que poluíam suas páginas com banners que ocupavam grande
parte da tela do usuário, pois a publicidade online já se tornara a maior fonte de renda para
websites na internet, principalmente para prestadores de serviços gratuitos.

A idéia era usar o PageRank e palavras-chave para ajudar a exibir anúncios que trouxessem
maior rentabilidade para o Google, utilizando um conceito já existente, mas não muito
conhecido, o Adword que foi concedido pela empresa Go.to, que posteriormente tornou-se
a Overture em meados de 1998 e que mais tarde foi comprada pelo Yahoo.

O Adword é um mecanismo de divulgação de anúncios, que permite que o custo dos


mesmos seja calculado a partir do número de acessos que o anúncio teve. Estes anúncios
aparecem em um local específico da tela onde os mesmos são identificados.

Este método de divulgação de anúncios revolucionou a publicidade online, pois a


divulgação é direcionada ao assunto de interesse do usuário, conseguindo então o
anunciante atrair mais consumidores.

Após o sucesso do Adword, o Google enxergou a oportunidade de expandir sua maior fonte
de renda e criou o Adsense, o conceito inverso do Adword. Ao invés de um anunciante
pagar ao Google para ter seus anúncios, o Google paga para veicular a si próprio em sites
para disponibilizar seus Adwords.

O website interessado no Adsense, deve possuir um local específico para os links


patrocinados, como o Google possui. A cada acesso que este link patrocinado do website

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colaborador tiver, o mesmo recebe uma quantia, proporcional ao valor do link patrocinado
contratado.

O Google resolveu abrir seu capital, reduzindo o que se conhece como IPO (do inglês,
Initial Public Offering), algo que já se esperava quando de acordo com as duas empresas de
capital de risco e que dessa forma acreditavam obter um retorno maior para seus
investimentos.

Segundo análises e especulações, o valor de uma ação do Google logo na abertura para o
mercado, era de 85 dólares, chegando hoje a 600 dólares, mostrando o potencial da
empresa, que movimentou bruscamente a bolsa de valores de Nova Iorque.

Assimilação de Empresas

A estratégia do Google prevê a aquisição de empresas da web com grande potencial de


crescimento. A capacidade de reconhecer o potencial de outras empresas da web e
visualizar um mercado ainda desconhecido, fez com que o Google se interessasse por novos
desafios e construísse grande conjunto dos serviços da web, comprando, muitas vezes com
ofertas milionárias, algumas dessas empresas. A empresa DoubleClick, uma das maiores
empresas de distribuição de anúncios da internet foi comprada pelo Google por 3,1 bilhões
de dólares.

Como o Google sempre foi contra os anúncios pagos na forma gráfica, como banners e
afins, em seus serviços já consolidados, a estratégia que levou à aquisição desta empresa,
era de gerar renda em um site não vinculado aos serviços do Google e que apresentasse
anúncios desse tipo.Outra razão para a compra desta empresa é o grande número de clientes
que a Doubleclick.

Outra aquisição do Google foi o site de streaming de vídeos Youtube. Apesar de o Google
ter desenvolvido seu próprio site de vídeos na web, este não conseguiu atingir o mesmo
público que acessava o Youtube, que já possuía 46% do mercado de compartilhamento e
distribuição de vídeos online. Com medo de ameaças, interesse em domínio do mercado e

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visão estratégica, o Google ofereceu aos fundadores do Youtube a quantia de 1,5 bilhões de
dólares e garantiu a compra do mesmo, que interessava a outros grandes concorrentes.

A estratégia do Google na aquisição do Youtube é de ampliação no domínio de sites


relacionados a redes sociais, e na posse do maior veículo de compartilhamento de vídeos na
web.

A estratégia do Google engloba também pequenas empresas, as quais podem contribuir


para os serviços já existentes.

Exemplos de compras deste tipo de empresa foram a da Endoxon, empresa suiça de


tecnologia de mapeamento, que ajudou na melhora do Google Earth, como também a
empresa Paronamio, que conecta imagens a localizações geográficas ao Google Earth.

Estes dados mostram que o Google não tem a visão apenas de desenvolver suas próprias
ferramentas. A estretégia vai além, englobando outras empresas de pequeno ou grande
porte no ramo da internet, criando um possível monopólio de serviços na web.

A Competição

Segundo Costa (2004), “nenhuma organização deve agir como se fosse a única no seu
negócio ou como se tivesse um público exclusivo”. Podemos apontar duas empresas que
agiram contrariando essa recomendação: Microsoft e Yahoo, que estão em competição
direta com o Google.

Na disputa com essas empresas, o Google trouxe novidades confirmando o que diz Costa
(2004), “Os que chegarem depois podem oferecer inovações e soluções diferentes, com
melhor desempenho, menor preço ou melhor serviço”; conseqüentemente ganhava
vantagens competitivas em relação aos concorrentes, trazendo inovação à internet,
aparentemente sem custo para os usuários e oferecendo o melhor serviço em busca e
publicidade online para competir com o Yahoo, que ainda é o seu maior concorrente. Os

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avanços tecnológicos do Google, como na área em desenvolvimento de software, afetaram
também a Microsoft.

O Google passou a contratar engenheiros, funcionários e ex-funcionários da Microsoft,


tentando fortalecer a sua estrutura de desenvolvimento para atacar a Microsoft. Esta
estratégia era secundada pela contratação de funcionários de outras empresas de sucesso
como a da IBM, Yahoo etc. e pela abertura de escritórios ao redor do mundo.

Ao mesmo tempo, o Google estava disposto em entrar no mercado da China, onde a


Microsoft estava atuando há anos. A China apresenta um constante crescimento em
números de usuários de internet, tornando-se a segunda colocada no mundo inteiro em
números de usuários, somente atrás dos Estados Unidos. O Google tem como estratégia
tomar uma parte desse mercado que é dominado pela Microsoft. Uma das estratégias
encontradas pela Microsoft para contra-atacar o Google é investir em parceria com
principal concorrente o Yahoo.

Como dissemos, o Google estava disposto a enfrentar a Microsoft de frente. Um dos seus
passos foi em investir em software gratuito como por exemplo o processador de texto
Writely que funciona pela web, um software muito similar ao Word da Microsoft. Mais
tarde, no meio de outubro de 2006 este software integrou-se ao com o Spreadsheets, uma
ferramenta de planilhas similar ao Excel, constituindo assim a ferramenta ficou conhecido
como Google Docs & Spreadsheets.

O Google Docs & Spreadsheets e outras ferramentas fazem parte de um conjunto de


aplicativos denominado Google Apps Premiere. Estes aplicativos concorreriam com o
Outlook, PowerPoint, Word e Excel do pacote Office da Microsoft.

A competição entre o Google e Microsoft é feroz, pois o que gera mais lucro e sustenta o
Google continua sendo a publicidade online. A Microsoft não está disposta a abrir a mão
desse mercado para o Google. E para evitar o crescimento do Google, a Microsoft também
vem adotando a estratégia de aquisição de empresas em publicidade online como por

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exemplo a compra da empresa aQuantive.

Além da Microsoft, o Google tem outros concorrentes, como o Yahoo.

Nos anos 90, o Yahoo estava competindo com empresas fortes como Excite, Netscape,
AOL, Lycos, etc tendo conseguido crescer de forma extraordinária diante delas, como mais
tarde o Google cresceu em cima do Yahoo. Segundo Battele (2006), “Google construiu seu
negócio nas costas da Yahoo, assim como a Yahoo o fez nas costas da Netscape”, o que
torna a história das duas empresas muito semelhante.

Acredita-se que o maior erro que o Yahoo cometeu foi a de não dar a devida atenção nos
serviços de buscas. Seu sistema ela muito simples e não atendia as necessidades reais dos
usuários. Não conseguiu enxegar as mudanças do mercado online e possibilitou ao Google
uma valorização de mercado de 220 bilhões de dólares, mais de cinco vezes maior ao do
Yahoo com 42 bilhões de dólares segundo o site cnn.com (2007).

Na luta pela publicidade online, Yahoo adquiriu a empresa Right Media Exchange, por 680
milhões de dólares e o Google adquiriu a empresa DoubleClick pelo valor de 3.1 bilhões de
dólares.

Um dos pontos que coloca o Google na frente na disputa é a sua tecnologia Google
Adwords contra Yahoo Search Marketing (YSM) do Yahoo. A qualidade, a organização e o
desempenho do Google Adwords gera melhor eficiência de seu sistema de anúncios e
conseqüentemente mais retorno a sua receita.

Outro método adotado pelas duas empresas para aumentar a quantidade de buscas diárias
nos seus buscadores foi a adoção de estratégias de integração de uma ferramenta conhecido
como barra de busca e serviços no navegador do internauta. Não é preciso o usuário entrar
na página inicial do Google ou Yahoo para fazer busca, somente é necessário instalar a
ferramenta integrando com o seu navegador.

Conseqüentemente a disputa travada entre as duas maiores empresas da internet pela

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preferência das buscas está no auge; ambos utilizam diversas estratégias de inovação dos
seus produtos ou serviços e principalmente nas estratégias de parcerias e acordos fechados
com as mais diversas instituições que atuam na internet. A idéia dessa estratégia é fornecer
um serviço de qualidade para os seus parceiros, assim aumentando o número de espaços
para a divulgação dos links patrocinados e inclusive os seus serviços possibilitando mais
retorno financeiro para o Google e Yahoo.

No início de Maio de 2007, um cenário possível divulgado pelos jornais americanos “New
York Post” e “Wall Street Journal” previa a possibilidade de uma fusão entre Microsoft e
Yahoo. A Microsoft ofereceu cerca de 50 bilhões de dólares para a aquisição do Yahoo ou
a possível fusão para combater o forte crescimento do Google.

Essa aliança estratégia ajudaria a Microsoft a atrair mais anunciantes para suas operações
no mercado de publicidade online, além de trazer várias vantagens para as duas empresas,
tanto Microsoft e Yahoo.

Como o Google tem interesse em ingressar no mercado chinês, uma nova disputa foi
gerada.

O Baidu é o maior portal de busca na China, é conhecido como uma espécie de Google
chinês. A tela inicial do Baidu é muito semelhante ao do Google, simples e um fundo
branco.

Muitos afirmam que o sucesso do Baidu deve-se à sua eficiência na busca de músicas em
MP3. Há também outro detalhe que ajuda a colocar o Baidu em primeiro lugar na China;
ela é um mecanismo de busca local o que acabou tornando-o mais eficiente para os usuários
chineses.

Os esforços do Google na China são grandes, com a abertura de escritórios e a contratação


de profissionais e cientistas chineses. A estratégia do Google é tentar fazer parcerias com
empresas chinesas para competir com o Baidu.

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Google Offline

A empresa recentemente anunciou sua entrada em outros meios de comunicação. Agora o


Google também está na televisão por meio de publicidade, com o serviço Google Tv Ads.

A publicidade online para a empresa sempre foi a maior fonte de renda, com o Adword,
Adsense e a imersão em publicidade gráfica, na compra do DoubleClick. Porém o mercado
publicitário compreende diversos veículos de mídia, como rádio, jornais impressos, revistas
e televisão e movimenta bilhões de dólares anualmente, como mostra o gráfico abaixo.

O novo serviço conta com a mensuração da audiência e nicho de consumidores de uma


determinada emissora. O anunciante programa seus anúncios pela grade de programação de
determinadas emissoras, encaixando-os nos espaços disponíveis, e assim como o Adword, a
anunciante paga apenas pelo número de vezes que seu comercial for ao ar.

Com isso o Google permite que seus anunciantes do Google Tv Ads, marquem um público
específico, por horário e por localização geográfica ou grupos demográficos.

O Google não só investe em publicidade fora da web como também prospecta em áreas
desconhecidas para a empresa. Já se preparando para ingressar no mercado de telefonia
móvel e já tem em mente um investimento de centenas de milhões de dólares.

A estratégia para a entrada do Google para este mercado, deve-se a tendência da integração
de vários tipos de serviços ao celular e que provavelmente será o principal meio de acesso a
internet.

Por Dentro do Google

Analisando o início do Google em termos de qualidade, local, ambiente e benefícios de


trabalho, conclui-se o Google não possuía as características de local de trabalho ideal para

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um empregado. Entretanto, a revolução que o Google fez na sua área de recursos humanos
ao longo de se crescimento conseguiu influenciar a grande procura de novos empregados,
engenheiros e profissionais de quererem trabalhar com o Google.

A revista “Fortune” de Janeiro de 2007 mostra as 100 melhores empresas para trabalhar nos
Estados Unidos e aponta o Google como a melhor empresa para se trabalhar após a sua
primeira inclusão na lista.

O Google possui atualmente 6500 funcionários somente nos Estados Unidos e oferece aos
seus colaboradores benefícios como médicos, spas, piscinas, refeições e outros. Os
engenheiros possuem a liberdade de dar idéias não somente relativas aos trabalhos, além de
poderem utilizar 20% do seu tempo livre (um dia do seu trabalho), para dedicar aos projetos
de sua escolha.

Se um funcionário da empresa indicar uma pessoa que, posteriormente, seja contratada pelo
Google, a empresa lhe oferece 2.000 dólares de recompensa pela boa indicação.

A carga horária de trabalho no Google é flexível, o empregado precisa cumprir 40 horas


semanais independente do horário e deve estar sempre disponível para as reuniões ou
quando requisitado.

Pensando em contratar mais engenheiros e representantes de vendas para integrar a equipe


do Google, a companhia criou um algoritmo que analisa todos os currículos recebidos a
cada mês, este algoritmo realiza um inquérito online que explora as atitudes,
comportamentos, personalidades das pessoas analisadas. As questões abrangem desde
quando a pessoa tomou conhecimento de computadores a se esta pessoa tomou algum
conhecimento de participar de uma organização sem fins lucrativos.

As respostas são analisadas a partir de uma série de fórmulas criados pelos matemáticos do
Google para calcular um placar, que vai desde o zero a 100 para identificar o quanto este
profissional irá encaixar dentro do perfil de uma área da empresa.

"Conforme crescemos, achamos cada vez mais difícil encontrar profissionais suficientes

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para preencher nossas vagas", segundo Laszlo Bock (NEW YORK TIMES 2007), vice-
presidente de recursos humanos do Google em entrevista ao jornal The New York Times.
"Com os métodos tradicionais, podemos deixar de escapar alguns dos melhores
candidatos."

Considerações Finais

Concluindo, pode-se dizer que as principais estratégias adotadas pelo Google para atingir a
situação de destaque em que se encontra foram:

- Publicidade online ( Adword/Adsense );


- Inovação de serviços;
- Compartilhamento de ferramentas;
- Aquisições de outras empresas da web;
- Recursos Humanos;
- Desenvolvimento de novos produtos.

Os principais fatores que diferenciam o Google de seus concorrentes a que levam as


pessoas a utilizarem seus serviços são:

- Interface simples e objetiva;


- Eficiência e eficácia de suas ferramentas;
- Gratuidade dos serviços;
- Ferramentas diferenciadas.

Tudo isso leva o Google a posicionar-se como uma empresa que se destaca mundialmente
em termos de tecnologias, negocios, ambiente de trabalho e inovacoes.

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